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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A CABANAGEM: DAS IDÉIAS À REVOLUÇÃO

O 07 de janeiro de 1835 é uma data memorável se levado em conta que naquele período teve início a Revolução da Cabanagem, movimento que retrata a revolta de uma população que desejava no mínimo " o direito de lutar pelo que foi negado aos habitantes da região, o direito elementar da cidadania". A organização da sociedade Imperial com suas funções definidas foi fator determinante naquele momento, pois, a função da "boa sociedade" era governar, administrar,manter a "ordem" alijando a maioria da população desse processo, ou seja, é na distribuição das funções que aparece a marca daquela sociedade - a desigualdade social.
Assim o povo sofrido mostrou mais uma vez, agora na Província do Grão-Pará, que tinha que se organizar e lutar contra os responsáveis pela exploração social. O tráfico das idéias contribuiu decisivamente na organização dessa luta.

No ideário cabano salienta-se a figura de pessoas consideradas intelectuais como Felipe Alberto Patroni, Frei Francisco Luis Zagalo e o Padre João Batista Gonçalves Campos. Todos definidores do projeto político-ideológico no processo desencadeador dos acontecimentos revolucionários no Grão-Pará.As idéias incomodavam os representantes do governo central.

Batista Campos morreu acidentalmente em 31 de dezembro de 1834, sem poder ver o desfecho do seu ideal - a Revolução. Contudo, este fato foi o motor propulsor de união entre as facções no movimento cabano.

Os cabanos "basicamente índios, negros,mestiços de todas as combinações étnicas,libertos ou escravos, souberam organizar-se.E levaram sua luta às últimas  consequências até a tomada do poder".

Instalou-se o primeiro governo cabano com Félix Clemente Malcher,mas em virtude do seu autoritarismo foi deposto. Assumiu Francisco Pedro Vinagre.

Para sufocar o movimento cabano, chega do Rio de Janeiro o representante do Império,Marechal Rodrigues. Francisco Vinagre negocia o poder. Antônio Vinagre e seu grupo não aceitando esta negociação mobilizam pessoas do interior para o segundo ataque a Belém. Na Vigia assaltamo Trem de Guerra a fim de reforçar o armamento.

Um outro recurso utilizado pelo Império foi o Corpo de Trabalhadores,cujo objetivo era suprir a escassa mão-de-obra e sufocar imediatamente o movimento cabano.

O fim da Cabanagem representa também a extinção de muitos lugares,povoações, freguesias e vilas habitadas por tapuios e mestiços.O saldo humano foi muito pesado.Mas não devemos esquecer que a bandeira revolucionária era "Vencer ou Morrer". A maioria morreu.

Em outras palavras: "Os monstros da tirania cortaram cabeças e alimentaram-se de sangue. Tiveram forças para matar o corpo, mas (...) com suas baionetas e torturas, não puderam matar a idéia,porque está é sagrada e tão grande como o mundo. ... A idéia não morre", segundo Eduardo Angelim.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PROJETO PRAIA LIMPA

Foi executado o projeto praia limpa sob a liderança dos professores do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) Alan Gonçalves, Célia Gomes e Sandra Menezes, na localidade de São José, no município de Xinguara.

Segundo o projeto a praia do pontão, situada a cerca de cem quilômetros de Xinguara, localizando-se na Vila de São José, ilha que se mantém até hoje como um recanto de paz e tranquilidade. O nome da praia teve origem devido sua aproximação com a Vila do Pontão(TO), localizada às margens do Rio Araguaia,utilizada como ponto turístico há mais de duas décadas.

Considerada uma das praias banhada pelo Rio Araguaia formada por depósitos de areia que formam ilhas fluviais, as quais são compartilhadas por turístas de várias localidades do país e regiões próximas do Tocantins e Pará.

A coleta seletiva de lixos e plásticos, de garrafas, potes, que é de extrema importância para esta praia.

A implantação desse projeto de coleta começou com uma experiência-piloto,que vai sendo ampliada aos poucos. Toda atividade de recebimento de material reciclado foi reaproveitado e comercializado.

O projeto foi um sucesso, opinião dos professores.

 




sábado, 25 de setembro de 2010

ENCONTRO DE ESTUDANTES

Foi realizado nos dias 23 e 24 do mês corrente, no município de Abaetetuba o Encontro de Estudantes do SOME, tendo como tema Modular em Ação: 30 anos de Inclusão.

Com a presença de 400 pessoas entre estudantes, pais, professores e gestores do SOME,  o Encontro foi uma sucesso no Equatorial Park Center entre as diversas localidades que participaram temos Ajuaí, Sapucajuba, Rio da Prata, Rio Capim, Paruru, Xingu, Maúba, Guajará de Beja, Itacuruçá entre outros.

No primeiro dia pela manhã, o Encontro teve a presença do padre da Diocese de Abaetetuba Reginaldo tratando sobre a motivação em sala de aula.

Pela parte da tarde, a ex professora do SOME e mestranda Marina falou sobre seu objeto de Estudo que o SOME, falou sobre os recortes históricos que passou o projeto.Enfatizou um pouco da memória do SOME. Foi muito aplaudida pela exposição.

No segundo dia, pela parte da manhã, aconteceram oficinas que foram bastante concorridas as inscrições: Projeto de Vida, Técnicas circenses, Dobraduras, Recreação e Metodologia de projetos. Para os facilitadores, as oficinas foram dinâmicas e produtivas.

Pela parte da tarde, teve o futebol de campo entre professores e alunos, o placar foi de 2x2.

Ficando para completar e concluir o Encontro a Gincana cultural.

O Encerramento foi com o garoto e a garota do SOME, onde os casais representando as localidades através de lendas, mitos e danças demomstravam a cultura de seu povo.

Para a Secretaria Adjunta de Ensino  da Secretaria Estadual de Educação Ana Lúcia, o Encontro alcançou seu objetivo, que foi a integração e trocas de experiências entre as pessoas que participaram do Encontro.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

CONTRIBUIÇÕES DA ESCOLA PÚBLICA NO CONJUNTO MAGUARI




“Uma de nossas tarefas, como Educadores e educadoras é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para a transformação do mundo”  (Paulo freire)

Falar ou fazer educação não é uma tarefa fácil. A certeza que temos é que devemos olhar a educação como uma cultura construída pela sociedade, pois é um ato intencional. Sendo assim, convém fazermos as seguintes reflexões: Que tipo de educação foi construída ao longo desses mais de quinhentos anos de histórias em que estamos vivendo como cidadãos brasileiros?Os governos anteriores traziam para o debate a construção da política democrática e de qualidade? Pensava-se na construção de uma nova cultura educacional democratizando as relações de poder? Para responder essas perguntas é coerente citar um fragmento de um texto que trata da educação já no governo  do Presidente Luis Inácio Lula da Silva que diz o seguinte: “As políticas educacionais brasileiras  têm colocado destaque na Gestão,na Equidade e Qualidade, no financiamento e no Aperfeiçoamento Docente. O  desenvolvimento destas políticas  tem como objetivos a reorganização institucional e a descentralização da gestão; o fortalecimento das escolas (pedagógica,curricular,financeira),a melhoria da equidade, as reformas curriculares e o aperfeiçoamento docente.” (GONÇALVES,2003). Neste sentido, o Governo Federal, através da Lei n.9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e o Governo Estadual (Ana Júlia Carepa); por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) assumem o desafio e o compromisso de efetivar planos de ação, cuja política de educação básica do Estado do Pará está voltada para a construção de um projeto democrático e popular de sociedade. Percebemos, então que a educação atual tem como proposta a reforma educacional. Pois, a educação pública hoje, está oportunizando as discussões acerca das diversidades culturais, respeitando a educação dos quilombolas, dos ribeirinhos, das aldeias indígenas, etc. Portanto, o ensino público tem que estar pautado num processo interativo, através do qual educando e educadores aprendam sobre si mesmos e sobre a sua realidade, “para transformar o mundo” (Paulo Freire).

Diante do exposto, percebemos que a escola pública nos últimos anos tem avançado bastante seja em nível do município, do estado ou federal. Quando neste trabalho abordamos a escola pública do estado, percebemos que no cenário atual a tecnologia, as técnicas e recursos metodológicos utilizados principalmente pelos docentes demonstram que o avanço é significativo e importante para desenvolver e aumentar a intelectualidade da comunidade. Também, fundamentalmente a escola tem contribuído para formação cidadã das nossas crianças e jovens. Então, dessa forma estamos mostrando algumas experiências desenvolvidas pela Escola.

Um dos eventos considerado importante para comunidade do Conjunto Maguari, segundo a Professora de História Maria de Fátima Santos de Oliveira, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio do “Maria Gabriela Ramos de Oliveira” que é moradora  do Conjunto  Maguari desde l990,  foi a Caminhada da Cidadania, realizada no início da década de 2000. Para a professora ”. Esta atividade com teor pedagógico teve objetivo de conclamar a todos os estudantes e à comunidade em geral a fazerem  reflexões sobre o verdadeiro sentido da palavra independência nesse momento de comemorações da Semana da Pátria”.

Entre as reflexões feitas pela professora, ela diz “como podemos dizer que o Brasil é um país independente quando tem seu destino decidido não pelo seu povo, mas pelos bancos dos países internacionais! Esta longa história de submissão econômica do Brasil começou no período colonial e continua até hoje, cujo reflexo desta política é que a maioria do povo vive em condições miseráveis”.

Consideramos interessante o alerta da professora quando diz: “assim, queremos alertar a comunidade em geral que a Pátria Brasil não tem o que comemorar, a Pátria-Brasil está triste; - triste pelas crianças fora da escola; - triste pelas injustiças sociais; - triste pelo desrespeito aos idosos; - triste pelo desrespeito aos profissionais da educação e aos profissionais da saúde; - triste pelos que não tem teto, nem terra.triste porque nosso bosque não tem mais vida só fogo e fumaça...vejam o exemplo da Amazônia.
E finalizando acrescenta: “nesse sentido fazemos um chamado aos alunos e comunidade em geral para marcharmos juntos pela verdadeira independência e soberania, que será construída com liberdade, democracia e participação consciente daqueles que sonham com uma sociedade onde cada um de nós possa exercer o direito da cidadania”

Gestão Escolar: desafios de relações mais democráticas na escola “Maria Gabriela”.

