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domingo, 23 de maio de 2021

RODA CULTURAL

 









DOMINGO 23 DE MAIO


ESTAÇÃO CULTURAL DE ICOARACI


ATIVIDADE                                                                                             

HORÁRIO


APRESENTAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO                                                             

19 horas

Representantes da ADIC, SECULT, ORGANIZADORES.


PERFORMANCE                                                                                              

19 hs 15 min Fabrila Rocha e Ronald Luz 


LANÇAMENTO DE LIVROS                                                                               

19 hs 30 min

 “Educação na Amazônia em Repertórios de Saberes: Sistema de Organização Modular de Ensino” Organizadores: Marina de Sousa Costa, José Ribamar Lira de Oliveira e Sérgio Bandeira do Nascimento. 

“SOME: Educação no Campo da Amazônia Paraense” Autor: Arodinei Gaia de Sousa, publicado pela Editora AGS.


CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM O GRUPO GIRÂNDOLA                   

19 hs 45 min

Alci Santos e Katulo Gutierrez


LANÇAMENTO                                                                                                  

20 hs 15 min

Fórum de Cultura do Movimento Icoaraci de Novas Ideias 

      

MÚSICA POPULAR com Tony Lima                                                              

20 hs 30 min


ENCERRAMENTO DA PROGRAMAÇÃO                                                           

21 horas

Representantes dos Grupos Proponentes                                             

 EXTRAS:


1. CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE RECICLÁVEIS

Haverá um berg para arrecadação de garrafas e materiais recicláveis (COOPTRI – Cooperativa de Trabalho de Reciclagem de Icoaraci)


2. PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DOS MÚSICOS:


Néia das Maracas Encantadas -   Sábado e Domingo

Eduardo Branco e amigos percussionistas

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Programa Diálogos Livres (Tema: A Cultura Paraense)

 



Olá, gente!                                                          

                                                                                                                                                                                          

🔴 AO VIVO!


Dia 21/05/2021 (Sexta-feira), às 17 hrs, temos um encontro marcado.        


 Diálogos Livres é o canal de comunicação das redes sociais que debate temas de interesse da sociedade. Vamos ter um bate papo prazeroso, agradável e legal com os convidados.     

                            

Vamos conversar com o Professor, poeta e escritor Juraci Siqueira, Educador popular e técnico cultural Wagner Neves, Professor, cantor e compositor Ary Nemer e o Professor e poeta Silvio Dos Anjos sobre o tema  A Cultura Paraense .                    Com parcerias do Movimento Cabano de apoio às lutas pela autodeterminação dos povos - MOCAP e o Canal  YouTube Pororoca Cabana.

   

Mediador: Ribamar Oliveira

                                  

Transmissão pela nossa página no Facebook:                  

                                                                                                                                                       https://www.facebook.com/ribamarol

                                                                    

Esperamos vocês!   

                                                

Ribamar Oliveira

sábado, 6 de junho de 2020

Live Cultural do SOME







Bom dia, gente!   
                             

 🔴 AO VIVO!


Hoje, às 17h, temos um encontro marcado.



 Live Cultural: O SOME apresenta os Professores artistas da categoria é a mesa virtual de hoje e você não pode perder nosso bate-papo. Vamos conversar com o Prof. Dinei Gaia(SOME/Cametá), Prof. Uber Vox (SOME/Moju), Prof. Valdir Ribeiro (SOME/Concórdia do Pará) e o Prof. Edvaldo Vieira (Japão dos Teclados/SOME/Capitão Poço).


Mediadora: Profª. Ellen Marvão (SOME/Moju)


Transmissão pela nossa página no Facebook:


https://www.facebook.com/ellen.marvao/


https://www.facebook.com/sinteppestadual/


Esperamos vocês!


Profª. Ellen Marvão

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Manifestações Culturais e Religiosas no Estado do Pará - 2016






O blogueiro, aproveitando o período de recesso escolar, esteve na semana do Natal, em três municípios do Estado do Pará: Quatipuru, Salinópolis e Bragança. Estes localizados na região nordeste, onde a influência europeia é muito forte em algumas das principais manifestações culturais e religiosas, com a predominância do cristianismo em algumas atividades, assim como o sincretismo nas manifestações populares. 










Em Salinópolis,     o turismo e o pescado  são as principais fontes de arrecadações do     município hidromineral, com seus belos igarapés, balneários e lindas praias, como Atalaia e Corvina,      que encanta qualquer ser humano, 







Quatipuru e Bragança proporcionaram um excelente espetáculo de manifestação cultural e religiosos, com total apoio dos municípios e os outros ao redor,    como    Capanema,    Tracuateua,   Primavera, Bonito, Viseu, Santa Maria, Belém entre outros. A linda praia do Ajuruteua,  na Vila dos Pescadores, faz com que o homem esqueça o mundo.







