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sábado, 29 de novembro de 2014

XXI Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará - III Parte








No terceiro e último dia do XXI Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, foi marcado pelo clima caloroso e acirrado entre os membros que defenderam as resoluções.










Pela parte da manhã aconteceu a inversão de pautas, ficando com o primeiro momento, a mesa sobre a Reforma Estatutária.













Foi no início das discussões que os ânimos se acirraram e ficaram calorosos, quando não havia consenso entre o grupo majoritário, coordenado pela Ação Popular Socialista - APS, corrente sindical ligada ao PSOL e outros grupos políticos, como Lutar para vencer – oposição cutista, corrente sindical ligada ao PT, Sintepp de cara nova, ligada ao PC do B, grupo de estudo “Luta Educador”, ligada ao PSTU que defenderam quanto a votação para o retorno da subsede em Belém do Pará.  O grupo majoritário entendia que a votação deveria ser baseada no Estatuto do Sindicato, o que não concordaram as outras resoluções contrárias, já que as outras votações estavam sendo feitas através de contrastes visuais, ou seja, maioria simples. Portanto, o segundo grupo entendia que a votação deveria ser política e não passando por 2/3, conforme rege o Estatuto. 







A primeira mesa foi desfeita pelo fato de não conseguirem segurar a plenária. Com a segunda mesa, aconteceu as defesas as favor do retorno da subsede e as defesas contrária, defendida pelo grupo que tem trinta e quatro anos o Sintepp na mão, ou seja não querem perder o osso. Após as defesas, foi feita a votação por cráchas. Prevalecendo o que defendia o grupo autoritário e majoritário do congresso, onde a votação deveria ser regido pelo Estatuto, a votação foi de 313 votos a favor da abertura da subsede e 276 votos votos contrário o retorno da subsede. Portanto, o grupo que defendeu a volta da subsede teve 53% dos votos; enquanto o grupo que não desejava a volta da subsede obteve 46% dos votos. Mesmo com a vitória em votos dos congressistas, teria que ter 66% dos votos, é o que diz o Estatuto. Logo, a necessidade dos trabalhadores em educação, que atuam em Belém vão permanecer sem sua subsede.








Para alguns congressistas, aconteceu uma nova derrota para o grupo majoritário, sob a coordenação da APS, já que manobrou a mesa na discussão sobre a reabertura da subsede em Belém do Pará, quando a decisão cabia em maioria simples, que seria decisão da plenária, logo o grupo majoritário saiu desgastado da direção, fortalecendo a oposição, já pensando nas eleições de 2015  Após o almoço, o plenário esvaziou. 







Um número significativo de trabalhadores deixou de participar, voltando para seus municípios.








O congresso teve 1.110 inscritos, com 48 convidados.






Com o Congresso, os trabalhadores em Educação saíram fortalecidos para enfrentar as lutas que virão.













































sexta-feira, 28 de novembro de 2014

XXI Congresso Estadual do Sintepp









No 2º dia do XXI Congresso do Sintepp, que se realiza no Pará Clube, em Belém do Pará,  iniciou com análise de conjuntura, sendo defendida pelos representantes das resoluções encaminhadas para a mesa.












Os trabalhos da mesa que coordenou a análise de conjuntura foram coordenados pelo secretário geral do sindicato, Beto Andrade e Samir Mamede, Coordenador da Regional Sudeste. Pela resolução Avançar na luta, o debatedor foi Fernando Carneiro; Lutar para vencer – oposição cutista, Aldo Alvarez Rodrigues; a do grupo de estudos “Luta Educador” foi defendida por Sebastião Vilhena; pela resolução do Coletivo Educador na escola e na luta, Mateus Lima; a do Movimento Educador pela Base tem representação de Manoel Ovidio; Unidos pra lutar, Silvia Leticia e pela do Sintepp de cara de nova, Marcos Araujo.











Após defendidas as resoluções, foram abertas inscrições para quem quisessem intervir, onde teve a participação de vinte e dois congressistas das oito resoluções. A predominância das apresentações foram as acomodações inadequadas do espaço onde se realiza o congresso e a falta dos debates em grupos. O debate da Conjuntura foi polêmico, salutar e produtivo para a categoria, consumindo toda parte da manhã.









Pela parte da tarde, o congresso continuou com a mesa sobre política de combate as opressões (racismo, homofobia, machismo e redução da maioridade penal), coordenada pela coordenadora do Sintepp Ray Barreto. Depois passou para a mesa de política educacional e a política sindical. Após as defesas, foi aberta as inscrições, onde apareceu cinquenta e seis educadores ára intervir, havendo neste momento um consenso entre os grupos para defesa de duas pessoas representando as resoluções, já que o número de inscritos foi bastante grande. Com as apresentações, foram votadas as resoluções sendo vitoriosas as propostas dois (Lutar para vencer – oposição cutista) três (Luta Educador), cinco (Movimento Educação pelA Base), seis Unidos para Lutar) e sete (Sintepp de cara nova); sendo derrotados a fusão das resoluções um(Avançar na Luta) e quatro (Educador na Escola e na Luta).










Neste momento acontece a Programação Cultural.



















quinta-feira, 27 de novembro de 2014

XXI Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará



  


Hoje, pela parte da tarde, teve inicio o XXI Congresso Estadual do Sintepp no Pará Clube, em Belém do Pará, tendo como tema “Por uma educação libertária: a escola pública na ótica da classe trabalhadora”.






Na mesa de abertura foram convidadas várias entidades da classe trabalhadora, sindicatos e associações que lutam a favor da educação pública digna e de qualidade. Representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE, Marta Vanelli; INTERSINDICAL, Pedro Paulo; Central Unica dos Trabalhadores - CUT, Valdir Nascimento; CSP – CONLUTAS, Abel Ribeiro; UNIDOS PRA LUTAR, Silvia Letícia; CTB, Cleber Rezende; Associação dos Docentes daUFPA - ADUFPA, Ivan Neves; ANDES, Tadeu Machado; SINDTIFES, Kátia Rosangela; DCE-UNAMA, Eduardo Rodrigues.








Durante o Congresso a plenária avaliou e aprovou o seu regimento interno, sendo chamado atenção para a metodologia e tempo para defesa das teses.








Para encerrar o dia houve a Conferência Magna, com a contribuição do professor de Ciência Política e doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jorge Almeida, que fez uma abordagem histórica do processo educacional até o momento. Com certeza, sua conferência deu uma grande contribuição para o debate na categoria, inclusive mostrando sugestões e possibilidades para a melhoria de nossa sociedade.



A programação de amanhã (28) seguem os debates a partir das 8:00 h com a mesa Análise de conjuntura. Cada resolução (Tese) proposta terá direito de indicar seus representantes para contribuir nas discussões. O congresso ocorre até o próximo sábado (29|11) e conta com representação de todas as Regionais do Sintepp, com aproximadamente mil delegado(a)s e convidados.



Este blogueiro, faz parte da Regional do Baixo Tocantins, como delegado pelo município de Bujaru, pelo Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME.   



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Feira Científica e Cultural de São Raimundo








































Foi realizada, hoje, a Feira Científica e Cultural da Escola Municipal Educação Infantil e Ensino Fundamental "São Raimundo", na Vila de São Raimundo, no município de Bujaru, no estado do Pará.


Tendo como tema Educar para sustentabilidade e cidadania e o objetivo geral promover mudanças de atitudes que percorram o cotidiano individual e coletivo, a feira recebeu um número significativo de participação da comunidade escolar e um fluxo grande de membros das comunidades de Palmeirinha, Juventus, Corinthians, Curuçambaba, Vila São Raimundo, Patauateua, Igarapezinho, Transcuruçambaba, Estrela da manhã, Santo Amaro, Km 24 da Alça Viária, Ramal Km 24, Guarani, Taperaçu, Km 28 da Alça Viária e Vila Cajueiro.


Entre as atividades apresentadas pelos alunos, foram: Reciclagem de "Pet", Fabricação de Sabonetes, Artesanato Regional, Brinquedos de Sucatas, Reciclagem de lixo, Horta sustentável, Multimídia, Teatro entre outras.


A Feira Científica e Cultural da Vila de São Raimundo foi um sucesso. Todos estão de parabéns.

sábado, 15 de novembro de 2014

Rádio







Um dos instrumentos de comunicação importante para a sociedade humana é o rádio. Ele completou 90 anos de existência, sendo a primeira transmissão do Brasil, segundo algumas fontes no dia 07 de setembro de 1922. 

Vila de Cumaru - Vigia de Nazaré (Pará)















RIO URUBUÉUA FÁTIMA: HISTÓRIA E MEMÓRIA







Pesquisa executada pelos professores Cosmo Cabral de Geografia, João Sérgio de Sociologia e José Ribamar de História, com os alunos do 1º, 2º e 3º ano na localidade de Rio Urubuéua de Fátima, no município de Abaetetuba, aqui no estado do Pará, pelo Programa da Secretaria Estadual de Educação, o Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), no ano de 2007.