Para a Diretora Maria Vanderli Maia do Espírito Santo da EEEFM “Professora Maria Gabriela Ramos de Oliveira” em uma “roda de conversa” com nossa equipe contou um pouco de sua trajetória na educação. Ela que já trabalha 28 anos no serviço público fez questão de falar das dificuldades encontradas na gestão escolar, relacionando a sua experiência pregressa com a experiência dos seus 13 anos a frente da escola.

Segundo ela enfrentou algumas dificuldades para assumir o cargo e uma das dificuldades era o acesso a escola, já que ela morava na Av. Bernado Sayão (atual Estrada Nova) o que ela considerava um obstáculo para aceitar a proposta. Mas aceitou, e resolveu se mudar para o Conjunto Maguari, assim ficando perto da escola. Porém, ela encontrou resistência por parte de alguns funcionários antigos e por parte da própria comunidade. Talvez o jogo de interesses políticos tenha proporcionado esta resistência. Na gestão anterior havia uma sala dentro da escola que pertencia ao conselho escolar, que muitas vezes apresentava obstáculos. Hoje, existe uma nova configuração de Conselho Escolar, o qual estabelece contribuições significativas no desenvolvimento das ações pedagógicas e administrativas.

Embora outra dificuldade ainda fosse encontrada pela diretora da instituição, como a precariedade da estrutura física e de pessoal, não havia servidores suficientes trabalhando na escola, o quadro de funcionários estava defasado, desde serviços gerais até técnicos em educação, vice-diretores e professores.  Ela comentou a dificuldade de contratar servidores, mesmo que ela conhecesse profissionais qualificados ela não poderia contratá-los, já que a escola é uma instituição pública e a responsabilidade pela contratação cabe somente a Secretaria de Estado de Educação.

A diretora se mostrou preocupada com a realidade da escola e ainda mais sabendo que os funcionários temporários deveriam deixar os cargos. Mesmo dentro desse quadro difícil que as escolas públicas se encontravam, pode-se dizer que a escola “Maria Gabriela” estava passando por um momento bom.

Segundo a Diretora, atualmente, a escola está desenvolvendo projetos educacionais significativos como: Xadrez na Escola, Mais Educação, O Boletim Informativo, Protagonismo Juvenil, O Projeto “ A Contribuição da História Oral no desenvolvimento político-pedagógico da educação pública” que tem como objetivo estimular a produção de conhecimentos sobre a realidade através da pesquisa, valorizando historicamente a memória e os relatos presentes entre os moradores da comunidade do Conjunto Maguari, com ênfase nos aspectos sócio-culturais, político e econômicos, contribuindo para o desenvolvimento da educação pública de qualidade;   espaços pedagógicos como: Laboratório de Informática e Laboratório de Ciências; O Projeto Sala de Leitura: um processo de ação e inclusão social , que tem como objetivo  fortalecer as ações pedagógicas realizada na Escola Mª Gabriela, com ênfase em ações educativas, culturais e de mobilização comunitária , estimulando a ampliação da visão de mundo do indivíduo através  das várias leituras existentes na sociedade, além do Programa Fortalecer em parceria com a SEDUC e UFPA. Nessa perspectiva a diretora diz estar satisfeita, pois esses projetos são idealizados pelos professores e recebem o apoio da SEDUC e do MEC, contribuindo para o desenvolvimento escolar, bem como da comunidade.
Ressaltamos que, o governo do Estado de Ana Júlia Vasconcelos Carepa, determinou concurso público para minimizar a defasagem dos governos anteriores em relação à mão-de-obra efetiva.

Atualmente, a escola Maria Gabriela está inserida no processo eleitoral para a escolha de uma nova direção, já que a atual diretora não se candidatará. Este será o último ano de Vanderli na direção da escola. Ela contou que está feliz com a realização desta eleição e acredita que a comunidade escolar irá escolher bem o seu sucessor (a). Durante esses 13 anos a frente da escola ela acredita que fez o melhor que podia dentro da gestão escolar.

Segundo a diretora, a violência é um tema decorrente nos noticiários paraenses e está presente na maioria das escolas públicas e particulares do nosso estado e do nosso país. Quando questionada sobre essa questão a diretora disse que a escola não sofre com a violência tão acentuada, visto que projetos pedagógicos como os acima citados contribuem para minimizar este problema social. Em todos esses anos houve apenas um caso relativamente grave de agressão, aonde ela chegou a ser ameaçada por um aluno, fora isso há casos isolados de brigas entre alunos que são facilmente resolvidos.

Uma outra Escola com destaque é EEEF  “Maria Estelita” que com a contribuição da Diretora Vírginia do Socorro Moraes e da técnica pedagógica Maria de Nazaré Machado  narraram suas histórias.

Segundo elas a Escola “Maria Estelita”, está localizada, hoje no Conjunto Maguari em Icoaraci. Esta escola foi fundada em 1988, através da luta da própria população, na gestão do Prefeito da época o senhor Paulo Falcão. A Escola por muito tempo fez parte do município de Ananindeua, já que o Conjunto Maguari era todo “fragmentado”, ou mesmo dividido de acordo com o domínio de várias empresas que tinham o poder das terras da época, mas vale lembrar que antes mesmo da chegada dessas empresas nas áreas do conjunto, já havia um número considerável de moradores residindo nessa região, com o discurso de “padronizar” o conjunto. Houve diversas tentativas de expropriação desses antigos moradores, por essas tais empresas, o que naturalmente gerou conflito e muita resistência, mas como a vitória dos moradores do conjunto pelas terras ocupadas na referida região, e com o próprio conjunto passando a fazer parte da Grande Belém, a escola foi cedida a Secretaria Estadual de Educação – SEDUC em 2007 pela Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua.


Até hoje a escola vem lutando para adquirir o reconhecimento “de estadual”, já que atendendo em forma de convênio, seus recursos são muito limitados e quase não suprem as necessidades básicas da população que depende dela. Por exemplo, o espaço da escola é muito reduzido em relação à demanda de alunos, a escola necessita de reformas e de contratação de novos funcionários; a situação financeira da escola é muito difícil como de todas as escolas públicas, mas pelo que se pode perceber essa escola em particular está em um degrau abaixo das outras, pois os recursos mínimos que recebe não cobrem suas despesas básicas.

Apesar das dificuldades e a falta de verbas enfrentadas pelos administradores e funcionários em geral da escola e da situação de convênio em que vive, a escola “Maria Estelita” , é responsável juntamente com a Escola “Santa Rita de Cássia” pela educação das crianças de primeira ao 5º ano do Conjunto Maguari e, sobretudo das que moram na redondeza dele, tendo em vista a carência da educação pública nessa área. As verbas repassadas à escola são investidas na sua estrutura, e, sobretudo na formação dos alunos, mas ainda é mínimo para se alcançar o patamar de uma escola pública de qualidade.

Em toda a história de luta e superação da escola “Maria Estelita”, teve por meio de influência política quatro diretoras, mas recentemente com a implantação do  Conselho Escolar, está sendo montado um processo eleitoral, baseado na eleição direta e representativa, fato que mostra que o início de uma gestão política e democrática na escola é possível.
Hoje a escola atende 453 alunos, contabilizando os turnos da manhã e tarde e três turmas da EJA à noite; a escola conta ainda com treze funcionários, além da diretora.  A escola tem seis salas de aulas, necessitando de reformas bem como todo o prédio da escola. Possui apenas dois computadores para atender toda a demanda.  A diretora reforça ainda, que apesar de todos os esforços dos funcionários os alunos ainda necessitam melhorar o rendimento escolar.

A solução dos problemas enfrentados pela Escola “Mª  Estelita” poderá ser minimizado com a regularização junto a Secretaria Estadual de Educação ( SEDUC) , no sentido de possibilitar os projetos diretos na escola , bem como reformas.Neste sentido, uma educação pública digna, seria a chave para a abertura das portas de uma educação de qualidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO DO CONJUNTO MAGUARI




O nome do rio, que deu nome ao conjunto, está relacionado ao pássaro Maguari. Esta ave pode ser encontrada em grande quantidade na América do Sul, tornando-se comum em alguns estados do Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul e restrita na região Nordestina e Amazônica. Dependendo da localidade, recebem várias denominações como Cegonha, Cauauná, Cauauã, João-grande, Maguarim e outros.
   
Segundo pesquisa realizada pelos estudantes-pesquisadores, esta denominação ao rio é pela presença das aves à sua beira. Dessa forma, não podemos negar que os primeiros moradores ao redor contribuíram decisivamente para o nome, inclusive fazendo relação e estando presente no imaginário da população ribeirinha com as lendas e contos populares. A Amazônia brasileira da qual o Pará faz parte, é rica em lendas. Essas lendas em sua grande maioria estão relacionadas com as abundantes águas amazônicas, uma de suas riquezas maiores. São delas que o ribeirinho retira grande parte de seu sustento, é pelas águas também que entra e sai grande parte das riquezas amazônicas e como disse o poeta Rui Barata os rios (incluindo-se nesta nomenclatura além dos “rios propriamente ditos, os furos, os igarapés e o oceano) são as ruas”.

Segundo fontes históricas, o povoamento à beira do rio se deu no século XIX e possui cerca de sete (7) Km de curso, desaguando no rio Benfica. O rio serve de escoamento e locomoção da produção e dos ribeirinhos que residem na beira e nas ilhas que dependem dele, seja através do “casco” (canoa), seja os “pô-pô-pôs” ou “rabetas” e “catraias”. Ao longo de sua orla, estão instalados portos, que servem para o escoamento de madeira, e de tijolos, que têm origens duvidosas, pois, alguns desses portos não cumprem as leis ambientais, uma vez que não respeitam o limite mínimo estabelecido para suas instalação, além de estarem instalados em “terrenos de marinha”, e também áreas do entorno do rio ocupadas pelas construções de casas de forma desordenadas , carentes portanto de fiscalização por parte do poder público. Se não fosse o conjunto de situações, que margeiam a parte detrás do Conjunto, este, seria sem sombra de dúvidas um do mais belo conjunto habitacional, pois, teria sua “ janela “ para o rio Maguari. 
  
O Conjunto Residencial Jardim Maguari localiza-se às margens da Rodovia Augusto Montenegro, Km 09, área metropolitana de Belém, limita-se ao norte com o bairro do Tenoné, a oeste com a Rodovia Augusto Montenegro, a leste com o rio Ariri e ao sul com o Conjunto Satélite. 
 