Em Bragança, que é a festa maior, é coordenada pela Irmandade da Marujada de São Benedito, que foi fundada no dia três de setembro de 1798, com iniciativa de 14 escravos africanos que solicitaram aos seus senhores a autorização para organizarem uma Irmandade em homenagem ao seu protetor o Santo Preto, com a denominação de Irmandade do Glorioso São Benedito.






Para a renovação da fé e cultura religiosa dos devotos de São Benedito, a Irmandade tem uma programação anual, que inicia em setembro com atividades culturais e religiosas.







As atividades possuem elementos fundamentais, que tornam características das manifestações populares. Entre eles, temos a Marujada, onde a principal autoridade é a capitoa, que possui cargo vitalicio, onde seu principal papel é organizar e comandar as outras marujas. 






As festas foram abrilhantadas pelo grande número de fiéis, tanto em Quatipuru, quanto em Bragança que receberam grande fluxo de pessoas. 






Todas foram só sucessos.  Mais uma vivência para o blogueiro. No próximo ano, estarei repetindo a dose.























domingo, 14 de junho de 2015

III Festival de Cultura de Peixe Boi







Acontece, desde sexta-feira, o III Festival de Cultura de Peixe Boi, com a participação de várias atrações, empolgando os participantes e platéia.






Um dos grupos que participou, ontem, foi o grupo da terceira idade Sorriso do Idoso, da Vila de Cafezal, do município de Magalhães Barata, onde demonstrou o verdadeiro carimbó, de pau e corda, uma verdadeira cultura tradicional popular do povo paraense, fazendo com que a plateia entrasse em delírio.




Outro grupo importante, com destaque, foi o grupo de idosos de Santo Agostinho, de Belém, com a participação dos idosos, demonstrando algumas danças de nossa cultura, como: a Invernada Marajoara,  Marujada de Bragança e Carimbó.






Ontem, antes das apresentações tivemos,também, o cortejo do Boi de Ouro, nas ruas de Peixe Boi. O público de Peixe Boi absorveu o Festival e participou efetivamente da programação.








Neste momento, o grupo Pavulagem, de Belém, encerra o Festival, com o público lotando a praça, onde acontece as apresentações.













Nos intervalos, da programação do Festival, aproveitamos o belo banho, com água geladinha, na beira do rio. Um sucesso e meus parabéns aos organizadores.


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domingo, 4 de maio de 2014

Projeto Alternativo Arte Livre Maguari – PALMA









Em meado da década de 90, foi executado o Projeto Alternativo Arte Livre Maguari – PALMA, no conjunto residencial “Jardim Maguari”, sendo coordenado pela Associação dos Moradores do Conjunto Maguari – UMOJAM.






Em sua apresentação enfatiza que nos primeiros anos da década de 80, dava-se início a entrega das chaves das casas do Conjunto “Jardim Maguari”, localizado no Km 09, da Rodovia Augusto Montenegro. Este audacioso empreendimento imobiliário foi projetado distante do centro de Belém, afastado dos bairros populosos e consequentemente de seus problemas sociais. Pioneiro em residenciais do seu porte e da sua estrutura no município de Belém foi arquitetado para ser um residencial típico de uma “classe média” em ascensão, algo como uma cidadela que concentrasse num mesmo espaço físico-geográfico, estimado em mais de quatro quilômetros quadrados de conforto, comodidade, tranquilidade e segurança.






Construído em duas etapas pelas financeiras “Socilar” e “Vivenda”, atualmente ambas em liquidação. Este grandioso projeto nunca chegou a ser concluído. Pensado para acomodar 2.500 casas, diferenciadas em cinco padrões A, B, C D e, sendo os tipos A e B no padrão colonial, todas com amplos terrenos, distribuídas em trinta e três espaçosas alamedas e duas avenidas centrais, com “áreas livres” para projetos de quadras poliesportivas, mercado, escola, posto de saúde, praças, áreas verdes e espaços de lazer, muito disso ficou apenas no papel.







