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quarta-feira, 4 de maio de 2022

88 anos do município de Belterra

 





Uma equipe de professores da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará, lotado no Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, formada pelos professores  Maryanne Silva Guimaraes, Prof. Vianey Afonso e Maralise Costa resolveram através de uma exposição, homenagear o município de Belterra pela passagem de seus 88 anos, na escola municipal da Comunidade de Piquiatuba - Belterra.


Imagens do período áureo de Belterra



Segundo os professores, os alunos estão realizando uma exposição na qual explicam o ciclo de borracha em Belterra, desde  a identificação da espécie de seringueira utilizada nas plantações ordenadas em Belterra, o processo da retirada do látex, as ferramentas utilizadas e o contexto histórico dessa atividade dentro do município, o tema é em homenagem aos 88 anos da cidade de Belterra.



Alunas apresentando a história de Belterra





Equipamentos utilizados pelos trabalhadores do Seringal



Professores Organizadores da Exposição



Parabéns professores pela excelente atividade educativa e que os alunos jamais esquecerão!  
                          

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Ordem Sacra do Professor Pedro Emiliano

 





No último dia 18 de dezembro, o ex Professor no município de Belterra, Pedro Emiliano, recebeu a Ordem Sacra de D. Irineu Romam, no Seminário São Pio X, no município de Santarém. Os familiares estiveram representados através das duas filhas do referido Professor, as educadoras Jeise e Nelma Mary Sousa.


 



Sabemos que essa Ordem Sacra se encontra em boas mãos e que no exercício de suas funções e ministérios, Pedro Emiliano, usará dignamente. Muito feliz, meu amigo!


                                                                            









terça-feira, 26 de outubro de 2021

Projeto: Criança Feliz é Criança que Brinca





Em homenagem ao Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro, os Professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, Nelma Sousa e Ranildo Alvarenga, festejaram no dia 11 do corrente um dia recreativo, envolvendo todo o seguimento escolar, principalmente a participação efetiva dos alunos matriculados nesta importante política pública, considerada uma das maiores de inclusões sociais da Amazônia.





Durante a programação realizada na Escola Wulfilda Rêgo, na localidade de Vila de Arapucú, no município de Óbidos, foi intensa com a participação de um número significativo de ´pessoas da comunidade. Durante o evento, considerado excelente, o teatro, brincadeiras lúdicas, entrega de presentes e no final a distribuição de merenda foram marcantes. O Projeto constou com Apresentação dos professores; Fala da Diretora da Escola; Fala dos Professores Organizadores do Projeto, Nelma Sousa e Ranildo Alvarenga; Torta na cara entre os professores, se tornando a atração máxima. Na apresentação da tarde maravilhosa, o Professor do município de Belterra, Pedro Emiliano, se destacou com sua entonação, dinamismo e brilhantismo.  




Parabenizamos os referidos professores pela execução do projeto na comunidade. 





Fontes: www.obidense.com.br

            Profª Nelma Sousa

            Prof. Pedro Emiliano

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Trilha do Pindobal

 


*Karla Pachiano

    *Ribamar Oliveira







Fordlâdia, município do Oeste do Pará, recebeu esse nome em virtude da instalação da Companhia Ford. Contudo, devido entre outros problemas ocasionado com a plantação da Hevea brasiliensis, árvore conhecida como seringueira e que produz o látex, de grande importância na fabricação de pneus para os carros automobilísticos. Diante dessas dificuldades a Ford transferiu para Belterra a produção, visto que era mais próximo de Santarém, além do rio nessa região ser mais fundo, melhor para receber navios de maior calado.





Como professores nunca se desligam do seu trabalho, nós historiadores, nem se fala. Semana passada estivemos na Praia do Pindobal, no município de Belterra, também no Oeste paraense e nos deparamos com ferragens de resquícios de trilho deixadas por pessoas que trabalhavam, por volta da década de 30, na extração da borracha. Pindobal, era, na verdade, o trapiche criado pela Companhia Ford que servia para o embarque da borracha na Amazônia, . Eles também criaram um depósito e carregavam pelo trilho. A origem do nome vem da árvore pindoba, uma espécie de palmeira com muita abundância na região, daí o nome Pindobal, e com a chegada dos americanos acrescentaram o L e deram o nome de Porto Novo. Os americanos criaram também, a primeira cantina do Pará., uma espécie de refeitório para que os americanos pudessem se alimentar.  As imagens retratam bem o que conhecemos.