Tendo como principal objetivo atender a classe média baixa, principalmente, os funcionários públicos e profissionais liberais, o conjunto foi projetado para 2500 unidades habitacionais distribuídas em 33 alamedas. Seu processo de construção deu-se no final da década de 70 e início de 80, do século passado.
Após a entrega das chaves pelas incorporadoras aos proprietários, estes, naquele momento, consideravam o conjunto residencial muito distante do trabalho e do centro da cidade. A compra desses imóveis tinha dois objetivos que eram: adquirir um bem longe do centro da cidade que servisse de refúgio aos seus proprietários, e o outro, para a especulação imobiliária. Portanto, moradia propriamente dita, era uma opção secundária. Estes, e outros fatores contribuíram para o abandono das casas, que por sua vez estimularam o processo de ocupação, haja vista a grande quantidade de imóveis prontos a serem habitadas e uma legião de “sem tetos”, muito embora essa denominação seja posterior à ocupação do conjunto. 
 
O conjunto possui cinco tipos de casas A, B, C, D, E. É composto por quadras e alamedas. As plantas das casas foram vendidas a partir do ano de 1978. À proporção que as casas iam ficando prontas eram entregues as chaves das casas. A construção das casas do conjunto tinha como principal objetivo atender os funcionários do centro administrativo da Secretaria Estadual de Educação - SEDUC. A divisão das financeiras ficou assim: da primeira alameda a vinte seria da financeira SOCILAR e dos vinte e um a alameda trinta e três pertenceria a VIVENDA. 
 
A priori o saneamento básico era satisfatório e as ruas eram todas asfaltadas. Quanto ao meio de transporte, era ineficiente, já que o Conjunto Maguari era beneficiado apenas pelos ônibus que passavam na Rodovia Augusto Montenegro, que eram os ônibus que atendiam o bairro de Icoaraci. A questão do transporte ineficiente para atender a demanda dos moradores sempre foi um dos grandes problemas do Conjunto, só melhorando muito recentemente.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A CONQUISTA DO SISTEMA MODULAR

 
 
 
A educação, especialmente no que pertine a democratização do ensino básico, médio e superior, ainda se constitui em um grande desafio para todos nós brasileiros, especialmente os amazônidas, que vivem em regiões inóspitas, sob a esperança de um dia ser em parte integrante da comunidade científica que os visita e os perquire, despertando-lhes a curiosidade dos que se lançam mata a dentro, na avidez da descoberta de novos recursos biológicos, advindos de  nossa biodiversidade, para a consecução de novas opções terapêuticas, consubstanciadas em nossas rubiáceas, que distinguem-se no estuário de nossa Hiléia que, assim, permanentemente ou secularmente, vão sendo úteis à humanidade.


O SOME, Sistema de Organização Modular de Ensino, hoje espargindo-se por quase todo o Estado do Pará, alcançando as populações mais carentes e  até então totalmente ilhadas por longos anos, sem serem alcançadas pelos braços do direito constitucional do saber, sentem-se imensamente felizes com a seriedade que começa a ganhar contornos de realidade neste projeto altaneiro. A recente posse do professor Ribamar de Oliveira, à frente dos destinos do ideário do SOME, se constitui num aceno de esperança e obrigatoriedade com os compromissos pela formação dos excluídos do saber, que povoam o estuário amazônico. Não temos como escopo, nessa missiva, estabelecer parâmetro algum, com a administração que sucede; queremos, tão somente por conhecer a índole e o idealismo do professor Ribamar de Oliveira, que acaba de  ser investido na Coordenação do Sistema, um amazônida, absolutamente afeito às lutas e ao idealismo da democratização do ensino público com extensividade; que a partir de agora terá a incumbência mais que administrativa, mas, sobretudo, sociólogica, de fazer destes rincões paraoaras, desta feita alcançados pelos braços do saber, um território não só brasileiro, pelas demarcações das paralelas geográficas, mas, sobretudo, pela formação, pela educação, pelo fruto do saber e, especialmente, pela consciência científica de nossa brasilidade. Parabéns, governadora Ana Júlia, este não foi só um mero ato da rotina administrativa, mas sim um passo largo ao futuro promissor de consciência da soberania amazônica com a inclusão social, a se realçar como um tanque de combate mais eficiente na defesa da integridade territorial sempre ameaçada pelos profetas do separatismo: a Conquista do Saber.      


Matéria publicada no Jornal O Liberal do dia 23/03/2009, de autoria da professora de Educação Física do SOME,  Maria da Conceição França Macedo.    

domingo, 19 de setembro de 2010

XADREZ NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Um dos projetos executados pelo Núcleo de Esporte e Lazer (NEL) da Secretaria Estadual de Educação é o projeto Xadrez nas Escolas para às escolas públicas do ensino fundamental e médio.

Segundo o projeto, através do NEL a  Seduc promoverá o projeto Xadrez nas Escolas, que visa mostrar como o Xadrez é um poderoso instrumento pedagógico, estimulante das habilidades cognitivas, tais como: atenção, memória, racicínio lógico, inteligência, imaginação e etc.; capacidades fundamentais no desenvolvimento futuro do indivíduo.

Geralmente, o projeto propiciará a capacidade de professores do Ensino Fundamental e Médio para ministrarem aulas do jogo de Xadrez, tornando-o um importante meio da melhoria do poder de concentração com a  consequente otimização do aproveitamento dos alunos nas disciplinas escolares.

Seu principal objetivo é democratizar o acesso da população escolar à prática do Xadrez como um instrumento pedagógico nas escolas públicas estaduais.


sábado, 18 de setembro de 2010

SOME: ENCONTROS REGIONAIS




O Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), realizou nos dias 02 e 03 de julho do corrente ano o encontro, tendo como tema: " O SOME e as políticas educacionais no percurso de 30 anos". O local foi no salão paroquial do município de Acará, aqui no estado do Pará.

Em sua apresentação, o Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) é um projeto criado em 1980 com o objetivo de ofertar a educação básica. Hoje atende 96 municípios do Estado do Pará, presente em 425 localidades, seguindo rigorosamente a matriz curricular em vigor.

Em 2010 o Some comemora 30 anos de implementação de ações pedagógicas, valorizando o cidadão do campo, atendendo atualmente uma média de 32.000 alunos, que não precisam sair de sua região para concluir o Ensino Médio, e alcançar seus objetivos profissionais.

Neste contexto, foram propostos a realização de Encontros Regionais, para que coletiva e democraticamente, os agentes integrantes do projeto possam comemorar, refletir e lançar novas propostas de atendimento aos alunos que fazem parte do SOME.

Nos dias 02 e 03 de julho de 2010 a caravana do SOME, esteve no município de Acará que pertence à 3ª URE-Abaetetuba, o qual contou com cerca de 850 alunos, distribuídos em 09 localidades, para realização da 1ª edição do circuito de Encontros Regionais em comemoração aos 30 anos de vitórias e conquistas para o povo do Pará por meio do SOME no estado do Pará.

O seu principal objetivo foi proporcionar momentos de integração e reflexão entre agentes constituidores do Ensino Modular no estado do Pará.

O Encontro foi destaque para a comunidade acaraense.     

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

Está acontecendo no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, começou ontem(16.09.2009) e vai até amanhã(18.09.2009) o IV Seminário Estadual de Educação do Campo e II Seminário Estadual de Juventude do campo, promovido pelo Fórum Paraense de Educação do Campo e de instituições de ensino superior e das entidades/movimentos sociais que lutam por políticas públicas de qualidades.
O principal objetivo é aprofundar o debate sobre a elaboração e implementação de políticas públicas para a educação do campo e desenvolvimento rural na Amazônia Paraense.
No primeiro dia do evento o Painel de Abertura, tendo como tema: "Educação do Campo,políticas públicas e movimentos sociais: realidades e desafios para a Amazônia Paraense".
Na exposição representando a Secretaria Estadual de Educação o prof. Wilson Barroso falou sobre as ações do governo do Estado na Secretaria Estadual de Educação; o pesquisador Guilherme Carvalho do Forum da Amazônia (FAOR), frisou sobre os impactos da política energética na Amazônia; pelo Forum Regional da Educação do Campo do sul e sudeste expôs o Prof. Evandro enfatizando a importância da educação e a política governamental para o campo.
Pela parte da tarde, a profª. Jaqueline Freire tratou sobre a educação para a Juventude no campo.
Após o intervalo, foram formados o Grupos de Trabalho(GT).

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

VISITA Á U.H.T.

Durante o desenvolvimento do segundo módulo na EEEFM Wilson Bahia, na localidade de Vila Aparecida no município de Goianésia do Pará, foi executado o projeto pedagógico, tendo como tema A Visita à Usina Hidrelétrica de Tucuruí e municípios em torno, com a liderança da professora Elenir Diniz.
O principal objetivo foi conhecer a realidade regional de acordo com o contexto natural, político, econômico e cultural dos municípios em torno da barragem de Tucuruí.
A excursão à região do baixo tocantins, tinha como justificativa, que tendo como o educador como mediador do processo ensino e aprendizagem deve estimular o pensamento do estudante a fim de corresponder aos princìpio do  ensino na LDB nacional..
De acordo com o conteùdo trabalhado , tendo como tema " A matriz energètica " incluindo a Hidrelètrica de Tucuruì foi constatado pela professora a necessidade dos alunos conhecer "in-locun" o processo de geraçao e transformação de energia, bem como as diferentes formas do contexto regional.
Segundo o projeto é dessa metodologia que farà o aluno torne-se mais participativo nas aulas e proporcionarà novas perspectivas para sua vida profissional e pràtica social.
Para a professora de Geografia Elenir Diniz, o projeto foi excelente. 



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XADREZ NA ESCOLA. UMA ESTRATÉGIA PARA A PAZ

Sob a coordenação do professor de sociologia marcos sousa é executado na 

EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira", do Conjunto Maguari, em Belém 

do Pará o projeto Xadrez na Escola. Uma estratégia para a paz.

O projeto tem como objetivo geral estimular o desenvolvimento criativo da 

cultura de paz e da cooperação no ambiente escolar através da utilização 

extracurricular do xadrez.

Seu público alvo são os estudantes do ensino fundamental e médio, 

professores e interessados da própria comunidade.

Dentro das ações previstas: 1ª Fase : Oficinas sobre história e regras do 

xadrez; na 2ª Fase: Mostra e 3ª Fase intercâmbio interescolar de xadrez.

