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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Blog do Riba - Três anos se passaram




Como sabemos, uma das grandes transformações que a sociedade obteve nesses dois últimos séculos, sem dúvida, foi o surgimento da mídia. Esse fenômeno que esta no nosso dia a dia faz parte de um interesse geral para a população mundial. O seu impacto foi fundamental, principalmente quando se trata de educação.

Partindo dessa ideia, mostrando a importância da mídia na educação, que foi criado o Blog do Riba, interessante, até parece que foi ontem. Mas o tempo passou. Nesses três anos, desde que postei a primeira matéria, tinha como finalidade de divulgar e trocar informações sobre educação, área de minha atuação; porém ampliou seu raio de ação, principalmente com a participação dos professores e colaboradores: Maria de Fátima Santos de Oliveira, Valdir Ribeiro e Valdivino Cunha da Silva.

O Blog do Riba nesses três anos teve quase cinquenta mil acessos de diversas partes do mundo: Vejam sós – Brasil, 16.198; Estados Unidos 4.337; Alemanha, 794; Rússia, 769; Eslovênia, 188 e França 135. Esses são os mais acessados. Temos vários outros países que visitam nossa revista eletrônica. Enquanto as postagens mais visitadas são: Quatro Bocas: História e Memória, com 1747; Manifesto dos Cabanos, com 1186; Um Tributo a Luiz Gonzaga, com 791 e Ponta de Terra (Bujaru): História e Memória, com 529 acessos.


Gostaria de agradecer os milhares de colegas que acessam esta revista eletrônica. Meu muito obrigado. Abraços.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Final de Férias







Nesta última semana das férias escolares deste ano, não foi fácil enfrentar o trânsito da BR 316. Desde ontem, pela parte da tarde e até o momento, o fluxo é intenso. Sem muito homens para a fiscalização na estrada, faz com que diversos motoristas não obedeçam a sinalização, proporcionando um caos. 




quinta-feira, 18 de julho de 2013

Carta de Lula para Nelson Mandela - 95 anos de vida








São Paulo, 18 de julho de 2013.

Querido irmão Madiba,



É com enorme alegria e muita emoção que escrevo esta cartinha para cumprimentá-lo por seus 95 anos. Estou seguro de que não o faço apenas em meu nome, mas também dos milhões e milhões de brasileiros que tanto o admiram. 



Desde que nos conhecemos em Cuba, mais de vinte anos atrás, cada reencontro com você foi uma nova lição de humildade e de comprometimento com a sorte dos famintos, dos desfavorecidos, dos perseguidos, dos silenciados. 

 Festejar seu aniversário é uma forma de relembrar os exemplos que você deixou para todos e de celebrar a firmeza e a coragem com que você sepultou para sempre o regime racista da África do Sul, uma nódoa que a Humanidade arrastou por quase meio século.



Aqui no Brasil estamos todos torcendo para que o destino nos permita comemorar seus aniversários ainda por muitos e muitos anos. 



O melhor presente que posso lhe oferecer neste dia, querido Madiba, é reafirmar meus compromissos com a nossa África e com a luta para que cada dia mais ela seja um continente rico, democrático, soberano e livre da fome. 

 Receba o abraço saudoso do





Luiz Inácio Lula da Silva




Parabéns  velho rei de Johannesburgo, África do Sul.

domingo, 14 de julho de 2013

Trabalhador sofre!









As férias escolares, que são dedicadas para quem trabalha na educação, mexem com toda a sociedade. Nos finais de semana, do mês de julho, são sagrados para aqueles que não têm posses e para aqueles que mesmo não trabalhando na área educacional merecem seu lazer. Aqui, na Amazônia, pela sua dimensão territorial, oferece o que a natureza proporciona para o trabalhador, como rios, praias e igarapés, como alternativos. Quando o trabalhador tira para se divertir, vejam aí a situação que passam que mesmo tendo sua condução modesta, sofre esperando a balsa de travessia entre o município de Vigia e Colares, na localidade de Penhalonga. Assim, acontece entre Inhangapi e Bujaru. Não é mole.












sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo como Instrumento de Políticas Públicas Ambientais


                         


                                                                    * Sheyla Moraes


O trabalho faz um estudo sobre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo como Instrumento de Políticas Públicas Ambientais e de promoção de emprego e renda no atual contexto da Governança Climática no Brasil. Para tanto, para se compreender as abordagens discutidas foi necessário conhecer o conceito de governança climática dentro do sistema global contemporâneo e das questões que mudaram os rumos das discussões nas políticas ambientais voltando à atenção para as mudanças climáticas a partir da segunda metade da década de 1940. Apresenta o estudo econômico e estrutural do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo como um viés de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa estabelecido pelo protocolo de Quioto para os países desenvolvidos ou pertencentes ao anexo-I para minimizar o aquecimento global no planeta e a questão do fetiche mercadológico por parte dos países em desenvolvimento. No caso específico do Brasil, pais empreendedor do mercado de carbono, essa política contribui para o desenvolvimento de geração de emprego e renda por meio de suas florestas e energia. Analisa também os objetivos, metas, a origem do Mecanismo por meio do artigo 12 do Protocolo de Quioto. Os gases geradores de efeito estufa e o mercado de carbono. Analisa o conceito de políticas publicas e sua evolução, as políticas publicas ambientais, a trajetória da política ambiental brasileira, o Brasil no contexto da governança climática e o foco do projeto em análise, que é o estudo do MDL como instrumento de Política Publica.