Historicamente projetado numa época de crise social, o “Conjunto Jardim Maguari”, cresce justamente com a insatisfação popular pelo “lento e gradual” processo de “redemocratização” político no Brasil, promovido pela ditadura militar. Esta insatisfação é demonstrada pela indignação popular na luta por justiças política, econômica e social. A construção do “Conjunto Jardim Maguari” que deveria ser destacada pela grandiosidade do empreendimento, foi marcada pela onda do movimento popular que assolava as principais capitais do Brasil. Desencadeando assim um processo de “ocupação” das casas do Conjunto em construção, caracterizado neste momento histórico pela bandeira popular da “Luta pelo Direito de Morar” e pela “reforma urbana”.





A partir desse momento o projeto de construção residencial “Jardim Maguari” muda de rota e transforma-se num palco de conflitos entre os ocupantes das casas e as financeiras Vivendas e Socilar, representadas pela Policia Militar. Neste período, é fundada em 07 de dezembro de 1983 a União dos Moradores do Jardim Maguari – UMOJAM, associação dos moradores que no início da sua fundação caracterizou-se pela luta de transporte, da escola e energia, mas destacando-se principalmente na “Luta pela Moradia”.  Em virtude disso, além das ocupações das casas do residencial, muitas “áreas livres” que eram destinadas a equipamentos comunitários e de lazer foram também ocupadas e as áreas que ainda hoje são preservadas livres não estão sendo utilizadas na forma de lazer comunitário como era o seu destino original.






Atualmente com mais de 3.500 famílias, algo em torno de 18 mil pessoas, se procurarmos as formas de lazer infanto-juvenil que são desenvolvidas no Conjunto Maguari, principalmente no horário noturno, veremos que a mesma é inexistente. A falta de espaços comunitários para a prática saudável do lazer leva grande número de adolescentes e jovens ao consumo de drogas, principalmente o álcool. Outros associam uma forma de “lazer perigoso” com a necessidade de autoafirmação pessoal, envolvendo-se em violência e marginalidade social.







Com a problemática da ocupação que assola, até hoje, a vida dos moradores do Conjunto Maguari, o mesmo tornou-se mais um dos palcos de concentração de problemas sociais das grandes cidades, tais como: faltam de saneamento adequado, dificuldades econômicas, ocasionando o desemprego e a falta de oportunidades educacionais e culturais, essenciais ao desenvolvimento de qualquer sociedade. Tais carências estruturais proporcionam um alto índice de violência por parte da crescente concentração de jovens, que sem perspectivas básicas educacionais, importantes para formação sociocultural de seu caráter, começam a prática quase que autodestrutiva atuando, principalmente em “gangs” de pichadores e de rua, que com frequência digladiam-se nas noites no Conjunto.





Percebendo a necessidade de alternativas nas áreas de lazer, esporte e atividades culturais e, ainda, observando possibilidades de construção de novos empreendimentos nos terrenos que foram preservados, ou seja, não ocupados e percebendo a escola como palco de novos projetos extraclasses e de envolvimento comunitário, a Associação dos Moradores do Conjunto Maguari – UMOJAM, gestão “Alternativa Popular”, teve a iniciativa de elaborar o Projeto Alternativo Arte Livre Maguari – PALMA, visando associar arte, lazer, esporte e educação popular ao cotidiano dos moradores do Conjunto Maguari, buscando, de sua dessa forma, melhorar a qualidade de vida de sua comunidade associado à construção da cidadania.


Na justificativa, o Projeto Alternativo Arte Livre Maguari – PALMA é construído a partir da análise e reflexão acerca das relações sociais que se reproduzem na sociedade capitalista. Este projeto nasce como uma forma alternativa de combater ao nível crescente de violência entre jovem do Conjunto Maguari. O PALMA nasce também como alternativa de combate a exclusão social de jovens e crianças que se veem obrigados a procurar espaços da rua para prostituírem-se ou nela viverem, ocasionados pela falta de políticas públicas que lhes possibilitem condições de desenvolver suas potencialidades, quer seja através de uma política educacional voltada à sua realidade, ou pela ausência de uma política de geração de emprego e renda a seus familiares.


Os conflitos familiares traduzidos pela relação autoritária, hierárquica e discriminatória entre pais e filhos, o abandono, descaso e banalização de princípios de solidariedade, igualdade, amizade e cooperação, promovidos pela grande mídia, também, são fatores causadores de malefícios sociais aos jovens.


É a partir desta análise que a Associação dos Moradores do Conjunto Maguari - UMOJAM, propõe a implantação e implementação do Projeto Alternativo Livre Maguari -PALMA, que obedecerá a um processo de criação de grupos de teatro, música, esporte, dança e artes plásticas, envolvendo crianças, jovens, adultos e idosos que desenvolverão atividades artísticas, esportivas e culturais através de oficinas, possibilitando, assim, a construção e reconstrução de práticas sociais vivenciados por homens e mulheres visando a transformação da sociedade baseada em princípios éticos e solidários.  


