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sexta-feira, 7 de março de 2014

São Joaquim de Ituquara (Baião): História e Memória - Parte V



Parte de coleta de dados, parcial, realizada com alunos das turmas da 1ª série "A" e "B" e 2ª série "A" e "B", na localidade de São Joaquim de Ituquara, no município de Baião, durante reposição de aulas, nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, pelo Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME.

 Em comemorações ao Dia Internacional da Mulher, que será amanhã, dia 08, estamos postando. Viva o dia Internacional da Mulher, que são todos os dias.


                       MULHERES EM ITUQUARA: Saberes e Memórias

Relações de Gêneros

O papel da mulher depois que se estabeleceu a sociedade privada, se foi tratada     de maneira inferiorizada, basta que recorramos à história da Grécia Antiga que mesmo no apogeu da democracia ateniense, foi reservado à mulher na hierarquia masculina     um papel inferior. No caso brasileiro, somente a partir da década de 30 é que   a    mulher passou a ter direito a votar e essa submissão é imposta até hoje, onde além      de   ser menosprezada socialmente, sofre diversos tipos de discriminação e violência, seja    ela psicológica moral ou física cantada em prosa e verso onde uma letra cantada   e   muito cantada nas rádios décadas atrás diz: “Amélia que era mulher de verdade, Amélia   não tinha a menor vaidade, achava bonito não ter o que comer aquilo sim é que era mulher” Os relatos a seguir tornam-se fundamentais à medida que revelam um pouco da cultura construída ao longo de um processo de formação histórica e geográfico-espacial; assim como abordam questões que precisam ser refletidas por toda sociedade em relação aos saberes e suas experiências vividas e adquiridas.                      
       
A História de dona Amélia, que não é a mesma da música, nos relata sobre o seu passado, que ela passou muitas dificuldades principalmente de água que era preciso carregar no balde do igarapé para casa e subir uma ladeira enorme para poder chegar a casa com água. O alimento que precisavam caçar no mato ou ir para o rio pra ter o que comer, eles precisavam de arpão e caçavam de armas que eles mesmos faziam, quanto a roupa era preciso comprar o pano que era ruim e muito caro, eles não tinham emprego fixo.

                                             

                                D. Maria Amélia com as alunas Regiane e Adriele


O material escolar eles não tinham, eram as mães que faziam para seus filhos, e a educação que era muito ruim, porque não tinha professor e nem escola adequada para estudar, a saúde não era boa não tinha posto de saúde no lugar que eles moravam, ela ia para o mato para buscar lenha para fazer fogo, tudo isso aconteceu foi no passado dela, ela falou que foi muito sofrido nessas partes da vida dela.

A respeito do marido dela, ele nunca a maltratou ela, sempre que ele podia ajudava no que podia, e em geral as pessoas daquela época achavam que o sustento da casa deveria depender apenas dos homens. Por isso só eles deveriam trabalhar fora de casa, à responsabilidade das esposas era cuidar da casa e dos filhos e hoje em dia não, as mulheres conseguiram trabalhar fora de casa e conseguiram seu próprio sustento, e não dependem só  do homem.

Atualmente, o mundo é mais fácil, o estudo, a alimentação, a saúde entre outros. A mulher tem emprego, ajuda o marido na roça, nas despesas e é reconhecida como uma “batalhadora”, “guerreira” por ter passado muitas  coisas ruins e chegar onde está.  Ela é respeitada por todos, principalmente pelos homens que sempre a ajudaram. Para exemplificarmos a importância da mulher na sociedade brasileira temos uma representante feminina comandando nosso país, a Presidente Dilma Rousseff.
                                                                     