* A autora defende dia 30 de julho esta dissertação, na Ciência Política na Ufpa.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dia Nacional de Lutas (I)




Neste Dia Nacional de Lutas, onde os trabalhadores foram convocados pelas centrais sindicais, movimentos sociais e populares; além dos movimentos estudantis estão nas ruas.

Aqui, em Belém do Pará, milhares de pessoas com faixas e cartazes deram o tom na passeata. Saindo com atraso, depois das oito horas, de frente da Prefeitura Municipal de Belém, tendo como destino o CIG- Centro Integrado de Governo.  Onde, no momento, acontece a articulação para a entrega da carta com reivindicações ao prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e ao governador Simão Jatene.

Leia a íntegra da carta que será entregue ao prefeito e governador.

Exmo. Sr. Dr. Simão Jatene
Governador do Estado do Pará
Exmo. Sr. Dr. Zenaldo Coutinho
Prefeito Municipal de Belém

Pelas Liberdades Democráticas e pelos Direitos dos Trabalhadores.

Os trabalhadores brasileiros vêm participando da luta contra o aumento das
passagens em curso em todo o país, entendendo que expressa a insatisfação
dos trabalhadores e do povo submetidos, diariamente, a condições desumanas no transporte coletivo, em especial nas grandes cidades. O preço das tarifas é absurdamente elevado frente às condições de prestação deste fundamental serviço público e corresponde a 13,5% da renda da população mais pobre.
Mais do que uma reação contra as tarifas, as manifestações mostram que
os/as trabalhadores/as, estudantes e a sociedade como um todo, não admitem mais o descaso com questões como a falta de políticas de mobilidade urbana e melhoria urgente da qualidade do transporte coletivo que, apesar de público, é caro e de péssima qualidade.

Neste sentido, as centrais sindicais abaixo-assinadas, consideram que
as manifestações são absolutamente legítimas e democráticas. A virulência
da repressão policial contra os manifestantes é inadmissível, avilta o direito
constitucional à livre manifestação e resgata o velho bordão de que os poderes constituídos tratam assuntos de interesse social como assunto de polícia.
Sendo assim, as Centrais Sindicais reafirmam à luta contra os aumentos
das passagens, contra a violência policial, pelo amplo direito de manifestação,
pela criação de canais de diálogo e de negociação com a sociedade para, juntos, debatermos e encontrarmos saídas para o problema da mobilidade urbana, que tanto afeta a vida da classe trabalhadora.

No país afora, centenas de prefeitos municipais já ouviram o clamor das ruas
e reduziram tarifas de passagens. É fundamental que manifestações avancem
para a abertura imediata de negociações aqui em Belém, apontando para redução de tarifa, passe livre e, principalmente, na urgente melhoria na mobilidade e serviços hoje oferecidas aos usuários do transporte público e que deixam muito a desejar.

É necessário debater e aprofundar uma pauta nacional e local que aponte
para o avanço do desenvolvimento e da democracia, com respeito aos direitos dos trabalhadores e valorização do trabalho.

As Centrais Sindicais, com o apoio técnico do DIEESE apresentam a pauta
reivindicações da classe trabalhadora, para o que solicita resposta até o dia
2.11.2013 e entendendo que essa passa por:
Fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a Saúde; 10% do PIB para a
Educação; Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução
de salários; Valorização das Aposentadorias; Transporte público e de qualidade; Reforma Agrária; Fim dos Leilões de Petróleo; Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização; Reformas estruturantes (Mídia, Tributária, Educação, Urbana).

Consideramos grave o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas;
a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais; a impunidade dos torturadores da ditadura; somos contra aprovação do estatuto do nascituro e somos contra a redução da maioridade penal.

Também consideramos gravíssimo a ausência de regularização fundiária em
Belém, para o que reivindicamos imediata abertura de mesa de negociação para tratar desse tema.

O Pará contribui positivamente para o saldo da balança comercial brasileira,
com U$ 12 bi em 2010, o que nos coloca como o segundo maior estado em
volume de geração de divisas para o Brasil, mas ocorre concentração nos produtos primários e em commodities o que impede o maior desenvolvimento do nosso Estado.

