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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MANIFESTO DOS CABANOS




(Fala de um dos líderes do movimento dirigida aos companheiros, após a ocupação do poder na Província)

Manifesto - (...) Desde o dia em que tomei posse do governo me tenho desvelado em manter a ordem e o sossego público, e já o Pará apresentaria um quadro mais risonho, se sua excelência ( o marechal José Rodrigues) secretamente não cercasse a barra da cidade com um tosco bloqueio, pois as famílias, os empregados públicos e os negociantes se teriam recolhido às suas casas, como tem acontecido nas revoluções passadas.


Saibam, pois, o governo geral e o Brasil inteiro que os paraenses não são rebeldes; os paraenses querem ser súditos, mas não querem ser escravos, principalmente dos portugueses, os paraenses querem ser governados por um patrício paraense que olhe com amor para as suas calamidades e não por um português aventureiro como o Marechal Manoel Jorge; os paraenses querem ser governados com a lei e não com arbitrariedades, estão todos com os braços abertos para receber o governo nomeado pela regência mas que seja de sua confiança, aliás eles preferem morrer no campo de batalha a entregar de novo seus pulsos às algemas e grilhões do despotismo; se o governo da corte teimar em subjugar-nos pela força, nós teimaremos em dar-lhe provas de valor de um povo livre que esquece a morte quando defende a sua liberdade.

                                                         Eduardo Francisco Nogueira Angelim - 26/08/1835.