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terça-feira, 29 de março de 2011

Comércio na Amazônia


Desde o século XVI até o início do século XIX a atividade comercial foi o monopólio da metrópole portuguesa, que não concordava e nem admitia que o comércio fosse negociado por outras cidades que não fossem as portuguesas.

Dessa forma, no início da colonização da Amazônia, temos entre os primeiros produtos negociados as "drogas do sertão", que eram importantes produtos da região amazônida e que tinham lucros vantajosos tanto em Portugal, como na Europa.

Além de serem coletadas pelos primeiros homens que se fixaram por aqui, as drogas eram trocadas por bugingangas, como espelho, colar, maracá, enfeites... 

Depois com o apoio e desenvolvimento da agricultura, passou a existir o negócio dos produtos agrícolas, destacando-se o algodão, cacau, café, cana-de-açucar, arroz entre outros produtos.

Interessante é que, inclusive, foram concedidos aos colonos incentivos para aumentar a produção, através da concessão de Sesmarias, não podiam servir a tropa e direito de isenção de impostos para os primeiros anos de sua lavoura.

Neste contexto, a expansão do comércio do Maranhão e Grão-Pará tinha como objetivo possibilitar o deslocamento e trazer os colonos e escravos e levar a produção do Brasil.

Surgiram várias companhias que não cumpriram com seus contratos provocando descontentamentos entre colonos e governantes. 

  

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Resistência do brasileiro

Quando analisamos determinado fato histórico, percebemos que o povo brasileiro sempre teve uma história de lutas; assim como derrotas, diante do fruto da brutal repressão, que sempre foi imposto. Jamais o nosso povo se curvou diante da passividade e ociosidade frente às questões sociais que determinadas oligarquias e classe dominante consolidaram para nosso trabalhador. Dessa forma, o operário levanta a bandeira do movimento, e enquanto sujeito faz história, organizando as diversas categorias e parte para a luta.



Quando se trata de falar sobre a classe dominante, ela não quer largar o osso do poder, sempre defendendo seus privilégios; enquanto classe social, esmagando os anseios do trabalhador, diante da busca de sua liberdade.



Neste aspecto, podemos frisar que pequenos comerciantes, pobres, trabalhadores urbanos e rurais, índios, negros e profissionais liberais, são deixados de lado; pois sua luta significa perigo para os todos poderosos e repressores.



Podemos citar os vários exemplos, como a Cabanagem e Canudos em que o trabalhador sempre lutou e continua a luta pela liberdade e justiça social.

HINO DA GREVE

É nosso dia, companheiro
Nosso é o trabalho de nossas mãos
Nossas as máquinas que movemos
Nossos os frutos da produção.

             Já vou, me esperam os companheiros
             Irmãos de classe para lutar
             Parando as máquinas falaremos
             E a nossa voz se ouvirá.

Avante vamos classe operária
Avante todos os oprimidos
Parando as máquinas e no silêncio
Do operário se ouça o grito.

domingo, 27 de março de 2011

PAULO FREIRE

"Ninguém educa ninguém,

                ninguém se educa sozinho.

                              Nós nos educamos mutuamente,

                                             mediatizados pelo mundo".

                                                               Paulo Freire
                                                                       (Educador)

FARINHADA

Uma das atividades interessantes que aprendi durantes cursos de formação para professores do Estado do Pará e dos Municípios do estado na década de 80 e 90 do século passado, foi a Farinhada, que é uma dança do folclore do nordeste paraense, em que metodologias aplicadas à sua realidade proporcionavam lazer e diversão nas práticas pedagógicas. Eis aqui uma das letras produzidas pelos professores de São Caetano de Odivelas, no ano de 1987.  

Refrão:

Pra fazer a farinhada, muita gente eu vou chamar.(bis).
Quem quizer fazer farinha, venha aqui se apresentar.(bis).
Trazendo seus objetos, venha comigo dançar.(bis).
Pra fazer a farinhada, muita gente eu vou chamar.(bis).

Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o seu terçado, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o seu paneiro, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o sua lenha, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o sua tábua, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o sua prensa, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o seu tipiti, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o sua peneira, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o seu forno, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o seu rodo, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o sua vassoura, venha comigo dançar.(bis).
Vou chamar a ..... vir aqui se apresentar, trazendo o sua casa, venha comigo dançar.(bis).

Obs: A cada verso cantado, repete-se o refrão.

segunda-feira, 21 de março de 2011

JANELAS DE BELÉM DO PARÁ

Imagem na orla da rodovia Arthur Bernardes
Quem contorna a cidade de Belém via Icoaraci para o Ver-o-Peso percebe a necessidade de Belém do Pará se libertar das janelas que estão fechadas  com as ocupações das grandes empresas que se estabeleceram com diversos tipos de mercadorias ao longo do trajeto do litoral da capital do estado do Pará.

Durante o governo do Partido dos Trabalhadores, que esteve na Prefeitura de Belém, anterior ao atual governo, houve uma preocupação de abrir janelas, através do projeto Ver-o-Rio, onde proporcionou lazer e diversão barata  para a população menos favorecida, como shows com cantores da terra; além, também de proporcionar fonte de renda para várias famílias que sobreviviam da venda de tacacá, caruru, pato no tucupi, café com tapioquinha e outras iguarias regionais.

