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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Projeto de Formação e Capacitação de Lideranças de Turmas da Escola Estadual "Maria Gabriela Ramios de Oliveira" e Diretores da UMOJAM

 


               No primeiro semestre do ano de 1998, foi executado Projeto de Formação e Capacitação de Lideranças de Turmas da Escola Estadual "Maria Gabriela Ramios de Oliveira" e Diretores da UMOJAM, entre convênio realizado entre a escola pública EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" e a União dos Moradores do Conjunto Maguari - UMOJAM. 


             Na apresentação do projeto diz o seguinte: - Estamos num momento histórico em que as relações capital x trabalho estão cada vez mais complexas e mais desiguais, onde o sistema capitalista incorpora uma nova formação histórica na "restruturação produtiva". Se antes dessa nova formação do capital era dificil formar e organizar o movimento social para compreensão e combate da excludente realidade social, hoje, com o avanço do "projeto neoliberal" que estimula a individualidade e combate firmemente o movimento social organizado, urge a necessidade de formação e capacitação educativa de novos quadros para o movimento social.


                Na justificativa é clara: - Existe no Conjunto Maguari uma grande potencialidade de formação política de novos quadros para o movimento social através de trabalho conjunto entre militantes do movimento popular, conselho escolar e pró-grêmio estudantil da EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" em parceria com a Universidade Popular - UNIPOP. Se por um lado há o início de organização e um gradual amadurecimento de militantes sem experiência no cotidiano do movimento, por outro, essa "formação na luta" esbarra nas limitações da compreensão, análise, crítica e busca da construção de uma nova realidade para o movimento que escape ao abismo e o imediatismo de bandeiras, não deixando de reconhecer sua importância, vislumbrando além disso a possibilidade, através de mecanismos de educação popular, da formação e capacitação de militantes, no intuito de melhor qualificar os quadros existentes, sempre atento à possibilidade de envolver e construir novos individuos com pontenciais para manter permanentemente  um movimento organizado e capacitado, que possa compreender e combater a nova faceta histórica pela qual o capitalismo se organiza e se sustenta numa estrutura social extremamente excludente.


                    Os dez anos de experiência em educação popular capacitou a UNIPOP a ser uma instituição com potenciais reconhecidos para desenvolver este trabalho. Por tais razões a esta parceria estamos nos propondo este projeto. 


                    No objetivo geral, nós temos: Através da educação popular, formar, capacitar e potencializar quadros para o Movimento Social, estimulando a adoção da reflexão crítica da realidade, despertando o significado e a importância da organização e participação nos movimentos sociais.


                     Nos objetivos específicos, nós temos: Combater o refluxo do movimento social organizado, ampliar e fortalecer os elos de articulação entre movimento popuklar e estudantil com instituições de formação e potencialização de novos individuos do movimento social, estimular a prática democrática e construção de cidadania, trocar experiências....

                              Nos procedimentos metodológicos foram: Cursos, palestras, semiunários, dinâmicas educativas de grupos, teatralização, discussão temática em grupos, slides, vídeos......  


                              O projeto executado foi um sucesso!

     

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Comunidades Quilombolas e o S.O.M. E.




Ao longo de nossa história a característica multicultural de nosso povo foi estruturada tendo como referência uma visão eurocêntrica, resultando em um processo histórico de ocultação da verdadeira história de organização do povo africano e afro- descendentes.


Nesta ideia temos um contexto histórico de grande relevância para educação na Amazônia, enfatizando a importância das comunidades quilombolas onde funciona a modalidade de ensino Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME este com trinta e quatro anos de tradição em educação no Estado do Pará.



Em 2011, tínhamos trinta e cinco localidades com características de comunidades quilombolas, a ressaltar: Camiranga em Bragança; Tatuoca, em Limoeiro do Ajuru; Calados, Joana Peres, Igarapé Preto, Umarizal, Cardoso, Bailique e Araquembaua em Baião; Juaba, Biribatuba, Mupi, Vila do Carmo, Carapajó, Juaba, Mangabeira, Tambai  e Nova América em Cametá; Olho D’agua, Ribeira, Jacundaí e Jupuhuba em Moju; Boa Vista em Acará; Murumuru e Saracura em Santarém; Pacoval em Prainha; Passagem em Monte Alegre; Quilombo do Pacoval em Alenquer; Igarapé Açu e Silêncio do Matá em Óbidos; Providência em Bujaru; Cravo e Jutaí em Concórdia do Pará; Ilha do Palheta em Muaná; Mangueiras em Salterra.