O projeto já há uma disseminação na escola e com sucesso.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

PROPOSTA DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

O professor de Geografia do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) desenvolveu uma proposta pedagógica da disciplina de Geografia, no ano passado em diversas localidades.
Na introdução a proposta traz uma visão integral e sintética da disciplina de Geografia para o ensino fundamental e médio.
Ela contém alguns elementos como : Justificativa, Objetivos, Conteúdos temáticos, Procedimentos metodológicos, Propostas de atividades, Recursos pedagógicos e avaliação.
Segundo a proposta esses elementos foram pensados segundo uma abordagem metodológica socioconstrutivista e crítica da geografia. Neste caso, são destacados os conteúdos com enfoque na transformação das paisagens pelo trabalho humano e na problematização dos temas. Procura contribuir para o desenvolvimento das capacidades básicas do pensamento crítico e autônomo do aluno. Além disso, as atividades propostas possibilitam ao aluno construit conceitos a partir de seu espaço de vivência.
Na justificativa, a proposta para o ensino fundamental e médio fundamenta-se na visão de Geografia que possibilite um ensino moderno, que trabalhe a construção de conceitos, noções e habilidades cuja aplicação seja evidente para a vida do cidadão e conteúdos e metodologias que o levema compreender o mundo em que vivemos.
O seu principal objetivo era contribuir para o desenvolvimento de capacidades básicas de pensamento crítico, criativo e autônomo do aluno para que ele torne um ser atuante e transformador, ou seja, interfira de maneira consciente nos processos sociais numa perspectiva de mudanças, em escala local e global.
  

sábado, 11 de setembro de 2010

DSTs EM DEBATE

No segundo módulo na Escola Reunidas de Fernandes Belo, foi apresentado o projeto de campo como parte complementar de carga horária da disciplina de Biologia referente ao II módulo realizado na comunidade de Fernandes Belo no município de Viseu-Pa.

Segundo o projeto, as DSTs em outras épocas eram chamadas de doenças venéreas que são causadas por várias bactérias e vírus que existem em mais de 20 doenças sexualmente transmissíveis e que afetam homens e mulheres.

Os riscos que essas doenças trazem a sociedade são muitos sérios e tornaram-se um grande problema de saúde pública, por esse motivo a relevância de estar informando a comunidade escolar e local é muito importante para que se possa ser tomadas as medidas profilaxias os verdadeiros objetivos que é a informação dos alunos dos ensino médio do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) e a comunidade de Fernandes Belo, em Viseu, no Pará.

A exposição foi realizada pelos próprios alunos, que pesquisaram os temas atribuidos pela Professora Érica Araújo , tais como Gonorréia, Condiloma acuminado, Pediculose pubiana, Tricomoníase dentre outros. Participaram do projeto todos os alunos de 1º e 3º ano do ensino médio do Ensino Modular da disciplina de Biologia, os demais alunos participaram visitando painéis, recebendo orientação através de cartilhas informativas e assistindo os documentários sobre prevenção das DSTs, produzidos pelo Ministério da Sáude.

O principal objetivo foi informar a comunidade escolar e local a respeito da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.

As metodologias utilizadas para divulgação das informações pesquisadas, foram painés, cartilhas educativas, documentários, projetor multimídia, noteboock para transmissão dos vídeos do Ministério da Saúde a respeito das DSTs.

Dentro de uma carga horária de 20 h. distribuídas das seguintes formas: Orientação das equipes com cada tema distribuído pela professora; produção de material didático e culminância do Projeto.

Para a professora Érica Rodrigues de Araújo, foi um sucesso, inclusive com apoio de sua equipe.



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PROPOSTA DE ENSINO DE BIOLOGIA

No ano de 2008, nas localidades onde funciona o Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), no município de Santarém, foi executado a proposta pedagógica do ensino da disciplina de Biologia pelos professores: Alena Maísa Batista Paulino, Doriane Ribeiro da Silva, Maria Suely da Silva Rêgo, Mary Solange Sousa Monteiro e Richardson Sousa Campos.

Para o 1º ano, a referida proposta tinha como objetivo geral contribuir para o desenvolvimento do aluno como um todo, preparando-o para que esteja apto a dominar o seu meio físico e social, bem como favorecer o desenvolvimento cognitivo e aguçar o seu poder de discernimento, a fim de poder interferir na sua realidade com responsabilidade e respeito ao ambiente.

Dessa forma, podemos perceber que enquanto objetivos específicos, foram os seguintes: Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia; Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos; Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais,religiosos e tecnológicos; Conhecer diferentes formas de obter informações( observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo; Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos; selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados coletados; Identificar os níveis de organização dos seres vivos: da célula ao organismo; Relacionar os componentes químicos às estruturas celulares e suas respectivas funções; Analisar a importância das substância( inorgânicas e orgânicas) essenciais ao metabolismo humano,enfatizando as fontes alimentares regionais; Diferenciar células procarióticas de eucarióticas; Descrever processos de transporte ativo e passivo de substâncias através de membranas biológicas, enfatizando a importância dos mesmos na defesa e nutrição dos organismos; identificar as organelas citoplasmáticas e os componentes do citoesqueleto, descrevendo sus estrutura e funções; Estabelecer diferenças entre células animais e vegetais e Reconhecer a importância dos processos de fotossíntese e respiração celular relacionando-os às demais funções celulares; entre outros.

Levando em consideração a organização e seleção dos conteúdos, temos, segundo a proposta para o 1º  Ano.

No 1º Bimestre : A Biologia como ciência; Características dos seres vivos; Níveis estruturais de organização dos seres vivos; Composição química da célula; A água e os sais minerais; Proteinas; Vitaminas; Uma visão geral da célula e Biomembranas.

Para o 2º Bimestre:  Componentes estruturais do citoplasma; Retículo endoplamático; Mitocôndrias; Cloroplastos  e Quimiossíntese.

Para o 3º Bimestre: Núcleo; Ciclo celular e a função das ciclinas no ciclo celular.

Para o 4º Bimestre: Reprodução Humana e Embriologia.

Sua metodologia para o série acima: aulas expositivas e dialogadas; pesquisas bibliográficas; leitura de textos

e seminário.

Enquanto sua avaliação: interpretação de textos químicos; participação oral e escrita nas aulas; teste escrito

e avaliação bimestral.








   
       

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

TRABALHANDO A TEMÁTICA NEGRA

A Lei Federal de nº10639/2003, torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo oficial de Ensino e à regulamentação da Lei 10639/2003 pelo Parecer CNE 3/2004 e pela Resolução CNE/CP 1/2004 que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. De acordo com o parecer, é fundamental fazer abordagem da pluralidade cultural e a diversidade étnico-racial da nação brasileira, corrigir distorções e equívocos em obras já publicadas sobre a história , a cultura, e identidade dos afro-descendentes, sob a supervisão do Programa Nacional de Bibliotecas Escolares (PNBE). Esses dispositivos contribuem para que educadores, gestores, leitores etc.Possam redimensionar as práticas de leitura como também trazer para o debate no ambiente escolar possibilidades de uma educação anti-racista .(MEC-Programa Ética e Cidadania)

Sabemos que no ambiente escolar é possível desenvolver várias atividades referentes a negritude ,pois está presente na música, na literatura infanto-juvenil, em filmes, telenovelas, obras literárias de autores paraenses , nacionais , internacionais etc . As escolas tem o acervo nas Salas de Leitura e /ou. Bibliotecas. Então, que tal usarmos de criatividade e não deixar o racismo naturalizar-se? A seguir uma amostra destas possibilidades.

1 – NA MÚSICA

1.1. FILHOS DE GANDHI ( GILBERTO GIL )

OMOLU,OGUM, OXUM,

OXUM MARE , TODO O PESSOAL,

MANDA DESCER

PRA VER FILHOS DE GANDHI

IANSÃ, IEMANJÁ

CHAMA XANGÕ

OXÓSSI TAMBÉM

MANDA DESCER

PRA VER FILHOS DE GANDHI

MERCADOR, CAVALEIRO DE BAGDÁ

FILHOS DE OBÁ

MANDA DESCER

PRA VER FILHOS DE GANDHI

SENHOR DO BONFIM,

FAZ UM FAVOR PRA MIM,

CHAMA O PESSOAL,

MANDA DESCER

PRA VER FILHOS DE GANDHI.

OH! MEU DEUS DO CÉU, .........

Filhos de Gandhi, é o nome de um dos mais famosos grupos de afoxé dos carnavais da Bahia.O afoxé é um cortejo que sai pelas ruas de Salvador, celebrando os orixás, sendo por isso conhecido como candomblé de rua.....Mercador, Cavaleiro de Bagdá e Filhos de Obá são três afoxés, a quem o autor rende homenagem.

2 – A PERSONAGEM FEMININA NEGRA NA LITERATURA INFANTO -JUVENIL( LIVROS/DVD)

CONTOS AFRICANOS

O MENINO NITO

A MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

BICHOS DA ÁFRICA 1 e 2

CAPOEIRA ,JONGO E MARACATU

OS REIZINHOS DO CONGO

CONTOS AFRICANOS

COMO AS HISTÓRIA SE ESPALHARAM PELO MUNDO

IFÁ,O ADVINHO

A BOTIJA DE OURO

OS PRESENTES DE OSSANHA

ANA E ANA

PIRILAMPÉIA E OS DOIS MENINOS DE TATIPURUM

BRUNA E A GALINHA D’ANGOLA

BERIMBAU

O FILHO DO VENTO

O MENINO INESPERADO

LILI,A RAINHA DAS ESCOLHAS


FONTE: LIVROS ANIMADOS COL. COR DA CULTURA/DVD W.W.W.acorda cultura.org.br


3-OUTRAS POSSIBILIDADES DE REPRESENTAR E VALORIZAR A PERSONAGEM NEGRA .

3.1-A COR DA TERNURA, de Geni Guimarães(1989),aborda descobertas e mudanças no corpo de Geni até sua passagem para a fase adulta, apresentando suas dificuldades em (re)construir sua identidade como negra.

3.2- RAINHA QUIXIMBI, Joel Rufino dos Santos (1986),Rei Chibamba, cola as pernas de Quiximbi , transformando seus pés em rabo de peixe. Ele transformou-a em sereia por temer que os homens não a deixassem em paz caso ouvissem seus cantos de amor.