               A Srª Paula Gonçalves Morais, afirma que as coisas naquela época eram muito diferentes , quando eu fiquei moça, a minha mãe falava tu não vai, e não era pra ir, mas eu não obedecia eu falava que eu ia, e eu ia quando eu queria ir pra festa eu pedia pra mamãe e ela falava pede pro teu pai e eu pedia pra ele, se ele falasse não, era não. Quando eu queria ir pra festa e eles não deixavam, eu deixava os dois dormirem, e fugia pra festa, e gostava muito de dançar, quando eu chegava a casa eu apanhava muito. Ai me envolvi com um rapaz e engravidei dele mas ele não quis assumir nós, então a mamãe falou que ia me amparar, mas se eu procurasse outro filho eu ia me virar. E depois que eu tivesse o filho eu tinha que trabalhar, a mamãe me maltratou muito, sofri, mas com o tempo eu arrumei marido, naquela época nós passávamos muita dificuldade, porque nós não tínhamos uma casa boa pra morar, era feita de madeira e coberta de palha e tinha dia que tinha que comer e tinha dia que não tinha, eu era dona de casa. A diferença daquele tempo pro dia de hoje, era a juventude porque naquele tempo não era violento como agora que as filhas não respeitam os pais, e hoje em dia não tem respeito como naquele tempo, e já existia o direito da mulher, porque quando o homem separava da mulher, todo o bem material do homem ia ser tudo da mulher, e naquela época não era bom, era mais difícil, porque não tinha socorro em relação à doença. Muitas pessoas morriam por falta de médico pra socorrer, para descobrir alguma doença. O meu marido bebia e me batia, teve uma vez que ele bebeu e me botou pra correr, queria me bater e eu corri só de bermuda. A relação entre pais e os filhos era boa, os filhos obedeciam nós morava na colônia e não tinha quase pra onde sair nós dependia do timbuí (Tipo de cipó que tece paneiro, vassoura, covo: pega tracajá), da farinha, do milho, do arroz, da banana, da abóbora, do leite de maçaranduba e carvão que nós tirávamos para vender.


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As alunas Lucilene e Devanilse  e a informante


Conversamos com a senhora Sime  sobre sua vida, ela nos disse que é muito boa. Porque ela tem uma família tem seus objetivos concretizados, mas enfrentou muitos obstáculos na vida ela era uma excelente professora, agora se aposentou é independente  tem com que se  sustentar.

A relação com seu esposo é muito importante para ela. Porque já estão muitos anos casados, ela é uma pessoa bastante conhecida aqui em Ituquara porque foi uma ótima Professora, ela é uma senhora muito querida e respeitada. O estudo foi muito importante na vida dela, por isso ela diz para nós alunos que temos de estudar para sermos alguém e mais não jogue seus sonhos fora você nunca sabe o que pode ser é só você querer e confiar em si mesmo e em Deus, que ele sempre guarda você.

E como ela dizia tinha um sonho de ser Professora e ela ia conseguir chegar lá confiantemente e se tornou uma excelente pessoa.
                                                           
Ela tem uma banda de música que construiu com sua força de vontade, a banda pra ela foi muito bom porque nem se passava pela cabeça que chegasse ao ponto ela vai a Igreja, rezar pedir a Deus pra dizer o quanto é grata por tudo que faz e fez por ela e pela gente porque tudo que Deus faz é bom. Diz que conhece tantos lugares, pessoas maravilhosas e especiais na vida dela. Ela tem muito orgulho da vida que tem e da família que é muito importante pra ela essa é um pouco da história de uma grande mulher lembrada por várias pessoas, mas ela disse que não é fácil você conseguir o que quer, pra ter o que você quer, precisa correr atrás, precisa enfrentar os obstáculos da vida tem que ser forte, se um dia você cair levante de cabeça erguida, tem coisas na vida que não pode deixar de sonhar porque quando menos esperar acontece. Essa pessoa é conhecida como Dona Sime e como todos nós chamamos. Foi um pouco de sua história.