Portanto, naquele ano de um total de 440 localidades, funcionando em 97 municípios, tínhamos trinta e cinco comunidades quilombolas. Ressalto neste espaço, que essa política pública não deixa de ser um resgate que a sociedade tem com os negros, que durante o período colonial e imperial, foram tratados como mercadorias. 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Vila do Cravo - Concórdia do Pará



Estive repondo na Vila do Cravo, em Concórdia do Pará. Vejam algumas imagens, dessa linda localidade.













A localidade fica na PA - 140, Ramal do Cravo, Comunidade de N. Sra. das Graças, no município de Concórdia do Pará.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pacoval (Alenquer)

Vista parcial de Alenquer

Estive por quinze dias do mês de agosto do ano de 2001 no município de Alequer, desenvolvendo atividades pedagógicas pelo antigo Centro de Treinamentos de Recursos Humanos - CTRH da Secretaria Estadual de Educação, onde umas das atividades de pesquisas que foram realizadas pelos professores que fizeram parte do Curso de Habilitação em Estudos Adicionais foi sobre a comunidade remanescente dos quilombolas Pacoval, recebendo todo apoio dos membros que eram lideranças do referido lugar e da professora de História Áurea Nina Monteiro, que também contribui cedendo objetos de pesquisas que vem fazendo ao longo de um bom tempo para exposições no curso.

Mucucuaqui era o nome abaré da antiga comunidade de Pacoval, que era lugar de refúgio dos negros que fugiam das fazendas de Santarém pelo rio Curuá; assim como descendentes de índios. A origem do nome veio de uma plantação de bananas, cujo nome era pacova.

Por volta de 1888 os negros fugiram da propriedade de Maria Macambira e foram para o mocambo. Eles tinham como protetores São Benedito e Santo Antônio feitos de Massarará. Os Martins e os Valentes eram os poderosos e grandes detentores de escravos em Alenquer. Por volta de 1950 começou os primeiros contatos dos negros com os brancos. Dudu Valente foi quem fez o primeiro contato com os negros do Pacoval.    

Pacoval é reconhecido pela Prefeitura Municipal de Alenquer a mais ou menos uns cem anos e tem mais de trezentos anos de sobrevivência.

A comunidade ainda preserva alguns costumes dos seus ancestrais, os quais em resumo, como :

O Marambiré, que originou-se das brincadeiras da Tia "Miriam do João Biré" e que a palavra correta e Merambiré e não Marambiré.

O Boi comemorado no mês de junho.

A Pastorinha em dezembro.

O Mutirão, antigo puxirum, onde fazem comidas típicas como o tarubá.

O interessante que os terrenos são livres sem precisar de loteamento e cercas, respeitam uns aos outros e suas propriedades não podem  vender nem doar, permanece a hereditariedade.

Conforme suas necessidades criam novas regulamentações, como: não criar porco, não ter excedente de cãos entre outras.

A comunidade tem sua Associação que trabalha em comum com a Igreja, para o bem de todos. Através de seus líderes têm conseguido alguns benefícios: Título definitivo da terra, Um caminhão, uma voadeira que em caso de emergência transporta para Santarém ou Curuá.

Sua atividade econômica está baeada no extrativismo vegetal: Cumaru, Castanha, Açai e outros. A agricultura é somente para seu mantimento e raramente são comercializados. Eles, também praticam o extrativismo animal como a caça e a pesca, porém somente para consumo.

Não praticam nenhuma religião de origem africana, adotaram a religião católica.       