3.3 – NA TERRA DOS ORIXÁS , Ganymedes José( 1988), o livro se refere a alguns orixás femininos que ainda circulam pouco no universo da literatura como: Nanã, divindade dos pântanos; Iemanjá ,rainha das águas salgadas; Obá, orixá do rio,é forte , corajosa e ciumenta ; Iansã divindade dos ventos e das tempestades, mulher independente, não tem medo de nada; Oxum, é o orixá das águas doces e dos metais preciosos, também é protetora das crianças e considerada deusa do amor.

3.4 - CHICA DA SILVA, A MULHER QUE INVENTOU O MAR,Lia Vieira(2001),a narrativa remonta à época da escravidão.Chica,é uma mulher negra com belos traços e porte altivo.No geral, descortina a imagem da mulher serviçal, que tem pensamento próprio e com idéias de liberdade numa sociedade Patriarcal e machista.

Aí está uma pequena contribuição de pesquisas do mundo da leitura afro. Ao pesquisar outras obras você pode perceber a valorização da mitologia e a religião de matriz afro.Soma-se a isso, a valorização da mulher através de personagens principais femininas negras. Elas passam a ser representadas com tranças de estilo africano, penteados e trajes variados. Enfim, muitas outras pesquisas trazem análises críticas sobre obras literárias anti-racista no Brasil.

4-REALÇANDO A NEGRITUDE (TRECHOS LITERÁRIOS)

ABDIAS NASCIMENTO ”no auge de seus 95 anos , ensina uma lição de vida a todos os negros deste país.É lamentável que pouca gente conheça a sua rica história de militância”- (depoimento)

Revistaraçabrasil.blog.uol.com.

BENTO BRUNO DE MENEZES COSTA- jornalista ,folclorista, pesquisador, escritor,funcionário público, negro e poeta(1893-1963), é o patrono, em 2010, da XIV Feira Pan-Amazônica do Livro com o tema África que fala português :Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné- Bissau,São Tomé e Príncipe. “A influência africana,que, segundo a Professora Annunciada Chaves, o poeta assimilou diretamente nos subúrbios da capital guajarina, no Umarizal, na Cremação, na Pedreira, no Jurunas (bairro em que nasceu) nos terreiros de macumba, nas rodas populares do Ver-o –Peso e dos cais do porto”, está presente, com a força de uma sensualidade rude, de um ritmo vibrante em seu livro mais conhecido, Batuque, de l931.

Jornal Diário do Pará-29/08/2010. Eliaspintopa.@uol.co.br

DALCIDIO JURANDIR RAMOS PEREIRA, jornalista,comunista, negro,nascido em Ponta de Pedras,na Ilha do Marajó-PA, em 10/01/1909 e falecido em16/06/1979. Na temática amazônida é autor de 10 obras . No romance Passagem dos Inocentes(1984, p.25 ), faz destaque da mulher negra. Veja a seguinte narrativa” Estava ali a Amélia,quem visse a Amélia o soubessem quem pretinhazinha(..).Dalcídio, também é autor do romance Linha do Parque, o qual foi publicado em Moscou , no ano de 1962, portanto, o único produzido no exterior.

GILBERTO GIL – Gil e Caetano não escaparam à repressão e, em 1968,estão presos e de cabeça raspada. Os motivos, já sabemos, através da música faziam denúncias sociais e isso incomodava os governantes daquela época. Na virada da década , 1979, coberto de trancinhas arrematadas por contas coloridas, um olhar cada vez mais brilhante Gil- reluz. Os diferentes aspectos da cultura afro-brasileira são temas marcantes na obra de Gil ( Literatura comentada-textos selecionados –( Gilberto Gil.)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – História da Educação do Negro e outras histórias . À luz da trajetória educacional dos negros, esta obra, sexto volume da Coleção Educação para Todos, reúne com rigor metodológico artigos que acenam propostas político-pedagógicas anti-racistas. Governo Federal/UNESCO.

REVISTA RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E DE GÊNERO Faz uma síntese sobre o curta-metragem o XADREZ DAS CORES. Conta a história de Cida , uma mulher negra de quarenta anos que vai trabalhar para Maria, uma senhora de oitenta anos que é extremamente racista. Cida, decide lutar pela sua liberdade de expressão e dignidade. Neste jogo de relações , o jogo de xadrez vai decidir como se resolve questões de preconceito e discriminação.MEC.Programa Ética e Cidadania. Gov.Fed. 2007.Gênero: Ficção Duração: 22 min

VICENTE SALLES-Nasceu na Vila de Caripi,Município de Igarapé –Açu.Pará, em 27.11.1931 . Estudioso da música, da literatura, do folclore, tem sido um dos mais importantes historiadores do Pará . A Obra O Negro na Formação da Sociedade Paraense. Ed.Paka Tatu, 2004 ) Veja o que diz outro historiador paraense “Convém destacar o que dá sentido a esses textos reunidos: o estudo da importância da presença e contribuição africana e negra para a constituição da sociedade nortista, afinal a Amazônia, não foi nem é, tão somente mameluca .”(José Maia Bezerra Neto-UFPª).

ZÉLIA AMADOR ,na obra Raça Negra:a luta pela liberdade , a autora diz o seguinte” É bom lembrar que o racismo é uma espécie de doutrina que prega a existência de raças e que umas são superiores e outras inferiores ; o preconceito, por sua vez, é um conceito prévio/concebido e tanto o racismo quanto o preconceito estão no campo das idéias, já a discriminação é a prática do racismo e do preconceito.

*Resumo de obras que fazem parte do acervo da Sala de Leitura, da Escola Estadual de Ensino Fund.Médio "Mª Gabriela Ramos de Oliveira"-ProfªMariadeFátima Santos deOliveira-Disciplinas: História/ Estudos Amazônicos/m.fatima.oliveira2009@gmail.com

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PLANO DE CAMPANHA DE ELEIÇÕES

Enquanto candidato(a) a qualquer processo eletivo a pessoa terá que fazer reuniões de estudos, as pesquisas são fundamentais; além, claro de oficinas temáticas, incluindo a sistematização de dados que instrumentalizem a construção do projeto político.
Na apresentação é importante o candidato, ressaltar a visão geral de suas propostas, assim como buscar forças que possam contribuir na campanha.
Dentro do objetivo geral o candidato(a) terá de desenvolver estratégias para o processo eleitoral e detectar espaços onde apresente pontecialidades.
Claro, nestes objetivos ele fará um mapeamento eleitoral, terá que utilizar ferramentas para elegê-lo como boca de urna, marketing eleitoral, articulação com a comunidade e trabalho com "formiguinha", contabilizar aliados, agenda política e cultural. 



RIO ITACURUÇÁ - História e Memória (Coletânea de Textos)




Em abril de 2008, o projeto Rio Itacuruçá : História e Memória,  foi executado pelos professores Cosmo Cabral, de Geografia e Estudos Amazônicos, Ribamar de Oliveira de História e João Pinto de Sociologia e Estudos Amazônicos, onde resgata a história e a memória de uma comunidade remanescente quilombola, em Abaetetuba, no estado do Pará. 

Com apresentação da Professora Maria de Fátima Santos de Oliveira (EEEFM “Maria Gabriela Ramos de Oliveira” - SEDUC - História e Estudos Amazônicos).

Autores:
Adenize do Couto Carvalho
Dayanne da Silva Gomes
Débora Néri Rodrigues
Edgar de Sousa Pinheiro
Fabio Junior Ferreira de Carvalho
Fabricia Maciel Couto
Janilson Gomes Pinheiro
Janilton Porfilio de Carvalho
Jonielson Fonseca Maciel
Jorge Luis Carvalho de Carvalho
Leidiane de Souza Pinheiro
Luciano Maciel Ferreira
Luciane Gomes Maciel
Marcelete Gomes Diogo
Mariete do Socorro Pinheiro Néri
Marinalda Diogo Pinheiro
Maria do Socorro Nery Pinheiro
Mariele de Souza Pinheiro
Marilene do Carmo dos Santos
Marluce Quaresma Maciel
Mony Taylor Rodrigues Maciel
Nailson Quaresma Maciel
Roberto Junior Rodrigues Brandão
Rosana da Silva Gomes
Sandra Pinheiro de Souza
Tatiane Quaresma Gomes
Valdete Gomes Maciel

Beleza de Educar

       Lucindo Rodrigues

Andei pelo mundo inteiro
Teve coisas que amei
Outras coisas pesquisaram
Da arte a profissão
Do vulgar ao cidadão
Vi coisas de admirar

Cheguei me emocionar
Mas entre as mais preciosas
Mais bonita e valorosa
É a beleza de educar

O educador transforma
Analfabeto em professor
Em cientista em doutor
Em juiz, em advogado.

O ignorante em educado
Tem don da sabedoria
Transmitem com alegria
Esta é a realidade

Valorizam a sociedade
Evoluindo a cada dia

Mas não são reconhecidos
Como deveriam ser
São o acumulo do saber
A razão da diplomacia
Trabalham de noite e de dia

São até fiscalizados
Devem ser bem pacatos
Por ética da profissão
Mesmo cheios de razão
Restringem-se a qualquer fato

E não são reconhecidos
Por quem recebe o ensino
O jovem ou menino
Hoje sabe a geografia

A matemática e a história
A ciência e o português
Sabem tudo de uma vez
Deveria a te dar gloria

Com certeza o professor
È um cofre de segredos
Uma brenha, um penedo.
Difícil de acessar

Por que para chegar lá
Tem que escalar montanha
A maratona é tamanha
Tem até regulamento
Dar calo e tem sofrimento
Só mesmo um homem aranha

Obrigado professores
Obrigado alunos
Obrigado Diretores
Ontem, hoje e amanhã.
Serei sempre seu fã.

Apresentação

O Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) foi implantado pela Secretaria Estadual de Educação a partir de 15 de abril de 1980; portanto possui uma trajetória e caminhos percorridos ao longo dos anos. Em seu surgimento, na perspectiva em que foram elaborados seus principais objetivos, tanto em termos genéricos, nos limites da Lei 5692/71, em vigência no momento da criação do SOME, quanto no que diz respeito ao reconhecimento das peculiaridades locais:

1 - “...Proporcionar ao educando a formação integral de sua personalidade, no sentido de auto-realização,qualificação para o trabalho e o exercício da cidadania...”;

2 - “...Dar oportunidade de estudos aos educandos egressos do ensino de 1º. Grau e que não tenham possibilidades de se transferirem para locais onde existam o Ensino de 2º. Grau..;

3 - Democratizar as oportunidades educacionais aos alunos do interior do estado, a fim de garantir sua permanência no lugar de origem...;

“4 - Garantir Ensino Médio de qualidade, proporcionando melhores condições de desenvolvimento e levando justiça social a todas as regiões do estado...”.