Mesmo batendo recordes na geração de empregos formais, as Centrais
Sindicais têm apontado reiteradamente ao Governo do Pará a necessidade de
romper com o quadro de baixo nível de qualificação da mão-de-obra e elevado índice de informalidade.
A implantação no Estado dos grandes projetos de metalurgia, mineração e
eletricidade nos coloca na 7ª posição nacional em volume de investimentos (R$ 105 bilhões) e perspectiva de geração de 200 mil empregos formais até 2013 , mas infelizmente não há perspectivas ou recursos previstos para a qualificação de ao menos 20% desses trabalhadores. Como conseqüência manteremos a prática de importação de pessoal de outros estados, principalmente para os empregos mais qualificados, e até de outros países para essas vagas de trabalho.

É necessário que o crescimento econômico e desenvolvimento repercuta na
melhoria da vida do povo trabalhador. Não pode ganhar unicamente o capital, na busca pela sua reprodução. Para isso é necessário que se planeje esse processo, com indicação de criação de infraestrutura de saúde, educação, saneamento, segurança, lazer, entre outros serviços, para que se rompa com os históricos ciclos econômicos do estado em que aos trabalhadores e às populações tradicionais restem apenas graves problemas sociais resultados de um crescimento desordenado, não tendo melhoria significativa na sua qualidade de vida.

Também não se pode reproduzir a lógica das desigualdades regionais que
concentram poder em determinadas regiões em detrimento de outras, gerando internamente disparidades econômicas e sociais que trazem sofrimento ao povo trabalhador. Em função desta secular prática houve ambiente favorável para o recente plebiscito que cogitava a divisão do estado do Pará para o surgimento de mais dois novos estados, Tapajós e Carajás.

Uma das necessárias transformações que precisamos implementar é
da construção de uma política ousada de qualificação, que hoje é de enorme
demanda, exigindo urgente ampliação dos recursos para essa rubrica, sejam em nível estadual, municipal ou federal, continuam muito pequenos para fazer frente

a estes novos cenários. Tal política não pode ser reduzida a oferta de cursos

aligeirados e de baixa qualidade, mas devem comprometer-se com a qualificação

ampla dos trabalhadores e estimular a elevação de sua escolarização.

A necessidade de sustentar o desenvolvimento econômico e social do

Pará para os próximos anos, com mais empregos, elevação dos salários e

da produtividade impõe urgente expansão do investimento na melhora das

condições de trabalho (trabalho decente), na qualidade da educação básica e

fundamentalmente na ampliação da oferta da educação profissional de qualidade

social aos trabalhadores, principalmente nos Setores concentradores de mão-deobra.

É necessário que os trabalhadores tenham acesso planejado e de qualidade,

à formação e qualificação profissional, de modo que possam estar prontos a

assumirem os postos de trabalho que estão sendo criados, evitando-se que o Pará

se mantenha na posição de um mero Estado Almoxarifado de recursos minerais e

importador de mão-de-obra, com inúmeros problemas sociais decorrentes desse

tipo de prática.

Em março de 2012 as Centrais Sindicais e o DIEESE apresentaram ao

Governo do Estado, um conjunto de propostas que até hoje adormecem sem

resposta, onde defendemos:

- a revisão da dotação orçamentária para qualificação profissional; criação do

Fundo Estadual para Qualificação Profissional; Criação de uma comissão tripartite,

para a elaboração da política estadual de educação profissional; que o Estado

articulasse junto à Sudam a criação e implementação do Programa Regional

de Educação Profissional; participação das centrais sindicais na execução das

ações de qualificação profissional; fortalecimento e estruturação do Conselho de

Desenvolvimento Econômico – CDE. Ainda um maior investimento em Políticas

Públicas de saúde, transporte, educação, qualificação, financiamento e outros

que assegurem o desenvolvimento do campo priorizando a agricultura familiar,

garantindo assistência aos assentamentos, bem como a Valorização do Trabalho

Decente, com ampliação de Políticas sociais em todo o Estado com foco na

valorização do trabalho, combatendo a precarização da mão-de-obra, buscando a

igualdade de direitos de todos os trabalhadores;

Superar a histórica lógica da exploração da força de trabalho o Pará

é necessário, de modo a fazer com que o ciclo positivo de desenvolvimento

econômico repercuta na ampliação da qualificação dos trabalhadores, na melhoria

da sua qualidade de vida e no fortalecimento de suas organizações.

Referente à pauta apresentada em março 2012, reivindicamos abertura

imediata de mesa de negociação para abordar as questões ali relacionadas, assim

como outras apontadas pela energia das ruas.

E que o governo de Belém reconheça que existem populações

camponesas (sem- terra, ribeirinhos, quilombolas) no município, alocando recursos

para a rede de proteção social a essas populações, pois o que hoje existe vem do

governo federal.

O município deve efetivar ações que contribuam para superar as

injustiças e desigualdades vividas pelas mulheres, garantindo orçamento para as

políticas, priorizar o financiamento das políticas orientadas para a justiça social e a

igualdade de direitos para as mulheres é fundamental para fazer a diferença na

situação de desigualdade em que vivem as mulheres belenenses.

