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domingo, 15 de novembro de 2020

VAZA PANDEMIA...

        *Maria Fátima de Oliveira


Lembrar da eleição,  é lembrar do Jurunas, bairro marcado predominantemente pelos partidos da direita. A nossa alegria começava com o visual  nas portas, janelas e onde pudesse usar o vermelho para tirar o brilho do "amarelão". Um fato marcante era a habitual  feijoada do PT, assim denominada pela D. Preta, dona da casa/ nosso QG,  também conhecida como "Pretinha". Mas, no final da tarde estávamos interagindo com os vizinhos do "amarelão", tudo organizado por ela que fazia questão da política da boa vizinhança. .


Ao raiar do dia já estávamos indo para o Jurunas, votar  e fazer  boca de urna , é claro.!


À tarde, o agito aumentava com muito bate boca, denúncias e correria da polícia,  fazer boca de urna escondido ?? Como ?? Tirava todo e qualquer acessório vermelho e saíamos distribuindo os santinhos .Era um ir e vir atrás de ônibus para ganhar o voto dos indecisos, às vezes dava certo..ufa !!  Muita confusão, muita correria, mas éramos nós da esquerda que fazíamos a diferença. Nem vou entrar no mérito das conquistas sociais e econômicas da esquerda no Brasil.


Fizemos sim a diferença, porque incomodávamos àqueles que até hoje querem tirar nossas conquistas adquiridas com tantas lutas.


Hoje, a eleição está mais calma, no entanto, os santinhos e a dinheirama continuam valendo para aqueles que usam da politica para se auto promover e governar para a sua família, intensificar a perda dos nossos direitos  .


Esse é o país que eu não quero que governa através do ódio,  da intimidação e das regalias ..


Vaza pandemia, queremos fazer eleição  como sempre fizemos, porque a luta e árdua. .


Boa eleição, vote certo !!


*Professora da rede estadual de educação.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Emir Sader: Quem é progressista e quem é de direita



Os dois maiores eixos do poder no mundo de hoje são a hegemonia imperial norte-americana e o modelo neoliberal. A direita se articula em torno da liderança política e militar norte-americana e desenvolve, em nível nacional e internacional, políticas de livre comércio e de mercantilização de todas as sociedades.

Por Emir Sader, em seu blog


Diante desse quadro, progressistas são, em primeiro lugar, os governos, as forças politicas e as instituições que lutam pela construção de um mundo multipolar, que enfraqueça a hegemonia imperial hoje dominante, que logre a resolução dos conflitos de forma política e pacifica, contemplando a todas as partes em conflito, ao invés da imposição da força e da guerra. O que significa fortalecer os processos de integração regional – como os latino-americanos – que priorizam o intercâmbio entre os países da região e os intercâmbios entre o Sul do mundo, em contraposição aos Tratados de Livre de Comércio com os Estados Unidos.




Se diferenciam, na América Latina, com esse critério, os governos de países como a Venezuela, o Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Bolivia, o Equador, entre outros, que fortalecem o Mercosul, a Unasul, o Banco do Sul, o Conselho Sul-americano de Defesa, a Alba, a Celac, entre outras iniciativas que privilegiam o intercâmbio regional e se opõem aos Tratados de Livre Comércio com o Estados Unidos. Priorizam também o comércio com os países do Sul do mundo e as organizações que os agrupam, como os Brics, entre outras. São governos que afirmam políticas externas soberanas e não de subordinação aos interesses e orientações dos Estados Unidos.



Do outro lado do campo político se encontram governos como os do México, do Chile, do Panamá, da Costa Rica, da Colômbia, que priorizam esses tratados e favorecem o comércio com a maior potência imperial do mundo e não com os parceiros da região e com os países do Sul do mundo.



Em segundo lugar, progressistas são os governos, forças políticas e instituições que colocam o acento fundamental na expansão dos mercados internos de consumo popular, na extensão e fortalecimento das políticas que garantem os direitos sociais da população, que elevam continuamente o poder aquisitivo dos salários e os empregos formais, ao invés da ênfase nos ajustes fiscais, impostos pelo FMI, pelo Banco Mundial e pela OMC e aceitos pelos governos de direita.



Além disso, as forças progressistas se caracterizam pelo resgate do papel do Estado como indutor do crescimento econômico, deslocando as políticas de Estado mínimo e de centralidade do mercado, e como garantia dos direitos sociais da população.



Por esses três critérios é que a maioria dos governos latino-americanos – entre eles os da Venezuela, do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, do Equador – são progressistas e expressam, a nível mundial, o polo progressista, que se opõe às políticas imperialistas e neoliberais das potências centrais do capitalismo internacional.



*Emir Sader é cientista político e professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). É secretário-executivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso) e coordenador-geral do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).