Dona Maria sim, sofreu muito. Ela nos conta que dificuldade que passou foi de trabalho, de fome, roupas, calçada e muitas outras coisas, como por exemplo, eu não usava carvão e muito menos gás, usava somente a lenha. ’’

Sofreu muito na mão do seu marido, mas disse que agora não é mais aquela boba que era antes, já sabe se defender, pois já existe a lei que protege as mulheres. “Eu não sou mais obrigada pelo meu marido a cuidar da casa, mas durante os meus filhos tiverem comigo eu sempre vou cuidar deles e até hoje com ajuda de Deus.”
                                                           
Grande parte dessas informações nos permite refletir sobre os saberes, imaginários, representações e práticas sociais cotidianas, a saber: A mulher desempenha várias funções: de mulher, de mãe e às vezes do pai. D. Amélia relaciona uma dessas funções “que ela passou muitas dificuldades principalmente de água que era preciso carregar no balde do igarapé para casa e subir uma ladeira enorme para poder chegar a casa com água. O alimento que precisavam caçar no mato ou ir para o rio pra ter o que comer, eles precisavam de arpão e caçavam de armas que eles mesmos faziam”. Na função de mãe “O material escolar eles não tinham, eram as mães que faziam para seus filhos”.  São funções que demonstram as condições sociais e tipos de trabalho que essas pessoas desenvolveram e/ou desenvolvem como frisa D. Maria: “eu não usava carvão e muito menos gás, usava somente a lenha”, ou a Professora Sime “que enfrentou muitos obstáculos na vida ela era uma excelente professora, agora se aposentou é independente tem com que se sustentar.”.

É visível o destaque dos valores morais como o respeito, em relação ao marido e aos filhos, D. Amélia nos fala do seu marido “ele nunca a maltratou, sempre ele ajudava no que podia”. Ao contrário de D. Amélia, D. Maria “Sofreu muito na mão do seu marido, mas disse que agora não é mais aquela boba que era antes, já sabe se defender, pois já existe a lei que protege as mulheres“. Em relação aos filhos, D. Paula Gonçalves, nos diz “A relação entre pais e os filhos era boa, os filhos obedeciam nós morava na colônia” e continua “A diferença daquele tempo para o dia de hoje, era a juventude porque naquele tempo não era violento como agora que as filhas não respeitam os pais, e hoje em dia não tem respeito como naquele tempo”. Contudo nem todas concordam com padrões vigentes da época como relata D. Paula “Quando eu queria ir pra festa e eles não deixavam, eu esperava os dois dormirem, e fugia pra festa, e gostava muito de dançar, quando eu chegava a casa eu apanhava muito”.
                                                                                                                 

Portanto, as denuncias sociais também foram surgindo no decorrer das falas das nossas informantes, como falta de escolas, postos de saúde, falta de saneamento básico, problemas estruturais que permanecem até hoje. Nossos governantes locais deveriam olhar com mais responsabilidades e governar para o povo. 

domingo, 2 de março de 2014

São Joaquim de Ituquara (Baião): História e Memória - Parte III




                                                     

Dando continuidade ao trabalho de levantamentos de dados pesquisados, de forma parcial, , pelos alunos de Ensino Médio Modular, sobre diversos temas, na localidade de São Joaquim de Ituquara, no município de Baião. Eis dois temas interessantes: Saúde e Religiões, que levantaram debates em vários seminários.

                                                     SAÚDE


A questão da saúde pública no Brasil seja na Vila Ituquara, ou no Distrito Federal, é precaríssima, em que pese o Sistema Único de Saúde- SUS, ser um dos programas de saúde pública no mundo, a saúde é um problema crônico que os governos não conseguem atender dignamente a população, em especial, a população mais baixa, uma vz que as classes média e alta possuem seus sistemas de saúde privados, através dos planos de saúde.


        


Na comunidade de Ituquara, no ano de 2008 foi fundada a Unidade de Saúde na Vila de São Joaquim de Ituquara, contendo 15 funcionários, entre estes quatro técnicos de enfermagem e dois médicos, com o apoio da população, incluindo também as melhorias da equipe NASPE (fisioterapeuta, assistente social, terapia ocupacional nutricionista médico e atendimento de plantão).                                                       
                                                          
                                                           
A Unidade de Saúde foi também fundada e apoiada pela Sra. Benedita do Pilar (conhecida como Jandira) que na época trabalhava na Prefeitura Municipal de Baião, exercendo cargo de Prefeita na cidade, com apoio do vice Nilton Lopes de Farias. Nessa Unidade trabalham médicos que vieram de outros países, como Bolívia e Cuba. A boliviana Daise e o cubano Jaile, que atendem pessoas com doenças que afligem boa parte da população de Ituquara, chegaram para amenizar a ausência dos médicos no interior. 

