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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Educação no campo: Trilhando no ensino do Sistema Modular (XI)







Orgulho de estar presente na defesa da Dissertação tendo como título "O Sistema de Organização Modular de Ensino: o estudo sobre as interfaces sobre a cultura vivida e o cotidiano escolar em Vila Cristal - Viseu/Pa", na linha de pesquisa Educação e Sociedade, da Professora Viviane Silva Pereira, na Universidade Federal do Pará, hoje pela manhã, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, tendo na banca examinadora o Prof. Dr.Carlos Jorge Paixão(Orientador e Presidente - Ufpa), Profª. Dra. Lúcia Isabel da Conceição Silva (Examinadora - Ufpa) e Profª Dra. Lucélia de Morais Braga Bassalo (Examinadora - Uepa)..    






A estrutura da dissertação da mestra e professora do SOME Viviane Pereira trata na Introdução sua relação com o cotidiano e influencia que fez se interessar pela formação de ciências. Aborda também como se deu sua entrada na maior política pública e inclusão da Amazônia estimulando através lado cultural como objeto de estudo através do SOME., inclusive, tendo a cultura como guia.para poder compreender melhor o seu trabalho, assim como pelos referenciais. Aborda também o caminho da investigação através do aspecto fenomenológico.  






Importante destacar o nível bastante elevado em sua linguagem e ordenações das ideias, chamando atenção e interesse dos membros da banca examinadora, proporcionando várias anotações em suas agendas.   Durante sua exposição, enfatizou seu interesse com o objeto de estudo através da cultura vivida, portanto, valorizando bastante a fala dos alunos. Ressalto, que é a primeira dissertação que tem o SOME como objeto de pesquisa, com enfase voltada para o alunado.






Em sua exposição cita alguns teóricos importantes que deram embasamentos em seus estudos sobre a cultura vivida, através da Sociologia Cultural e referenciais do cotidiano. 






Enfatiza o desbravamento etnográfico, através de seus percursos, assim como o empírico, o regresso a comunidade, da escola e dos participantes., como algumas categorias fundamentais para ampliar seu leque de conhecimento e suporte teórico. Digo, que é interessante ressaltar que a Professora Viviane Pereira é da área de Química. 







Trata um pouco do histórico do SOME, acrescentando a importância da itinerância para o projeto que vai até 2014, passando a ser uma política pública.






A Professora Viviane Pereira aborda dados importantes para literatura e educação no estado do Pará e na Amazônia. Quando por exemplo, trata de memórias, torna-se inédito também nas obras que falam sobre o SOME, fazendo a leitura de algumas falas dos alunos. 







Outros dados foram levados em conta pela expositora e depois pelos examinadores que fizeram algumas considerações em relação a dissertação e me chamaram atenção, entre eles, como frisou a Professora Lúcia Silva, que no Processo Seletivo Especial - PSE, da Ufpa,, 80% são alunos vindos do SOME.   






Parabenizo pela vitória, Professora Viviane Pereira, e agradeço pelo convite. Adorei, muito, mesmo!









































sábado, 15 de fevereiro de 2020

Educação no Campo:Trilhando o ensino do Sistema Modular (X)






O Estado e a Formulação da Política Curricular: Prescrições e Inconfidências foi a tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no ano de 2000, como exigência parcial para obtenção do Título de Doutor em Educação: Currículo, sob Orientação do Professor Doutor Antônio Chizzotti ao Professor Doutor Paulo Sérgio de Almeida, da Universidade Federal do Pará.     





A Tese do Professor Doutor Paulo Corrêa enfatiza em seu resumo: "Nesta pesquisa reflito sobre o modo como o Estado produz as suas políticas educacionais e reformas curriculares, procurando compreender o que acontece quando programas oficiais adentram na realidade das organizações escolares e incidem sobre as práticas pedagógicas dos Professores. (...)".


  

                                                                             


E o referido Professor continua: "(...) Para concretizar meus propósitos de estudo, elegi como objeto de reflexão a proposta pedagógica curricular concebida pelo estado do Pará nos anos 80 expressa no Sistema de Organização Modular de Ensino, cuja criação, entre outros objetivos, visava ampliar para o meio rural o atendimento escolar na modalidade do ensino do segundo grau, Além da analise bibliográfica e documental que deram suporte à parte teórica do texto, realizei uma aproximação empírica junto aos professores que já atuaram ou continuam desenvolvendo suas atividades docentes nesse projeto, a fim de saber de que forma eles respondem às prescrições curriculares estatais. A investigação desencadeada fortes indícios de que entre professores vinculados ao SOME estão sendo desenvolvidas práticas curriculares alternativas que se   confrontam com as formulações oficiais. Os professores apresentam comportamentos inconfidentes e refratários em relação a proposta curricular projetada pelo estado, pois eles a configuram e a destilam no momento de colocá-la em ação. Em que pesem a manifestação dessas atitudes, há pouco espaço destinado à participação dos professores no momento da formulação das políticas públicas educacionais e reformas curriculares, por isso eles são preteridos pelo poder estatal e suas histórias de vida e práticas pedagógicas têm assumido um lugar de somenos importância no momento em que se pensa as mudanças do sistema de ensino".







