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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Manifesto dos Professores de História Marxista da Seduc





Enquanto professores de história e historiadores não concordamos com o processo de crescente autoritarismo e a propagação de discursos racistas, misóginos e antidemocráticos que temos atualmente na sociedade brasileira, assim como com a imposição de uma reforma autoritária do ensino pelo governo federal na forma da proposição da “Escola sem partido”.

Nós educadores, que estamos envolvidos com a escola pública diretamente, no dia a dia da realidade escolar, temos que nos preocupar em buscar uma compreensão desta realidade em transformação em que nos encontramos. As mudanças a que estamos assistindo, tanto ao nível internacional quanto a nível nacional, têm suas raízes em um crescente processo de crise e ruptura do padrão de acumulação do capital que se configurou no pós-guerra.

Contemplamos o declínio das condições mínimas de regulação de relações sociais e econômicas, assim como a desmesurada retirada de direitos das classes trabalhadoras. A prática pedagógica implica consideração tanto da intervenção do educador sobre esta realidade, quanto sua capacidade de compreendê-la com vistas a transformá-la.

Deste modo consideramos que os conceitos introduzidos por Marx¹, ao longo de sua extensa obra, constituem um fundamento central para construção de nossa “práxis”, com base numa pedagogia que satisfaça a necessidade social de educação e a possibilidade de construção do Socialismo oposta ao atual quadro de barbárie capitalista.

Assim, o pensamento de Marx e sua capacidade de integrar a economia, a história, a geografia, a filosofia, a sociologia, a demografia e a antropologia num todo interativo, configura robusto instrumental de análise da sociedade capitalista e de ferramenta de ação transformadora sobre a mesma.

Hobsbawn², importante historiador marxista, destaca uma percepção semelhante: a “abrangência universal” do pensamento de Marx não “se trata de um pensamento ‘interdisciplinar’ no sentido convencional, mas integra todas as disciplinas”. Convém observar que o marxismo não reivindica a abrangência ou forma científica unânime para as ciências sociais, muito ao invés, se vale do conjunto de contribuições de outras epistemologias, buscando dialogar e enriquecer-se.

Não há interatividade que não esteja de acordo com o método de análise dialético, enquanto que a positividade estabelecida pelas ciências sociais mecanicistas impossibilita o tratamento comum da realidade-concreta capitalista, seja pela percepção a-histórica destas formas de compreensão científica, seja pela pretensa neutralidade que assumem no discurso, fato totalmente incongruente com uma realidade social baseada na divisão de classes, na exploração e alienação do trabalho, em suma na existência da sociedade do capital.

Em uma época em que novamente o capitalismo se vê em intensa crise, impondo novas perdas de direitos sociais como forma de aprofundar a exploração do trabalho, através de terceirização e do fim de direitos trabalhistas consagrados em formas históricas de regulação da exploração, a releitura de Marx abre novas veredas para compreensão do agora senil capitalismo e, ao mesmo tempo, como já indicado pelo próprio autor: não basta ao filósofo somente compreender, faz-se mister atuar na transformação da nossa realidade, superando em definitivo esta primitiva pré-história humana.

O grupo foi criado pelos professores da rede de ensino estadual do Pará, objetivando:
1) reunir os professores que se identificam com a proposta;
2) produzir trabalhos que tem como método o materialismo histórico;
3) divulgar conhecimentos marxistas entre os professores, e provocar debates e ações alternativas relativas ao ensino e à teoria da história positivista;
4) organizar os professores como forma de resistência pela justiça social e pelo Socialismo.
Consolidado o grupo, vamos ampliar para mais interessados e solicitações, buscando garantir sempre os objetivos do grupo.

Ressaltamos que o Grupo de Historiadores Marxistas, cujos membros e apoiadores estão abaixo identificados, defende bandeiras importantes para sociedade brasileira, como o Socialismo, o ensino público laico, politécnico, gratuito a a formação continuada dos professores, e se posiciona contra a reforma da previdência em curso, assim como contra o projeto de destruição das IFE’s estabelecido pelo programa “Future-se”.

1-José Ribamar Lira de Oliveira
2 - João Lúcio Mazzini da Costa
3 - Leonardo Pantoja da Silva


1 - Karl Marx (1818 - 1883)
2 - Eric Hobsbawn (1917 - 2012)

domingo, 8 de abril de 2012

Saúde de Cuba exemplo para o mundo



Com o final da guerra ideológica entre capitalistas e comunistas, um dos países que ganhou destaque no mundo foi Cuba, tornando-se um exemplo.

Entre os aspectos que podemos ressaltar neste país socialista, é a saúde pública. Para inicio de conversa, gostaria de dizer, que em Cuba não existe saúde privada, como acontece no Brasil que tem planos de saúde, que são verdadeiros comércios em que muitos não estão preocupados com a qualidade de atendimento de quem paga, mas sim com o retorno de seus lucros.

Sabemos que a saúde é um direito da população, ficando a responsabilidade para o estado e município; porém uma triste realidade é quando visito um hospital público, sem falar no Pronto Socorro.

Na terra do comandante de Fidel Castro o sistema de saúde é único, inclusive com a participação ativa da comunidade organizada, igualzinho no nosso país! Quem dera.

Interessante que qualquer profissional da saúde, principalmente os médicos, tem que ter disposição para trabalhar em qualquer parte do mundo. Alguns dados recentes informam que médicos de Cuba atuam em 133 países, pois são referências na área.

O sistema de Saúde Cubana à nível nacional oferece a prestação de serviços ambulatoriais, médicos e odontológicos, atenção médica e hospitalar, atenção médica e odontológica de urgência, atenção médica domiciliar, controle epidemiológico de doenças transmissíveis, controle higiênico do ambiente, assistência social a idosos e deficientes, educação sanitária da população, desenvolvimento de investigações da saúde e formação e especialização de recursos humanos, produção, importação e distribuição de medicamentos e equipamento médico, coleta, análise e apresentação de informação estatística da saúde, planejamento de desenvolvimento da saúde pública, informações relacionadas com as ciências médicas e atividades científicas.

Deduz-se que esse exemplo deve servir como referência para qualquer país que deseja uma saúde pública de qualidade, falta só planejamento dos comandantes da saúde.