Poucas famílias sobrevivem na comunidade, na praia de Pindobal, considerada um paraíso para os turistas que frequentam como área de lazer, através dos restaurantes, onde o prato principal é  o charutinho; um peixe semelhante a sardinha, que frito pode ser comido inteiro, inclusive as espinhas  além de outras iguarias da região. Os bares e pousadas são também outra fontes de sobrevivência dos comunitários. A praia é realmente linda!

 




A Trilha de Pindobal era o principal porto que facilitava o escoamento da época áurea da borracha em Belterra, um dos principais polos de produção da borracha no Pará. Importante destacar, as características da cidade como se fosse no interior dos Estados Unidos. Esta construída em 1934, é considerada um patrimônio nacional. Valendo muito a pena conhecer.




















                 

                                           SERINGUEIRA

fonte: https://digifloragcn.wordpress.com/2019/03/20/hevea-brasiliensis/



                                                      PINDOBA

https://vcl.com.br/produto-tag/coco-de-pindoba/

 


                             DESEMBARQUE DE MERCADORIA EM PORTO NOVO.

FONTE: AMORIM, Antonia, in A dominação Norte Americana no Tapajós – A Companhia Ford Indústria do Brasil, 1995.



* Os autores são historiadores. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

SOME é emoção!

                     

                                                    * Marina Costa

                                                    * Ribamar Oliveira


Professores na Praça de Belterra

                                                    


Revisitando o município de Belterra, no sábado último (25/09/21), com um grupo de 19 ex Professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, foi marcante e chegado de muitas emoções. Foi um reencontro com antigos moradores que sempre davam apoio aos referidos mestres por estarem longe de suas casas.



Professores na Casa do Prof. Pedro Emiliano
                                          

Segundo o professor Pedro Emiliano, de Belterra, o SOME foi implantado em meado da década de 80, por volta do ano de 1985 ou 1986, através de uma Emenda Parlamentar do então Deputado Estadual Oti Santos. Belterra, naquele momento, era distrito de Santarém. Para Pedro Emiliano “o Modular foi importante, pois muitos jovens paravam seus estudos, já que não havia ensino médio na localidade e nem as famílias tinham condições de mandar seus filhos para continuarem seus estudos em Santarém. O SOME também foi  importante novidade para comunidades e regiões adjacentes;  além, do compromisso e disposição dos professores que  desenvolviam suas atividades pedagógicas em Belterra”. Para Pedro Emiliano, a relação entre comunidade e professores era de admirável entrosamento, expresso  no profissionalismo, amorosidade e amizade. Grande exemplo é a sua família, que sempre estava disposta ao apoio a todos. Em uma das despedidas dos professores, o referido informante destacou entre os presentes, a necessidade do apoio aos professores do SOME, pois: “enquanto os trabalhadores locais, no final de cada dia de trabalho, retornavam para os seus lares, para o convívio familiar, o mesmo não ocorria com os trabalhadores do SOME, que no dia a dia, voltavam sempre para espaços que não eram seus, nem tampouco encontravam seus familiares.” Reflexão importante do entrevistado sobre a habitação dos professores do SOME.



Profs. Marina, Pedro e Neto, Socorro, Ribamar

                                                   


Para a Professora Socorro Magno que trabalhou no ano de 1988, como as professoras Marina Costa, Marlene Teixeira entre outras, enfatizou quando esteve na frente da casa dos professores,  que ajudou a construir ao lado da Escola Santo Antônio. Para ela: “Foi emocionante essa revisitação, já que com alunos e moradores ajudou a construir essa pequena casa, desde o beneficiamento da madeira até campanhas de doações de materiais, no comércio de Santarém”. 



Professoras Marina Costa e Socorro Magno
                                          



Já para a Professora Marina Costa: “Este contexto de construção, caracteriza o Sistema Modular. Moradia era a condição fundamental para o abrigo das equipes de professores; na sua inexistência, buscar os caminhos para solucionar o problema, tornava-se uma necessidade. No caso de Belterra, o processo de construção, foi totalmente abraçado por toda a comunidade. A construção da casa dos professores, nasceu das ideias dos professores; os estudantes dessa época, relatam essa história, onde o destaque maior é o reconhecimento da  participação deles e dos pais, em forma de mutirões. A Unidade, que servia de alojamento inicial para os professores, apesar de confortável instalação de quartos, era estruturalmente inadequada como moradia a longo prazo para professores, pois não reunia condições para atividades domésticas, como cozinha, tanque pra lavagem de roupas, mesa e cadeiras para refeitório, bem como para se  desenvolver as atividades de planejamentos pedagógicos, além da localização isolada e distante da escola. Daí, a ideia e o desafio de se construir a casa dos professores, já que não dava para se esperar pela Prefeitura. Segundo a relatora, revisitar Belterra com alguns profissionais que trabalharam naquela época, é emocionante, assim como rever velhos amigos, como o Pedro Emiliano, que sempre deu apoio, juntamente com sua esposa, “D. Maroca” (já falecida); o João, esposo da Oralda, também já falecida.