Geografia

Esse Rio é Meu e Teu

O Rio Urubuéua Fátima é composto pela complexa bio-ecologia de suas margens e mais os diversos cursos d’água que formam seus afluentes e subfluentes somando-se os furos adjacentes que drenam na floresta.

A grafia do “nome Urubuéua” tem a origem do fato dos primeiros moradores a existir na região ser uma tribo indígena que se chamava “tribo Urubuéuas”, e devida o nome da tribo ser Urubuéuas resolveram chamar de rio Urubuéua.

E devido à tradição dos moradores do rio Urubuéua festejar a Nossa Senhora de Fátima, com novenas, missa e festa. O rio ficou conhecido como “rio Urubuéua Fátima”.

O rio Urubuéua Fátima tem alguns furos que iremos apresentar agora de cima para baixo.

O furo da esperança vara do Urubuéua Fátima, até o Urubuéua Fátima sendo que esse furo corta a viagem e a viagem fica mais rápida porque se não fosse esse furo as pessoas teriam que remar uma imensa ponta.

O furo do genipauba vara até o Rio da Prata e no Sapucajuba.

O furo das carecas vai até o Rio da Prata.

O furo do xinguzinho vai até o xigu.

O furo da Boa Vista vara no assaçú cortando viagem.

Em fim chegamos a costa Marapatá que é a saída do Urubuéa á Baía.

A História do Rio Urubuéua e outros

A história do Urubuéua começou há muitos anos atrás, era um rio sem habitantes e muito fechado, tudo começou com o surgimento das primeiras famílias pelas margens do rio, vindas de vários lugares formando um rio povoado, então isso que é chamada Urubuéua.

Uma das primeiras famílias á surgirem no Urubuéua foram a família Batista, a família Serafim Lobo, a família Ribeiro, a família Gonçalves, a família Dias e a família Pinto da Rocha dono do primeiro engenho implantado no rio Urubuéua e logo mais chegou também a família Santos e pelas margens do rio da boca do rio Urubuéua e uns dos habitantes a família Passos e também bem perto a família Martins e a família Teodoro.

E como principal meio de sobrevivência cultivam o corte da seringueira, o ajuntamento da Ocúlba, vendido em vez, e também os grandes canaviais que era um dos ramos para abastecer o único engenho existente nesse rio e também o corte da madeira com o serrotão com a mão.

E logo aos poucos foram surgindo outros habitantes e foram povoando o rio e descendo outros descendentes pelas margens e se alojando e formando outros rios.

E o rio que foi habitado próximo do Urubuéua foi o rio assaçu, habitado pela primeira vez por uma família vinda de Assaçueira, Miguel e Maria e filhos e assim originou-se o rio Assaçu dado esse nome por essa família e logo depois a família Rocha que foi dona das maiores propriedades de terra do rio.

E também foi povoado com a chegada de quilombos refugiados que chegaram em grandes cascos cavados, surgindo então a maior parte da população negra no rio.

E suas principais atividades para sobrevivências eram as grandes roças para fazerem farinha, os canaviais, o extrativismo da borracha e o corte da madeira como o serrotão.

E assim foi chamado e denominado rio assaçu um rio pequeno, mas bem formado.

E também logo aos poucos foram surgindo outras famílias e formando outros rios.

História da Comunidade Nossa Senhora de Fátima
Eu Dicó nascido dia 26 de agosto de 1942. Posso afirmar que a comunidade Nossa Senhora de Fátima foi fundada pelo Sr. Deca Viana, um homem que foi muito rico e poderoso, por ser dono de um dos maiores engenhos de cana-de-açúcar dos municípios de Abaetetuba. Quando a comunidade foi fundada isso eu não sei, por que quando foi inaugurada ninguém marcou o dia, mês ou ano em que ela foi fundada.

Deu-se o nome de Nossa Senhora de Fátima a partir da hora em que a mulher do Sr. Deca Viana doou uma santinha que ela tinha a muito tempo, e que se chamava Fátima.

A primeira capela a ser fundada era de madeira. O barracão surgiu a partir da hora em que seu Deca mandou construir para um festejo em que o Pinduca e banda vinham tocar, daí então ele doou o barracão para a comunidade.

A festividade de nossa padroeira era feita 3 vezes por ano, 13 de Maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, em Setembro a festividade de nossa padroeira e em 25 de Dezembro, na festa de Natal.

A respeito de que vive a nossa comunidade em respeito de condição financeira, nossa comunidade já foi muito rica, teve um ano de festa que o dinheiro ganho no bar, leilão, e outras coisas vendidas na festa, pegaram o dinheiro encheram em uma saca e guardaram dentro da capela, e aí quando o pessoal olharam o dinheiro estava pegando fogo, só o dinheiro que eles conseguiram safa do fogo deu pra cobrir todas as despesas e ainda tiveram lucro.

Dos anos que se passaram para os dias de hoje, mudaram muitas coisas, como por exemplo a organização da festa que antes era organizada somente pelos coordenadores e agora é organizado pelos coordenadores sim, mas as famílias da comunidade são divididas em dois grupos, o grupo de baixo e o grupo de cima. Antes era feita quatro noites de festa, hoje é feita só duas noites, por causa da péssima condição financeira.

Atividades econômicas

Freteiro

Meu nome é Manoel Nery de Sena, sou freteiro e este é meu único trabalho.

Comecei a trabalhar com meu pai em 1998, que na realidade foi ele quem começou a trabalhar como freteiro, ao longo do tempo trabalhei de 1998 até 2003 dependendo dele, depois de 2003 que pensei em trabalhar por conta própria, também eu não iria ficar dependendo o tempo todo de alguém. Aliás, já tinha idade de assumir um compromisso de trabalho pra poder depender de mim mesmo.

Hoje tenho 4 anos de trabalho independente. Saio de minha casa 1: 00 hora, pra Abaetetuba, sendo que vou embarcando pessoa por pessoa ou porto a porto, e retorno ao meu lar as 15:00 horas, apesar de algumas dificuldades que sofremos como: ter que agüentar sono, o cansaço que é muito, o estresse, ter que suportar pessoas mal educadas ou que até mesmo ofendem a gente com suas palavras, apesar disso tenho que ter a maior paciência do mundo, pra dizer a verdade: trabalhar com pessoas é ruim demais, porém temos que suportar tudo calado porque dependo deles. Apesar de ser um pouco cansativo eu gosto do que faço, posso confessar, devemos gostar do que fazemos e até mesmo pra garantir o sustento da família.

Tenho uma renda mais ou menos de R$ 500,00 por mês, isso quando não varia muito o numero de passageiros, digamos que seja no verão, pois no verão a renda é boa, já no inverno a renda fica muito baixa, posso muitas vezes trabalhar de vez em quando, nem todos os dias da semana e quando os aposentados vão sacar o dinheiro e também os que têm bolsa família e até mesmo pra não perder os passageiros.

Tenho a minha família que é dependente do meu trabalho que é minha filha, minha esposa, e a canoa porque sem óleo ela não sai do lugar, e eu, somos quatro que dependemos do dinheiro que é adquirido durante cada dia.

Assunto: Atividade econômica

O entrevistado foi o Sr. Pedro Góes dos Santos, ele tem 53 anos, e reside na residência do rio Urubuéua Fátima.

Nós perguntamos para ele quantos barcos são fabricados no ano. Ele nos respondeu que não tem uma base concreta de quantos barcos são fabricados no ano, porque há muita remontagem e nos diz também que os materiais para a fabricação dos barcos são plainas, serrote, formão, grampo, furadeira e materiais, etc.

E perguntamos para ele, se ele achava adequado esses equipamentos.E ele disse que não está bem adequado, porque como, por exemplo, a plaina dele é empurrada com a mão e o certo é uma plaina elétrica que não precisa ser empurrada através da energia e também em vista do prejuízo que pode acontecer, mesmo assim aqueles que não são adequados podem servir muito.

E perguntamos também sobre seu horário de trabalho. Ele respondeu que é das 7 horas às 17 horas, mais tem o intervalo das 11 horas, e os dias de domingo ele não trabalha, só quando há muita encomenda.

Ele trabalha a 30 anos nessa profissão e tem 4 pessoas que trabalham fixamente com ele, mas tem outras pessoas também que trabalham e cada um deles ganha 35 reais, por dia.

Perguntamos sobre a madeira para a fabricação do barco, qual era de maior durabilidade do barco. Ele respondeu que a melhor que eles trabalham é a itaúba e o píquiar.

O Apanhador de Açaí

O entrevistado foi o Algusto de Souza Pereira.