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Programa "Some e a Comunidade"

Não perca todas às sextas na Rádio Web Seduc no horário das 16 h. o Programa "Some e a Comunidade". Conecte no endereço www.seduc.pa.gov.br/estaçãoEscola. Esteve ontem,  sexta (06.08),no Programa "Some e a Comunidade",  o Professor de História da Escola Estadual "Temistocles de Araújo" Sebastião Pereira,diretor, roteirista e produtor do longa metragem "Cabanos", juntamente com o aluno Elton dos Santos. O Professor Sebastião, que por sinal foi da mesma turma da Universidade Federal do Pará, do curso de História. Segundo o referido Professor,  o que seria simplesmente um projeto para a apresentação na feira de cultura da Escola, tornou-se a produção de um vídeo.

Para ele: "No começo, a idéia era bem simples: produzir um material didático sobre a Cabanagem, um tema de grande importância para a História, mas ainda pouco debatido. Os livros didáticos tratam esse movimento com preconceitos, Mas o que mais me incomodava era o desconhecimento dos alunos. Muitos só associavam a Cabanagem ao nome do bairro que existe em Belém".

E continua:" Já tínhamos um projeto de teatro na escola. Então pensei: por que não fazer um filme? Foi uma das maiores loucuras da minha vida. Nunca tinha mexido em uma câmera".
Quando perguntei sobre os custos financeiros que foram gastos para a realização do projeto:- Que o valor financeiro foi perto de R$ 10..000 e que uma parte saiu de doações dos colegas e bingos e outra parte saiu do meu próprio bolso.

O Professor frisou também que a participação da comunidade foi fundamental na produção do longa-metragem de uma hora e quarenta minutos de duração. O filme tem como base a Revolução da Cabanagem, que ocorreu entre 1935 e 1840 na Província do Grão-Pará.

Para  o professor, que diz que exigiu muita pesquisa para voltar para aquela época, como: vestuário,linguagem, armas e outros aspectos.

Após, uma hora e meia de Programa, intercalando com músicas, foram feitas as considerações finais: Para o aluno Elton, é uma metodologia que motiva o interesse e a participação dos alunos, algo diferente. Já para Sebastião Pereira, idealizador do Projeto, agradeceu o apoio da imprensa e o convite para participar do Programa. Ressaltou,também que a proposta, torne-se matérial didático das escolas públicas do Estado. O filme terá a projeção para a Feira dos Livros em Belém, com apoio da Secretária Estadual de Educação - SEDUC.  

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A atuação dos movimentos populares no Conjunto Maguari



Este texto é resultado parcial da pesquisa elaborada por alunos da Escola Estadual "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" vinculados ao Projeto " A Contribuição da História Oral na Educação no Desenvolvimento Político-Pedagógico na Educação Publica"  cujo objetivo é entender a origem da formação dos movimentos populares no Conjunto Maguari, em Belém do Pará.


O processo habitacional do Conjunto Maguari deu-se através da luta popular muito forte, a começar pela própria associação dos moradores que foi construída num ambiente de luta pelo direito de morar, no início da década de 80.  Além da associação, outros movimentos populares também tiveram um papel de destaque como é o caso da Radio Comunitária Cidade Livre FM, o CIPES e o próprio MST que por aqui fincou suas bases por um certo período.


Nas ondas da rádio... comunitária.


De acordo com as narrativas obtidas pelos alunos junto aos Professores de Sociologia Marcos Roberto Sousa e Valdivino Cunha da Silva a Associação Popular de Radiodifusão Cidade Livre FM foi fundada em 27 de dezembro de 1997 sob as diretrizes da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária - ABRAÇO por um grupo de pessoas que representavam diversas entidades (União dos Moradores do Conjunto Jardim Maguari - UMOJAM, Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade - MMCC, Conselho Escolar da EEEFM “Maria Gabriela Ramos de Oliveira”, Centro de Formação 17 de abril, Grupo Espírita Paulo de Tarso) e segmentos do Conjunto Maguari, na sede da União dos Moradores do Conjunto Jardim Maguari – UMOJAM, que fica localizada na alameda 17, número 76 (Av.Principal).