No objetivo geral, a UMOJAM com o PALMA, se propõe formar, a partir da arte, lazer, esporte e educação popular pessoas com senso crítico e potencialidades de serem verdadeiros atores sociais na construção da cidadania.  








                                                                                

sábado, 1 de março de 2014

São Joaquim de Ituquara (Baião): História e Memória - Parte II




                MITOS, LENDAS, CAUSOS E ASSOMBRAÇÕES.
                         
                              CAUSOS QUE O POVO CONTA

Parece-nos que nenhum estado brasileiro é tão rico em lendas, mitos e causos como o Pará. Sem nenhuma pesquisa a esse respeito, arriscamos a dizer que essa riqueza tem tudo a ver com a região amazônica, até porque, grande parte de suas lendas tem como pano de fundo a floresta, e as águas, riquezas maiores dos povos Amazônidas que se opõe a cidade, sem contar que para a Amazônia migraram inúmeros escravos e com eles vieram suas ricas culturas, mitos e lendas.                   

SEQUESTRADOR CURUPIRA E OUTROS CAUSOS

E assim, conta-se que na Vila de Cararí tem um primo meu que morava na cidade, e foi passar um tempo lá com nós, chegando lá ele resolveu ir passear na fazenda do senhor chamado Lutero, e então quando chegaram lá eles começaram conversar, eles tinham um filho naquela época, de mais ou menos cinco anos, eles conversando esqueceram a criança que brincava no terreno da casa, quando chegou a hora de ir embora chamaram pela criança e perceberam que ela já não estava mais lá. Foi um Deus-nos-acuda e começou-se a procurar a criança por toda a parte até dentro da mata, lá, eles acharam somente a camisa dele. Então eles foram buscar ajuda, trouxeram um pastor e os amigos pra ajudar procurar a criança, e seu pai desesperado fez um trato com Deus: que se encontrasse o filho ele dirigia um culto na casa dele. Feito a promessa, quando eles estavam procurando o menino, a curupira se transformava em boi, cavalo em vários bichos, segundo o menino quando encontrado, ele, o curupira, colocava pau no ouvido dele pra ele não ouvir o pessoal chamar.

O menino foi encontrado depois de 20 dias, bem magrinho. Ele contou que a curupira só dava comida crua pra ele. Depois a família dele foi embora porque ela não parava de persegui-lo.                                

                                           A LENDA DO BOTO
     
                                         CAUSOS DE MEU AVÔ

 A lenda do boto é uma das mais conhecidas lendas amazônicas. Segundo essa lenda, o boto, nas noites de lua cheia aparece nos bailes ribeirinhos na forma de um moço belo,          bonito e sedutor, vestido de roupa branca e um chapéu de palha na cabeça que encantas as meninas, seduzindo e levando-as á beira dos igarapés ou rios. Tempos depois, a mocinha aparece grávida, do boto (Prof. Valdivino Cunha)

Meu avô, ele é um dos antigos dos moradores da Vila. Ele conta uma história de um amigo dele. Aconteceu assim: Ele fala que uma mulher conhecida como dona Virturina mulher do amigo chamado Antônio Aragão. Sua mãe dizia - filha não desça para o rio quando estiver menstruada por que o boto pode “malinar”( fazer o mau sexualmente) com você.

Um belo dia, quando sua mãe foi para a roça com seu marido, então Virturina pegou a roupa que estava suja e foi lavar no rio. Nesse dia ela estava menstruada. Então ela ficou de costa para rio e ai foi “coberta” pelo boto. Passaram-se alguns e meses depois ela descobriu que estava “grávida do boto”. Chegando a hora de dar a luz ao bebê, chamou uma parteira que se deparou com um fato inédito e pavoroso, pois, ao invés de crianças, a parteira via isto sim, dois botinhos. Ai a parteira pegou uma bacia e colocou os dois botinhos dentro, e depois espirrou leite materno para eles, a parteira chamou o marido da mulher e mandou levar até o rio e deixá-lo na água.

         Chegando lá na beira do rio, ele queria matar os botinhos, foi quando deu choque, era o pai do botinho que não queria que o homem matasse. Então a mãe todo dia tinha que levar leite para eles. Eles foram crescendo e crescendo e  num dia qualquer eles desapareceram rio a fora e nunca, mas sua mãe os viu e o pai nunca se conformou com isso. Depois o meu pai também ficou com medo de ir ao rio por causa do boto, para ele não “malinar” com ele. Esta estória se passou a com cinquenta anos mas ainda está viva na vida do povo daquela comunidade.