Levando em consideração como proposta dos educadores e educandos a utilização da pesquisa como ferramenta, também, das atividades pedagógicas, sendo um desafio para todos, inclusive aos outros seguimentos da comunidade.

Logo a pesquisa é um aspecto importante, pois a história se faz com a construção da trajetória de vida dos elementos que compõe o cenário a ser estudado, através de entrevistas produzidas pelos educadores e educandos. Com as pesquisas os diversos grupos levam para sala de aula proporcionando uma ampla discussão sobre os diversos assuntos pesquisados e culminando com essa Coletânea de Textos produzidos pelos alunos, sob a orientação do Professor de História Ribamar de Oliveira e tendo a colaboração dos colegas de equipe: João Pinto e Cosmo Cabral.

A Comunidade de Itacuruçá é ainda uma fonte riquíssima para a pesquisa que precisa ser garimpada em seus diversos aspectos; pois sem a pesquisa não temos sua História.

Maria de Fátima Santos de Oliveira
Professora - SEDUC

A Geografia do Rio Itacuruçá

Há muito tempo atrás, aqui era apenas o rio e a floresta. Isto ainda prevalece, mas com a interferência do ser humano tudo vai se modificando, tornando-se involutariamente dominado pelas transformações que o homem exerce.

O Rio Itacuruçá, por ser um imenso centro produtivo vai se modificando ainda mais. Por esse motivo pessoas, que moravam aqui e que foram embora, estão retornando ao saber que sua terra esta ficando com maior desempenho na produtividade.

Os negros( de que somos descendentes) que aqui habitavam eram negros que fugiam das fazendas de Abaetetuba e conseguiram se esconder nessas terras por muito tempo, até ser habitada como é hoje.

Olhando assim, podemos ver que o rio Itacuruçá está sempre em momentos religiosos. Na (cultura indígena) festa(cultura africana) e nunca sumiu esse modo de ser itacuruçaense.

Para os negros e índios que moravam aqui tudo o que produziam era mantido em suas casas. Mas com a habitação aumentando, tudo foi modificando, todos sentiram a necessidade de escoamento do que produziam, e a falta de alguns utensilios para eles.

Com isso, rios vizinhos como Arapapú,Ipanema e Piquiarana começaram fazer esse escoamento,só que,para se comunicarem com os habitantes do rio Piquiarana, os do Itacuruça teriam,que percorrerem toda estenção do rio Arapapú, passar pela costa-maratauíra pra entra no rio Piquiarana.Fazendo isso eles viram que era longa e cansativa essa viajem,pensaram bem e fizeram surgir um novo rio, furo de gaita, feito para melhorar a viagem que faziam para o piquiarana, tornando mas próximo esses dois rios.

O furo grande, rio piqueiro improvisado para fazer a passagem de embarcações do rio Ipanema para o Itacuruçá,também era uma alternativa de maior velocidade na comercialização entre esses dois rios.

Dividido entre alto, médio e baixo, no rio Itacuruçá existem também o Aricurú,o igarapé São João e a ilhinha, situada entre o médio e o baixo onde funciona o colégio Raimundo Bandeira. Cada um desses níveis tem suas características de trabalho, dividindo-lhes e um completando o outro.

Forma de trabalho do alto, médio e baixo:

ALTO: produz a mandioca, para fazer a farinha consumida por toda a região do rio Itacuruça.

MÈDIO e BAIXO: maiores produtores de material cerâmico fazem com que a renda das famlias aumenta, por ter membros e seus filhos mais velhos trabalhando juntos.

No Ipanema e o Arapapú,a formas de trabalho é praticante,igual a dos médios e baixo Itacuruça.

Logo no começo as olarias da região eram uns grandes centros da economia, mas a lavouras estava na frente em produtividade dos Itacuruçaenses. Agora com a migração e imigração por todo lado essa região está sendo verbanizada, e principalmente recebendo grandes contruções, melhorias de vidas e educação qualificada.

Agora o nosso rio possue características que em cidades a gente não encontra. Mas nesse rio também existe as diferenças sociais, mas todos vivem em harmonia no trabalho na escola e em suas casas.

O rio Itacuruçá em 10 anos atrás possuía apenas o rio como um via de ligação com a cidade de Abaetetuba, aqui fora tão rápido a transformação que logo foi surgindo o ramal do Itacuruçá, mais tarde veio à energia elétrica, mesmo não tendo chegado ao baixo já existe no aqui há cerca de 5 anos, veio também uma ambulância, pequenos projetos também para população e agora a maior escola do Itacuruçá e veio para que todos tenham uma educação de qualidade.

E mas tranqüilidade aos pais de todos os nossos pais que tem filho estudando nessa escola.

No Itacuruçá o esporte é privilegiado temos um time cinco vezes campeão do campeonato das ilhas.

Na verdade todas essas coisas se distribuem com muito cuidado e trás para nós através da comunidade a união de times de pessoas e até de outros rios vizinhos para participar de eventos feitos aqui.

Colocado todas essas características e não podendo esquecer também os defeitos de cada região tem.
Educação

A educação de antes era péssima no sentido de não ter um ambiente adequado para estudar.

Não possuía cadeiras, os alunos não tinham em que estudar, estudavam no chão ou deitados de bruços.

Se os alunos quisessem lanchar tinham de levar cada um seu lanche ou fazer uma coleta de alimentos e levar para a escola.

Não tinham giz e nem quadro, os professores escreviam com carvão e em um pedaço de madeira. Os cadernos não eram como de hoje, que vem todo organizado, era de outra forma, feitos na mão. Cada aluno comprava folhas de papel, cortavam em pedaços, pegavam agulha e costuravam.

Os alunos não possuíam nem um modo de ajuda, não existia programas para ajudar os alunos, como nos temos, hoje, os bolsistas, do governo federal.

A maioria dos alunos parava na 4ª. Série, pois os pais não tinham condições financeiras para mandar seus filhos estudarem para outro lugar(cidade).

Os professores não eram pagos, trabalhavam de forma voluntária, pois o que eles sabiam e queriam era ensinar para seus alunos.

O tipo de educação antiga não era tão pesado como no tempo de hoje. Por exemplo, a Matemática, os professores só sabiam ensinar as contas de somar, diminuir,multiplicação e divisão.Hoje já existem vários conteúdos de Matemática, se hoje formos pedi ajuda para nossos pais eles não vão saber responder, pois é muito diferente de antigamente.

A maneira de ensinar de antigamente era, mas fácil de aprender, os alunos não tinham dificuldades para aprender.

Com o passar do tempo a educação foi evoluindo, mas isso não significa que a educação melhorou, apesar de hoje termos um ambiente adequado, mas não é todos que tem esse privilégio. Pois em alguns lugares ainda estudam em centros comunitários e barracões alugados etc. Mas mesmo assim, os professores estão sendo pagos para levar a educação até eles.

Hoje as escolas possuem merenda escolar, às vezes falta, mas chega, pois se não chegar alguns alunos desistem de estudar, pois não querem ficar com fome na escola.

Já existem os materiais escolares próprio para o estudo. Existem cursos e programas para ajudar os alunos a se desenvolverem na escola. O dinheiro que vem para o programa ajuda a comprar produtos de higiene pessoal etc. São incentivos para que as crianças permaneçam na escola, por muito e, mas tempo.

A educação mudou do que era antes, hoje estudamos várias matérias, antes era só o português, matemática, Ciências e Estudos Sociais.

Existe uma fonte muito importante para a população, tudo que precisamos e imaginamo-lo possui que é o computador, que é algo significante para a sociedade.

A educação de hoje não esta excelente, mas pra que era antes, podemos dizer que está um pouco avançada. Segundo o grupo que pesquisou a educação deixa a seguinte frase “Hoje só não estuda quem não quer e espera que transforme os jovens em algo importante para a sociedade e que a educação possa esta em cada canto do mundo”.

Lazer

Para o grupo que ficou responsável para pesquisar sobre o tema Lazer em Itacuruçá achou importante somar neste trabalho o lazer evangélico.

Uma das atividades desenvolvidas no lazer evangélico é a Gincana Bíblica, onde nessa atividade existem várias tarefas como: corrida do saco engole fio, espada para o ar. Alguns anos atrás aconteceram também à tarefa da canoagem, onde teve a saída de São João(Médio) até a chegada na Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Itacuruçá(Templo Central) onde durante a passagem no rio houve inclusive as torcidas organizadas e nesta prova chegaram a primeiros colocados: Débora, Jorge e Marli. E depois partiram para outras tarefas. O que marca esta atividade é a pontuação, onde ninguém quer perder fazendo com que os participantes se sintam, mas entusiasmado e divertido.

Outro lazer interessante para alguns segmentos da comunidade é a participação nos clubes.

Um clube tradicional que tem no Itacuruçá é o Santa Rosa Esporte Clube. Ele foi fundado no ano de 1924 por Manoel Gomes, Juvenal Maciel, Lourenço Gomes e Estandilau Gomes. Deram-lhe esse nome porque Juvenal Gomes, um dos fundadores, teve uma filha e colocou seu nome de Rosa aí então surgiu o nome Santa Rosa.

Os primeiros a comandarem o time foram: Ramos Senas, Caboclo, Zé Matos, Quinca,Mico Araújo, Lili Araújo e Aluízio Quaresma.Depois veio outros para presidirem o Santa Rosa como: Tobias Botelho, Sabino Gomes, Zé Gomes,Timotéo Botelho, Mario Quaresma, Bebê Barão, Orivaldo, Rinaldo Gomes, Dalon Nery, Lázaro Brito, João Gomes, Nenê Quaresma, Ramito Quaresma e Agostinho Pinheiro. Sendo o Presidente atual do Santa Rosa é o senhor João Gomes.

As conquistas do Santa Rosa Esporte Clube em 1989 ele foi vice-campeão,em 1991 ele foi campeão sub-vinte,1992 ele foi vice de novo e em 1993 campeão do torneio início, em 1994 foi feita a copa dos campeões, e em 1997 e 1998 não foram vice nem campeão, em 1999 elefoi vice campeão em 2000 ele foi campeão, em 2001 , 2002 e 2003 não ganhou nada em 2006 não participou em 2007 foi vice-campeão.