Até o momento, notamos que é preciso, a intervenção do poder´público, para que provoque a saída dessas empresas locais e para que o povo tenha mais espaços de lazer e diversões.
  

domingo, 20 de março de 2011

Coordenação dos Movimentos Sociais


É muita guerra para quem diz promover a paz

Os Movimentos Sociais do Brasil, por ocasião da visita do presidente Obama ao Brasil, manifestam as seguintes preocupações:

Considerando que: A eleição de Barack Obama, em 2008, despertou muitas ilusões. Baseado em seu carisma pessoal, na eleição do primeiro negro presidente dos EUA, na rejeição aos republicanos que durante os dois mandatos de George W. Bush levaram os Estados Unidos à bancarrota e o mundo ao militarismo e às guerras de agressão.

Consideramos que: Obama foi eleito fazendo promessas de paz e respeito ao direito internacional, criando a ilusão de que a humanidade viveria em paz e harmonia.

A evolução dos acontecimentos, porém, encarregou-se de desfazer essas ilusões. Mudou a retórica, aperfeiçoou-se a propaganda, mudaram alguns atores, mas sob a direção de Barack Obama a política externa do imperialismo norte-americano continua em essência a mesma.

O atual mandatário dos Estados Unidos mantém a orientação belicista de ocupar países e agredir povos em nome da “luta ao terrorismo”.

Sob a presidência de Barack Obama, os Estados Unidos mantiveram a presença das tropas de ocupação no Iraque e no Afeganistão. Sua frota de aviões teleguiados “Drone” bombardeia diariamente a fronteira deste país com o Paquistão, acarretando a morte de civis.

O imperialismo estadunidense, sob a presidência de Barack Obama reafirmou o apoio à política genocida do Estado sionista israelense contra o povo palestino. Significativamente, a única vez em que o governo Obama utilizou até agora seu direito de veto no Conselho de segurança da ONU, foi para impedir a aprovação de uma resolução que interditaria o prosseguimento da instalação de colônias israelenses em território palestino.

Foi sob a liderança de Barack Obama que a principal organização agressiva do imperialismo, a Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte – realizou uma reunião de cúpula que consagrou o “novo conceito estratégico”, a partir do qual se arroga o direito de intervir militarmente em qualquer região do planeta. É também Obama que estimula a instalação de bases militares em todo o mundo, inclusive na América Latina, onde a 4ª Frota constitui grave ameaça de agressão aos países e povos soberanos da região.

Durante a gestão de Barack Obama que, reafirmando a primazia norte-americana quanto à posse e uso de armas nucleares, exerce chantagens, pressões, ameaças e sanções contra os países que não aceitam os ditames dos EUA sobre a não-proliferação. Em dois anos de gestão, a maior parte do tempo dos operadores de política externa do presidente foi empregada na reparação de agressões contra o Irã e a Coreia do Norte.

Reiteramos nossa total divergência com a dubiedade da política externa dos EUA que mantém símbolos da guerra-fria como a manutenção do bloqueio a Cuba, as provocações contra a Venezuela e a Bolívia, a manutenção da prisão de Guantanamo e a presença de bases militares estadunidenses em nosso continente, que em nada contribui para o desenvolvimento de uma nova relação externa entre os povos. Os Estados Unidos nunca abriram mão de dominar nossos países e continuam considerando nosso continente como sua área de influência.

Obama chega ao Brasil num momento em que os Estados Unidos e seus aliados, principalmente os europeus, preparam-se, sob falsos pretextos, para perpetrar novas intervenções militares. Agora, no norte da África, onde, com vistas a assegurar o domínio sobre o petróleo, adota a opção militar como a estratégia principal. Os Estados Unidos querem arrastar as Nações Unidas para sua aventura, numa jogada em que pretende na verdade instrumentalizar a organização mundial e dar ares de multilateralismo à sua ação militarista e imperial.

No mesmo 20 de março, dia em que Obama estará visitando o Brasil, acontecerão manifestações em todo o mundo convocadas pela Assembleia Mundial dos Movimentos Sociais realizada durante o Fórum Social Mundial de Dacar, Senegal. O dia de mobilização global foi convocado para afirmar a “defesa da democracia, o apoio e a solidariedade ativa aos povos da Tunísia e do Egito e do mundo árabe que estão iluminando o caminho para outro mundo, livre da opressão e exploração”. O 20 de março será um Dia Mundial de Luta contra a multiplicação das bases militares dos Estados Unidos, de solidariedade com o povo árabe e africano, e também de apoio à resistência palestina e saharauí.

É nesse contexto que a Coordenação dos Movimentos Sociais convoca os movimentos sociais de todo o Brasil a manifestar nossa divergência com a política dos EUA e nossa total solidariedade aos povos do mundo, nas lutas de resistência e construção de outro mundo possível.

Convocamos os movimentos sociais brasileiros a tomarem as ruas na ação que será organizada no Rio de Janeiro no dia 20 de março.

O Brasil e a América latina vivem um novo momento, de democracia, soberania, interação e unidade.

Queremos um mundo de paz e solidariedade!

Abaixo o imperialismo estadunidense!











Coordenação dos Movimentos Sociais

sábado, 19 de março de 2011

SOME

O Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), considerado um dos maiores projetos de inclusão social do estado do Pará, completou no ano passado 30 anos de política pública voltado para a massa mais explorada da sociedade paraense, que é o povo do interior.

Não podemos refutar ao debate que não é só o SOME, mas o ensino médio enquanto política pública e qual o interesse do atual governo para a educação de mais de 30.000 alunos matriculados.

Uma contribuição importante para o debate, já que neste momento os professores do SOME tiveram cortada a extrapolação de carga horária e o que não é novidade, este mesmo governo, cortou em 50% a gratificação de interioriorização dos mesmos no ano de 2003, eis alguns pontos de reflexão. 

Levando em consideração que é importante pautar no debate o SOME na agenda da política educacional da Secretaria, seja através da Associação dos Professores do SOME, seja o Sindicato dos Professores ou seja em setores da sede, onde leve em consideração a qualidade de ensino.