É a única Tese que trata o Sistema Modular de  Ensino - SOME. Sua narrativa é clara e precisa, abordando visão ampla do contexto pesquisado, principalmente sobre os temas como Estado, Políticas Públicas , Currículo, Práticas pedagógicas, entre outros. 


Excelente obra produzida pelo Professor Doutor Paulo Corrêa que deu um grande avanço na organização, sistematização, pesquisa e visibilidade acadêmica para a sociedade em se tratando de uma das maiores políticas públicas da Amazônia que é o Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Questões referentes a categoria dos Professores do Estado do Pará




                                                              *Cosmo Cabral       




1 - Em relação a propaganda enganosa do governo do Estado na mídia informando a opinião pública que já paga o Piso salarial do professor, o SINTEPP através de sua direção vai lançar um vídeo desmentindo o governador; 



2 - A SEDUC quer retirar o pagamento das aulas suplementares no mês de férias do professor; 



3 - A direção do SINTEPP aguarda a nova Secretaria de Educação assumir o cargo para agendar o inicio de negociação referente a pauta que reivindica;



4  -  Um dos principais pontos da pauta, esta relacionada  ao  Piso salarial da educação  que corresponde atualmente o valor R$ 2.886,7 4, cujo índice de reajuste foi de 12,47%;                   



5  - Vamos ter dificuldades com o governo de pagar o valor real do piso, alegando que o Estado não tem condições financeiras em arcar com o Piso  e  querer parcelar. o índice de 12,47%  ou propor um  índice mais rebaixado;      


6  -  A categoria já esta impaciente e começa se revoltar contra o governo e aguarda Assembleia do SINTEPP, para decidir os rumos da categoria em caso de intransigência do governo na mesa de negociação;




*O autor possui graduação em Direito, Pedagogia e Geografia. Sindicalista atuante no Sindicato dos Trabalhadores do Estado do Pará - SINTEPP.  Professor do SOME, lotado na Ure de Abaetetuba. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

SOME, 40 anos sem deserto





*Yêda Caldeira



 
Professoras Desbravadoras do SOME Maria das Dores Reis e Yêda Caldeira sempre na luta por uma educação digna e de qualidade




Com tantos desafios existentes na sociedade, a educação alimentando sonhos e alguns ainda muito distantes desta realidade opressora que insiste, através de seus mandatários, em desrespeitar cada vez mais a importância do conhecimento, da ciência, do saber… Entretanto, o papel do educador não perde sua relevância para os que acreditam, sonham e lutam por uma sociedade mais justa e pela emancipação humana que a educação pode conduzir.



É com este teor libertário simbolizado pela resistência e desafios em vários contextos vivenciados por profissionais da educação que o Sistema de Organização Modular de Ensino atua há quarenta anos aproximando dos sujeitos o conhecimento e sua conexão com o todo.



O SOME, projeto que fez avançar significadamente a história da educação no Estado do Pará, propiciou a continuidade nos estudos em localidades em que era extremamente difícil, às vezes, impossível.


O SOME tendo como prática pedagógica a educação inclusiva pôs vivência e experiência para andarem juntas, traçando caminhos a uma democratização educacional ímpar no gigantesco Estado do Pará. Neste projeto o deserto transforma-se em povoados com a ligação entre Educação e Cidadania e o foco no sucesso dos aprendizes nos levava a conhecer suas necessidades e anseios, e a partir de então ir em busca de otimizar os resultados.



Com toda certeza o SOME representa o maior, mais lindo e eficaz projeto educacional no qual muitos professores honradamente atuaram e outros continuam atuando no Estado do Pará. Estruturado em módulos, como processo desafiador das práticas excludentes, o SOME inaugurou há 40 anos pelos interiores do Pará uma educação ativa e significativa, com educadores destemidos em assumir riscos ao inovar as práticas pedagógicas, com respeito e responsabilidade referentes às diversidades (regionais, culturais, religiosas, pessoais, etc).



Quem sabe, ao ler o texto alguém pode questionar o porquê de tanta homenagem a este projeto. Acredite: há tantas respostas, talvez por roteirizar a vida dos atores como iguais, espelhando questões de saúde, segurança, amor, emprego, educação em sentido bem amplo dentre outros aspectos que auxiliam na dinâmica do exercício de refletir prática de direitos e deveres.



Importante ressaltar que a intenção aqui não é jogar confetes em nenhuma ação governamental, uma vez que o Estado nunca deixou de ser entrave e a resistência sempre exercendo sua atuação.



Versar sobre o SOME não é simplesmente mensurar prós e contras. Ao longo de sua história existem elementos de trabalho coletivo. São 40 anos não só de flores, mas sem deserto, o SOME é habitado, é povoado por seres que pensam, pesquisam, compartilham, amam, informam, perguntam… é a abrangência do conhecimento em diferentes pontos de vista.



* Professora Yêda Caldeira se dedicou muitos anos de sua vida profissional ao SOME.