Assim é fundamental a efetivação das políticas voltadas para a promoção

da saúde e equidade para a população LGBT, Juventude, para a Feminização

da AIDS, para mulheres do Campo e da Floresta; assentadas e acampadas;

empreendedoras; quilombolas; Indígenas; idosas; extrativistas; encarceradas;

com deficiência; Prostitutas; Pescadoras; meninas, adolescentes e jovens;

Trabalhadoras Domésticas, Trabalhadoras do setor formal e informal; escritoras;

poetisas e outras, pois a diversidade de trabalhos, condições sociais, gênero,

geração e orientação sexual têm tido consequências gravíssimas no Pará e em

Belém como o assassinato de mulheres, jovens negros e homossexuais.

O Pará ocupa o 4º lugar em número de mulheres assassinadas segundo o

mapa da violência de 2012 (Waiselfisz, 2012) e mais de 3.000 processos estão

parados nas varas da justiça de violência contra a mulher por falta de recursos

humanos e materiais segundo depoimento de integrantes da justiça do Pará à

Comissão Parlamentar Mista – CPMI em audiência pública em dezembro de 2012.

Esses números e taxas de mortalidade por assassinato cresce entre mulheres

negras e cai entre mulheres brancas. Assim o femicídio tem também no estado a

dimensão da cor/raça.

A juventude é também a principal protagonista da violência (homicídios)

em Belém ocupando o 8º lugar no ranking das capitais brasileiras e com 300%

de crescimento de homicídios de jovens entre 2000-2010 segundo o Mapa da

Violência (Waiselfisz, 2012).

Situação já apontada pelos documentos entregues por centrais e

movimentos sociais, entre os quais aos movimentos de mulheres ao governo

municipal de Belém em audiência com o Sr. Prefeito em março de 2013.

As ações decorrentes do processo de negociação com V, Exª, no entanto

não se concretizou de fato em planejamento com orçamento para o período

2014-2017 no PPA municipal haja vista que mesmo com o Plano Municipal de

Políticas para as Mulheres de Belém- PMPM construído e discutido conjuntamente

(município e movimentos) as propostas contidas no PMPM foram rejeitadas pela

base do governo quando da votação do PPA pela Câmara municipal e mais os

movimentos presentes, que acompanhavam a votação foram constrangidos e

reprimidos violentamente.

Por fim, registramos nosso repúdio ao ataque e à criminalização dos

movimentos sociais, particularmente gravíssimos em momentos recentes: na

violência impetrada na Câmara Municipal de Belém pela Guarda Municipal de

Belém e pela Policia Militar do Estado durante a votação secreta do PPA (Plano

Plurianual) e, dessa forma solicitamos o cancelamento do referido PPA (Plano

Plurianual), votado à base da violência.

Repudiamos também a repressão ao movimento no dia 20 de junho, com

utilização de spray de pimenta bala de borracha e gás lacrimogêneo, este último

causador da morte da servidora pública, a gari Cleonice Vieira, vítima fatal do gás

lacrimogêneo e da violência policial, e a violenta ação contra os trabalhadores

comerciários na recente greve, com violência contra os trabalhadores e lideranças

sindicais.

Avaliamos importante que o governo do estado e o governo municipal

de Belém se comprometam em orientar a bancada paraense na Câmara de

Deputados e Senador Federal na defesa da pauta dos trabalhadores:

Saúde:

Em defesa de saúde pública e de qualidade;

10% do PIB para a Saúde;

Postos de saúde 24h nos bairros;

Não privatização dos serviços de saúde do município;

Cumprimento da norma de atenção à saúde das mulheres vítimas de

violência;

Efetivar a política de saúde da mulher no município, com recursos humanos,

materiais, insumos e espaços físicos;

Criação do Comitê de vigilância de Mortalidade materna e infantil no

município;

Implementação das Leis 11.634/07 (direito à vinculação a uma maternidade

durante o pré-natal) e 11.108/05 (direito de escolher seu acompanhante no

parto e pós-parto);

Construção de Unidade Municipal Materno-Infantil;

Garantir saúde com equidade, com implementação da promoção, assistência

e tratamento de saúde de forma universal;

Garantia do co-financiamento municipal e implementação da atenção básica

e rede de saúde mental no município;

Assistência / Segurança Alimentar e nutricional

Implementação da Lei 11.344/2006 (Lei Maria da Penha), do Pacto de

Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres em nosso município ;

Fortalecer o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Lei nº 11.947 que

estabelece, no mínimo, 30% do total de recursos da alimentação escolar

devem ser usados diretamente na compra de alimentos de agricultores

familiares locais (assentamentos da reforma agrária, comunidades
tradicionais e quilombolas);

Transporte:

• Redução imediata da tarifa do ônibus, para R$ 2,00;

Passe Livre para os estudantes

• Implantação do Bilhete Único Metropolitano.

• Instalação da Câmara de Compensação Tarifária para manutenção do

transporte 24h por dia.

• Implantação de transporte público estadual de qualidade, que

assegure mobilidade urbana e tranqüilidade aos usuários;

• Desoneração do ICMS incidente sobre o Diesel que hoje é de 17%,

um dos mais altos do País.