Muitas emoções no reencontro
                                          


O blogueiro esteve presente, já que tinha também trabalhado nos anos de 1991 e 1992, com a equipe dos Professores Francisco Valente e Carlos Lima. Realmente, o SOME é Emoção!


O blogueiro revive sua história
                                           


                                          

Primeira Escola de funcionamento do SOME
                                           


OBSERVAÇÃO: Em Nota produzida no dia 26 de setembro de 2021, o Professor Pedro Emiliano escreve:


"DIA 25 DE SETEMBRO DE 2021 TIVEMOS A IMPRESSÃO DE QUE TUDO ESTAVA INICIANDO NOVAMENTE. INESPERADAMENTE SURGEM EM  BELTERRA, OS PIONEIROS DO SOME, OS GUERREIROS  DE UMA  EDUCAÇÃO QUE FICOU MARCADA NA HISTÓRIA DE BELTERRA. OS PROFESSORES GLAUCO. RIBAMAR. SOCORRO . MARINA E OUTROS CHEGARAM PARA MATAR  SAUDADE DE UM PASSADO  BRILHANTE EM MEIO A MUITAS EMOÇÕES.  FORAM PARA NÓS, FILHOS ADOTIVOS. FIZERAM E AINDA FAZEM  PARTE DA NOSSA FAMILIA.  FOI UMA ALEGRIA MUITO GRANDE REVER ESSES HERÓIS.  DIRIA À ELES: BELTERRA OS TEM NO CORAÇÃO.  MUITO OBRIGADO PELOS SEUS ENSINAMENTOS".


E nós, professores do SOME, agradecemos todo esse apoio Pedro, João, "D. Maroca", Oralda entre outros.


* Os autores foram professores do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Construção da Casa dos Professores do SOME em Belterra: Uma história singular





 

Na figura 1 (1989), as ex Professoras do SOME: Marina Costa e Socorro Magno, juntamente com Jorge, ex aluno do SOME.


Na figura 2 (2020),  os ex professores do SOME: Glauco Filgueras, Marina Costa, Valderina Correa, Maria José Viana, Ângela Prata,   Rui Meireles, Daniel e Nonato Bandeira.


No ano letivo de 1988, equipes de professores ingressam na rede estadual de ensino, lotados no Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, política pública gerenciada pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC/PA. Deslocam-se de Belém, capital do Estado, para as localidades da Unidade Regional de Educação – URE, de Santarém, que envolvia os municípios de Aveiro, Fordlândia, Belterra e Mojuí dos Campos, formando um circuito.

 

Desde o início do referido ano, os professores que desenvolveram suas práticas educativas no município de Belterra, ficavam no abrigo dos professores em um prédio conhecido como “Unidade”. Apesar de possuir um espaço amplo, quarto grande com banheiro, entretanto, a “Unidade” não oferecia condições para moradia, não havia cozinha, refeitório, não havia mesa para beneficiar o trabalho do professor no exercício da docência, portanto, um complicador, segundo a ex Professora do SOME, Marina de Sousa Costa: “Além do mais ficava isolado, bem distante da escola. Como não tinha refeitório, os professores tinham que se deslocar para a  casa de uma senhora contratada para fornecer refeições”. Para chegar à escola andavam muito, já que não tinham transporte para buscá-los ou deixá-los. Vale ressaltar, que passaram algumas reivindicações, no ano 1988, porém, Belterra era uma base física do Ministério da Agricultura, portanto, era federalizada e suas demandas dependiam das decisões de Brasília, complicando burocraticamente para se tentar resolver algumas situações.  Da troca de ideias entre os professores e a comunidade escolar (estudantes, pais, lideranças sociais...), constatou-se a necessidade da obtenção da Casa dos Professores, mais próximo da Escola, sendo então, realizada uma campanha na comunidade para construção da residência.  Primeiro conseguiram o terreno ao lado da escola, era floresta mesmo, já no ano de 1989, consolidando a campanha Escola com a comunidade, de inicio um empresário fez doação de duas toras, a serraria se propôs transformar as toras em tábuas, conseguiram o transporte para buscar as toras nos ramais e entregar na serraria. Essas ações destacam a união e a participação da comunidade, entre pais, alunos, professores, amigos e comunitários em todo o processo, inclusive, na serração das madeiras, juntamente com um profissional da serraria, já que, só foi cedido um profissional; então, a comunidade participou efetivamente das atividades. Em forma de mutirão se deu o processo de construção da casa dos professores, que foi mais rápido, e posteriormente sua inauguração, com as equipes subsequentes se envolvendo, as outras equipes das outras localidades também participaram.