O Bacuri Esporte Clube mais novo e simpático de sua torcida, foi fundado em 1960 pelos grandes atletas que formava sua grande equipe. O Bacuri teve vitórias e derrotas como é normal em qualquer time de futebol. A sua primeira equipe foi formada assim: Jurandil, Marciano, Nicanor, Júlio Barão, Aladi Barão, Benedito Carlito Dulor, Castelo, Ceará e Mario Pacheco.

O time participou de torneios, campeonatos regionais e amistosos, revelando grandes valores que foram cobiçados por outros clubes maiores. Passaram-se quase quatro décadas e em 1989 o Padre José criou o campeonato das ilhas e em 1994 o Bacuri participou do campeonato e foi campeão em cima de seu maior rival, O Santa Rosa Esporte Clube. Esse campeonato marcou na história a grande façanha do Clube. Tudo o que aconteceu você vai acompanhar através dos versos narrados pelo grande poeta Lucindo Rodrigues que conta como aconteceu das vitórias a escalação.

Nesta vida de poeta

Eu nunca tive embaraço
Crítico de qualquer um
Mas sempre sei o que faço
Nunca humilhei ninguém

Nem apelo para o cangaço
Aqui quero lhes falar
De um fato que aconteceu
No campeonato das ilhas
Quem ganhou e quem venceu
Qual foi a melhor equipe
E também a qual venceu

Participaram muitos clubes
Da grande competição
Todos com muita vontade
O objetivo era
Ser o grande campeão

Aconteceram surpresas
No decorrer da história
Apareceu certo clube
Se não me falha a memória
Bacuri Futebol Clube
Dono de lindas histórias

Esse clube surpreendeu
Até o seu treinador
Surpreendeu o presidente
E o patrocinador

Todos ficaram surpresos
Ao conhecer seu valor
Considerado o menor
Entre os quais participaram

E por ser a primeira vez
Que a competição entraram
Pelos seus próprios vizinhos
Foram muitos criticados

Mas mesmo assim foram à luta
Com disposição e fé
Respeitando qualquer um
Fosse João ou José
Todos com unhas e dentes
Talento, cabeça e pé.

O seu primeiro jogo
Serviu de avaliação
Jogaram com o São Miguel
Que era uma seleção

Foi uma vitória linda
Em cima do valentão
O São Miguel quando perdeu
Pensou não ganhar ninguém
Disse o Eduardo eu pensei
Que o nosso time ia bem
Perdemos pra esse timinho
Quanto mais para os que vêem

Porém nos outros jogos
O São Miguel foi valente
Deu até de goleada
Em quem se meteu em sua frente

Disse o Eduardo agora
O caso é diferente

O Maurito do Bechior
Falou diante os presente
Nós damos de 5x0
Nesse timinho demente
Você quebrar esse Bacuri
E comer com aguardante

E chegou o dia do encontro
De Bechior e Bacuri
O Maurito disse hoje
Coloco o pingo no i

Vamos dar uma goleada
Pra pagar o que prometi

Mas o time do Maurito
Com sua destreza tamanha
Perdeu e disse nunca vi
Num time tanta façanha
Quem enfrentar esse time
Ou corre, ou morre ou apanha.



O Bacuri venceu outra fera
Que foi o grande aliado
Vindo lá do Anequara
Time muito respeitado
Jogaram até demais
Porém foram derrotados

Porém disse o Eduardo
Não acredito em visagem
Perdemos o primeiro jogo
Mas não perdemos a viagem
Agora estamos treinados
Vamos dar-lhes uma lavagem

Porém ainda foi pior
No fim da competição
Foram dois jogos disputados
E de muita emoção

Não resistiram e apanhavam
Em frente a uma multidão

E Bacuri e São Miguel
Voltaram a se encontrar
Era cabeça de chave
O jogo era mortal
Um dos dois em duas partidas
Iria se classificar

Desses dois o qual vencesse
Enfrentaria o Santa Rosa
Na época o melhor time
Com uma torcida fabulosa
Já esperava o vencedor
Como uma cobra venenosa

O Santa Rosa tranqüilo
Devido sua boa campanha
Jogava pelo empate
Uma vantagem tamanha
Goleou o grande Bahia
E esperava na manhã

O Bacuri e São Miguel
Decidiam em duas partidas
Quem enfrentaria o Santa Rosa
Com sua grande torcida
Os jogos eram dramáticos
O caso era morte ou vida

Os jogos foram emocionantes
No Estádio Humberto Parente
O Bacuri atropelava
Quem se metesse em sua frente
O Bacuri ganhou os dois jogos
E esmagou mais um valente

Quando sair o resultado
Foi difícil acreditar
Esse timinho danado
Iria pra grande final
Enfrentaria o Santa Rosa
A fera descomunal

Os dois iriam disputar
Pois um teria que morrer
Porque dentro do Estádio
Só um iria vencer
Mesmo o outro sendo vice
Iria se entristecer

O Santa Rosa preparado
Com certeza da vitória
O Bacuri confiante
Que contaria esta história
Ou descrever seus atletas
Se não fugir a memória

Começava com Piolho
Treinador acostumado
Devido o seu bom trabalho
Tornou-se muito respeitado

Disse ele vamos com fé
Que até já sei o resultado
Outro foi José Leonardo
Com sua palavra de fé

Dizendo aos jogadores
Já vencemos o São Miguel
Até o diabo é mole
Senão, não me chamo Zé.

Dizia Hercias eu também
Confio na nossa galera
Que vai pra dentro do campo
Cada um deles é mais fera
Vamos ganhar esse time
Estamos a sua espera

Já soube que estão falando
Que o Bacuri esta azedo
Mas eles trazem açúcar
Falam e não pede segredo
Dizem que é mais um freguês
Mas isso não nos causa medo

O goleiro Dote disse
Eu também sou criticado
Mas farei o que puder
Pra termos bons resultados
Ganharemos outra partida
E seremos respeitados

Na zaga não tinha falha
Com Aluízio e Negão
Nunca vi dois jogadores
Com tanta disposição
Protegiam o guardião Dote
Que foi a revelação

Rosemiro foi o cara
Era perito em cobrança
Era o terror dos goleiros
Chutava com segurança
Muitos clubes guardam hoje
Ainda uma amarga lembrança

Saraiva, Santana e Sabá
Pelo meio eram velozes
Quando jogavam diziam
Hoje só tem que darmos nós
Vamos pedir ao Pai Nono
Ele ouvirá nona voz

Bibito foi outro cara
Ligeiro e decidido
Sempre leva a melhor
Era ousado e atrevido
Não temia fosse a quem fosse
Não dava chance ao individuo

Cici e João Manoel
Nunca se intimidavam
Levaram a linha de fundo
De qualquer ponto cruzavam
Pra eles tudo era fácil
E lindos gools eles marcavam

Isaias e Figurinho
Nunca fugiram da linha
E Toninho Cagirú
Pra sua posição não tinha
Jogadas individuais
Esta era a sua rotina

Para Francinildo e Pio
Não tinha dificuldade
Tinham tanta rapidez
E tanta facilidade
Eles tinham sim qualidade
E foram heróis de verdade.

No dia 07 de dezembro
Dentro da nona cidade
No Estádio Humberto Parente
Foi a decisão de verdade
Estava o estádio lotado
Pra essa realidade

E começou a partida
Chia de muita emoção
A bola era lá e cá
Em frente a uma multidão
O Bacuri foi fulminante
Jogava aquele bolão

Aconteceu uma falta
Já era uma esperança
A torcida gritou logo
Mantemos a liderança
Gritando ainda mais forte
Rosemiro na cobrança

O juiz posiociona
A barreira foi marcada
Rosemiro chutou forte
Uma bomba abençoada
Na cabeça de Santana
A bola foi desviada

Estava com 10 minutos
Quando Santana marcou
A torcida festejava
O seu belíssimo gol
A partir desse momento
O time deitou e rolou

E foi um Deus nos acuda
A bola era lá e cá
Quando uma outra jogada
Surgiu pela lateral
Negão pegou bateu forte
Foi outra bomba fatal

Santa Rosa foi à luta
Mas não adiantou nada
O jogo foi 2x1
Sua torcida foi decepcionada
A equipe do Bacuri
Já estava consagrada

Foi uma festa bonita
No meio de tanta gente
O povo dizia assim
Esse timinho é valente
Ganhou até torcedores
No Estádio Humberto Parente

Aí está o campeão
Que não foi acreditado
Time de muitas surpresas
Isto ficou comprovado
Pois cão que late não morde
Assim diz um velho ditado.

Associação de Remanescentes de Quilombos da região das Ilhas de Abaetetuba(ARQUIA)

O objetivo é deflagrar ou dinamizar nas comunidades, um processo de desenvolvimento comunitário sustentável, cujos elementos norteadores estejam configurados na forma de um plano de desenvolvimento sustentável, priorizando: o uso sustentado de recursos naturais, a organização comunitária, centrada no planejamento participativo de atividades e na (re)formatação das associações de base para uma mais eficiente atuação junto ao mercado e a formação de gestores comunitários do processo.

Nas comunidades do Alto, Médio e Baixo Itacuruçá são constantemente realizados seminários, oficinas de planejamento participativo e treinamentos, todos voltados para o desenvolvimento rural sustentável, comercialização conjunta e verticalização do processo produtivo.

Coordenadores: Edílson(Arapapuzinho) – Coordenador Geral

Benedito(Baixo Itacuruça) – Coordenador da Secretaria

Isaias(Alto Itacuruçá) – Coordenador de Projetos de Renda Comunitária

Maria da Luz(Acaraqui) – Coordenadora de Cultura

Manoel Pinheiro(Médio) – Coordenador de Patrimônio

Egidio(Arapapuzinho) – Coordenador de Esporte e Lazer

Medicina Popular

Para a Dona Maria que é agente de saúde do baixo Itacuruçá , as doenças que mais afetam as ilhas de Abaetetuba são as seguintes: Diarréias, a gripe e principalmente a febre.

Segundo ela o meio mais fácil de curar a diarréia é o soro caseiro. O modo de preparar é pegar uma colher de medida de o lado menor colocar sal e do lado maior colocar açúcar e depois pegar um copo com água e é só dissolver tudo junto.

Para a gripe é só fazer o xarope caseiro. Cortar um limão ao meio e colocá-lo ao fogo, depois espreme num copo com mel e alho ralado.

Para a febre

Nome do Remédio: Coramina ( Esse remédio serve para o coração )

Origem: É um remédio de origem vegetal; pois é uma planta encontrada em nossa região.