Os 30 anos de SOME é necessário um diálogo através de toda sua experiência adquirida ao longo tempo, e temos que provocar, inclusive, ex membros do projeto para participarem e contribuirem com o projeto.

Precisamos dos desafios impostos por diversos governos para que procure ressignificar o projeto através dos múltiplos olhares, partindo de uma análise multidimensional e cenários plurais.

É necessária como base norteador do SOME estudos dos mapas ocupacionais da região onde funciona o SOME; sem deixar de lado que a escola precisa ser formadora de sujeitos articulada a um projeto de emancipação humana e crítico da sociedade com argumentos consistentes; dessa forma é possível percebermos e termos ações da valorização dos diferentes saberes no processo educativo; não podemos deixar de lado no debate a escola vinculada à realidade dos sujeitos; além de procurar através da discussão a educação como estratégia e a possibilidade do desenvolvimento sustentável.

Provocar a discussão e o debate sobre educação é o nosso papel, vamos lutar por uma educação digna e de qualidade.

      

quarta-feira, 16 de março de 2011

Brasil, o país da Fila

                                                                
                                                                                      Valdivino da Silva Cunha*

Tem certas coisas que são tipicamente brasileiras, como é o caso das filas. Duvido que haja em qualquer outro país, tantas e longas filas como no Brasil, daí porque os governos brasileiros (Federal Estadual e Municipal) deveriam patentear suas filas, elas são a cara do Brasil, assim teríamos a tríplice coroa como país do futebol, do carnaval e da fila. No Brasil tem fila em todo e qualquer lugar, a qualquer hora, seja do dia ou da noite, seja pra sacar o PIS/PASEP, pra ir ao banheiro, pra consulta, pra pegar o avião, mesmo que se vá ao quinto dos infernos, prá lá também tem fila.

As filas no Brasil têm em qualquer lugar e se não tiver improvisar-se. Somos catedráticos neste quesito. Tem fila até pra impressão de documentos, neste caso, a própria impressora avisa quantos documentos estão na fila aguardando a vez para ser impresso.

Aqui, no Brasil, em função do tempo que se passa numa (ou em várias filas), fazemos grandes amizades, trocamos telefones, falamos dos nossos problemas e coisa e tal. Quando finalmente chega a nossa esperada vez do atendimento, desejamos a quem fica boa sorte no atendimento, com votos de um breve encontro na próxima fila. As filas brasileiras de tão extensas que são precisam ser dividas em cabeça, meio e rabo. O rabo é a parte que o brasileiros menos gosta (pelo menos da fila). Elas precisavam  ter também o CEP, assim ficava mais fácil de localizar onde estava o inicio, o meio ou fim da fila, de tão extensas que  são.

Quem pensar em sair num feriadão prolongado, é bom que vá prá fila três dias antes da viagem, pra não correr o risco de passar o feriadão na fila, pois o sistema pode sair do ar e você sair do sério e ficar sem viajar.

Não há nada mais democrático no Brasil do que as filas, elas são regidas pelo principio da universalidade e da igualdade, exceto, os idosos, as gestantes, os deficientes e pessoas acompanhadas de crianças de colo, que deveriam ter tratamento privilegiado, mas eles também enfrentam filas.

O Jeitinho brasileiro também está presente nas filas, seja através dos furões (de filas) ou daqueles que fazem da venda de lugares nas filas um mecanismo de ganhar a vida, só falta ter seus direitos trabalhistas reconhecidos pelos governos. O preço de um lugar na fila atendem pelas regras do mercado, pela lei da oferta e da procura, quanto maior a procura, mais elevado será o preço. O preço depende das condições climáticas: com chuva é um preço, sem chuva, outro. Não vai demorar muito e surgirá um novo mercado no entorno das filas, o mercado das quentinhas, dos guarda-chuvas (esse já existe), de banquinhos, de colchonetes e de mini-banheiros móveis.

Sou obrigado a parar agora porque existe uma fila aqui no Cyber aguardando a vez, na fila.

      * O autor é professor de Sociologia do Some e colaborador desta revista eletrônica.

domingo, 13 de março de 2011

II Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas


Está definido o II Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas que ocorrerá nos dias 17, 18 e 19 de Junho do corrente ano, em Brasília. A escolha da data e do local respeitou as resoluções do primeiro encontro nacional, realizado em Agosto 2010, em São Paulo, que reuniu 330 blogueiros e twitteiros de 19 estados.



Na ocasião, a plenária votou democraticamente que os encontros nacionais deveriam ser anuais, sempre precedidos de eventos estaduais preparatórios. Também foi aprovado que eles seriam feitos no primeiro semestre, fora do calendário eleitoral – para evitar contágios indevidos neste movimento plural e amplo.



Já na ficha de avaliação, a ampla maioria opinou que o segundo encontro deveria ser feito em Brasília – para facilitar o transporte das delegações do Norte e Nordeste. A idéia é que a cada ano o encontro ocorra num estado diferente [neste sentido, os candidatos ao terceiro encontro, em 2012, já devem se manifestar].


Eixos, programação e debatedores

A comissão nacional organizadora (CNO) já realizou os primeiros contatos para garantir a estrutura do evento em Brasília. A exemplo de S.Paulo, a ideia é viabilizar auditório, logística, hospedagem e alimentação para todos. As despesas com transporte ficam por conta dos participantes, mas serão feitos contatos com companhias áreas para viabilizar descontos.



Quanto ao eixo, programação, dinâmica e debatedores dos II Encontro, a comissão nacional promoverá, em março, reunião ampliada com os estados para a sua definição. Desde já, ela está aberta às sugestões – que devem ser enviadas para contato@baraodeitarare.org.br.