                               O PARAISO NO INFERNO

         Conta uma morador que tempos atrás, quando vinha da colônia morar em Ituquara, não tinham casa, então alugaram uma casa num lugar chamado Paraíso, mais ali não tinha nada de paraíso estava mais pra inferno.       Ao cair da noite, conta o morador, a minha família não dormia, porque tinha uma parte do quintal que era um pimental bem velho, lá a gente ouvia choro de crianças recém-nascidas, vozes, gritos, quando ficava só uma ou duas pessoas na casa, alguma coisa vinha e começava a bater na parede e janelas e eu sou crente e começava a orar e cantar, e aquilo ai acalmando, até que arrumamos outra casa e fomos morar noutro local. Nunca ninguém soube explicar o que era aquilo, alguns diziam que era uma mulher grávida que foi enterrada lá.

                                         
                                                     GALINHA CHOCA

         Eu, Ribeiro, trabalhava como enfermeiro na comunidade de Ituquara-Pa. Eu não tinha parceiro de trabalho, trabalhava só, fazendo atendimento domiciliar.  Certo dia fui fazer um atendimento na Rua Tancredo Neves bairro do Pica Pau. Era mais ou menos uma hora da manhã, quando subi porque ainda morava na beira rio, me perturbavam: tu não tem medo? E eu respondia, não tenho motivo pra ter medo, mas alguém me disse que por aquelas bandas havia uma galinha choca, que aparecia no canto do campo do Vasco, bem perto do pé de jarana e do jatobaseiro.

        Mesmo assim não desisti, tinha que vir e atender um paciente. Ao retornar, ouvi piados de pintos no suposto campo, perto das árvores, aí lembrei-me do que me disseram, e fiquei parado esperando a galinha fazer côa côa côa, e a galinha não fez, então foquei com a lanterna que tinha na mão, pensando em vê-la  e não vi nada, se não uma touceira de Mombaça, então concluir, é a visagem da galinha choca. 

                                   COMPANHEIRO FANTASMA

         Dizem que na Vila de Mangabeira, no município de Mocajuba, a margem do rio Tocantins, os pescadores que saíssem para pescar na noite de sexta-feira era obrigado a ter uma noite de escravo. Então todos temiam à tal noite.

         Quando alguém se atrevia sair ganhava um companheiro fantasma muito pesado. Que se assentava num dos bancos da canoa, e perguntava:
- A água está enchendo?
Se o pescador falasse sim o fantasma dizia:
- Então rema contra a maré.
Quando a água vazava o companheiro fantasma dizia:
- Dobra a canoa e continua remando contra, e assim acontecia a noite toda.        
Quando estava pra amanhecer o fantasma dizia:

- Deixa-me no mesmo lugar que embarquei. Justamente no porto do atrevido pescador. E o mesmo subia, sem peixe sem camarão e sem o couro da mão.                                    








                                           CULTURA E LAZER



CARNAVAL ITUQUARENSE (LICAI)



O Carnaval, ao contrário do que se possa imaginar, tem ligações diretas com a religiosidade, é o período que segundo a Igreja Católica, antecede momentos de reflexões interiores que é a Páscoa.  O Carnaval é uma das marcas da alegria do povo brasileiro, se assemelha em termos de identificação do povo brasileiro, com o samba ou futebol.

 O Carnaval dentre as outras festividades de Ituquara é uma das mais animadas, há quatro anos ele se tornou mais organizado. Antes algumas pessoas se fantasiavam (os homens de mulher e as mulheres de homem) e saiam dançando, pulando e cantando pelas ruas até altas horas da noite, há quatro anos como já haviamos citado ficou mais organizado e melhor, agora é um Carnaval constituído por quatro blocos, são eles: Unidos do São Pedro, Império Ituquarense, Siri na Vara e Vem que Tem, que se apresentam na Avenida Tancredo Neves, com direito a carro alegórico e tudo, após termino das apresentações acontece a festa que é todo mundo junto cada um com o abadá de seu bloco dançando e se divertindo junto sem rivalidade ou algo do tipo.