Modo de preparo: É preciso somente juntar algumas folhas da coramina, lavar bem e depois rasgar bem para ficar em pedaços pequenos. Depois misturar com água e deixar ferver por aproximadamente cinco minutos. Depois é só coar para separar o chá das folhas. Adoce e você terá o chá de coramina.

Posologia: É tomada uma dose toda vez que precisar
Nome do Remédio: Leite da Sucuúba

Origem: vegetal

Modo de preparo: É tirado quando não é luar

Posologia: Uma vez no dia em jejum

Composição: Leite da Sucuúba, vinho tinto e ovos

Nome do Remédio: Hortelã

Origem: É uma planta de origem vegetal, pois é encontrada na nossa natureza ou seja nessa região

Composição: É composta com catinga de mulata

Modo de preparo: Ferve algumas folhas de hortelã com algumas folhas de catinga de mulata e em cinco minutos está pronto.

Via: Oral

Posologia: Tomar três vezes ao dia

Efeito: Ele serve para crianças quando estão com febres

Cuidados: A criança precisa ficar em repouso

Nome do Remédio: Gengibre

Origem: É de origem vegetal, pois encontramos na nossa região.

Composição: Cachaça e álcool

Modo de preparo: Somente ralar o gengibre e misturar com cachaça e álcool, em dois minutos estará pronto.

Via: Esse remédio é passado nas pernas ou nos braços

Posologia: É passado de cinco em cinco minutos

Efeito: Ele serve para as pessoas quando estão com reumatismo

Cotidiano

Tratando neste aspecto, o dia-a-dia de uma família que trabalha com muito esforço para ter seu pão de cada dia, os pais trabalham duro oferecendo o melhor aos seus filhos, mas os filhos também se esforçam nos estudos, quando crescerem terem um futuro melhor, que trabalhem e possam ajudar os seus pais e ser uma pessoa independente.

A maioria dos pais trabalham tirando barro, já que precisam de disposição e força de vontade. Quem tira barro sai da casa a noite e passa a noite no mato fazendo a vala sem dormir, para tirar o barro e encher o barco. Depois de cheio eles vão desembarcar o barro na olaria, e quando não se tem barro no barco eles levam novamente o barco para o mato para deixar o barco. E quando retornarem à noite a embarcação já esteja lá para começar tudo de novo.

Quem trabalha na olaria não precisa sair cedo. O trabalhador acorda de manhã toma o café e vai para a olaria, chegando para fazer telha.

A maioria das vezes as mães trabalham na lavoura. Elas fazem a derrubada, deixam secar e depois fazem a queimada. A base da plantação é a mandioca, arroz, feijão, milho, etc..

Depois que já foi feito o plantio, com um mês uns matinhos que elas chamam de capina ou tiririca. E começam a tirar o mato, depois de seis meses o plantio já dá para fazer a colheita. Elas arrancam a mandioca carregam e colocam no poço que é para amolecer. Com três dias ela já esta pronta para fazer farinha. A macaxeira serve tanto para farinha, como para fazer bolo ou para comer com café.

Entrevistado: Raimundo Dilo do Couto

O Senhor Dilo nasceu no dia 12 de julho de 1927. Quando ele começou a se entender, na idade de 10 anos ele e seus colegas iam para o rio pegar frutas como: seringa, azeite, maracaxi, mucuúba e jabuticunha. Pegando essas frutas ele vendia e com o dinheiro comprava comida para poder ajudar sua família junto com seu pai, pois ele trabalhava de “bico”. Ele com seu pai e sua irmã, e os mais velhos faziam roçado e depois de algum tempo tiravam a cana de açúcar e faziam a garapa.

Quando ele começou a estudar, ele ia para a escola e muitas vezes tinham que levar um pouquinho de comida em uma lata para poder merendar(isso acontecia quando ele tinha a comida). Ele trabalhava durante três dias e estudava três dias na semana. Muitas vezes chegava cansado na casa e não tinha o que comer. Hoje em dia ele diz que a situação de vida melhorou bastante.

O trabalho nessa época era muito difícil e pesado, ele cortava lenha em metro para poder vender, muitas vezes ele ia para o mato com fome, trabalhava horas sem comer Nessa época a comida não era difícil, o que era difícil era o trabalho e o dinheiro.

A vida do passado era assim, segundo seu Dilo.

O Sr. Dilo tem cinco irmãos, e só ele aprendeu a escrever e a ler, ele chegou a estudar até a primeira série. Seu pai nessa época dizia que era ele aprender a escrever só um bilhetinho.

Nessa época primeira se aprendia a ler e depois a escrever. O que existia era a tabuada. O aluno que não respondesse certo pegava “bolo” na mão, ou seja, recebia pauladas de palmatória na mão.

O que existia de bom era o respeito. Quando ele chegava em sala de aula tinha que tomar benção da Professora, e ai,ai,ai daquele que não respeitasse os mais velhos. Ele diz que hoje o estudo esta muito melhor do que antes, mas muitos não sabem o que é o respeito.

O Sr. Dilo se casou com 22 anos de idade, ele não tinha casa, não tinha panela,

mas tinha muita fé de que um dia ele e sua esposa iriam conseguir tudo o que precisasse.

Nessa fase as panelas eram de barro, as redes eram feitas de envira e muitas eram feitas de remendos de panos.

A situação era essa, com muito sacrifício e muito trabalho pesado, mas graças a Deus hoje esta muito melhor a condição de viver. Hoje, o pai já consegue investir mais em seu filho, para que no futuro possa ajudar a família. Ele diz que “ O futuro de um pai é a esperança de um filho”

Texto produzido pela aluna Maria Neuza Sodré Mota

I – Maneira como o ribeirinho vive e produz.

Os ribeirinhos vivem e mora nas ilhas, a beira dos rios, trabalhando na roça, olaria e açaizal, produzindo farinha, telha, tijolo, matapi,paneiro, faz criação de galinha, pato,porco para seu alimento, também tem peixe, caça. O açaí e algumas frutas, como inaja, tucumã, abacaxi, goiaba. Geralmente, os ribeirinhos constituem uma família com dez filhos e hoje alguma só tem até três filhos. E hoje algumas casas ainda são construídas de assoalho de paxiúba coberta de palha e as paredes feitas de ripas tiradas do braço de miriti e outras famílias possuem a casa feita de tábua e coberta de telha. Alguns usam o pote de barro para colocar àgua para beber. O balde da cueira serve para levar água para roça. Hoje, ainda bebem mingau na cuia. Os meios de transportes são as rabetas,os barcos, cascos e canoas,sendo o rádio, a televisão e o telefone os meios de comunicações mais acessíveis. Também nas localidades, no momento tem a festa para homenagear ao Santo padroeiro da comunidade que dura oito noites.

II – Os fatores de mudança do comportamento sócio-cultural

O processo de construção da vida crescerá em comunidade eclesial de base que é o paralelo do processo de organização da vida em comunidade, entidades e instituições de caráter social, sindical e política. Também valorizando os trabalhos em mutirões para fortalecer os sentimentos de união e solidariedade entre os moradores da beira dos rios e contribuir para sua conscientização sócia política, juntos construindo as casas comunitárias trabalhando na roça em grupos unidos convencidos de estarem construindo algo para coletividade efetivando o lema “A união faz a força”.

III - O impacto do desenvolvimento industrial na região

A construção da barragem de Tucuruí , motor energético de parte do Projeto Grande Carajás que diz respeito ao complexo industrial Albras-Alunorte,foi um dos principais fatores da desestruturação da sócio-econômica dos ribeirinhos. A construção da barragem causou dano à natureza, em termos ecológicos. Antes da barragem as populações da região alimentavam-se de caça e pesca, e hoje já não tem na região, sobretudo camarão e o mapará.

IV – Conclusão

Considerando que o ribeirinho se realiza como ser humano de acordo com os elementos necessários para sobreviver e desenvolver seu ideal de vida acredita que o mundo cultural, sócio-econômico ainda vive culturalmente sob o aspecto político que eles vêm na nossa comunidade prometendo e não cumprindo suas promessas e nós sofremos com essas mudanças e agora não queremos sofrer mais, queremos mudança e uma vida melhor.

* Texto produzido por Izabel Rodrigues do Carmo
I - Como vivem os ribeirinhos( Ou viviam )

Os ribeirinhos são umas populações que vivem e moram nas ilhas, na beira dos rios. Os ribeirinhos já não vivem mais como antes.

Antes o açaí e o mingau eram tomados na cuia tirada da cuiera,agora é só na tigela de vidro ou de plástico. Agora, também já não usam potes feitos de barro, usa-se um mais moderno, mais bonito e as pessoas não precisam mas fazer.Vivem também dos recursos oferecidos pela própria natureza: frutos do mato, caça,pesca e produtos do extrativismo vegetal e do trabalho da roça: banana, pupunha, cacau ;assim como mata mucura e tatu e pesca mapará.

II - Aspectos da vida e cultura dos ribeirinhos
Geralmente o ribeirinho constitui uma família numerosa com aproximadamente dez filhos.

Desde a década de 60 do século passado, mudou muita coisa, antes o transporte era o casco de madeira movido a remo com as forças dos braços, agora não, é só rabeta movida a motor e as pessoas nem precisam fazer força para se transportar de um lugar para o outro. Agora já mudou muito, mas tem alguns lugares que ainda tem esses modos, por exemplo, na casa da minha avó ainda tecem paneiros, fazem potes de barro e a refeição é feita no chão em circulo.

III - Fatores de mudanças do comportamento sócio-cultural

As Cebs tinham como momento central a celebração do culto religioso aos domingos.

As considerações sobre a vida e pregação de Jesus Cristo e aos primeiros cristãos, tornavam-se exemplos a seguir para a realização do “reino de Deus”.

Unidos trabalhavam convencidos de estarem construindo algo para a coletividade efetivando o lema: “A união faz a força”.
* Informantes

Rosa Maria Botelho - 45 anos

Raimundo Dilo do Couto - 81 anos

José Maria M. Gomes

D. Maria – Agente de Saúde

João Gomes

Lucindo Rodrigues

*Bibliografia
THOMPSON, Paul. A Voz do Passado. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

MONTENEGRO, Antônio Torres. História Oral e Memória. A Cultura Revisada.

São Paulo: Contexto, 1994.

Site

Http: /pt.wikipedia.org/wiki/Abaetetuba