Valdivino Silva da Cunha*
José Ribamar Lira de Oliveira*
Para o campo democrático e popular da política brasileira, o
ano de 2015 vai ficar marcado como um ano de acirramento de dois projetos, por
um lado o segmento mais retrógrado e conservador que há mais de quinhentos anos
faz uma opção preferencial pelos ricos e mal feitores, representados pelo PSDB
e figurões carimbados e desgastados da política brasileira, como Aécio Neves,
Ronaldo Caiado, Bolsonaro, Feliciano, Paulinho da Força, Agripino Maia e
Eduardo Cunha, e tantos outros que embora de legendas distintas, são farinhas
do mesmo saco. O outro projeto, simbolizado pelos movimentos populares democráticos
e por intelectuais dos mais diversos segmentos culturais que lutam por um
Brasil melhor e não querem retroceder.
Para o primeiro grupo, sua vontade seria que o Brasil
entrasse num colapso total, que não fosse apenas os anéis mas também os dedos.
E para isso queriam e até difundiram que a haveria um total desabastecimento,
inclusive de gasolina, que o Brasil está vivendo a pior crise econômica de sua
história, que a presidente Dilma seria cassada em questões de dias, que não
haveria dinheiro para as compras de Natal. Para desespero deles nada disso se
concretizou e a vida segue, com crise ou sem crises, aliás, crise pra quem? Tem
uma minoria privilegiada que nunca soube o que é uma crise.
A vitória do segundo grupo poderia muito bem ser representada
pela luta da sociedade paulista no enfrentamento ao Governador do PSDB de São
Paulo Geraldo Alkmin, quando este queria a qualquer custo acabar com grande
parte da escolas públicas paulistas, para fazer caixa as escolas privadas.
Outro momento simbólico importante foi quando este mesmo grupo foi às ruas
dizer não à ditadura da cassação da presidente Dilma, acreditarmos inclusive que
este movimento fez com que os juristas da plantão revissem seus pontos de vista
esquecendo suas opções políticas e se ativessem às questões constitucionais.
Que em 2016 encontremos forças para lutarmos por uma
sociedade mais justa, fraterna, solidária e igualitária. Que venha 2016!
*Educadores do Sistema de Organização Modular de Ensino _ SOME(Seduc/Pa.)
*Educadores do Sistema de Organização Modular de Ensino _ SOME(Seduc/Pa.)