Ele nós disse que apanha açaí desde 8 anos de idade. Hoje ele está com, 15 e tem 7 anos apanhando açaí.

Nós perguntamos para ele quantos paneiro de açaí ele apanha por dia? Na verdade onde tem mais açaí ele apanha mais; de acordo com o açaizal e se for limpo e os açaizeiros forem baixos na verdade ele apanha em média 15 paneiros e se o açaizal for alto e se os açaizeiros forem baixo em media 20 paneiros de açaí. É de acordo com a quantidade de açaí que apanham. Não tenho uma media fixa, mais sim variável que varia de 8 a 30 R$ por dia.

Você apanha todos os dias da semana?

Não nem todos os dias só quando os donos do açaizal falam para mim ir apanhar. São 4 vezes por semana no máximo. Mais eu queria que fosse todos os dias porque eu dependo do dinheiro que eles me pagam para eu apanhar açaí. Não tenho outro meio de ganhar dinheiro e se tivesse juro que ia correndo ao outro serviço. e se eu não trabalhar, se não eu fico sem dinheiro.

Centro de Lazer
Bomsucesso Futbol Club: Fundado em 9 de fevereiro de 1978. Segundo o entrevistado, Srº José Raimundo Calandrine Dias, os primeiros presidentes e fundadores do club foram os Srs. Roberto Mesquita Viana e o Raimundo Rodrigues Dias.

Segundo seu depoimento, o campo fica a quase 1 km das margens do rio e a data que mais fazem festa é sábado de Aleluia e fim de ano, hoje há apenas 20 sócios com dois times, um maior e outro menor. Suas festas atraem uma imensa quantidade de pessoas de várias localidades.

Existe também mais um centro de lazer chamado Coqueiro Sport Club, que fica ás margens da costa Marapatá, o club foi fundado á muitos anos atrás, mas a sede foi fundada em 27/11/1997, tem o presidente atual o Sr. Aluizo Fernandes Souza, hoje há 15 sócios da sede e 47 no club todo, as datas festivas são no mês de julho e fim de ano.

A festa é boa, mas, a dificuldade que as pessoas passam para chegar até ela é imensa que dá vontade até de desistir.

Não podemos deixar passar a pequena comunidade do barracão São Raimundo, foi fundado por um time, que alcançou uma graça do santo, ao todo são 7 sócios na sede, mas 26 no club, o entrevistado Sr. Simão Martins Ferreira falou que a data de fundação do club foi 06/11/1996 e inaugurada a sede no dia 01/12/2001, ao todo são 3 festas ao ano, fevereiro, agosto e novembro. É uma comunidade unida e alegre bastante gentil, suas festas também atraem muitas pessoas que se divertem pra valer.

O centro comunitário também é um centro de lazer social fundado á muitos e muitos anos, pelos primeiros moradores do rio. Deoclécio Tocantins Viana e Valter Furtado Mesquita, hoje há as atuais coordenadoras as Sras. Emelita dos Passos Costa e Maria Emilia Lobato Gonçalves.

Suas programações são, dia das mães e natal, e a festa em setembro ou outubro na maioria das vezes, em outubro é apenas dois dias.

Lendas, Mitos e Contos
Mito

O mito é uma narrativa na qual a palavra é usada para transmitir e comunicar coletivamente a tradição oral, este pode preservar a sua memória garantindo continuidade da cultura.

O mito pode ser:

• Fato ou passagem da fabula; narração de um fato físico ou moral, feita sob a forma simbólica de alegoria (jig); coisa em que não se vê; quimera, utopia, pessoa ou coisa incompreensível, enigma.

• Narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos; narrativa de significação simbólica, geralmente ligado à cosmogonia, e referente a deuses encarnados das forças da natureza e/ou aspectos da condição humana; representação de fatos ou personagens reais exagerada pela imaginação popular, pela tradição, etc; idéia falsa, sem correspondente na realidade; representação (passada ou futura); coisa inacreditável.

Tem-se a impressão de que os mitos não passam de lendas e tem pouco a ver com a existência real e vivida de cada ser humano.

O mito na maioria das vezes expresso a capacidade inicial do homem de compreender o mundo.

Lendas

Lenda é a narração de um caráter maravilhoso, em que os fatos históricos são deformados pela imaginação do povo, ou poeta, pode ser também uma tradição popular ou uma ficção, fabula.

As lendas são constituídas de seres reais e imaginários, são ricas em cultura e sabedoria popular.

Conto

O conto consiste na narração falada ou escrita; numa idéia de sedução a alguém; numa mentira artificiosa. Este é formado tanto de lenda quanto de mito, ou ambos.

O conto ressalta a fragilidade humana, em outros casos a esperteza do individuo.

Muitas das histórias contadas a seguir, foram vividas pelas pessoas que contaram, já outras foram ouvidas por eles. Não sabemos se todas são reais, mas o que podemos dizer é que tanto lendas quanto mitos e contos procuram reviver o passado nos falando de historia, de fatos e situações que envolvem tanto o individuo quanto o meio que nele habita.

Cobra Grande

A verdade não se sabe bem, mas segundo seu Lázaro ele já foi até o buraco dela e confessou ser um pouco grande, muitos pessoas afirmam terem visto boiarem ao redor da ilha folhagem amassada como se fosse o ninho de alguma coisa, já outras viram-se formar umas pequenas maresias vindo ao redor da ilha.

Este pajé afirmou ainda que o dia em que essa cobra sair do buraco, essa ilha iria sumir com tudo o que nela houver.

Só iremos saber a verdade se de fato isso acontecer.

Caçador

Tem uma ilha que fica entre o rio da Prata, que segundo os antigos mora nela um caçador, uns afirmam já terem o visto dizem que ele anda acompanhado de uma cachorrinha.

Uma vez um senhor chamado Vitor, viu o caçador, e como ele era metido a bravo e a pajé, resolveu mexer com o tal do caçador.

Segundo seu Vitor ele lhe deu uma surra na qual ele só se lembra de quando ele acordou em uma montaria nas cabeceiras de um igarapé, com sua montaria cheia de água e todo dolorido ele não dava conta de voltar p/ sua casa pois não sabia onde ele estava. Ele só voltou p/ sua casa porque seu filho o encontrou lá.

Seu Vitor então prometeu que nunca mais iria mexer com o tal do caçador.

Nessa ilha também existia um tal de lobisomem que assustava todo mundo, este era na forma de um porco muito grande.

Lobisomem
O lobisomem entrava nos chiqueiros e colocava todos os porcos p/ correr, roia caroço e rosnava embaixo das casas das pessoas, fazia também muito barulho.

O pessoal falava que iria fazer um serviço p/ ele, uns não tinham coragem, os que tinham não conseguiam acerta-los. Uma noite se reuniram uns rapazes e cercaram ele. Então um rapaz pegou uma perna-manca e conseguiu acerta-lo, o qual saiu correndo em direção ao mato.

No dia seguinte descobriu-se que o lobisomem, era um senhor que morava não muito longe da casa do rapaz, pois este senhor apareceu com a coluna e nuca toda quebrada, procurando passagem p/ ir até Abaetetuba.
Este senhor que era o tal do lobisomem ficou muito doente, por motivo da pancada que levou que não resistiu e faleceu pouco tempo depois.
Iara

Perto da minha casa funcionava uma olaria. Um dia um dos trabalhadores apareceu muito doente com dor de cabeça e tontura. Levado no pajé, este afirmou que ele tinha sido assombrado por uma Iara e que ele e nem os outros deveriam dobrar de costas p/ a olaria e partir das 6 horas da tarde.

Hoje isso já não é possível acontecer, pois já mora gente lá no lado. Mas um dia um senhor que morava na beira da praia veio comprar café de manha cedo e então quando ele estava passando em frente a olaria viu uma moça muito bonita tomando banho, este senhor ainda mexeu com ela a chamando pelo nome de uma conhecida, mas esta não respondeu. Então ao retornar o olhar de volta para o lugar aonde a moça estava não viu mas ninguém.

Então este senhor chegou falando que tinha visto a tal da Iara.
A Lenda do Boto

Era uma vez uma família, de seu Chico e dona Ana e seus filhos, o trabalho de seu Chico era viajar ou seja pescar, certa vez seu Chico saiu para uma dessas viajem deixando sua família em casa. E disse para a mulher que estava de volta de 15 a 20 ou até mesmo 30 dias, passado algum tempo passou a vir todos os dias.

Um dia a mulher chamou atenção do marido; você disse que estava de volta de 15 a 20 ou até mesmo 30 dias, agora esta vindo todos, o marido falou: não você esta enganada, eu só venho na data certa, ou seja, o combinado. A mulher falou: por que vem um homem aqui com sua aparência chega num casco pintado, remo pintado, de chapéu e traz uma cambada de peixe, que vem arrastando pelo chão.