O Carnaval de Ituquara é o mais animado do município de Baião, todos os anos o Prefeito vem acompanhar a festividade assim como pessoas de vários outros lugares são três dias: o 1º dia todo mundo se reúne para o aquecimento e apresentação das rainhas de cada bloco, no 2º dia é o dia que todos os blocos se apresentam e no 3º dia é o dia da despedida, todo mundo de abadá pulando, dançando, se divertindo. Enfim são três dias de muita folia, harmonia, cerveja e alegria.
                                                      
                                                                

BLOCOS CARNAVALESCOS DE ITUQUARA
NOME DO BLOCO
PRESIDENTE
ABADÁ



Império Ituquarense



Evaldo e Arlene




Unidos do São Pedro




Francisco Teixeira
                                          
                                   





Siri na Vara




Pedro Diono



  



Vem que Tem





Beira-rio




                                                         
                                                                
                                                              
DIA DE REIS



O dia de reis é uma brincadeira em homenagem ao nascimento do menino Jesus, pois nesse dia três reis magos foram a sua procura para adorá-lo, cada um desses reis carregavam consigo um presente para o menino Jesus que eram incenso, mirra e ouro. Para encontrá-lo eles seguiram uma estrela que brilhava muito no céu. Para comemorar pessoas saem fantasiadas na noite de reis, rainha e pastores, cantando e tocando de casa em casa todos os anos no período do meio de dezembro ao começo de janeiro desde década de 50 até os dias atuais.        



                    FESTIVIDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO


Essa festividade foi criada no inicio do século, mais precisamente em 1910, por Raimundo Leão Almeida, Senhor Cardoso e Raimundo da Silva. As primeiras festividades ocorreram no mês de dezembro, começando no dia 23 e terminando no dia 31. Após cinquenta anos, passou a ser festejado no mês de outubro, perdurando até os dias atuais.

Pensaram os promotores da festa nessa época, que os lucros seriam maior em virtude ser o período de produção na região. Como já diz o nome, é em homenagem a Nª Sª. do Rosário, que acontece no bairro Beira-Rio, funciona assim: no 1º dia acontece a transladação que é quando a imagem sai da Igreja acompanhada de alguns fiéis até o destino que ela ficará guardada até o próximo dia que acontece o Círio, após caminhar várias ruas até chegar à igreja de Nossa Senhora do Rosário acontece o levantamento do mastro (o mastro é um pedaço de pau que mede mais ou menos três metros de comprimento e que vários fiéis o carregam durante todo o percurso até chegar a Igreja onde eles o levantam e ficará até terminar a festividade). Após isso, tem a venda de comidas típicas no barracão da Igreja, até as 19h00min horas, porque 19h30min começa a missa.

 Cada noite tem um responsável pela celebração da missa, por exemplo: a 1ª noite é da Catequese e do Dizimo, 2ª noite é do bairro do São Pedro, a 3ª noite é dos Aposentados, a 4ª noite é das Mulheres, 5ª noite é da C.C. (comunidade cristã) do Matacurá e Açaizal, a 6ª noite é dos Funcionários, a 7ª é da C.C. de São Joaquim, a 8ª noite e da C.C. do Alto Apei, Cebolal, Igarapé Seco, a 9ª noite e última é dos jovens.

                                         
                                                          
Cada noitada dessas tem o responsável por organizar tudo, na última noite tem o desfile das bonecas com o objetivo de arrecadar fundos para a Igreja, antes todas as noites após as missas tinham festas, mas como havia muita confusão foi proibido, até porque era uma coisa errada, agora é tudo em prol da Igreja.

                     
                                          
QUADRILHA


A Quadrilha Ituquarense, teve duas fases: a tradicional ou antiga, e a contemporânea. A tradicional ou antiga foi uma quadrilha criada aqui pelos antigos moradores de Ituquara mais precisamente pelo Senhor Benedito Ferreira, nessa quadrilha tradicional eles traziam uma forma de ritual de plantio demonstrando o seu trabalho e também era uma coisa mais baseada na fé, na religião tanto que antes de dançar quadrilha eles faziam uma novena em homenagem a São Tomé que é o padroeiro dos trabalhadores rurais, então era uma coisa mais baseada na realidade do povo naquela época na década de setenta. Após passar alguns anos, uma ituquarense que morava em Belém desde menina chamada Senhora Iolete Aragão volta a morar em Ituquara, na década de oitenta e trás consigo uma quadrilha mais contemporânea que visava mais a competição, a beleza das roupas, e continha passos mais coreografados, mais ensaiados, era uma quadrilha muito bonita e organizada e se tornou tradição de Ituquara, essa quadrilha chamava-se "Triunfo na Roça", todo mês junino essa quadrilha competia aqui e ganhava pela sua beleza e organização, segundo alguns relatos de antigos moradores, foi essa quadrilha que levou a evolução para Tucuruí, também, pois lá era uma quadrilha na linha mais tradicional. Com o tempo, elas foram amadurecendo e procurando novas coreografias, logo foram perdendo a tradição que possuíam, hoje em dia são outras que não são tão organizadas ou tradicionais, mais mesmo assim continua sendo uma cultura ituquarense, ou seja, nossa.