• Quebra do monopólio das linhas de ônibus;

• Pela implantação do controle eletrônico das passagens, com a

implantação do Caixa Único do sistema;

• Mudança do desenho do sistema de transporte no Pará, com foco no

transporte fluvial e hidroviário, inclusive o uso de hovercraft na Ilha do

Marajó;

• Derrocada do Pedral de Lourenço;

• Conclusão urgente do sistema BRT e construção de vias alternativas

como a continuação da Av.. João Paulo II.

• Pela regulamentação urgente dos Mototaxistas em Belém.

Cultura

• Pela Lei de criação do Sistema Estadual de Cultura, e

• Pela efetivação imediata da Lei Valmir e do Sistema Municipal de

Cultura.

Educação:

• 10% do PIB para Educação;

• 75% do Fundo Pré sal para Educação;

• Acelerar a municipalização da educação garantindo o acesso a creche

ou pré-escola na rede pública para crianças de zero a seis anos, nas

áreas urbanas, ribeirinhas e rurais, prestando serviços de qualidade

e retaguarda de transporte escolar, lavanderia pública, restaurante

comunitário;

• Garantir a construção de escolas nas comunidades ribeirinhas, rurais

e quilombolas, principalmente para a educação infantil e anos iniciais

do ensino fundamental (Decreto PR 7.352/2010);

Saneamento:

• Execução do protocolo de manutenção das obras da bacia do Una e

manutenção periódica das demais bacias hidrográficas de Belém.

Qualidade Serviço Público:

• Valorização do servidor público;

• Realizar Concurso Público para recomposição do quadro de

trabalhadores do serviço público e combatendo a precarização;

• Implantação de Plano de Cargos Carreiras e Remuneração - PCCR

para os servidores públicos;

• Nomeação dos concursados

Direitos da Mulher:

• Combate à política do ICMS que penaliza o estado do Pará;

• Criação da Secretaria Municipal Especial de Políticas para as

Mulheres;

• Melhoria das condições para funcionamento (recursos humanos,

materiais e financeiros) da Coordenadoria da Mulher de Belém;

• Garantir a participação dos conselhos e movimento de mulheres na

elaboração e monitoramento das LOA, LDO e no PPA municipal;

• Recomposição do Conselho Municipal da Condição Feminina de

Berlém - CMCF com a participação dos movimentos de mulheres

Reformas Estruturantes:

• Contra o PL 4330 – Em combate às terceirizações;

• Reforma Agrária e Federalização dos projetos de Assentamento

Mártires de Abril e Elizabete Teixeira;

• Reforma democrática da mídia – Controle social;

• Fim do Trabalho Escravo;

• Pela Aprovação da PEC 300.


Atenciosamente e no aguardo de sua resposta,

CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL - CTB
CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES – CUT
FORÇA SINDICAL
UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES - UGT
NOVA CENTRAL SINDICAL DOS TRABALHADORES - NCST
CSP – CONLUTAS
CGTB – CENTRAL GERAL DOS TRABALHADORES DO BRASIL
CSB - CENTRAL DOS SINDICATOS BRASILEIROS

DIEESE/PA

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dia Nacional de Lutas






A Central Única dos Trabalhadores - CUT e a s demais centrais sindicais irão às ruas amanhã (Quinta-feira -11), no Dia Nacional de Lutas, para defender os interesses e a pauta da classe trabalhadora. Cidades de todo o país, principalmente das regiões metropolitanas e capitais, terão atos, paralisações, atrasos na abertura de agências bancárias e na entrada nas fábricas. Algumas categorias, como rodoviários e metroviários, farão greve. Aqui em Belém do Pará, a concentração está marcada para as 07h30min h na Praça D. Pedro, em frente à Prefeitura Municipal de Belém, no Ver-o-Peso. Contamos com o apoio de todos os trabalhadores. Vamos para a rua.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Visite a Praça da República aos domingos




                                                                 *  Valdivino Cunha da Silva





Todo paraense papa chibé, conhece o espaço que me refiro. Ele fica encravado no coração de Belém,  que já se chamou Largo da Campina, hoje Praça da República que se localiza entre as Avenidas Assis de Vasconcelos e a Presidente Vargas. Nas “laterais da praça,  plantas que dão a Belém o título de” Cidade das mangueiras” que além da sombra também produzem gostosos frutos disputados por transeuntes quando delas caem em seu período frutífero. Dentro dela, monumentos históricos  e o Teatro Experimental Waldemar Henrique, Chalés de ferro, reservatório de água em pequenos lagos. Tem ainda  Núcleo de Artes da UFPA e a Banca do Alvino, o Bar do Parque, este último, reduto de outrora da boemia paraense. Tem  ainda o Teatro da Paz e sua arquitetura que nos remete ao estilo gótico, característica da arte medieval,  que retrata o glamour da elite de outrora , enriquecida com o boom da borracha no período da Belle Époque amazônica. Destoando a paisagem meio bucólica, foi erguido  mais recentemente um espigão de concreto que abriga  Hilton Hotel com seus apartamentos luxuosos e sem sentido para a população que frequenta a praça.