Durante a entrevista, os professores estavam com a ata de fundação da Rádio pois, os mesmos estavam presentes na Assembléia de fundação . São considerados sócios fundadores da Associação as seguintes pessoas: Laércio Marruáz, José Ribamar Lira de Oliveira, Marco Antônio Benevides, Alcenir Monteiro, Osvaldo Mercês, Nilde Maria Fernandes de Sousa, Edila Rodrigues, Rafael Tadeu Lima, Carlos André Rodrigues, Claúdia Maués, Roberto Otávio Rodrigues, Maria de Fátima Santos de Oliveira e Clóvis Loureiro Junior. E tornando-se membros eleitos da primeira diretoria da Associação e da segunda Rádio Comunitária do Estado: Marcos Roberto da Silva e Sousa (Presidente: UMOJAM), Rafael Tadeu dos Santos Lima(Vice-Presidente:Cantor e Compositor), Alcenir do Nascimento Monteiro(Primeiro Secretário: Centro de Formação 17 de abril), Clóvis dos Santos Loureiro Junior( Segundo Secretário: Grupo Espírita Paulo de Tarso), Nilde Maria Fernandes Rodrigues de Sousa( Tesoureira: MMCC), José Ribamar Lira de Oliveira( Conselho Fiscal: do Conselho Escolar EEEFM”Maria Gabriela Ramos de Oliveira), Maria de Fátima Santos de Oliveira( Conselho Fiscal: Conselho Escolar da EEEFM”Maria Gabriela Ramos de Oliveira), Laércio Augusto Pires Marruáz( Conselho Fiscal: Corretor) e na suplência o senhor Osvaldo Barbosa das Mercês. A presidência da assembléia esteve a cargo do assessor parlamentar Roberto Otávio Rodrigues.


Compondo a segunda diretoria, foram eleitos e tomaram posse no dia 27 de janeiro de 2000 os seguintes membros: Nilde Sousa (Presidente), Marcos Sousa (Vice-Presidente), Claúdia Pires Maués (Primeira Secretária), Henrique Amoedo da Costa Neto(Segundo Secretário), Bruno Magno Sousa Neto(Tesoureiro) e conselho Fiscal: Lucidéia Cunha Paiva, Marlene Naoyo Abe, José Ribamar Lira de Oliveira e suplente Clóvis dos Santos Loureiro Junior.


Para o Professor de Sociologia Valdivino Cunha que é morador do Conjunto Maguari desde 1982 e participou dos movimentos sociais no conjunto em diversos momentos, iiniciou sua entrevista falando da “importância da comunicação, principalmente da mídia que hoje vem assumindo um perfil de manipulador e de massificação”. Segundo o referido Professor “...o surgimento das rádios comunitárias, que se deu no início da década de 80 por iniciativa dos movimentos sociais, para ir de encontro ao mecanismo de organização das programações de rádios que beneficiam as classes dominantes” e destaca o tamanho da importância das rádios comunitárias no país, como um movimento de oposição ideológica. Para Valdivino Cunha a “Rádio tem por objetivo apoiar os movimentos populares pela melhoria das condições sociais, econômica e culturais de nossa cidade e, desde sua inauguração, vem contando com uma programação variada, atendendo a diversas expressões comunitárias de nossa região e, de fato, dirigindo a sua programação no sentido de abraçar reclamos e anseios, que na prática nunca foram atendidos pelas emissoras comerciais. Pela freqüência 88,1 nossa comunidade pode pela primeira vez na história ouvir a sua própria voz”. Dessa forma, ressalta o Professor, que outro objetivo das rádios comunitárias é fazer com que os ouvintes tenham uma visão crítica em relação a sociedade, a diferença entre os dois tipos de comunicação se dá através da música, do locutor, etc., que fogem dos padrões, não mais fazendo uma comunicação voltada para o consumo, porém buscando a valorizar a comunidade que estão inseridos.


No conjunto Maguari, o movimento de rádio comunitária foi pioneiro na região metropolitana de Belém - Pará e surge na localidade em dezembro de 1997, sendo o Professor Valdivino Cunha, juntamente com os Professores Ribamar Oliveira e Marcos Souza os principais articuladores de sua implantação. Para o Professor Valdivino Cunha que ressalta “as dificuldades de implantar uma rádio comunitária, dentre os empecilhos encontra-se a de aprovação das mesmas, pela diretriz de uma emissora desse gênero ser de fazer uma comunicação diferenciada dos grandes grupos que existem, o interesse de congressistas e grupos de mídias atravancam o processo, justifica-se então dizer que implantar esse projeto foi uma ousadia por parte de seus articuladores”.


