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domingo, 16 de fevereiro de 2025

Ocupação da Resistência e a Solidariedade

 





 

Durante os 32 dias de ocupação da resistência na sede da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Pará – SEDUC/PA, em Belém do Pará, por povos originários, de mais de 15 etnias, com apoio de ribeirinhos, quilombolas, camponeses e professores da rede pública estadual foi marcado pelo ato de solidariedade, que é um movimento também de resistência de várias entidades, instituições, partidos progressistas, movimentos sociais, populares e organizações sociais tanto indígenas, como não indígenas.   

 




Vale ressaltar que, o movimento de ocupação da resistência ou revoga, mesmo com toda organização, planejamento e estrutura que pensavam que ficariam poucos dias no chão da ocupação, já achavam que o representante da oligarquia Barbalho assinaria logo a revogação da Lei 10.820, que prejudicaria a educação nos rincões do Estado e a exoneração do Secretario Estadual de Educação Rossieli Soares fossem logo assinados pelas pressões de mobilizações que foi organizado pelo movimento, como a ocupação do prédio da sede da SEDUC, os bloqueios das estradas, greve dos professores do Estado, apoio de entidades e instituições da sociedade civil entre outros mecanismo duraram 30 dias.

 



Como se manter durante esse período, principalmente, com o inverno amazônico, muita chuva, carapanã, falta de água nos primeiros dias, falta de energia, já que foi cortada no início do movimento, sem camas, praticamente sem redes, lençóis, com poucas barracas e alimentação básica para sobrevivência durante os dias que ficariam reivindicando uma educação digna e melhor para a sociedade paraense.

 


A sociedade civil organizada estadual, nacional e internacional com a experiência dos povos originários e apoio de diversos seguimentos fez suas análises críticas e positivas do maior movimento de resistência do Estado do Pará nos últimos anos, então, resolveu se solidarizar e dando importância maior, já que tanto o Executivo estadual e a Assembleia Legislativa tinham aprovado a Lei 10.820 prejudicando o ensino e direitos conquistados pelos educadores estaduais.  

 


Com a estrutura e conjuntura para o suporte necessário as pessoas que estavam participando ativamente do movimento, a solidariedade das pessoas, entidades, instituições, partidos progressistas, intelectuais, artistas, entre outras, começaram a contribuir financeiramente e trazer ou mandar materiais de higiene, alimentação, barracas, redes, lençóis, roupas para as crianças, mulheres e homens, material pedagógico para utilização no espaço para as crianças entre outros para ajudar.




Alessandra Korap, uma das lideranças do movimento de ocupação da resistência, diz o seguinte em uma de suas redes sociais: Foi um mês dormindo no chão, foram dias de resistência  de enfrentamento que muitas vezes era silenciosa, mas que o apoio que ganhamos foram bastante, apoio com remédio, água, brinquedo, roupas e tantas outros materiais que as vezes não acreditava que estava acontecendo, pra nós é estranho esse todo carinho (...).

 


Como movimento muito bem articulado e organizado do revoga, a solidariedade como resistência contribuiu bastante para o sucesso e conquista da revogação da Lei 10.820 e pode ter certeza de que qualquer movimento e mobilização dos trabalhadores, povos tradicionais e povos originários sempre terão nossa solidariedade e apoio. Mesmo com uma sociedade capitalista, individualista e só pensam em lucros, uma parte significativa da sociedade começa a se humanizar e as doações foram frutos que vem da alma, da consciência e do espírito coletivo. Solidariedade para todos que lutam por uma sociedade melhor e autodeterminação dos povos.

 



O sangue cabano ferve nas veias dos amazônidas!  
















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