As doenças mais comuns que atacam as crianças de zero a seis anos de idade são (verminose, diarreia e vomito). Em 2013 houve também cinco casos de desnutrição em crianças com mesma idade. De acordo com as informações de Leila de Fátima Gaia dos Reis (coordenadora administrativa da mesma) cerca de 70% das mulheres tiveram gravidez precoce em 2007, sendo que esse percentual caiu em 2013 pra 50%. Essa gravidez ocorre em mulheres jovens com a idade de 15 e 17 anos. No ano de 2012 houve caso de pessoas detectado com câncer no estômago causado pela má alimentação, esse tipo de doença houve apenas um caso grave, o contrario da hepatite “A” que foi detectado dois casos em crianças, ocasionados pela água.                            
                                              
 Houve morte causada por doenças muito grave que é o caso do câncer e o AVC (Acidente Vascular Cerebral). No ano de 2015 a virose foi detectada em quase toda a população, sendo que no inicio de 2014 ainda não houve esse problema. De acordo com a Coordenadora Administrativa da Unidade, diz que  a população de São Joaquim de Ituquara para ter uma base de saúde total é preciso trabalhos preventivos, palestras nas escolas e um trabalho mais esforçado dos Agentes Comunitários Familiar - ACF, sendo que seu trabalho é ir à busca de pessoas doentes pra fazer o acompanhamento familiar. 
                                                                        
Doenças como Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST aconteceram três casos que foi a sífilis, mas todos com tratamento. Doença como dengue e AIDS não foram detectados mais sim uma suspeita de dengue. A diabetes teve 45 casos em pessoas à cima de 45 anos. Serviços NASP: Atender a população com as necessidades físicas (obesos, crianças com deficiências auditivas, fonólogos desnutrição, crianças com Síndrome Down e etc..) palestra, caminhada, tratamento com nutricionista são o que eles oferecem para os obesos.
                                
 Falando ainda sobre a questão da gravidez, conforme nos mostraram os dados, há um elevado índice de adolescentes que ficam gravidas precocemente, o que requer uma atenção especial por parte dos pais, mães, autoridades em saúde pública e educadores de uma maneira geral, pois, a gravidez precoce tem tudo a ver com o nível de escolaridade dos pais e das próprias adolescentes, falta de políticas públicas voltadas a esse público juvenil, além de educação e esclarecimento incisivo sobre essa questão. Hoje, diferentemente de anos atrás, as adolescentes que ficam grávidas precocemente, de uma maneira geral, sabem que existem mecanismos contraceptivos, como o uso do preservativo, o que lhes falta são ações de conscientização, educação sexual na escola e em casa, só assim diminui-se esse elevado índice de gravidez precoce, que trás sérios danos ao futuro dessas jovens e desses jovens.


                                               RELIGIÕES


O povo brasileiro é um dos mais religiosos do mundo, notadamente a vertente cristianistica, incluindo aqui católicos e protestantes, além das religiosidades trazidas pelos escravos africanos que veio enriquecer o sincretismo religioso brasileiro, portanto, a religião seja ela evangelísticas e católicas são por demais fortes entre nós. Nas vilas e cidades interioranas a questão de religiosidade nos parece mais acentuada em função da dinâmica sociocultural.                 