O marido falou: “isso pode ser boto”, sabe mulher eu vou fingir que vou para viajem mas, na verdade vou me esconder. Uma bela tarde lá vem o homem com a aparência de seu Chico, chegou no porto amarrou o casco, puxou pela cambada de peixe e saiu andando em direção a casa, a mulher disse: marido lá vem o homem, seu Chico que estava escondido atrás da porta puxou pela espingarda e atirou contra o homem, o homem caiu na água, eles correram para ver o homem. Encontraram o casco era de uma aningueira, o remo era uma raiz de mangue e o chapéu era um afolha de aninga.

Um dia uma família, o marido trabalhava na roça, ou seja, na lavoura e a mulher era dona de casa, uma certa vez a mulher estava de bebê e de resguarde.

Uma amanhã o marido foi para a roça e falou: mulher vou trabalhar uma certa hora leva uma merenda para mim, ou seja um mingau e assim ficou o trato, quando chegou a hora da merenda a mulher preparou o mingau pegou o bebê no qual não tinha com quem deixar, e saiu no caminho da roça, andou, andou lá em certo momento percebeu que tinha alguém lhe seguindo e a mulher continuou e a mulher continuou andando cada vez mais rápido, a mulher olhou para trás e percebeu que tinha um homem a seguindo e continuou andando e segurando com firmeza seu bebê.

Em um momento ela jogou a vasilha do mingau e correu de pressa porque o homem lhe pediu o bebê, ela disse que não dava e não dava, ela foi apertando o bebê em seus braços e o homem insistindo que queria o bebê e a mulher dizia não, não e não, até que ela chegou na roça onde se encontrava o marido, o bebê estava morto de tanto a mãe aperta-lo, mas ela não deu o bebê ao homem, o marido ainda voltou para procurar mas não encontrou nada, o homem sumiu de uma forma mistérios.

A lenda da cobra grande
Minha avó me contou um dia que dois amigos dela foram caçar, em uma determinada parte do caminho tiveram que se separar, para que se tornasse mais fácil a procura da caça, antes disso tinham combinado uma coisa, para não ficarem muito longe um do outro um deles tinha que dá um grito e o outro se ouvisse respondia com outro, até que um deles gritou e esperou que ele retornasse com um grito, como não ouviu seu grito, e viu tanta demora, resolveu ir atrás dele.

Como não sabia em que direção ele tinha ido, retornou no lugar em que eles tinham se separado, e foi em direção às pegadas deixadas por ele. Caminhando mais ou menos uns dez minutos avistou seu amigo quase todo nu caído no chão, e cheio de gosma ao seu redor. Quando olhou para o lado e viu aquela imensa cobra, ficou paralisado com sua espingarda na mão, sem saber o que fazer, até que criou coragem e atirou contra a cobra e ela rapidamente foi embora para o meio do mato. Pegou seu amigo e levou para sua casa, que era mais próxima que a dele, e mandou que fosse buscar o pajé, o pajé veio e olhou para ele e disse: foi a cobra não foi ele disse: foi, o pajé disse: tu tiveste muita sorte, se não fosse teu amigo chegar bem rápido a cobra teria te engolido.

Dona Emelita conta que quando ela era jovem morava em uma coisinha as margens do rio Urubuéua Fátima. Recém – casada o marido e o pai dela trabalhavam na Vila do Conde e que eles vinham todas as sexta-feira. E então teve uma sexta-feira que eles não viriam e mandaram dizer pelo vizinho, este chegando já tarde em sua casa não deu o recado. Quando foi por volta de meia-noite, como era de costume esta senhora estava a espera dos dois, e então ouviu baterem na porta e a chamarem pelo nome. Seu filho mais velho disse, mamãe eu vou abrir a porta que é o papai que já chegou , ela disse espere meu filho não abra, espere eu me vestir que eu mesma vou abrir.

Enquanto ela se arrumava continuavam bater na porta e então quando ela abriu a porta não havia ninguém lá, ela ficou com medo, mas mesmo assim continuou dormindo na casa, ela e seus filhos.

Quando foi no dia seguinte ela foi na casa do vizinho, e contou o que havia acontecido, e foi quando ele lhe deu o recado do seu marido.

Minha tia me falou que quando era jovem, moravam ela, seu pai, sua mãe, seu marido e seus filhos, numa casa grande, sabem como era as casas de antes. O pai e o marido dela trabalhavam p/ o Conde e então ficavam a sós a semana toda.

Quando foi uma noite eles estavam todos dormindo no seu quarto, então a mãe dela andava um pouco doente. De repente ao acordar viu que sua mãe estava gritando de dor, gritava e não tinha o que fizesse parar a dor, em meio aos gritos seu filho mais velho acordou e disse: mamãe tem uma mulher em pé ali na porta do quarto, então ela olhou e viu a imagem de uma senhora, não dava pra ver todo o seu corpo porque ela estava encostada na porta, aparecia apenas a cabeça, um braço e uma perna, mas pelas partes que eu vi percebi que era uma senhora e então nesse exato momento o galo cantou, foi quando ela olhou p/ minha e falou: a sorte dela foi esse menino e o galo, porque se não eu ia levar ela, a mulher foi andando em direção ao mato, e cada vez que ela se afastava do quarto, menos a minha mãe gritava, quando ela sumiu a dor da mãe da minha tia parou e não demorou muito para amanhecer o dia.

Tem uma ilha não muito grande chamada de Ilha do Ribeiro, devido ao dono dela se chamar Ribeiro.

Um pajé por nome Lázaro, afirmou que embaixo dela mora uma cobra grande e que toda vez que ela se mexe cai um pedaço da ilha.

Não sabemos se isso é verdade, mas o fato é que de vez em quando cai um pedaço, não sei se isso é em virtude de haver muitos miritizeiros grandes lá ou se é em fato da cobra grande.

A Colônia dos Pescadores

O entrevistado foi o senhor Bráz de Souza Lobo ele tem 69 anos e trabalha nessa profissão há 45 anos.

A colônia dos pescadores funciona através de um seguro desemprego no valor de 380 R$, que o pescador recebe durante 4 meses, que não é permitido que o pescador pesque e depois que passa esses 4 meses é liberado 8 meses de pesca e todos os anos os associados da colônia recebe esse salário somente os associados

E no caso se a capitania pegar um dos associados pescando dentro desses 4 meses eles lhes toma tudo e muito das vezes ainda levam multa. A pesca fecha dia 1o de Novembro e finda em Março e os pescadores só vão receber no mês de Dezembro.

Os principais tipos de pescado são: Dourado, filhote, piraiba, mapara e sarda etc . .

Mais esse peixe varia de acordo com a maré porque na maré lançante dá pouco peixe. É quando eles pegam peixe a vontade são vendido para Belém, Abaetetuba, Muana, Conde e também são consumidos aqui na localidade.

Na safra do peixe a pescada e vendida a 70 centavos o KL. E os outros pescados custam 1,00 R$ KL.

O que mudou antigamente em relação a quantidade de peixe para o tempo de hoje?

R= Não mudou nada, na realidade não diminuiu o peixe foi a quantidade de pescador que aumentou.

Associação de Colônia dos Pescadores das Ilhas de Abaetetuba.

A primeira colônia no Brasil foi fundada em 13 de Outubro de 1919. Nas ilhas de Abaetetuba Z 14 foi fundada no dia 23 de Abril de 1923 pelo Sr. Comandante Frederico Villar, a colônia de pescadores é representada pela Confederação da Federação (SEAPI).

Para ser sócio da colônia o individuo tem que ser pescador e depender 70% da pescaria, deve ser maior de18 anos, ter todos seus principais documentos, incluindo certidão de nascimento. Somente pescadores terão acesso a sociedade da colônia.

A organização é formada pela Diretoria da colônia composta por 12 membros e seus secretários locais, sendo um em cada lugar ou rio formando um total de 33 secretários. A colônia dos pescadores oferece aos seus associados uma organização de categoria e luta pelos seus direitos constitucionais (Seguro defeso, auxilio doença em acidente de trabalho, aposentadoria, auxilio maternidade e auxilio reclusão). O atual presidente da colônia é o Sr. Joaquim de Souza Martins.

Rio da Prata

STRA

O sindicato dos trabalhadores rurais de Abaetetuba fundado em 30 de Junho de 1972. Pelos trabalhadores rurais daquela época. Para ser sócio do sindicato é preciso ter a16 anos, ser morador da zona rural e trabalhar na zona rural.

Todos os sócios precisam ter participação efetiva de todos os eventos realizados pelo sindicato e ser um sócio quite com suas mensalidades.