 

A imagem inicial é a foto da primeira casa quando foi inaugurada, tinha só uma porta e uma janela na frente, dois quartos e uma pequena cozinha, com banheiro interno. Importante frisar que os professores e alunos, foram para Santarém e receberam bastante apoio do comércio local, com doações, como material para o banheiro, material para cozinha, as pias, lâmpadas. Portanto sendo superada a situação da problemática da moradia dos professores.

 





Parte da equipe dessa época retornou neste ano (2020), à Belterra, numa visitação informal, mas intencionalmente programada para revisitar as memórias do SOME, portanto, 31 anos depois e fizeram o reconhecimento de que a Casa que construíram aumentou, já não pertence à Escola, sendo uma propriedade privada. Profª Marina Costa, que participou da equipe de construção da Casa, relembra que durante esse período, um escritor (Jayme Monteiro), fazia observações pela Amazônia, publicou em seu livro "À Margem do Tapajós" um capítulo inteiro sobre a Educação no Pará, com base nas observações que fez sobre as experiências educacionais do SOME em Belterra. Destaca o grande exemplo que a Amazônia representa para a "selva de pedra", que é São Paulo.





 

Importante ressaltar a equipe inicial de professores: Marina Costa, Socorro Magno, Marlene Teixeira, Eliana Reis, Safira Santos, Carlos Lima, Francisco Valente, Glauco Filgueras e Nilza, que já partiu.


Informante, revisão e credito de imagem: Marina de Sousa Costa, Ex Profª do SOME.


domingo, 27 de setembro de 2020

Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino






A semana que passou foram entregues o livro Educação na Amazônia em Repertório de Saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino, no Cristo Rei, em Santarém, pela Organizadora do Livro, Profa.  Ms. Maria de Sousa Costa. 



Muitos docentes, lotados no SOME, na região Oeste do Pará, adquiriram o livro, entre eles: Eládio Delfino Carneiro Neto, Glauco Roberto Soares Figueira, Nelma Mary Sousa, Willians Valentim, Graça Pedrosa, Elyne Figueira, Rita Angélica Lourido, Adriane Andrade Tavares, Albanisa Siqueira e Silvia Rocha. Ainda temos vários pedidos desta região.  











Em Belém, uma das autoras do Livro, a Profa. pós doctor Eulália Vieira, entregou para o Professor de Biologia, Arnaldo Lima e sua esposa, Profa. Arlete Paz que adquiriram o livro; assim como o Prof. Esp. Ribamar Oliveira, um dos Organizadores, entregou para o Prof. Carlos Alberto Prestes..




 

Aos interessados em adquirir o livro Educação na Amazônia em Repertório de saberes: O Sistema de Organização Modular de Ensino, entre em contato com os Organizadores: Marina Costa - 91991921516, Ribamar Oliveira - 91984996619 e Sérgio Bandeira 91983020140.

domingo, 20 de setembro de 2020

Oeste do Pará recebe livro do SOME





A Organizadora do Livro Educação na Amazônia em Repertório de saberes:O Sistema de Organização Modular de Ensino, Profª Marina de Sousa Costa, fez entrega da obra no Oeste paraense. No município de Belterra fez entrega para a Profª Nelma Mary Sousa. 





Em Alter do Chão, o livro foi entregue ao Prof. Glauco Roberto Soares Figueira, que fez questão do autógrafo.





Nas entregas, a Organizadora do Livro do SOME estava acompanhada dos Professores Nonato Bandeira, Daniel, Rui e Angela Meireles, Maria José Viana e Valderina Correa.  





As entregas foram um sucesso, na terça-feira será para quem comprou o Livro do SOME, em Santarém. 




Primeiro livro publicado que trata do Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME, politica pública que atende os alunos do ensino médio nas comunidades interioranas, no Estado do Pará. Já tem previsão de entregas para os municípios de Curuçá e Abaetetuba.