                                                                        
SABIÁ


O Sabiá veio para Ituquara pela Dona Maria de Lourdes por volta de 1960 e a partir de então existe até os dias atuais. A história do Sabiá acontece quando um caçador mata o pássaro, mais a rainha não gosta e manda os soldados irem prendê-lo mais ele se revolta e eles não conseguem; então a rainha manda os índios prendê-lo e eles o prendem; porém a irmã do caçador é criada da rainha e intercede pelo irmão, ela vai então atrás do médico para ele fazer uma operação no Sabiá, mais ele diz que o pássaro não está morto e manda à mulher procurar a fada, ela vai atrás da fada que dá um remédio pro Sabiá, mais precisa de uma injeção e quem tem é a enfermeira, mais a enfermeira só da à injeção se o caçador dançar com ela, e então ele dança e ai a enfermeira da à injeção para o Sabiá ele retorna a cantar, satisfeita a rainha solta o caçador que promete que nunca mais vai matar nada, e essa é a história do Sabiá.
                                               
SÃO JOAQUIM


A festividade de São Joaquim, na localidade de Ituquara, começou após a povoação da parte de cima da Vila, a festa é em homenagem ao santo que é padroeiro do lugar, já faz muito tempo que ocorre essa festa, pois não se tem uma data exata, mas pode se considerar uma tradição, pois essa festa existe até os dias atuais, ela funciona como a festa de Nossa Senhora do Rosário, ou seja, primeiro a transladação depois o Círio e depois as noitadas que é: a 1ª noite é da catequese e do dizimo, 2ª noite é do bairro do São Pedro, a 3ª noite é dos aposentados, a 4ª noite é das mulheres, 5ª noite é da C.C. (comunidade cristã) do Matacurá e Açaizal, a 6ª noite é dos funcionários, a 7ª é da C.C. de São Joaquim, a 8ª noite e da C.C. do Alto Apei, Cebolal, Igarapé Seco, a 9ª noite e ultima e dos jovens, cada noitada dessas tem o responsável por organizar tudo, na ultima noite tem o desfile das bonecas com o objetivo de arrecadar fundos para a igreja.


                                                            
SEMANA ESTUDANTIL ITUQUARENSE



A semana estudantil é uma competição de quatro ou mais times, são eles Shelsea, São Paulo, Panelinha e Vasco. Atualmente são esses os times, porém antes eram outros times: São Pedro, Beira-Rio, Euro, Vasfla, Pica-Pau e Tropicália; eles não estão mais na semana por que muitos dos representantes foram embora ou mudaram de times. A semana estudantil consiste em várias modalidades de esportes tanto masculinos como femininos, como: Futsal, futebol de areia, futebol, vôlei de quadra e areia, natação, canoagem, salto a distância, corrida de 100 metros, maratona, sinuca, dama, todas essas modalidades acontecem ao decorrer da semana e no último dia ocorre o Show de calouros, disputa de danças e desfile das misses de cada time, ao termino dos desfiles eles contam os pontos de cada time e apontam o vencedor da semana. A semana estudantil ocorre há 24 anos em todos os meses de julho desde 1990 até os dias atuais.


VITALZINHO

O cantor Vital Dutra Aragão mais conhecido como Vitalzinho, que já canta há dez anos e canta desde os 23 anos de idade até os dias atuais, disse que logo no começo quando ele olhava outros cantores se apresentar, achava-os legal e certo dia o Senhor Benedito Pantoja mais conhecido como "Biricão" ouviu ele e gostou da sua voz, e desde então o incentivou a cantar tanto que ele se apresentou na "Banda Astro" que é do seu “Biricão” e depois cantou fixamente com a "Banda Boca Livre" de Baião e "Planeta Fest". Atualmente a música pra ele é como se fosse um hobby, e tem como profissão a marcenaria e canta nas horas vagas. Ele adora cantar e sonha em alcançar uma banda mais evoluída, quando já estiver uma coisa mais concreta deseja gravar um CD com suas próprias músicas, já que também compõe, ele canta em todo o município baionense e gosta muito de cantar em Ituquara, porém gosta mesmo de cantar em Tucuruí, e pretende cantar por muitos e muitos anos e segundo ele enquanto tiver voz estará animando a rapaziada.