O sindicato oferece aos seus associados Benefícios como: auxilio maternidade; auxilio acidente de trabalho e projeto para manejo de açaizal.

A organização do sindicato é formada por assembléias, reuniões, manifestações e movimentos sociais.

O sindicato é representado por um presidente, um secretário e um tesoureiro, os atuais:

Dário Negrão Farias – Presidente
Josilene – Secretária
Edileuza – Tesoureira

Entrevistado: Alvin Vasconcelos dos Passos

Data de Nasc.: 30/07/1958

Rio Prata

ARQUIA

A Associação dos Remanescentes de Quilombos das Ilhas de Abaetetuba (ARQUIA) Surgiu em 2002 foi fundada pelo Sr. Remildes Teles e Gercino Vilhena da Costa. A ARQUIA tem como objetivo atender as necessidades dos remanescentes de quilombos das Ilhas de Abaetetuba.

Através de projetos como manejo de açaí com ou sem fundo fornecidos pelo Banco da Amazônia, também a ARQUIA oferece cursos de capacitação para os seus associados em cada comunidade como: cestaria; tecelagem; confecção de bijuteria, gestão ambiental, organização comunitária entre outros.

Atualmente 9 comunidades fazem parte dessa associação (Rio Assacú; alto, baixo e médio, Itacuruçá, Genipaúba, Arapapú Grande e Arapapuzinho e Taueráaçú.)

A coordenação da ARQUIA é escolhida das assembléias gerais com todos ou com 80 % de seus associados que é composta por um presidente; um vice-presidente; um tesoureiro; um coordenador de patrimônio e 2 fiscais de cada comunidade sendo 22 no total.

Para ser sócio da ARQUIA é preciso morar na localidade em que faz parte dela, ter 16 anos e se declarar descendente de negro. A ARQUIA conta hoje com mais de 3.800 associados, ela é uma associação não governamental mas que recebe apoio e recursos do governo federal e do estado, e apoio de outras entidades com STRA (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Abaetetuba).

Entrevistado (a) Maria do Socorro dos Passos

Data de Nasc.: 01/03/1967.

Função (Tesoureira da ARQUIA)

Rio Assacú

Centro Comunitário

O centro comunitário foi fundado pelo Sr. Deoclécio Tocantins Viana e Walter Furtado Mesquita e sua finalidade para a comunidade é ter lugar para as pessoas se encontrarem para as suas reuniões e no tempo de festejo fazerem deste lugar seu momento de lazer. Para certas pessoas poderem fazer algumas reuniões ou alguns eventos, tem que pedir permissão para a coordenação da comunidade.

Os seus benefícios são: Para as pessoas que tem seus grupos que discutem seus problemas e da comunidade em geral e até para os alunos estudarem e se prepararem para a vida no futuro.

Nem todas as pessoas podem fazer parte do centro comunitário porque o centro comunitário faz parte da comunidade e de uma coordenação que dirige. E essa coordenação é formada quando se faz reuniões para trocar de coordenador e isso acontece através de votos entre as pessoas e os que são escolhidos para ser eleitos a partir que ganham, passam a coordenar a comunidade e o barracão.

Na comunidade não existe um principal representante porque muda pela coordenação conforme os seus trabalhos elaborados. Os trabalhos devem ser desenvolvidos através de mutirão e trabalhos voluntários feitos pelos fieis.

O centro comunitário quer dizer; que é o centro da comunidade e nela não pode faltar o respeito e o zelo porque é um patrimônio e precisa ser preservado. A comunidade ela é composta por pessoas que fazem parte dela e não pelos moradores do rio.

Rio Urubuéua

A Saúde do Nosso Rio

A saúde é muito importante. Tão importante como respirar, andar ou comer. Vamos falar sobre a saúde no nosso rio, não tem pessoa melhor para falar, como a senhora Arinalda (mas conhecida como Tatá). Nós a entrevistamos, e ela disse que a saúde no rio é precária. Os materiais e instrumentos necessários são poucos e a estrutura não é adequada no atendimento.

Vamos falar de alguns pontos da pesquisa:

Materiais: Pinças, tesoura, gases, polvidinho, pomada, álcool iodado 70, lâmina, bisturi, esparadrapo. Esses ao os materiais do curativo. Com esses materiais é que fazemos os trabalhos, mas não são todos necessários, falta mais materiais. Pois a população e grande.

Atendimento dos Pacientes: Os pacientes frequentemente. Dia após dia. Todos os pacientes apresentam ferimentos leves como: rachaduras, cortes leves, ferradas de animais, picadas de animais. Quando os ferimentos são muito graves e como o nosso posto não tem a estrutura adequada encaminhamos aos postos vizinhos como nos rios: Xingu Grande, Rio doce e outros.

Atendimentos Gerais: Fazemos soro injetável a injeção intermuscular, busutura, verifica-se pressão arterial, curativo, visita-se famílias da pastoral da criança, peso e acompanhamento à gestante.

Cuidados dos Materiais: Esterilização na panela de pressão, e etc.

A saúde no nosso rio esta muito precária. Só com o posto não da para atendermos toda a população. Mas o barco Pescador da Saúde vem de mês as mês ajudar os moradores e atuar na saúde.

Achamos que ainda vem melhorias para a nossa saúde, não só na Saúde como: Educação, moradia e lazer. Acreditamos na força dos nossos moradores que a saúde ainda vai melhorar.

Berílo Ribeiro Maués nasceu no ano de 1921, hoje se encontra com 86 anos. Quando eu era moleque com idade de 8 a 9 anos eu gostava muito de lutar, gostava muito também de brincar com espingardinha para pegar peixinhos e insetos passava horas no mato com meus irmãos brincando.

Na minha juventude gostava muito de ir em festa e dançava muito, gostava muito de namorar, tinha muitos amigos legal, na minha juventude com idade de 14 anos conheci uma boa fartura.

O tipo de namoro era conversar com ela em sua casa onde seus pais ficavam o tempo todo conversando conosco. Quando não era o pai era a mãe que ficava o tempo todo entre meio os dois e era com muito respeito.

Eu conheci a Angélica e namorei ela 4 meses e depois nos casamos e tivemos 10 filhos, onde hoje se encontram todos casados e vivem longe de minha pessoa, apenas um mora comigo e outro no lado de minha casa.
O modo de vida naquela época não era difícil porque o trabalho tinha muito, o marisco tinha em abundância, e o respeito era uma das coisas principais naquele tempo.

A alimentação era café, chocolate de cacau, peixe, camarão, caça, carne de porco não falhava nos comércios, capivara, jacaré alemão e o açaí tinha muito, isso era o que mais a gente consumia no dia-dia, e também tinha charque que a gente comprava na cidade.

O tipo de roupa que era usado era roupa parda, calça branca e camisa branca, muitos outros era roupa de cor. As roupas que eu usava nas festas era mais social e era proibido o sapato. As calças tinha que ter a boca da perna bem larga para facilitar a dança.

O tipo de trabalho era mais corte de lenha, roça, roçado de cana, arroz milho, essas eram os tipos de atividades que tinha mais naquele tempo, era serviço que exigia mais força da gente e ganhava muito pouco, nós trabalhávamos mais para os nossos patrões.

As musicas que eram tocadas nas festas eram samba, macha, bolero, bonbo, valsa, quadrilha e lambada as pessoas mais idosas formavam uma roda e dançavam a quadrilha.
As bebidas eram cachaça, vinho, licor, Montila e outros.

A comunicação era mais por cartas, era um jeito mais simples para nós nos comunicarmos com outras pessoas longe, quanto ao telefone era só em Belém nós no sitio não tínhamos esse tipo de comunicação.

Quanto às embarcações era mais canoa a vela e lancha a fogo que queimava a lenha, esses eram os tipos de embarcações que eram mais usada, sua duração era no máximo de 3 dias para Belém isso quando ficava ventando toda hora, e a lenha quando estava bem seca.

Dias Atuais

Hoje no presente que vivo uso muitas coisas que são totalmente diferente do que vivi e estou presenciando hoje. A infância, juventude, namoro e casamento, tudo é diferente do que vivi no passado, vejo a juventude em bebedeira sem respeito pelos seus pais, quanto mais pelas pessoas mais velhas, quanto ao namoro bem diferente não tem mais o respeito e nem uma duração adequada aquela época. Hoje casamento são bem poucos que se casam é mais uma juntação de família.

Já o modo de vida hoje, são poucas coisas que mudaram. O trabalho não tem, marisco com fartura não tem também parece que tudo sumiu, dentro de minutos agente saía e voltava com o almoço e a janta, fazia ser do rio como do mato, era mais fácil você encontrar o alimento para sua família, Hoje você passa o dia inteiro não consegue o almoço, quanto mais a janta, cada dia ano ficou bem difícil.