A praça já foi ponto de encontro da esquerda paraense e hoje ainda é um dos espaços  preferidos  para manifestações das mais diversas formas. Para lá convergem, convivem e expressam os mais diferentes pensamentos, seja o pensamento hippie, dos punks, anarquistas e democratas. Ninguém ignora os cabelos longos e transados dos roqueiros, a homossexualidades de alguns  ou a crença religiosa de outros, lá reina  o direito a diferença ou à preguiça.


Atualmente foi agregado a paisagem da praça, a feira hippie e o arrastão do grupo Pavulagem que arrasta multidão com seus chapéus de palhas enfeitados com fitas de cores fortes penduradas em suas abas. Em ser cortejo seguem crianças, jovens, adultos e idosos que partem da escadinha em direção a Praça da República. Se você nunca visitou a Praça da República aos domingos, não sabe o que está perdendo.




          * O autor é Sociólogo e possui outras matérias neste blog.



domingo, 7 de julho de 2013

Partido dos Trabalhadores- PT




Leia documento aprovado pelos membros da CEN durante reunião realizada nesta quinta-feira (4), em Brasília

A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida em 4 de julho de 2013 em Brasília/DF, para avaliar a situação política nacional e o resultado das manifestações populares e da juventude que ainda estão em curso em todo o país.

SAÚDA

·    o caráter progressista que se consolidou no rumo das manifestações em curso, com suas reivindicações políticas, econômicas e sociais profundamente identificadas com a trajetória e programa do Partido dos Trabalhadores e das forças que se uniram para governar o Brasil sob a condução da Presidenta Dilma

·    a pronta disposição democrática da Presidenta Dilma, líder de uma das maiores democracias do planeta e a única, entre tantos Chefes de Estado que tiveram suas ruas tomadas por manifestantes populares e da juventude, a abrir o diálogo com estes e a responder de forma concreta aos seus justos clamores pelo aprofundamento das mudanças que o País vive nos últimos dez anos

·    a iniciativa política do Governo de construir, com os movimentos sociais, o Congresso Nacional, o Poder Judiciário e as forças políticas democráticas uma agenda de alto nível sobre o presente e o futuro do Brasil, consubstanciada nos Pactos anunciados pela Presidenta Dilma e numa agenda legislativa há muito reclamada pela Nação

·    a tramitação de importantes legislações constantes desta agenda nacional, entre elas a PEC do Trabalho Escravo, a destinação de recursos dos royalties do petróleo e do Fundo do Pré-Sal para a educação e a saúde, a criação do REITUP para baratear os custos das tarifas de transporte coletivo, entre outras, e a retirada de cena de projetos reclamados pela população, como a chamada “cura gay”.

·    a entrada em debate de importantes matérias como o Estatuto da Juventude, o PL 4.471 (autos de resistência) e a criminalização dos corruptores em projeto de lei apresentado pelo Presidente Lula, bem como a adoção de medidas que visam ressarcir os cofres públicos dos prejuízos por estes causados à sociedade, que esperamos sejam aprovados no curto prazo. O PT se posiciona ainda contra a PEC 215, que visa transferir do Executivo para o Legislativo a demarcação de terras indígenas.

·    a construção de crescente unidade na esquerda política, partidária e social da necessidade urgente de aprovação de uma verdadeira Reforma Política com Participação Popular e de um Plebiscito Nacional sobre os eixos fundamentais dessa reforma, pela qual há anos o PT e os movimentos sociais lutam no Congresso Nacional.


MANIFESTA

·    o compromisso com a agenda de reformas democráticas e populares que podem dar sustentação política, econômica e social às respostas que vêm sendo dadas aos justos reclamos da população no que diz respeito à qualidade dos serviços públicos e consolidação da inclusão social de amplas maiorias.

·    entre estas, o compromisso com uma Reforma Tributária que busque nas grandes fortunas e rendas de uma minoria os recursos que permitam a diminuição da carga tributária sobre a produção, a renda e o trabalho das amplas maiorias do pais.

·    a convicção de que os mecanismos constitucionais e legais existentes para uma Reforma Urbana podem e devem ser utilizados para que as atuais políticas públicas de moradia, saneamento básico e mobilidade urbana estejam integradas com a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida das nossas cidades

·    o chamamento à imediata aprovação do marco civil da Internet pelo Congresso, garantindo os direitos de 80 milhões de internautas brasileiros e ampliando as potencialidades de toda comunicação em rede, tão utilizadas nas recentes manifestações em todo o país.

·    a luta pela regulamentação dos dispositivos constitucionais que normatizam as comunicações do Brasil, tal como proposto pelo Fórum Nacional da Democratização da Comunicação, cujo abaixo-assinado assumimos em fevereiro.