Na época da implantação o Conjunto Maguari passava por um momento de organização social e a rádio tornou-se um viés de grande utilidade para os movimentos sociais correntes no conjunto, a rádio comunitária no Brasil era muito recente, destaca o Professor, uma vez que o país emergia de um longo período ditatorial, ela se a constitui para contrapor as ideologias dominantes. Por ameaçar os poderes constituídos fazendo seus ouvintes adquirirem uma visão crítica da sociedade, a Rádio Cidade Livre constantemente virava um caso de polícia. O Professor nos conta que às vezes os articuladores da rádio, principalmente o Professor Marcos Souza, eram convidados a visitarem os aposentos da delegacia, por se recusarem a entregar os equipamentos da rádio para a Delegacia da Policia Civil de Icoaraci.


Durante os 10 anos de atuação da rádio comunitária no Conjunto Maguari, para garantir sua permanência, funcionou em diferentes pontos do conjunto, nas alamedas 17, 19, 4, 8 e 3. A programação abrangia um grande número de ouvintes. Cidade Livre não está mais no ar e ainda hoje muitos moradores questionam seu fim, que se deu em função de problemas ideológicos e políticos internos.


O Professor Valdivino Cunha termina sua fala ressaltando “o poder está presente na comunicação, pois o papel da mídia escrita, vista e ouvida é capaz de mudar gerações e pensamentos”.


Para o Professor de Sociologia da EEEFM “Maria Gabriela Ramos de Oliveira” Marcos Sousa “ a Rádio foi uma iniciativa de moradores e organizações comunitárias localizadas no Distrito Administrativo Benguí e coordenada pela Associação Popular de Radiodifusão Cidade Livre. “A Rádio Cidade Livre FM, operava em baixa potência pela freqüência 88,1 e estava sediada provisoriamente no Conjunto Jardim Maguari, em Belém”.


Para os professores, foi fundamental esse projeto para a comunidade, além da comunicação a rádio trabalhava com projetos sociais. Para ilustrar, temos o exemplo da manchete do Jornal Amazônia de 15 de agosto de 2000 que diz o seguinte :” Para incentivar o projeto das rádios comunitárias, a ONG para que trabalha com a educação popular, chamada Centro de Intercâmbio e Pesquisas Econômicas e Social – CIPES, capacita através de um curso que tem duração de cinco meses, cerca de 25 jovens, com idades entre 16 e 21 anos. Todos os jovens são moradores do Conjunto Maguari e vão aprender técnicas necessárias para se trabalhar em rádios comunitárias”.


E continua: ”Os cursos também fazem parte do projeto Comunicação e Cidadania, que é financiado pela Associação de Apoio ao Programa Capacitação Solidária. O coordenador geral do projeto, Marcos Souza, explica que os alunos aprenderam tudo a respeito do funcionamento de uma rádio, desde a criação e organização até os aspectos técnicos, de freqüência modulada, noções de rádio transmissão, dentre outros. E acrescenta: “ alguns alunos conseguiram até criar núcleos de produção, direção e locução. Noções do desenvolvimento do trabalho dentro de uma redação também foram dadas, juntamente com operação de áudio e programas jornalísticos, além das aulas de legislação e ética que não foram descartadas.”


Intitulada Rádio Comunitária Cidade Livre FM, o novo veículo de comunicação funcionou com questões de utilidade pública, entrevistas com artistas do bairro e abordagem dos problemas pequenos e complexos. “Além de veicular músicas com a “cara” da população do Maguari e adjacências , a idéia de Marcos Souza era engajar os jovens nas rádios e projetos que já existiam nos bairros da cidade , como exemplos, na Rádio Cidade Livre FM e também na Rádio FM Cidadania, no Bairro da Terra Firme.