Total de visualizações de página

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Ensino Noturno no SOME


Trabalhando ao longo desses vinte e três anos no Sistema Modular, percebi que para a maioria desse tempo no magistério, foi pela parte da noite, nos diversos municípios do estado do Pará.
Alunos noturno de São Raimundo/Bujaru/Pa.

Para um educador preocupado com a qualidade de ensino e que deseja a construção de uma sociedade digna e justa, não é novidade para ninguém que os cursos que funcionam pela noite possui um baixo rendimento escolar, imaginem na zona rural da Amazônia, onde os camponeses se dedicam pela parte do dia a agricultura.

Não podemos negar que algumas considerações devemos fazer. De início temos a evasão escolar. Mesmo com apoio dos governantes para os estudantes dessa modalidade de ensino, como o transporte escolar; além da estrutura física e os educadores, sabemos que não é fácil passar a dia todo no sol e, por exemplo, fazendo sacas de farinha e ainda ter disposição para estudar das dezenove horas às onze.

Outro aspecto é a reprovação e a retenção por dependência, consequência de toda uma vida que tem no dia a dia. Nesse aspecto, temos que levar em considerações outros fatores, além dos já apresentados.  Sabemos que o cansaço contribui, mas metodologias que não são compatíveis com a realidade do aluno prejudicam o desenvolvimento pedagógico do maior interessado, que é o aluno.

São necessários algumas experiências ou projetos para adequar o estudante no seu contexto, mas não podemos deixar de lado que trata do ensino noturno. Só para se ter idéia, algumas décadas  atrás,  apenas 30% de alunos matriculados no noturno conseguiam concluir o ensino médio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário