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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Jornalista Lúcio Flávio Pinto é condenado por denunciar grileiro na Amazônia

LÚCIO FLÁVIO PINTOComeçou essa semana na internet um movimento em solidariedade ao jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, condenado por "ofender moralmente" o falecido empresário Cecílio do Rego Almeida, dono da Construtora C. R. Almeida e responsável por grave tentativa de apropriação ilegal de terras públicas na Amazônia.

O jornalista, que é editor do jornal independente Pessoal, teria ofendido o empresário por "pirata fundiário" ao denunciar a tentativa de posse de quase cinco milhões de hectares na região paraense do vale do rio Xingu a partir de registros imobiliários falsos, posteriormente anulados pela justiça federal por se tratar de patrimônio público. Outras duas pessoas também foram denunciadas por Cecílio do Rego Almeida, mas absolvidas pela justiça paulistana que reconheceu a ilegitimidade da acusação, considerando a importância da denúncia para a revelação desse esquema de "grilagem de terras".


Expedida em 2006 pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a sentença que condena Lúcio Flávio Pinto a pagar indenização à família do grileiro poderia ter sido reavaliada caso o recurso especial submetido junto ao Supremo Tribunal de Justiça não tivesse sido negado pela ausência de documentos exigidos pela burocracia do órgão - "cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, do inteiro teor do acórdão proferido nos embargos de declaração e do comprovante de pagamento das custas do recurso especial e do porte de remessa e retorno dos autos".


O valor a ser pago pelo jornalista à família do grileiro será bastante superior aos R$ 8 mil estipulados pela justiça paraense à época da condenação, em virtude da correção monetária necessário para os últimos seis anos.


Além da indenização, Lúcio Flávio Pinto também perde a condição de réu primário, o que o expõe à execução de outras ações, entre as 33 que lhe foram impostas nos últimos 20 anos por grupos políticos e econômicos locais, incomodados com as informações e denúncias veiculadas em seu Jornal Pessoal.


"Não pretendo o papel de herói (pobre do país que precisa dele, disse Bertolt Brecht pela boca de Galileu Galilei). Sou apenas um jornalista. Por isso, preciso, mais do que nunca, do apoio das pessoas de bem. Primeiro para divulgar essas iniqüidades, que cerceiam o livre direito de informar e ser informado, facilitando o trabalho dos que manipulam a opinião pública conforme seus interesses escusos. Em segundo lugar, para arcar com o custo da indenização. Infelizmente, no Pará, chamar o grileiro de grileiro é crime, passível de punição", afirmou o jornalista em nota divulgada em busca de apoio dos leitores.


> Clique aqui para ver a nota ao público divulgada pelo jornalista.




Fonte: Brenda Taketa - MST
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Latifúndio Midiota será lançado no Fórum Social Temático de Porto Alegre



Livro que denuncia “crime$, crise$ e trapaça$” da mídia será lançado, hoje, dia 27 de janeiro, na Tenda das Centrais Sindicais


Livro inaugura o selo Barão de ItararéLatifúndio Midiota: crime$, crise$ e trapaça$, (Editora Papiro), R$ 20,00, livro que inaugura o selo Barão de Itararé, será lançado na próxima sexta-feira (27 de janeiro), no Fórum Social Temático de Porto Alegre, na Tenda das Centrais Sindicais, em frente à Usina do Gasômetro.



Com 130 páginas, o livro traz 20 artigos e reportagens de Leonardo Wexell Severo publicados no Portal do Mundo do Trabalho, nos jornais Hora do Povo e Brasil de Fato, na Revista do Brasil e no site Vermelho sobre assuntos e pautas que foram ignorados ou mascarados pela “grande mídia”, estimulando o debate sobre a importância da democratização da comunicação e a necessidade de um novo marco regulatório para o setor.



Entre outros apontamentos, o encontro do autor com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, em Gaza; e a denúncia contra o criminoso apartheid de Israel, incluindo o disparo de balas de aço revestidas com borracha nos olhos das crianças árabes; os desmandos da multinacional Cargill contra os trabalhadores e o meio ambiente e os esforços dos movimentos sociais para “democratizar a palavra”.



Em sua apresentação, a secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti destaca a relevância da obra para quem vê “a comunicação como um direito, que necessita ser assegurado com a adoção de políticas públicas”. “Que a indignação presente em cada uma das linhas deste livro acenda os sinais de alerta para o veneno a que somos submetidos diariamente, e nos desintoxique, fortalecendo o compromisso com a democratização da comunicação, com a luta e a vitória do Brasil e da Humanidade”, acrescentou.



Com o acúmulo de ter feito a cobertura dos Fóruns Sociais Mundiais e Regionais (Caracas, Nairóbi, Recife, Belém, Assunção e Dakar), Leonardo denuncia a campanha desinformativa contra a integração latino-americana e a aliança entre bancos, multinacionais e mídia contra a soberania de países e povos, e sublinha a importância da imprensa alternativa e da conformação de veículos próprios das entidades sindicais e movimentos sociais para o estabelecimento de uma rede para a “disputa de hegemonia”.



De acordo com o presidente do Centro Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, “o novo livro de Leonardo é uma arma afiada nas mãos dos lutadores do povo que não se deixam manipular e deformar pelos monopólios midiáticos. É uma honra e alegria participar da publicação deste livro – inaugurando o nosso selo”.



Para o diretor de redação do jornal Hora do Povo, Carlos Lopes, “o livro ajudará o leitor a perceber a luta política e ideológica em torno da comunicação”. “Não consigo conceber maior utilidade para um livro nos tempos em que vivemos”, sublinhou.

Fonte: Cut.org.br