 



 


Aos interessados em adquirir o livro, entrar em contato com os Organizadores:

Marina Costa: 91 991921516

Ribamar Oliveira: 91 984996619

Sérgio Bandeira:91 983020140


segunda-feira, 25 de maio de 2020

Memórias de viagem de um “moduleiro”





Em 2000, fui deslocado pela SEDUC/PA para trabalhar no município de São Félix do Xingu, pelo Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME.  As informações que tinha do município era que, primitivamente tinha sido colonizado pelos primeiros habitantes do Brasil, sendo desmembrado do município de Altamira, do qual era distrito.



Nas décadas de 30, 40 e 50 em virtude do desenvolvimento da produção do arroz com casca, borracha, da seringa e do milho, o distrito da zona de Novo Horizonte, prosperou de forma significativa na região.  Vale destacar, que no inicio da década de 60 emancipa-se político-administrativamente, tornando-se município. Também no inicio de 2000, o município destaca-se na pecuária, tornando-se um dos maiores produtores de gado do Estado.  Além da pecuária, “São Felão”, como era chamado pelos professores do SOME naquele momento, vivia da agricultura, do minério, principalmente, das terras dos nativos, além da pesca.



Seus habitantes tinham diversas origens: além dos antigos moradores, vinham de outros Estados, como Goiás e Minas Gerais.



Com o SOME, política pública da Secretaria Estadual de Educação do Pará - SEDUC, que gerencia essa importante alternativa de Ensino Médio nos rincões do estado, continuei minhas aventuras "moduleiras".



Viajei no III Módulo, neste ano, a SEDUC disponibilizava a passagem de avião de Belém até Marabá e Marabá até São Félix do Xingu. Esta foi uma experiência que não foi fácil para “um marinheiro de primeira viagem”. Cheguei pela manhã no aeroporto de Marabá e fiquei aguardando a viagem para a localidade que seria pela parte da tarde. Saí por volta de 15 horas de Marabá com destino a São Félix em um bimotor onde apenas o piloto estava. Como primeira viagem em aeronave desse tipo, entrei e me apresentei. O piloto me ajudou com as duas sacolas que estava carregando. A aeronave foi decolada, com aquele friozinho no estômago, me senti mais seguro no ar. Quando saímos de Marabá, o tempo começou a fechar e de longe sentia que passaria por situações que jamais tinha vivenciado. Foi o que aconteceu depois de uma hora de viagem. O piloto tentava conversar para me confortar, porém pressentia que teria surpresas, o piloto, muito experiente fazia acrobacias para desviar de nuvens muito carregadas, eram nuvens escuras que provocaria raios e chuvas. Isso me chamava atenção, então, já com medo mandei o piloto retornar, mas ele disse que isso passaria. Mas, não passou nem o medo nem a chuva. O  piloto  teve que enfrentar o mau tempo. Cheguei a pensar que naquela hora a aeronave seria despedaçada por um raio e cairia. Mesmo com experiência, percebi o piloto preocupado com a situação, mas fomos passando pelas nuvens escuras e surgindo a claridade, fazendo com que respirássemos mais calmos e aliviados.



Outra situação aconteceu neste mesmo ano, quando estava trabalhando em Belterra, que era base física do Ministério da Agricultura, atualmente é município. Viajando de Santarém para Belém, na empresa de avião VARIG, mas em aeronave grande, diferente da outra viagem. A duração de viagem é de uma hora, mas quando chegou aos quarenta minutos de viagem, foi comunicado que deveríamos estar todos sentados e devidamente com cintos que em Belém estava chovendo bastante e com ventos fortes... Mal ouvimos o comunicado, apagaram-se as luzes do avião. O silêncio era sinistro! O voo começou a me preocupar, foram longos quinze minutos nessa situação, faltando cinco minutos para chegar a Belém, voltou à normalidade. Parou mais uma vez o susto.




Os deslocamentos dos educadores do SOME até 2003, passavam por várias viagens,  pegavam avião, o transporte terrestre e às vezes o marítimo. Depois desse ano, com a desestruturação e descentralização dessa importante política pública, considerada uma das maiores de inclusão social da Amazônia, regionalizou as viagens dos educadores, mesmo assim, temos localidades às vezes distantes entre a residência do educador e a localidade de trabalho. São sensações e aventuras que esses educadores passam nos ramais, nos rios, igarapés e vicinais. Mas, era gratificante, ao deixar a localidade já sentia saudade do dever cumprido.