Informações e esclarecimento

Passado o período de férias, vários estados já se movimentam para realizar seus encontros estaduais. O Pará deu a largada, num evento ocorrido no último sábado (26/2) que reuniu cerca de 40 blogueiros. Pelas informações disponíveis, já estão marcados encontros estaduais no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Ceará.



A CNO esclarece, ainda, que o II Encontro Nacional será aberto a todos interessados – blogueiros, twitteiros, internautas em geral, que se identifiquem com a luta pela democratização dos meios de comunicação, pela construção de uma nova mídia – plural e colaborativa – e por um país mais justo e democrático. Nesse sentido, os encontros estaduais não deverão eleger delegados - o que verticalizaria artificialmente o nosso movimento. O objetivo é garantir o caráter democrático e amplo da blogosfera progressista.

Fonte: Altamiro Borges

sábado, 12 de março de 2011

CAIPORISMO E OUTROS POEMAS

Hoje tirei para fazer limpeza nas estantes de livros, cds e dvds e de tudo que peguei para passar o pano, o que chamou-me atenção foi a coletânea de poesias do companheiro Nedaulino Viana da Silveira - Nidau, para os intimos, cujo nome da obra é o tema acima.

O Nedau, como amigo e incentivador no início da profissão de educador, tanto da minha pessoa  como da minha esposa, nasceu em Belém do Pará, no dia 24 de março de 1946. Cursou a Licenciatura em História, fez o curso de Formação de Ator e no ano de 1989, em Recife, recebeu o grau de "Mestre em História", pela Universidade Federal de Pernambuco.

Relendo as poesias algumas enfatizam a cidade de Belém, o qual o reproduzo:

Vem, Meu Bem

A Belém vem,
Vem meu bem
ver Belém
Vem ver bem
o que minha Belém tem

Belém do Açai
Cupuaçu e maniçoba
e Belém tem também
Bacuri e Tacacá
vem ver e provar pra ficar

Em Belém
Também tem
amor e bem, vem
vem ver Belém

Vem, vem ver
Minha Belém
de morenas cheirosas
e mangas gostosas

Vem ver o que Belém tem
Tem em Belém, pau-rosa
igarapés, pirarucu
tem em Belém

Ainda em Belém
Vem vem
tem banho cheiroso
 e pato no tucupi gostoso

Fica em Belém
meu bem, pois...
Dois bens: você e Belém
vão se dar bem
meu bem!


Eta Belém !

Esta tua manga verde,
de comer com sal e chuva

Este teu açai roxinho
em pirão e pirarucu

Esta tua morena brejeira,
nua aos banhos de igarapé

Este teu Ver-o-peso de cheiros
de cheiro de gente e de amor

Esta tua baía barrenta,
de coloridas velas
a ter guardar mistérios...

   

sexta-feira, 11 de março de 2011

MULHER, FONTE DE VIDA

                                                               
                                            Tiese Junior, Edilson Pantoja e Ribamar de Oliveira*

Assim como a água limpa cristalina, da fonte mais pura que possa existir, é um dos elementos da natureza que nos alimenta, mata nossa sede, nos dá a vida e por isso é indispensável a nossa sobrevivência. A mulher é também fonte de vida, ela nos alimenta com seu leite materno na infância nos dá seu amor de mãe, irmã, companheira, amante, esposa, namorada, nos dá lições de como sermos mais humanos, sensíveis, amáveis, carinhosos, corajosos qualidades que ela possui como ninguém e que as distribui por onde passa.



Jovem ou idosa, pobre ou rica, gorda ou magra ela carrega em si elementos que a fazem a mais especial dos seres humanos. Ela possui ninguém uma imensa força para amar, perdoar, respeitar, acolher, proteger, enfrentar, desafiar e por todas essas qualidades deveria ser amada e respeitada, no entanto, ela não é, e tudo por que não possui a força física que foi dada ao homem e que faz uso dela de forma covarde e irracional, agredindo, ferindo e até matando um ser tão iluminado que nos oferece a vida, mas o homem como por vingança, talvez por não possuir pelo menos se quer uma das muitas qualidades que a mulher possui, faz uso com tanta freqüência da única arma contra a qual ela pouco pode se defender, a violência física.



A cada trinta segundos uma mulher é espancada no Brasil, às vezes, bem próximo de nós. Assim como o homem queima as matas, destrói as matas, polui os rios e o ar, ele também destrói aquela a quem deve a vida e que por isso deveria preservar.



A mulher é fonte de amor que nunca seca, ainda que seja maltratada, desacreditada, humilhada, excluída, ela não perde a fé, sempre está disposta a ir a luta.



A história cristã ocidental se encarregou de culpar a mulher pelos erros do homem, afinal Eva no paraíso é que foi responsabilizada pelo erro de Adão, e isto tem custado caro às mulheres. Na idade média elas foram queimadas como bruxas pela Inquisição, nas guerras mundiais foram mortas e mandadas para os campos de concentrações perseguidas pelos regimes totalitários; e ainda hoje em algumas culturas elas são obrigadas a esconder o rosto e terem clitóris costurado na infância, refletindo a imposição da cultura masculina, em todas as partes do planeta a força da tradição irracional machista as obriga a serem cada vez mais fortes, a lutarem por direitos que os homens insistem em negá-las.



As conquistas ainda são poucas diante do que a mulher precisa e merece, mas são importantes como o dia 08 de Março – Dia Internacional da Mulher, um bom momento para refletir na condição de vida da mulher de hoje. E nos perguntamos o por que há tanta violência do homem contra alguém que só lhe dá amor ?