A roupa, música e bebida tudo é diferente do passado as roupas de hoje esta sendo muito indecente principalmente para as mulheres, que estão mostrando quase tudo. As musicas são bem poucas que ainda tocam hoje, são mais musicas de agito e algumas musicas condescendia, falta de respeito mais são isso que os jovens de hoje gosta mais. A bebida é mais álcool do que cachaça, são poucas do passado que ainda tem, mais mudou tudo, surgiram novas bebidas que são bem consumida pela população.

Quanto ao trabalho acabou tudo só existe roça, trabalho para ganhar o sustento nas grandes cidades, isso para quem tem estudo completo.

As embarcações e comunicações hoje tudo se modificou, se tornou mais fácil e rápido fazer uma viagem e até mesmo se comunicar com pessoas bem longe de nós. Com o avanço da tecnologia o homem modifica as coisas que naquela época se tornava difícil, mais cada ano que passa a tecnologia se espalha por todo o mundo inteiro.
Dona Ana começou sua vida trabalhando na atividade agrícola, como na roça, cultivava, arroz, milho, feijão, café, cana-de-açúcar, era um trabalho exercido por ela e seus pais que constituía sua família.
Depois de alguns anos ela se casou, formando sua própria família, logo no inicio de sua vida teve muita dificuldade, para manter seus filhos. Seu esposo desempregado surgiu necessidade. Ela teve que trabalhar duro. Tapava igarapé, lanciava com rede nas praias e rios, para manter sustento diário de seus filhos. Ao longo de sua vida teve 11 filhos mais 3 morreram de doenças, mesmo assim continuou sua vida.

Ela também trabalhou na extração da borracha, extraída da seringueira, também ajuntava fruto de ocaúba e vendia para ser industrializado transformando-se em sabão.

Certo dia dona Ana estava tirando óleo de andiroba conhecido como (azeite) ela sofreu um acidente grave caiu e cortou a perna no zinco que estava bem afiado cortou o nervo de sua perna tomando o desespero de todos os parentes.

Que até hoje sente dores fortes na sua perna

Conclusão do Texto

Hoje ela mora sozinha. Enfrentou muita dificuldade no passado mais hoje ela se sente uma pessoa realizada, porque influenciou, na cultura do nosso município

A sua importância na comunidade.

É que ela é mais uma dos idosos que predominam na nossa região entre os diversos que já viveram e presenciaram vários acontecimentos que ocorreu naquela época.

A dona Ana ela também era uma grande parteira do Rio Urubuéua. Mas infelizmente a sua idade não permite que ela exerça mas a sua profissão de parteira.

A História da Assembléia de Deus no Estado do Pará

A Assembléia de Deus surgiu quando dois missionários enviados por Deus; DANIEL BERG e GUNNAR VIRGREN vindos da Suécia em um navio chamado GLEMENT e desembarcou em Belém no dia 19 de Novembro de 1910, onde começavam a falar do evangelho para pessoas que nunca tinha ouvido falar do evangelho de Jesus, por onde eles andavam falavam a respeito de Jesus muitas pessoas eram salvas, batizadas com o Espírito Santo, sinais e maravilhas eram operados pelo Senhor Jesus. A primeira pessoa que se tornou crente foi uma senhora chamada CELINA ALBUQUERQUE, mas isso tudo não foi tão fácil assim, por não terem condições financeiras eles passaram fome, não tendo aonde dormir dormindo nas ruas, porque eram expulsos das casas onde chegavam e muitas outras humilhações, mais nem por isso desistiram de fazer as suas missões logo depois DANIEL BERG e GUNNAR VIGREN, perceberam a necessidade de construir um templo, foi com muita luta e coragem que eles começaram a edificar o templo, finalmente no dia 08 de Novembro de 1914 foi finalizado o 1º Templo da Assembléia de Deus em Belém, que fica situado na Tv. 14 de Março. Nazaré.

Foi daí que a historia apenas começou, o evangelho começou a se expandir por todo o Brasil.

A Assembléia de Deus em Urubuéua.

Surgiu quando o Sr. Álvaro Rocha, residente do rio Asacú foi a Belém e ouvindo falar do evangelho e então decidiu aceitar Jesus e quando ele regressou ao rio Asacú começou uma grande batalha para pregar o evangelho.

Primeiramente ele começou fazendo cultos na sua própria casa e falava do que Jesus fizera na sua vida dos seus filhos e sua esposa logo os acompanhou, muitas pessoas iam para os cultos apenas por curiosidade para ver como era que acontecia essa nova forma de religião e acabavam crendo no que Jesus fazia no decorrer do culto. Depois os cultos passaram a ser dirigidos em outras casas como a casa do Sr. Benedito da trindade e assim a noticia foi se espalhando até que chegou no rio Urubuéua, o evangelho foi se expandindo então houve novamente a necessidade de construir um templo. O qual hoje é chamado o Templo Central do Rio Urubuéua, o evangelho abrangiu todas as ilhas de Abaetetuba.

A Assembléia de Deus é a líder de todas as outras igrejas existentes no mundo por que foi a primeira a existir.

Depois da Assembléia de Deus que começou a surgir igreja com outras denominações, por não aceitarem algumas regras básicas da Assembléia de Deus.

A assembléia de Deus tem atualmente 97 anos de lutas e vitórias no Estado do Pará.

REMÉDIOS CASEIROS
INTRODUÇÃO:

Aqui você encontrará remédios caseiros para vários tipos de doença feitos com plantas medicinais que encontramos no dia-a-dia em nossos quintais.

XAROPE PARA TOSSE

Plantas Utilizadas:

• Casca de Jutaí

• Sucuúba

• Alho (folha)

• Folha de Algodão

• Folha de Limão

• Folha de Laranjeira

• Folha de Rego

Modo de Fazer

Ferver até que ele vire xarope em seguida deixe esfriar e beba de continuo.

INFECÇÃO

Plantas utilizadas:

• Folha de Carrapicho

• Folha do anama

• Quebra pedra

• Erva de chumbo

• Coma fifi

• Folha do Pirarucu

• Amor crescido

• Lágrimas de nossa senhora

• Verônica

• Escada de Jabuti

Modo de fazer:

Ferva durante 15 minutos em seguida deixe esfriar e sirva de 8 em 8 horas.

FEBRE

Plantas utilizadas:

• Eucalipto

• Folha de limão

Modo de fazer

Faz o chá e serve junto com a dipirona deixe algumas horas e dê uma AS.


DOR DE CABEÇA

Plantas utilizadas:

• Folha de limão

• Folha do feijão

• Folha cuandú

• Folha da laranja da terra

• Café amargo

Modo de fazer

Ferva durante 15 minutos deixe esfriar e faça o choque.

ASMA

Ingredientes:

• Banha de jibóia

• Banha de arraia

• Mel de abelha

• Escama de piropema

• Dipirona

Modo de fazer

Amasse tudo bem amassadinho e dei as colheradas de continuo.

ANEMIA

Ingredientes:

• 3 beterrabas

Modo de fazer

Corte as beterrabas em pequenos pedaços e coloque na água durante alguns minutos para formar um suco. Em seguida o suco esta pronto para beber de contínuo.

PARA AUMENTAR AS CONTRAÇÕES DO PARTO

Ingredientes:

• Chá de erva cidreira

Modo fazer

Faz o chá deixa ferva durante 5 minutos em seguida deixa esfriar e tome.

DOR DE DENTES

Ingredientes:

• Palito de fósforo

• 1 dente de alho

Modo de fazer

Tirar uma cabeça de palito de fósforo e um dente de alho amassa junto com uma pitada de pimenta do reino mistura álcool e colocar no dente com um pedaço de algodão.

DOR DE OUVIDO

Ingredientes:

• Fubá

Modo de fazer

Faça um mingau de fubá ainda quente coloque 2 pedaços de pano e aplique na forma de compressas em ambas as orelhas. Cuide para que não esteja muito quente a ponto de queimar, mantenha as compressas no local até esfriar.

Nome: Izomar Ferreira Dias, nasceu no dia 27 de Junho de 1945 e hoje se encontra com 63 anos de vida.
Como era a juventude no seu tempo?

Era de forma muito rígida, porque os filhos eram presos pelos pais e não tinham a oportunidade de estudar, ou seja, eram tirados da escola para trabalharem junto dos pais na roça no roçado e até mesmo em casa cuidando dos irmãos pequenos. Não tinham a liberdade de sair para se divertir, quando iam numa festa ou em algum lugar próximo, ou seja, casa de parentes o pai mareava a hora de voltar pra casa, caso contrario, os filhos já vinham pesando na surra que poderiam pegar do pai e isso era de certeza.

Como era o namoro?

O namoro era mais nas escondidas, porque não tinham idade de namorar. A idade de namorar era de 18 a 20 anos, porque os pais não deixavam os filhos namorarem sem idade muito mais sem sua permissão. O casamento só era realizado depois que os filhos tinham 25 ou 30 anos.