 A Vila de São Joaquim de Ituquara, segundo alguns moradores da comunidade, dispõem de poucos pontos de lazer. Entre esses pontos pesquisados pela equipe responsável, foram destacados três: Ginásio Poliesportivo Gamaliel, Estádio Aranha Neto e o Rio Tocantins. 
                    
O Ginásio Poliesportivo Gamaliel pertence à Escola Municipal de Ensino Fundamental Gamaliel. Foi construído na gestão do atual Prefeito Municipal Professor Nilton Lopes de Farias. Sua construção teve início no mês de junho de 2012, e, no dia 26 de maio de 2013 foi realizada sua inauguração com a presença de muitos membros da comunidade, representantes políticos locais e do município de Baião.

Segundo observação dos alunos pesquisadores o Ginásio é um dos únicos locais da comunidade com uma estrutura coberta que pode oferecer momentos de lazer para crianças, adolescentes e adultos. A partir das programações que são realizadas no local, como os campeonatos, torneios, festas juninas, gincanas, entre outras atividades que estimulem a comunidade de participar dos eventos.

É um espaço disponível às programações da Escola Gamaliel, mas que também atende todas as escolas existentes na comunidade, além de estar disponível para os praticantes e simpatizantes do futsal três dias na semana, proporcionando lazer por meio de atividades físicas contribuindo para a saúde de muitas pessoas.

Outro local escolhido pela equipe que pesquisou as principais áreas de lazer é o Estádio Aranha Neto.
  
O Estádio Aranha Neto é uma propriedade particular pertencente ao Pastor Salustiano Neto. O campo de futebol foi inaugurado a mais ou menos seis anos atrás. Mas ou menos entre o período de 2008 a 2011. O Estádio Aranha Neto foi um espaço de construção e desenvolvimento de muitos princípios. Organizado pelo Pastor para o desenvolvimento de um projeto por nome Bom de Bola, Bom na Escola que tinha como objetivo avaliar os atletas dentro do campo e dentro da escola.

Atualmente é um dos campos de futebol com boas condições de receber atletas para realizações de jogos no final de tarde, torneios e campeonatos. Esse espaço pode atender a comunidade na modalidade futebol de campo tanto para distração com os amigos, como atividade mais longa de competição, mas, para que aconteçam essas ações é preciso à colaboração dos participantes e, o recurso adquirido é para manter o campo em boas condições de uso.

Segundo a pesquisa realizada pelos alunos, um dos maiores pontos de lazer na Vila de São Joaquim de Ituquara é o Rio Tocantins.

O Rio Tocantins faz parte da paisagem natural da Vila de São Joaquim de Ituquara. Está presente na cultura, na produção econômica, nas histórias da comunidade. Dispõe de uma grandeza fundamental para a vida dos moradores locais. É um ponto de referência para a comercialização local, encontro de famílias e amigos.

                                                       
 O Rio é um lugar de encontro de sábios e fiéis pescadores. Na época da cheia durante o período da chuva mesmo com a proibição da pesca nos períodos do defeso, muitas pessoas tornam a atividade mais como lazer. O Rio atrai muitas pessoas para a sua margem onde a realização de simples tarefas do dia a dia podem se tornar atividades de lazer como, por exemplo, um banho nas águas do Tocantins, uma caminhada nas margens ao nascer ou no entardecer do dia.

 Suas margens e algumas praias são muitas frequentadas no mês de julho e outubro, tanto pelos moradores da comunidade, como por visitantes. É um lugar de contemplação, de admiração do pôr-do-sol, de muitos encontros, diversão de pessoas apaixonadas pela completude do rio.

É um lugar dinâmico, e segundo uma moradora da comunidade “Deveríamos desenvolver um olhar diferenciado para o rio, com maior comprometimento, respeito e amor. Contribuir para a preservação e manutenção da sua vida. Descortinar a essência do Rio Tocantins para a Vila de São Joaquim de Ituquara”.                                                                    
Assim, os lugares de lazer pesquisados pela equipe, segundo os membros da comunidade, a Vila de São Joaquim de Ituquara está carente em relação a lugares que tenham sido construídos com essa finalidade que possa atender pessoas de todas as idades. Por exemplo, não encontramos nem um espaço construído com objetivo de oferecer lazer às pessoas de terceira idade. Foi observado pelo grupo, que muitas pessoas com idade avançada junto aos amigos se divertem jogando dominó nos finais de tarde em pequenas bancas, em alguns locais na localidade.