“Mulher, mulher na escola em que você foi ensinada jamais tirei dez sou forte mas não chego aos seus pés”


                * Texto produzido no ano de 2002, em Goianésia do Pará, pelos os autores em homenagem ao

Dia Internacional da Mulher. Neste momento, os autores eram educadores do Sistema de Organização

Modular de Ensino(SOME).

quinta-feira, 10 de março de 2011

CANAÃ DOS CARAJÁS


Uma das atividades pedagógicas que desenvolvo neste estado, está relacionada à pesquisa, tendo como recurso metodológico a História Oral. Quando trabalhei pelo Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), no ano de 2002, executei juntamente com alunos do ensino médio o projeto Canaã dos Carajás: Migração e Trabalho, o qual faço um relato de experiência de forma resumida.



Na apresentação do texto, faço as seguintes considerações: O presente trabalho faz parte da Disciplina História e tem como eixo temático: Migração e Trabalho, pois, com a exploração dos recursos minerais a partir do ano de 2002, através do Projeto Serra do Sossego, houve o aproveitamento da mão-de-obra de diversos lugares do Brasil nas empresas envolvidas: Mineração Serra do Sossego, Tempero, Via Dragados e outras. Dessa forma, com a chegada dos migrantes do Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará, trouxeram para o estado do Pará as receitas culinárias, formas de falar e vestir, suas músicas e danças, ofícios e técnicas que deram novos rumos às relações no município.



Quanto o Histórico e a Geografia, podemos dizer que Canaã dos Carajás surgiu da implantação do projeto agrícola de Carajás, através do extinto Grupo de Terras do Araguaia e Tocantins (GETAT), em 1984.



No início, a cidade tinha o nome de CEDERE II, que significa Centro de Desenvolvimento Regional. O nome Canaã dos Carajás só ficou consolidado no plebiscito que aconteceu no dia 21 de abril de 1994. Esse nome foi sugerido pela Igreja Evangélica Assembléia de Deus; pois, Canaã, é o nome da terra prometida por Deus aos judeus e, para eles, Canaã dos Carajás é a terra prometida dos Carajás ( Tribo nativa da região ) e também nome vinculado ao Projeto Carajás da Companhia Vale do Rio Doce.



A emancipação só aconteceu em 05 de outubro de 1994. O município foi criado pela Lei nº 5.860. Sua primeira eleição foi em 1996, quando foi eleito o primeiro prefeito e seus nove vereadores que formaram os poderes executivos e legislativos no município.



Com o desmembramento do município de Canaã do município de Parauapebas, ficaram assim os limites: Ao norte, Parauapebas; Ao sul, Água Azul do Norte; A Leste, Curionópoles e a Oeste, Sapucaia.



Quanto a economia, o período da ocupação, na região que hoje denominamos Canaã dos Carajás, foi marcada pelos três grandes projetos de assentamentos de Carajás, chamados Centro de Desenvolvimento Regional (CEDERE I,II, III) entre 1983 e 1984.



Nesse momento com a posse da terra, os camponeses assentados passaram a cultivar a agricultura familiar em nível de subsistência, além de produzirem, também, o excedente, que é vendido, para municípios circunvizinhos. Com a ocupação da terra, ocasionou-se o desmatamento desenfreado, o que facilitou a exploração de madeiras, principalmente, o mogno, já que a região é rica em madeira de lei. Além da exploração do mogno, outras espécies de madeiras tiveram grande influência, como: aroera, jatobá e axixá.



O fato de o município ser rico em terras férteis e a produção agrícola bastante elevada devido à cultura do arroz, milho e feijão que se destacaram, contribuiu decididamente para a expansão do grande número de famílias que acabaram fixando-se no antigo Centro de Desenvolvimento Regional (CEDERE II). Nessa ocasião, com a ocupação das fazendas Três Braças e Brasília duplicaram o número de habitantes no município e dessa forma, conseqüentemente, a produção agrícola.



A agropecuária era à base da economia de Canaã dos Carajás, sofrendo também influência das movelarias que transformam as madeiras de lei, principalmente, o mogno em móveis.



Durante, esse período em que estive por lá, era comum nos núcleos urbanos a presença de pequenos roçados, hortas caseiras e escolares, destinadas tanto ao consumo da produção local como também é utilizada como complementação da merenda escolar.

A agricultura vinha desenvolvendo gradativamente, pois, passou por mudanças profundas em técnicas de plantios, existindo também projetos implantados pelo Fundo de Desenvolvimento da Região Norte (FNO), com as culturas permanentes de café, coco e cupuaçu.



Naquele momento, quanto à pecuária, a cada ano que vinha percebia o aumento, em termos de pequeno e grande produtor. Queremos destacar o rebanho bovino que é voltado em grande quantidade para a produção de corte, e em menor escala para a produção de leite. Para o gado de corte temos frigoríficos e atravessadores que levavam para outros municípios. Quanto a pila Planalto.



Já na indústria, havia o setor oleiro que contribuía com a olaria na produção de tijolos e telhas e também o setor madeireiro, na produção de móveis. Outra categoria de produtos que integra a indústria de transformação eram os nossos recursos minerais como o ouro, cobre, níquel e ferro, com grande valor para o interesse econômico do município. As jazidas desses minerais encontravam-se na Serra Vermelha, Serra Azul e Serra do Sossego, que era consorciada da Companhia Vale do Rio Doce.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Depois do carnaval, as cinzas

                                                                             
                                                                                          Valdivino da Silva Cunha *


Dizem que no Brasil o ano só começa mesmo pra valer, depois do carnaval, se é que começa, aliás, até que começa, para alguns. O carnaval como se sabe, começou no século XI por ordem da Igreja católica. Ele antecede um período de quarenta dias de jejum, que é a quaresma que se inicia com a quarta-feira de cinzas, pra quem segue os dogmas do catolicismo.