Qual era o tipo de roupa usada naquela época?

As vestes eram: vestidos longos, que as mães mandavam fazer por costureiras que conheciam, ou seja, de sua confiança, que só elas faziam do jeito que elas queriam.
Quais eram os tipos de musica tocada nesse tempo?
Bolero, tocado por aparelhagem e jaze tocado por instrumento de assopro.

Os tipos de instrumentos eram: banjo, violão, tambor, viola, violinho, chocalho queréquexé, flauta e outros, formando grupos musicais por varias pessoas.
Qual era os tipos de trabalho que existia por aqui?

Roça e roçado de cana.

Os homens cortavam lenha e rolo de madeira para vender em Belém.

Quais os tipos de bebidas?

Cachaça pura, os homens compravam a cachaça no engenho para levar pra festa, porque na festa só vendiam refrigerante.
Como era a embarcação e qual a duração da viagem?

Pra Belém era de 3 dias de viagem a embarcação era reboque à vela.

Pra Abaeté era 1 dia inteiro e tinha que ir em casco grande e de remo, saindo daqui 10 horas da noite, pra chegar lá 5 horas da manhã.

Como era o modo de comunicação?

Era através de carta.
Quais os tipos de alimentação?
Peixe e caça.

Os instrumentos para pegar o peixe era rede de lanciar pari pe e caniço. Para pegar o camarão tinha que gaquia o poço.

Os tipos de caça eram: cutia, soia, veado, tatu, mucura, preguiça, paca e até mesmo os pássaros como, socó, tucano, papagaio e saracura.

Os instrumentos para matar esses animais era a espingarda.

O que fez na comunidade?

No tempo da festa eu trabalhava na cozinha que é um serviço que até hoje faço, trabalhava também em mutirão capinando.

Quando comecei a trabalhar na comunidade a duração da festa era de 9 noites.

Nesse tempo a comunidade não tinha motor para gerar luz durante a festa, então, a luz que lumiava a comunidade era das aparelhagem.

A primeira igreja surgida na comunidade era de madeira. Os primeiros coordenadores eram: Vavá, Magita e dona Dada.
Porque comunidade Nossa Senhora de Fátima?

Porque o pai de dona Dada era português e trouxe essa imagem de Nossa Senhora de Fátima de Portugal pra ela. E como ela era a coordenadora da comunidade e quando o bispo veio dizer a primeira missa na comunidade para batizar a igreja, dona Dada registrou a comunidade como Nossa Senhora de Fátima a padroeira do Rio Urubuéua.

CULTURA
Danças Folclóricas
Fizemos uma entrevista com a dona Maria das Graças, no dia 14/11/07 às 13 horas da tarde no rio Tauá. Dona Maria nasceu no dia 15/08/49.

Ao entrevistarmos dona Maria, perguntamos-lhe a dona Maria o que a levou a formar um grupo folclórico, e como foi que surgiu esse grupo.

A senhora Maria das Graças nos respondeu que era pelo fato, que todo ser humano tem que se entregar a arte, a dança, a música e a poesia. E também de se socializar no meio em que vive, na comunidade, com os vizinhos, com a escola, etc.

Pois esse grupo teve inicio desde o ano de 1972, a partir desse ano dona Maria começou a apresentar danças folclóricas de variados tipos como: quadrilhas, boi-bumbá e outros.

Perguntamos se ela já fazia parte desse grupo desde que começou, ou tinha outra pessoa antes dela. Ela nos disse: que não teve outra pessoa antes dela, ela foi quem começou o grupo.

E também fizemos questão de saber os tipos de apresentação que dona Maria acostumava apresentar, e qual era o nome do grupo. E ela nos falou que a apresentação que ela costuma fazer é a dança do boi, a dança do rouxinol, a dança da mariquinha e a dança da garça, e o nome do grupo é Coração Junino.

Pois esse grupo costuma a se apresentar nas quadras juninas e não deixava de lado a parte do carnaval, onde faziam fantasias para se apresentarem na Assembléia Abaetetubense.

Os grupos de dança que costumam se apresentar é os das crianças do ABC, até os idosos da 3ª idade que queriam participar só se fazia separar as crianças dos adultos e formar os grupos de dança.

Ao entrevistarmos dona Maria, sobre poesia perguntamos-lhe o que a incentivou a escrever poesia. Ela nos falou que começou a escrever poesia sozinha, porque sempre gostou de poesia nunca foi incentivada por ninguém, sempre teve vontade de escrever e ler.

Ela nos falou também que tinha uma tia que gostava de escrever, de preparar e criar poesias para apresentar, ela era professora, e tem um primo, João Batista que também gosta de escrever e cantar etc.

Ela nos falou que escrevi poesias desde os 7 anos de idade, até hoje aos 50 anos, admite que ainda escreve poesias.

E também nos falou de seu maior sonho que é publicar suas poesias, mas dona Maria não tem recursos financeiros para realizar seu sonho.

Dona Maria fez sua primeira poesias quando estava na 2ª serie e estudava no colégio Basílio de Carvalho, até hoje ainda lembra.

Ai está escrito algumas das poesias de dona Maria:

Criança

Ó criança

Minhas vidas

Meus encantos

As que amo tanto!

Ó crianças

Vejo em vocês

Um montão de esperanças

Que se espalham como aroma

Das roças



Ó crianças

Tantos sonhos despertam

No brilho do seu olhar

No seu rostinho alegre

A gargalhar



Ó crianças

Fico horas até contemplar

As tuas travessuras

Não posso contar



A tua imensa candura

Faz-se parar

E meditar

Que és obra especial



De um ser supremo

O nosso grande Deus

Autor da vida

Que faz de você, ó criança

Tão linda!



Miriti

Coisa nossa assim / gigante / robusta, tuíra, forte guerreira, viçosa, frondosa, encanto de todos caboclos daqui!

As linda porque, além de tua copa, da tua formosura, destaca-lhe em seres, tão útil. A todos nós caboclos daqui “rios Tauá”.

Nos ofereces tantas iguarias, com teu gostoso vinho, aguamos o mingau de farinha, de arroz, banana. É uma delicia saborear o vinho de miriti, com camarão e mapará!

Nos dias de calor, saboreamos o chopp, o picolé, o creme e sorvete, vão também para nossa mesa o bolo, o pudim e a sobremesa.

Tudo de ti, miriti é útil e aproveitoso, de tuas folhas cobrimos casas, de teus galhos tecem paredes, em tua copa abriga pássaros, de teu tronco faz-se escada e ponte!

De teu broto, tecem redes, cortinas, tapetes, roupas finas para donzelas, para desfile de miss.

Com tuas talas, tecem paneiro, peneira, cestos, arranjos, tipiti, aturá, tupe, aricá, panacarica, matapi, porta pratos e panelas, abanos, leques e porta-utensilio de bebês!

Dos teus braços miriti, quando já estás seco, mil e tantos brinquedos, que tanto atrai a criançada!

Até mesmo os adultos, principalmente quando vão ao círio juntos. Festa de nossa fé, em Belém do Pará, que é o Círio de Nazaré.

Ó miriti, que coisa linda e boa tens em ti! Encanta até turistas, quando vêem prontas tuas canoas, a cobra, o tatu e passarinho o virapurum, que tanto com o bico.

De te miriti tantas artes se inventa, do barco a montaria, o navio a rabeta, o iate a prancha, o casco, e o remo, o faia, a cobra, o tatu, o tucano, o papagaio, o beija-flor que nasce com seu biquinho cada instante, e o tico-tico, o macaco com seus irriquetemento.
Artesanato

Ao entrevistarmos dona Cleonildes sobre artesanato, no dia 01 de janeiro de 2007 moradora do Rio Tauá, às 3 horas da tarde em localidade, fizemos-lhes a seguinte pergunta. Há quanto anos ela fazia paneiro. Dona Cleonildes nos respondeu que fazia paneiro desde os 10 anos de idade e até agora com 51 anos ainda faz.

Também perguntamos com quem ela aprendeu a fazer paneiro. Dona Cleonildes respondeu que aprendeu a fazer paneiro olhando para as pessoas, ai depois de olhar as pessoas, ela foi fazer sozinha e conseguiu.

Perguntamos também quantos paneiros ela costuma fazer por dia. Ela falou que dependia do tamanho do paneiro, porque se o paneiro for grande, ela fazia 50 por dia, e se fosse pequeno, ela fazia 100 por dia. Mas agora ela já esta mais idosa e a idade, não permite que ela faça tudo isso de quantidade, e faz apenas 25 por dia do grande e 50 do pequeno.

