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sexta-feira, 13 de julho de 2018

A Religiosidade em algumas localidades do SOME





Diante da conjuntura atual, a religiosidade no Estado do Pará  é muito forte e teve   influência imposta pelo processo de colonização no Brasil, assim como a importância da imigração, neste contexto, com a formação de pequenos lugarejos e ampliando com a chegada de várias pessoas, percebemos a expansão do cristianismo.


Durante esses 29 anos  nas várias localidades que desenvolvi minhas atividades pedagógicas, na política pública do Sistema de Organização Modular, pude constatar a diversidade da religiosidade na Amazônia.


No cotidiano vivenciado nas localidades, algumas expressões são muitas utilizadas no linguajar dos alunos e comunitários, como “A paz de Cristo”, “Deus te ajude”, “Deus te proteja”, entre outras. Essas saudações tem efeito peculiar em cada localidade que passava e logo demonstrando o credo de cada uma.


Sabemos que a religião é um aspecto cultural, que é formada conforme necessidade de cada sociedade, onde muita delas a imposição dominou tai a religião predominante na Europa que veio como uma das principais instituições, assim como, as forças militares, para invasão da América ficando permanentemente. Mesmo assim, com discriminação as outras religiões, sobrevivem.


Nas aulas sempre encontrava esse tipo de diálogo, que inclusive ficava até instigante e produtiva com os alunos, até porque as manifestações e práticas da religião, principalmente, católica e evangélica se fazem no dia a dia escolar.


A religiosidade nas localidades de funcionamento do SOME, tem características que só percebemos quando vivenciamos a realidade. Quando chegava às localidades, as instituições que nos davam impactos era a praça pública, ao redor uma Igreja e a Escola, enquanto na periferia ficam as residências dos moradores das localidades. Portanto, a Igreja como a escola tem uma função social na comunidade.


Na maioria das localidades que trabalhei, notei a predominância da influência do catolicismo. Isso traduz nos nomes dados para as localidades, como: Em Bujaru, São Raimundo, São Lopes, São Sebastião; em Baião, São Joaquim do Ituquara; Em Tomé Açu, trabalhei em Nova Olinda, predominância da Igreja Evangélica, que cortou o avanço de vários outras localidades de nomes de origem do catolicismo, São Pedro, São Paulo e outros. Na localidade de São Raimundo, em Bujaru, o nome se relaciona com o Santo Padroeiro do fundador, Sr. Raimundo Piniche, que permanece até o momento. Algumas dessas localidades, os rituais são praticados sob a liderança de leigos, às vezes a pessoa do Padre, vai uma vez por ano, e quando vai, nem nas festividades que são realizadas vai.


Apesar da hegemonia do catolicismo nas localidades onde funciona o Some, que passei, ressalto que diversas religiões têm avançado nos interiores, principalmente de origem evangélica, como a Igreja da Assembleia de Deus, Deus é amor e Igreja Quadrangular, nas localidades de Guajará de Beja, em Abaetetuba; Vila Nova Providência, em Bujaru, Vila Inácia, em Concórdia do Pará, Nova Olinda, em Tomé Açu, entre outras. Cada uma com seus rituais e práticas religiosas.


Portanto, a Igreja tem um papel crucial na formação e organização das localidades, mesmo sendo de origem europeia. A Umbanda, religião cultivada em algumas localidades, assim como as de origem indígenas, como orientais, em menor escala, sofrem o preconceito e o discurso do bem e do mal, muito utilizado nos interiores do Estado.


A Religião nas localidades onde trabalhei, pelo Some, enquanto elemento cultural é cheio do sincretismo religioso, fruto de um processo histórico.

Um comentário:

  1. Importante o registro, professor Ribamar, pois não há como negar a influência da religiosidade na formação cultural do povo brasileiro. Em que pese até aqui o predomínio do catolicismo, não há como negar o avanço do neoevangelismo financeiro que se instala em cada rua ou em pequenas localidade interiorizada de nosso brasil.

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