Na contramão da Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda). E por falar em gordo, gorda está a conta dos nossos (infelizmente, nossos) parlamentares do Congresso que estabeleceram para si próprios um aumento de 61,8% em seus salários, com efeito, cascata para as Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Isso sim que é uma terça-feira gorda ! . Foram esses mesmos parlamentares que travaram um grande embate antes do carnaval no Congresso Nacional por conta do reajuste do salário mínimo. Alguns defendiam demagogicamente que o novo salário mínimo fosse elevado para R$ 600,00, (seiscentos reais) outros que ele ficasse em R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais) o qual prevaleceu.



Talvez por lapso de memória dos parlamentares, eles se esqueceram de contemplar nesse trem da alegria, seus pares como os mensaleiros, a família Roriz, o Juiz Lalau, o médico Roger Abdelmassih- prá quem não lembra ou não sabe, esse médico é um dos mais “famosos especialistas” em reprodução assistida do país, que foi indiciado pela Polícia Civil sob a acusação de estupro e atentado violento ao pudor contra ex-pacientes. Ao menos 60 mulheres dizem ter sofrido crimes sexuais durante consultas. Eles fazem tudo isso e se quer usam máscara, por mais que sejam caras-de-pau. O carnaval de bonecos que acontece em Recife deveria ser em Brasília, tinha tudo a ver.


O carnaval tem a incrível capacidade de mobilizar, aglutinar pessoas, seja no Sambódromo do Rio de Janeiro ou na Vila de Cumaru-Pa, só perde mesmo para o futebol. Se agíssemos assim também para os desmandos da saúde, da criminalidade e da falta de ética, o Brasil seria outros 500.



Depois da euforia e da embriaguez do carnaval, vem à dura realidade, a começar pelas estradas, mal sinalizadas e esburacadas que viram um prato cheio para os irresponsáveis alcoolizados. Se eles morrem sozinhos, vá lá, mas eles não morrem sozinhos.

                                                                     * Professor de Sociologia do SOME/SEDUC.Pa. e colaborador desta revista eletrônica.

Ressaca do Trânsito após o Carnaval




O  trânsito no sábado para a saída da cidade com o destino ao Carnaval para as  principais praças do Estado do Pará foi intenso, o congestionamento de Belém até a entrada de Mosqueiro foi intenso, só a partir daí é que o trânsito desafogava, assim repetiu o dia todo. Após o Carnaval, vem a ressaca depois de tomar muita "loira" durante a maior festa do Brasil.
Hoje a cidade já está voltando a normalidade, principalmente, a partir das 12 h. com abertura dos bancos e comércios.  As imagens do sábado e de hoje, retratam muito bem o valor do Carnaval para o estado e o Brasil.. 



                                            

terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES (I)


Hoje, Dia Internacional da Mulher, foi consolidado através da 2ª Conferência de Mulheres Socialistas , em Copenhagen, no ano de 1910, o 08 de março que é uma data de mobilização e luta das mulheres pela conquista de direitos, com certeza, em justa homenagem às 129 operárias de Nova York, mortas, queimadas, em reivindicações por melhores condições de trabalho e salários.

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

                                                              Ser Mulher...

                                                                     Frances Rodrigues Pinto

                                Ser mulher...
                                É inquestionável
                                Considerada frágil
                                Mas capaz de um gesto hábil

                                          Pode ser negra, loira, morena, ruiva
                                          Todas elas têm um charme especial
                                          Não tem nenhuma igual
                                          Cada qual com seu ideal.

                               São amigas, companheiras e conselheiras
                               Não dormem no ponto
                               Pois são muito trabalhadeiras
                               Em suas várias profissões.

                                          Profissões essas que são exercidas com
                                          Amor, carinho, dedicação e muita perfeição.
                                          Os homens que se cuidem!
                                          Estamos em todos os lugares.

                               Enfim ser mulher...
                               É ter o dom de gerar a vida
                               Que só Deus poderia dar
                               É aí que a mulher se completa
                               Não tendo mais nada para se falar.
                                  
                        