Também perguntamos quanto ela ganhava pelo cento do paneiro. Dona Cleonildes falou que quando está pegando camarão, o pessoal que compra o paneiro paga R$ 50 no cento, e quando esta pegando pouco, eles pagam só R$ 30 no cento.

Perguntamos também se o dinheiro que ela ganha com o paneiro, dá pra se sustentar. Ela falou que pra se sustentar não dá, mas pra ajudar em algumas compras do mês dá.

Também perguntamos quais os tipos de paneiro que dona Cleonildes faz. Ela falou que os tipos de paneiro são: paneiro camarueiro, paneiro bulacheiro, paneiro de duas bolas, aturá e raza.

O paneiro é utilizado para colocar camarão, o paneiro camarueiro, e o paneiro bulacheiro, paneiro de duas bolas, aturá e raza.

O paneiro é utilizado para colocar camarão, o paneiro camarueiro, e o bulacheiro para colocar bolachas e o paneiro de duas bolas é para colocar cebola, o aturá é para colocar mandioca, a raza é para colocar o açaí debulhado e também serve para pegar camarão no igarapé (gopuiar).

Dona Cleonildes sabe fazer paneiro e além do paneiro, também faz outros tipos de artesanato como, por exemplo, o abano, que é utilizado para abanar o fogo, e também não esquecendo da peneira onde é coado o nosso delicioso açaí, também a peneira serve para coar a massa da mandioca.

Encerramos nossa entrevista sobre artesanato ás 4 horas e 30 minutos, concluindo com os dados pessoais da entrevistada.

Dona Cleonildes Martins da Trindade, moradora do rio Tauá, entrevistada por Lourdes Martins da Trindade, moradora do rio Tauá (filha da entrevistada).

Cantor Regional

Entrevistamos o cantor Fernando Ribeiro Martins no dia 08/12/2007 ás 14:30 horas da tarde, morador do rio Urubuéua nascido no dia 06/09/1980.

Perguntamos para o cantor Fernando com quantos anos ele começou a se dedicar exclusivamente a musica, ele nos respondeu que começou aos 5 anos de idade. E falou também que pretende continuar cantando até os últimos dias de sua vida, porque o maior prazer dele é cantar, e a musica é tudo pra ele, é o que ele mais gosta de fazer. E sem a musica ele não é nada.

Pois Fernando disse que viajar para outros paises e divulgar o seu trabalho é seu maior sonho. Ele diz que viajar em divulgação do seu trabalho vai dá oportunidade de ser reconhecido no mundo inteiro além de conhecer outros estados e outros paises.

Fernando disse que sonha em gravar o seu CD com as suas próprias músicas seria como um fruto do seu trabalho, mas para isso falta verba.

Perguntamos para o Fernando se ele sonha em ser famoso. Ele disse que sonha em ser famoso sim, de aparecer em programa de TV, dando entrevista, ou como cantor ou compositor. E diz que enquanto esse dia não chega, ele vai continuar compondo e cantando no seu Skema, que chama Os Brothers que é composto pelos seus dois irmãos Laércio e Franciely.

Para compor perguntamos se ele se inspira em alguma coisa, para escrever as suas musicas. Pois Fernando disse: que em 1º lugar ele se inspira, no amor que as pessoas têm que sentir uma pela outra, e em 2º lugar a pessoa tem que gostar mesmo de musica.

Ele disse que se fosse um cantor reconhecido nacionalmente e internacionalmente e ficasse milionário ele daria uma vida melhor para seus familiares, e ajudaria as pessoas que realmente necessitam.

Mas infelizmente com o dinheiro que ganha de seu show, não dá pra fazer quase nada.

No final da entrevista perguntamos o nome de sua 1ª composição, ele disse que chama baby.

Pois Fernando nos concedeu a letra dessa sua composição.

Música:

Um dia desses você disse pra mim, que ia me amar e ia ser sempre assim. Porque o nosso amor nunca teria fim.

Eu lembro quando você falou que eu era o seu homem, eu era o seu amor, baby não vá não me deixe sozinho sem o teu amor.

Refrão

Baby não vá (2x) se não eu vou chorar

Porque uma dor de perder um amor não vou agüentar (2x)

Autoria: Fernando Ribeiro Martins.

Data de Nascimento: 06/09/1980

Morador do rio Urubuéua.



UM POEMA PARA ABAETETUBA


Sou Cabocla



Autora:

Maria das Graças Silva dos Santos



I

Sou cabocla

Sou faceira

Sou forte

Hospitaleira



II

Mulher de garra

Meu nome é Abaeté

Sou a própria natureza

Que Deus fez e criou



III

Gente simples

E humilde

Que labuta

E sobrevive



IV

Nas ilhas de Abaetetuba.

Banhando-se

Na maré

Comendo tucunaré!



V

Quem chegar à Abaetetuba

Logo de manhã cedo

Saboreia o mingau com açaí

Com vinho de miriti,



VI

Preparado por dona Diquinha

E o senhor Lambreta

Tão delicioso

De dar água na boca!



VII

Sou cabocla

Sou mata

Sou água

Sou bela

Sou a lua

Cor de prata!

VIII

Sou o sol

Que irradia

E aquece

Cada manhã

Cada dia, a terra e a mata!



IX

Com seus raios luminosos

Aquecendo-me todinha

Para que eu possa ser

A cidade mais bonita

E brilhante que nem ouro.



X

Sou cabocla Abaetetuba

Tudo em mim é natural

Que encanta e embeleza

Sou tão sensacional!





XI

Orgulho-me de ser

Chamada cidade de Abaetetuba

Pérola do Tocantins

Tesouro tão precioso



XII

Pedaço deste chão

Tão cobiçada

E admirada

No meu país – Pará – Brasil!



XIII

Sou Abaetetuba

Um pedaço da Amazônia

O maior pulmão do mundo!



XIV

Sou como as estrelas

Repletas de pontinhos coloridos

Brilhando pra todo lado

Sou cada ser,

Em cada casa

Que há em minha cidade.



XV

Sou alegria das crianças

Quando chegam

Em minha praça!



XVI

Sou cada adolescente,

Jovem, adulto

E da terceira idade

Sou Abaetetuba

Os amo de verdade!



XVII

Por este dia

Quero parabenizar

Ó encantada cidade de Abaetetuba

Ó minha terra natal!

Por aniversariarmos juntas



XVIII

Venho de joelhos

Somente agradecer

A nosso Senhor Jesus Cristo

E um pedido lhe fazer!



XIX

Derrame por favor

Meu Senhor rei do universo

Bênçãos, paz,

Muita paz,

Luzes, saúde,

Vida e graças.



XX

Tão especiais

Para cada um

De meus irmãozinhos

Filhos desta ou de outras cidades

Para cada um de nós

Filhos de Abaetetuba.



XXI

Que tenhamos dias melhores

Com alegria, amor.

Ternura, escuta

E carinho,

Saúde e prosperidade.

Para todos meus irmãozinhos,



XXII

Parabéns Abaetetuba

Pelo teu aniversário

Que nossa senhora rainha da paz,

Nos abençoe, nos ajude

Nos cubra com

O seu sagrado manto



XXIII

Faça com que

Cada caboclo

Filho de Abaetetuba

Tenha mais fé, esperança, amor, união

E caridade

Nesta nossa caminhada



XXIV

Aqui em nossa cidade

Amando e construindo

A sua própria história

Dando bons exemplos



XXV

Respeitando, e partilhando.

Entre todos nós

Irmãos Abaetetubenses

Capazes de fazer



XXVI

O melhor para o nosso bem estar

E o engrandecimento

Desta nossa querida cidade!

De Abaetetuba!



XXVII

Sou cabocla

Sou faceira

Sou forte

Hospitaleira



XXVIII

Mulher de garra

Sou a dona

Desta terra

Sou a cidade mais bela

Meu nome é Abaetetuba!



Digitadores: Felipe Sales Costa

Marcio S. Costa Jr.

Vânia S. M. Cosme



Informantes:

Maria Emilia

Nome: Ana Ribeiro Martins

Idade: 78 anos

Nasceu no dia 25 de Julho de 1925

Lucila Gonçalves Assunção

Idade: 83 anos
Emelita dos Passos Costa

Função: Coordenadora do centro comunitário

Dos passos (Dicó)

Idade: 66 anos

Sr. Tarcilo Lobato Machado

Secretario Local da colônia de pescadores.

Data de nascimento: 22/02/1943

 Maria do Socorro dos Passos

Data de Nasc.: 01/03/1967.

Função (Tesoureira da ARQUIA)


Diretora: Rosete Lobato Gonçalves.

Professores: Cosmo, João Sergio, Ribamar.

Equipe composta por:

Amanda Rocha Gonçalves

Graciane Dias Dias

Jaelsom dos Santos Brabo

Jonathan Rocha de Sena