·    a defesa da imediata Reforma Política, com efeitos imediatos já para as eleições de 2014 e com resultados duradouros e estruturais definidos em uma Assembléia Constituinte Exclusiva sobre o tema da Reforma Política cuja convocação propomos seja submetida à consulta popular em Plebiscito.


ORIENTA

·    as bancadas do PT na Câmara e no Senado a trabalharem pela coesão da base aliada da Presidenta Dilma no Congresso para a convocação no mais curto prazo do Plebiscito Nacional pela Reforma Política, priorizando entre os quesitos a serem incluídos na consulta popular os eixos de nosso Projeto de Lei de Iniciativa Popular: financiamento público exclusivo de campanhas; sistema proporcional com voto em lista partidária pré-ordenada e paridade de gênero; a ampliação da participação popular e dos mecanismos de democracia participativa já existentes; e a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para a Reforma Política.


CONCLAMA

·    a militância do PT a continuar colhendo assinaturas para o nosso projeto de iniciativa popular, ombro a ombro com outras iniciativas da sociedade civil que caminham no mesmo sentido (como a Plataforma dos Movimentos Sociais para a Reforma Política, o MCCE, a OAB, a CNBB, entre outras valorosas instituições), intensificando o ritmo da coleta de assinaturas para que incidam positivamente no debate no Congresso Nacional sobre o tema.

·    a militância petista nos movimentos sociais a que assumam decididamente a participação nas manifestações de rua em todo o país, em particular no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações convocada por ampla coalizão de centrais sindicais e movimentos populares para o próximo dia 11 de julho, em defesa da pauta da classe trabalhadora para o país e da Reforma Política com Participação Popular.

·    os partidos democráticos e populares, centrais sindicais e movimentos sociais que vêm se articulando de forma importante ao longo das últimas semanas para colocar na rua a pauta das transformações sociais do país que sempre nos unificou a debater a reconstituição do Fórum Nacional de Lutas como espaço de diálogo permanente, construção de unidade e articulação de lutas sociais e institucionais.

·    os filiados e filiadas ao Partido dos Trabalhadores em todo o Brasil para que intensifiquem os preparativos para um grande Processo de Eleições Diretas (PED) a ser realizado entre os meses de julho e novembro, com ampla mobilização e empenho no debate político dos temas de nosso V Congresso do PT, de modo a demonstrar a toda a sociedade brasileira que nossas bandeiras de democratização e participação popular em nosso projeto de Reforma podem e serão vividas nas relações internas do PT, construindo e fortalecendo nossa unidade de ação.

e  CONVOCA

- Reunião do Diretório Nacional do PT para o dia 20 de Julho.

- Reforma Política com Participação Popular

- Plebiscito Já

- Eleições de 2014 regidas pelas novas regras da Reforma Política

- Todo apoio ao Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações de 11 de Julho


Brasília, 04 de julho de 2013.

Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A Revolta dos Centavos




                                                            * Valdivino Cunha da Silva
  
     
Qualquer avaliação que se faça do que está ocorrendo hoje no Brasil, corre-se o risco de erro. Mas só erra quem ousa. Não sou dono da verdade, errar faz parte da tentativa do acerto. A sociologia ensinou-me a analisar os fatos, mas não me garantiu certezas em minhas análises, portanto, vamos a elas.

A situação da Presidenta Dilma ante os fatos que estão ocorrendo ultimamente no Brasil, me faz lembrar a passagem de um filme que assistir sobre a Revolução Francesa quando um súdito chega ao Palácio de Versalhes onde o rei Luiz XVI vivia enclausurado, vivendo outra realidade. O súdito veio dar a notícia dos levantes que estavam ocorrendo na França. Ele pergunta ao súdito se o que estava ocorrendo na França era uma revolta. O súdito então lhe disse “não majestade, é uma revolução”. O resto da história francesa todo aluno que já concluiu o ensino fundamental sabe. O mundo nunca mais foi o mesmo depois do ano de 1789, ano da Revolução Francesa.

Imagino que quando a Presidenta soube das primeiras noticias ou viu pela televisão a multidão em marcha, deve ter perguntado aos seus assessores se aquilo era uma revolução. Eles certamente disseram que não, que aquilo era apenas uma revolta, portanto, diferente de revolução, pois esta traz em seu bojo, mudanças radicais, estruturais, enquanto aquela, expressa apena uma insatisfação de um povo, de uma nação.

As manifestações de insatisfação custaram demais para acontecer, mas aquele dito popular que diz que “antes tarde do que nunca” se aplica ao caso brasileiro. Alguns pontos precisam ser levados em consideração para compreensão das mobilizações que vem ocorrendo, um deles diz respeito a cooptação pela qual passou as lideranças que foram formadas nas lutas sindicais, nas associações, nos movimentos sociais ao longo de muitos anos e que hoje estão nos gabinetes governamentais, viraram lideranças chapas brancas, surgindo, portanto, um vácuo de novos líderes.

O abismo entre pobres e ricos é um fato relevante, chega a indignação e contradição. Indignação pelo privilégio de uma minoria e indignação pelo contraste, pois ao mesmo tempo em que se tem transporte, saúde, educação e serviços públicos precários, o governo gasta bilhões para atender aos ditames da FIFA, Federação Internacional de Futebol sediada na Suíça, país que tem um alto padrão de vida, oposto do nosso. Esse estado de coisas funciona como combustível e motor de revolta.

Achava que a atual geração não  ia escrever sua história, mas eles dirão aos seus filhos, que diferentemente de seus pais(no qual me incluo), não precisaram usar o “boca de ferro” , as assembleias, o corpo a corpo e a panfletagem para convencer os “companheiros(a)” a ingressarem na luta. Eles dirão aos seus filhos que o meio de mobilização mais eficiente foi feito pela internet através das redes sociais, mais especificamente o Facebook. Esta ferramenta pode até ser questionada quando ao seu poder formador, mas não se discute sua instantaneidade, muito útil na era globalizada. Essa ferramenta possibilita encurtar distâncias, pluralidade de opiniões e num só clic une  o internautas do norte ao sul, cada um deles podendo opinar, sem precisar levantar um crachá ou pedir uma “questão de ordem” ao coordenador da mesa, como no tempo em que militei no movimento social e sindical.

Outro fato que merece atenção é a ausência dos partidos políticos. O povo notadamente, os jovens, rejeitaram veementemente os partidos políticos. Respeito e entendo os porquês de total repulsa aos partidos políticos. Todos sabem que eles viraram um instrumento de negócios ilícitos e fonte de corrupção. Mas o mal não está nos partidos e sim na forma de como ele é conduzido até porque a corrupção não está apenas nos partidos, muito embora alguns deles não deveriam  se quer existir. A corrupção infelizmente está presente em diversas instituições, sejam elas públicas ou privadas. O que precisa ser mudado é a sociedade como um todo. Que ela não seja conivente com esse estado de coisas.

                Também merece uma análise o comportamento das massas e da pauta. das reivindicações. As massas exerceram o principio da democracia plena, onde o povo age por si mesmo e sem intermediários (representantes). Ações dessa natureza têm méritos e desmérito. Mérito pela autonomia, desmérito por ser acéfala, sem norte. Não tem um foco específico, prova disso é que a revolta começou pelo abuso nos preços das passagens dos ônibus urbanos e pela precariedade nos serviços prestados e tomou novos rumos, todos eles justíssimos, fruto de uma indignação e não de uma ação pensada, aliás, essa é uma das características das massas.

O povo deu um show à parte, em que pese uma minoria que se aproveitou da situação, furtou e depredou o patrimônio público. Que quebrassem as vidraças das multinacionais, vá lá,  agora, danificar o que é de todos, é lamentável, mas entra na conta da indignação.

Eu não queria está na pele da Presidenta Dilma, ela está entre a cruz e a espada (ou entre Deus e o diabo, se preferirem) pelo fato de que ela é chefe de Estado e o Estado é o responsável por “garantir a ordem pública e o direito de ir e vir das pessoas e da propriedade privada, enfim, o Estado tem o monopólio da força e assim pode usar quando bem entender.  Ela está bebendo o próprio veneno. Foi assim que o partido da qual ela faz parte - PT(e que eu já defendi) ensinou a fazer, ou seja, ir às  ruas e radicalizar quando necessário fosse.

O Governo da presidenta Dilma tem falhas, mas tem também seus acertos, porém nem por isso vamos deixar de lutar por uma vida melhor, por um Brasil mais justo e igualitário. Ela ousou enquanto chefe de Estado quando foi à televisão e disse que a nação brasileira estava de parabéns ao ir às ruas reivindicar direitos; Ela foi fiel a sua história de ex-presa política.

Assim como a primavera Síria, o verão brasileiro nunca mais será o mesmo. O sol escaldante de verão, mexeu com o comodismo do povo brasileiro. Cansamos de ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” e partimos para uma luta, um tanto quanto desigual, mas que já tem alguns significados importantes a serem contabilizados como é o caso da rejeição da PEC 37 que pretendia excluir através de Emenda constitucional o Ministério Publico das investigações criminais que iria contribuir ainda mais para a impunidade. Outro avanço importante como fruto das vozes da rua foi que entrou na pauta de votação do Congresso Nacional projeto que considera a corrupção como crime hediondo, o que destinou 75% dos  royalties do petróleo e do gás natural para a educação e 25% para a saúde, enfim, está na pauta de discussão do Congresso Nacional,  projetos importantes que pelo visto agora serão votados de maneira mais rápida e transparente  e que vão ao encontro dos anseios da população. Não se sabe ao certo até quando essas manifestações durarão, o que é certo é que podemos dividir  a dinâmicas das lutas sociais em dois momentos: antes e depois  da revolta dos centavos.

  * O autor sociólogo e professor de sociologia da rede publica estadual de ensino