História de uma adolescente

Bem... Aqui começa a minha história de vida, então vamos bem de vagar para você poder entender, meus pais professores de história, se conheceram na Universidade Federal do Pará (UFPa) onde fica o rio Guamá aquela paisagem linda quando você olha,mais lindo ainda é o por do sol , mas vamos voltar ,deixamos a UFPa de lado e vamos voltar o que realmente importa: a minha história(lógico) ... Então mamãe e papai são professores de história e com isso gostaria que eu fizesse História o curso, mas, obviamente como qualquer adolescente que adora contrariar os pais (adolescente são assim eu reconheço) no vestibular não prestarei para história (não mesmo)... Você já percebeu que enquanto está lendo do nada pula para outro assunto?Sério ...Será que é muita informação hoje em dia?ou o relógio é que é rápido demais e você logo quer falar tudo? Sei não... Só sei que já deve estar cansativo isso ..(então voltaremos a fita )Voltando onde nasci , sou digamos, jurunense nasci na maternidade do povo ,exatamente berrando e aos gritos com muita fome ,sério eu era esfomeada logo quando nasci imagine agora, menos quando dá as loucuras de adolescente que se acha gorda e quer fazer regime e tal e tal... Pois é, maternidade do povo, hum bem de manhã cheguei ,qual o nome? Não, significado é melhor: rainha das palmeiras ,digo, Jussara (nada a ver com o time sou palmeirense abafa) sobrenome ? Inteligência... Sim aquariana nascida dia de chuva 31 de janeiro cheguei para o meu desespero já que não gosto muito de chuva e o último dia fala sério mas é a vida,para que reclamar já nasci né ,enfim ...Mas na vida a algo que temos que mudar porque é sua, seu futuro diríamos na palavra certa, o que você caro leitor pensa para seu futuro? Já imaginou e não conseguiu? Poxa não desista essa aprendi com meus pais eles devem ficar felizes aprendi ,que isso é uma lição de vida,pois, o mais importante é persistir já que errar é humano mas permanecer no erro é burrice ... Deve estar se perguntando o que você está fazendo de errado né? Acalme- se,respire e reflita ,como eu que nos meus planos tenho Direito e Psicologia diferentes né ?Bem distantes um do outro?Já disse que não sou cópia?Não tenho irmãos e digo eu sou mais eu ,sério não sigo moda eu faço a minha moda ...A única moda que deve ser seguido é ser você mesma isso é estar na moda ...Mas e você que moda segue? Basta se olhar no espelho, se você quiser modificar algo a vontade é só ser você e não ser cópia de modelo ou algo do gênero ...Na verdade sempre dizem que é cafona andar com as blusas de time ? Eu ando sem problema nenhum sempre tem alguns que ainda elogiam sua blusa é só perceber.. Um dia desses eu fui com a minha blusa do Palmeiras ,sim palmeirense mesmo não troco o jogo por nada (nada mesmo) , um segurança do shopping disse :muito bonita sua blusa,faz jus ao time ,toda a palmeirense é linda ...Sério se tivesse um buraco me enfiaria lá dentro e não sairia mais de lá, mas foi, e viu não achei cafona e ainda me elogiaram legal o segurança não? Pois sim já percebeu que adoro conversar, escrever se deixar passo dias aqui... Mas e você ?Já leu? Qual foi seu último livro que você pegou? Tirando o que você ler todas as noites para o seu filho? Leitura faz bem para qualquer um, eu por exemplo adoro ler ,de tudo sem preconceitos ,mas como qualquer adolescente gosta de Internet eu faço downlods de livros pela Internet ,se não tem nada para fazer (além de estudar) eu vou ler , sempre tem uns livros que são a cara da sua família é só prestar atenção e ler claro ,por isso que eu disse vá ler, é importante e tipo ...Até no ônibus pode ..Assim, acho que é isso a minha história ,quem sabe na próxima ou primeira e última não sei o futuro bem..é a gente que decide

Bjs obg pela atenção e lembre se fizer da leitura um hábito, é um lazer.

sábado, 5 de março de 2011

Escola Estadual Maria Gabriela, criando talentos, realizando sonhos !

Esta imagem retrata o compromisso social de uma das escolas públicas do Estado do Pará. Localizada no Conjunto Jardim Maguari , periferia de Belém- Pará, aprovou quinze alunos em Universidades Federal, Estadual e Particular.São os talentosos alunos que conseguiram passar pelo “crivo” do conhecimento.Para alguns a concretização de um sonho, para outros que não conseguiram a classificação o adiamento deste sonho.

Para nós educadores, estamos certos do dever cumprido, pois, a alegria deste novo patamar na vida desses alunos nos torna felizes e motivados         a       renovar a esperança de uma educação de qualidade.



sexta-feira, 4 de março de 2011

As lacunas da política educacional brasileira


                                                                                                            Fernando Capez

Vivemos nos dias de hoje uma crise geral. Fala-se em crise nos órgãos de segurança pública, no sistema penitenciário, no Direito Penal, na Febem, sempre desconsiderando o fato de que todo esse estado de coisas é um reflexo da crise da sociedade em seus mais amplos espectros.

A trajetória de violência que vem se desenvolvendo em nosso país é produto de uma das mais graves crises: a da educação, pedra angular da formação dos indivíduos e do Estado Democrático de Direito. Quando esse segmento da atividade humana fracassa, não há política de segurança pública que possa conter a onda de criminalidade.

Sem as normas educacionais, morais e religiosas, que atuam na formação e na inibição do indivíduo para a prática de crimes, dificilmente o Estado conseguirá conter a criminalidade. A sociedade desorganizada e deseducada continuará sendo uma “fábrica” de criminosos, e o Estado, na mesma proporção, continuará despendendo dinheiro público para conter tais criminosos.

É um grande círculo vicioso que só a educação poderá romper. No entanto, há anos o Poder Público atua com descaso na formação dos indivíduos. Muitas vezes as escolas construídas são verdadeiras mega-estruturas, como os CEUs, mas não contém o que realmente importa: condições para a formação do indivíduo como cidadão, isto é, como indivíduo construtor de sua trajetória individual e social. Sendo assim, o Estado Democrático de Direito, sem cidadãos formadores de opinião, participativos e conscientes, é uma verdadeira falácia.

O Poder Público se esquece que a formação do cidadão não se resume à construção escolas e à inserção dos menores nessa estrutura. Até porque a maior parte desses menores advém de ambiente familiar nocivo, onde imperam maus-tratos, drogas e álcool. E que é pior: os próprios menores já se encontram num quadro de alcoolismo e de dependência química.

Infelizmente, as escolas não têm estrutura nem um projeto para a fixação desses indivíduos nos bancos escolares. Mas como fixar as crianças e adolescentes nas escolas? Como fazer para que permaneçam nos bancos escolares sem que seja em troca de merenda escolar? Como estimular esses indivíduos para que o estudo seja um desafio em suas vidas?

Como podemos, ao lado da formação educacional, tratá-los psicologicamente, para que as frustrações pessoais não desencadeiem processos auto-destrutivos que levam às drogas, à bebida e ao crime? E como tratar aqueles que já se encontram nesse quadro?

