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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

                                                                                        Ary Nemer e Vinícius Pacheco*

O projeto Música na Escola, que foi executado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Palmira Gabriel”, localizado na Rodovia Augusto Montenegro, em Icoaraci, periferia de Belém, foi idealizado pelos professores da escola: Carmem, de Geografia; Mônica, de Matemática; Selma, de Língua Portuguesa; Ribamar de Oliveira, de História e Estudos Amazônicos e Ary Nemer e Vinícius Pacheco de Artes; com apoio da Direção da Escola. Iniciado em setembro de 2004, para depois ser retomado em 2005.

Com o objetivo de levar aos alunos da escola a oportunidade do contato direto com a prática musical, pois, através dela, o aluno desenvolveu sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas artísticas produzidas por eles, pelos colegas e nas diferentes culturas.

O projeto abrangeu duas modalidades musicais: Canto Coral e Flauta Doce. Ficando o Canto Coral sob a responsabilidade das professoras Selma e Mônica e Flauta Doce com os professores Ary e Vinícius; ficando os professores Carmem e Ribamar responsáveis pelo apoio técnico.

Com relação à oficina de Flauta Doce, foram selecionados 20 alunos das 5ª séries do ensino fundamental, dos quais, 15 ficaram até o final, as aulas eram ministradas as terças e quintas, das 17h30min às 18h15min. As Flautas foram compradas pela escola e doadas aos alunos. O curso seguiu a seguinte metodologia: Conhecimento do instrumento, posição de segurar o instrumento, respiração, posição de notas, exercícios rítmicos e melódicos e ensaio do repertório que culminaram na execução de duas músicas (Jingle Bells e Anjos descem a Cantar), juntamente com a apresentação dos alunos de Canto Coral no dia 17 de dezembro de 2004.

Como falamos no início, a intenção era continuar o projeto durante o ano de 2005. Sendo que, para tal, precisaríamos de apoio da Secretaria Estadual de Educação, pois, para que o mesmo alcançasse seus objetivos, além de recursos financeiros, é necessário disponibilidade de tempo por parte dos professores envolvidos, o que acarretaria um retorno, em forma de carga horária para os mesmos. Fato esse que foi levado ao conhecimento da Gestora 13 ao qual pertence a escola, mas que, segunda a Gestora, a SEDUC não teria como atender a nossa solicitação. O que inviabilizou a continuidade do projeto até o presente momento

                                                                           * Professores de Artes da SEDUC          

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A MÚSICA DO MOVIMENTO SEM TERRA



Sem dúvidas, as músicas criadas para difundir os ideais de um dos maiores movimentos sociais do mundo, que é o Movimento Sem Terra, parecem questionar claramente alguns dos valores de nossa sociedade, pregando não apenas a Reforma Agrária , finalidade principal do movimento, demonstrada na canção “Bandeira da Vitória” de Tavares, mas também o fim da desigualdade, da pobreza, da fome, e da utilização do país para servir a interesses estrangeiros, como podemos observar na canção “Novo Amanhecer”, de Marcos e Adilson Monteiro, extraídas do livro “Sem Terra” – As músicas do MST, organizado pelo movimento com o apoio da Prefeitura de Porto Alegre.



Na música “Bandeira da Vitória”, o autor chama atenção para as dificuldades implicadas nas lutas do movimento e a conseqüentemente necessidade da união e fé entre os participantes para que a história possa ser modificada, bem como a importância de um engajamento onde o amor e fé estejam incluídos, como trata a letra: ” ( ...) Companheirada, uniremos nossas forças com amor, muita fé e sem preguiça(...)” .



Na letra “Novo amanhecer”, os autores falam sobre o cotidiano de fome, luta e trabalho do povo, trabalho este explorado pelos detentores do poder econômico e político, que acusam de serem indiferentes às dificuldades mencionadas. Falam ainda do sentimento de serem desvalorizados por aqueles que não sabem o significado do trabalho árduo e que levam uma vida sem tantas dificuldades. Terminam enfocando a questão da exploração das riquezas brasileiras pelos estrangeiros e a conseqüente infelicidade gerada por todas estas dificuldades..



Também temos a música “Funeral de um lavrador” onde o latifúndio é questionado ao sufocar sonhos e a esperança de uma vida melhor do trabalhador rural.



A luta pela terra também é visível na hora da morte. Neste momento, é dado o direito de uso, no entanto, é tirado do cidadão o direito de ter a possibilidade do pedaço digno da terra. Assim falam os compositores: não é cova grande, mas cova medida.





domingo, 28 de novembro de 2010

A MÚSICA NAS MISSÕES JESUÍTICAS



O tipo de música praticada entre os "índios" guaranis antes da chegada dos missionários não é bem conhecido por nós, mas acredita-se que era diferente em cada tribo com variações quanto ao uso a rituais e instrumentos utilizados, como ainda podes ser percebido, hoje em dia, no interior do Brasil e em suas fronteiras Oeste, Noroeste e Norte. O que se sabe, entretanto, é que para os "índios" a música possibilitava um elo com as forças mágicas da natureza.

Ao chegarem ao Brasil, com a finalidade de difundir a doutrina cristã, os missionários perceberam a sensibilidade e o interesse dos nativos pela música e, por este motivo, passaram a traduzir seus cânticos para a língua original, com o objetivo de atraí-los e tirá-los de uma condição que consideravam bárbara. Assim, a música era utilizada sempre nas festas e práticas religiosas e, uma vez que os primeiros homens demonstravam maior interesse por estas práticas do que pelas palavras dos jesuítas, estes procuravam realizá-las frequentemente, utilizando a música européia como forma de transmitir-lhes sua cultura, tirando-os da condição de ignorância em que acreditavam  encontrarem-se.

Os primeiros homens eram ensinados a construir instrumentos e a utilizá-los, no que se mostravam bastante talentosos. Preiss(1988) cita-os também como excelentes compositores, do que a maioria dos autores discorda, considerando-os apenas capazes de imitar perfeitamente, mas incapazes de compor músicas próprias e até mesmo, sem nenhuma habilidade criadora. É comprensível que, estimulados a tocar músicas de padrões bastante diferente dos originários de sua cultura, os primeiros homens não demonstrassem a mesma facilidade que demonstrariam para criar músicas dentro do estilo de sua cultura. A discriminação por parte de vários autores em relação à arte indígena fica evidente nas obras onde esta é estudada e considerada presente apenas a partir do momento da chegada dos missionários.