Podemos fazer algumas constatações a respeito da atual crise no sistema educacional:

• Está havendo a politização da educação em detrimento de uma política educacional;

• A preocupação política reside em disponibilizar verbas sem ao menos ter uma proposta clara de Projeto Educacional;

• As tentativas feitas até então se distanciam da busca da reconstrução do indivíduo como cidadão crítico, criativo e participativo;

• O Estado buscou a universalização do ensino, a sua democratização através da construção de escolas, mas isso não implicou necessariamente na manutenção do indivíduo nos bancos escolares;

• Uma política educacional não se resume tão somente em verbas destinadas a cobrir as deficiências; ultrapassa esse plano, pois envolve pessoas com suas potencialidades e papéis a desempenhar na sociedade, que por alguns fatores de ordem social, econômica, cultural e educacional estão sendo desvirtuados das finalidades consubstanciadas nos proponentes da educação como processo formativo e informativo;

• É preciso que as autoridades tomem consciência da importância de se investir na educação como uma das formas mais relevantes de formação de cidadania no que diz respeito ao seu compromisso social, onde o indivíduo possa aprender a atuar conforme os padrões morais, éticos e legais, canalizando toda a sua potencialidade de forma transformadora.

Podemos concluir que:

• É preciso que se opere uma transformação do papel do professor como agente de mudança para as novas gerações. O professor é a pedra angular do projeto de transformação do indivíduo;

• É necessário encontrar formas de manter o vínculo do menor com os bancos escolares;

• Para que isso se dê, são necessários projetos em parceria, em que os esforços do Estado vão ao encontro dos da sociedade, destacando o papel das universidades, associações e fundações como mediadores nessa integração do sujeito em formação. Precisamos de um Projeto de Reconstrução da Cidadania;

• Há também a necessidade da instituição da escola em tempo integral, na qual se trabalha o aprimoramento da educação da criança nos aspectos físico, psíquico, intelectual e de socialização, onde haja uma grade de aulas diversificada, que inclua não só matérias curriculares, mas também extracurriculares, como artes, aulas de ballet, karatê, capoeira, artesanato, jogos intelectuais, xadrez, higiene pessoal, musicalização, formação humana, oratória para crianças, línguas estrangeiras, artes, literatura infantil, esportes, educação ambiental, entre outros;

• Ao lado disso, o Poder Público deve assegurar atendimentos por psicólogos e assistentes sociais a alunos das escolas públicas de educação básica que deles necessitarem;

• É preciso, enfim, ter em mente que a auto-estima do sujeito está vinculada à sua capacidade de percepção e consciência enquanto indivíduo autor e construtor de seu próprio projeto de vida. Quando se perde esse sentido, desencadeiam-se processos que o levam à sua própria autodestruição, levando às drogas, ao álcool e à violência. È fundamental despertar para o acompanhamento, tanto do ponto de vista da prevenção como do resgate da pessoa por meio da educação.

quinta-feira, 3 de março de 2011

TEATRO DA PAZ

Durante o período auge da borracha na Amazônia, no final do século XIX e início do século XX, a economia provocou enriquecimento de uma elite de seringalistas e comerciantes da região. Portanto, este seguimento experimentou uma fase de invejável prosperidade econômica. Esta elite sentiu necessidade de formar publicamente seu prestígio econômico através de um projeto de embelezamento e urbanização de cidades, tanto de Belém, capital do estado do Pará; como de Manaus, capital do estado do Amazonas. Durante este espírito modernizador da Belle-Époque, tendo como espelho a França, considerada, na época o berço da "civilização" ocidental.

A executação desse projeto na cidade de Belém implicava na construção de cidades adequadas ao estilo da modernidade na construção de teatros( Imagem Teatro da Paz ) , jardins, boulevares, praças, mercados públicos, entre outros espaços, tudo a ver no estilo francês.

Dessa forma, houve a necessidade e coube ao poder público disciplinar a modernização e o espaço urbano criando normas de convivência e circulação no espaço. Tudo isso em prol da modernização, e posição política que fazia com que fosse demolido casas populares e cortiços e logo em seguida a construção de prédios que atendesse o projeto de modernização.

As iniciativas e responsáveis por esse projeto foi Antônio Lemos em Belém e Eduardo Ribeiro governador do estado do Amazonas. Tendo como palavra de ordem das elites: sanear, embelezar e urbanizar, que teve este projeto materializado, através do poder público.

Sem dúvida, a influencia marcante nesta fase foi a arquitetura de ferro, que é um elemento marcante na paisagem urbana da cidade de Belém.    

quarta-feira, 2 de março de 2011

BALSA


Triste a situação de alguns municípios que dependem do sistema de travessia através das balsas, e olha só!

Dependente, conforme o horária que é realizado, às vezes tem gente que espera até mais de uma hora, conforme, o fluxo de deslocamento de transporte. Interessante, por exemplo, aqui perto de Belém, como em Penha longa, que liga Vigia para Colares, no final de semana a situação é séria. Em Bujaru, que liga Santa Izabel para Bujaru, Concórdia e Tomé-Açú, o problema não é diferente. Estive em Bujaru (Foto), e sentimos muita gente reclamando, sem contar que às vezes você tem que esperar outro horário, em virtude de ter chegado atrasado ou fora da hora. As pessoas tem que ficar condicionada ao horária da balsa.

Acredito e peço aos nossos políticos, que foram eleitos recentemente, que é possível planejar projetos e buscar finanças voltadas para construções de pontes que possam melhorar as condições de transporte para a população que tem necessidade.