                                                       
                                          IGREJA PRESBITERIANA

O primeiro templo da Igreja Presbiteriana em São Joaquim de Ituquara surgiu na parte “Baixa” (Beira rio) onde mais ou menos se localizava o antigo Posto Médico.  Em virtude de grande fluxo de pessoas chegando, foi possível construir um novo Templo na parte “Alta” da Vila. Outro Templo foi construído, onde hoje é localizado o Templo Central. Essa Igreja de São Joaquim de Ituquara é a mais antiga do Tocantins.
                                          
O primeiro obreiro foi o Senhor Luiz Jardim, um dos primeiros a trazer o Evangelho Presbiteriano para a localidade, logo em seguida veio também como um dos obreiros desta Igreja José Severino, depois Manoel Caldas, missionário Santinho, que veio da Comunidade de Pirranopam remando para nossa Vila, o obreiro Antenor Freitas, Feliciano, o Pastor Davi que veio de Tucuruí, com sua família residindo por seis anos nesta localidade e o Pastor Salustiano Aranha Neto. Atualmente, a Igreja está sem missionário, sendo seus cultos dirigidos pelos próprios membros da Congregação.

                                                           
                                                     IGREJA BATISTA

A Igreja Batista em Ituquara foi fundada aproximadamente vinte anos atrás pelo missionário João Câncer Damasceno que veio da cidade de Tucuruí, com o objetivo não de fundar o ministério Batista, mas sim de trabalhar nas atividades agrícolas, como lavrador. Mas chegando à Vila de São Joaquim de Ituquara, foi induzido a fundar a nova religião na comunidade.

Pela responsabilidade da primeira Igreja Batista de Tucuruí, sendo esse membro da mesma, passou a expandir e desenvolver o seu trabalho como evangélico, missionário e social, onde propôs e é reconhecida também como uma das maiores Igrejas dentro da localidade.                             
                                                       
                                        
                                                             
                                 IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS

O primeiro missionário da Assembleia de Deus foi o Senhor Tarcísio.  No ano de 1984, veio responsável de fundar uma espécie de ponto de pregação e quem pregava era o evangelista José Lopes de Leão, em 1985, logo após veio o evangelista José de Ribamar, em 1986, que deu continuação às pregações dos evangelistas anteriores. Os primeiros cultos foram realizados na casa do Senhor Daniel Gaia, que cedeu sua residência para realizações dos mesmos.
  
Os primeiros membros da Igreja Assembleia de Deus em Ituquara foram Daniel Gaia, Benedita Gaia, Nazaré de Souza, Ambrósio Gaia, Maria Lúcia Gaia, Dica Gaia, Manuel Benedito entre outros.

O primeiro Pastor foi Ézio de Oliveira que chegou ao final da década de 80, vindo logo em seguida o Pastor Antônio Siqueira. No ano de 1996, chegaram o Pastor Raimundo Santos e logo em seguida Joel Vieira Queiroz.

O primeiro templo era de madeira, que ficava localizada na Beira Rio. O segundo templo já era de alvenaria que teve início na gestão do Pastor Joel Queiroz e sendo concluído na administração do Pastor Edivaldo Ribeiro. A Igreja Assembleia de Deus tem sua atuação e história de quase três décadas em Ituquara.  

                      CENTRO EVANGÉLICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Foi fundada em 10 de junho de 1996, por um grupo de irmãos e pelo idealizador da Associação Pastor Joel, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus (vale lembrar que esse grupo de irmão é conhecido, como sócios fundadores).

Esta Associação é liderada por seu atual presidente Pastor Edivaldo Ribeiro dos Santos juntamente com uma Diretoria composta por vice-presidente, tesoureiros e secretários. A função da Associação é prestar serviços sociais e educacionais aos seus associados. Além das suas funções, este centro evangélico trouxe, por exemplo: o aumento da produção da agricultura familiar, visto que houve uma fomentação da economia na localidade, como as saídas de muitas pessoas que viviam na sociedade.

A Associação não tinha recursos financeiros para se manter, além de regularizar a documentação em dia, essas foram às dificuldades mais problemáticas encontradas. O Centro Evangélico de Assistência Social - CEAS superou seus problemas e hoje está cheio de projetos e um deles é a implementação de uma escola de Teologia, mas falta entrar em convênio com alguma instituição ou empresa para que essa ideia possa amadurecer. Também existe a possibilidade de seus associados serem contemplados para o financiamento do plantio de alguma cultura, como é o caso da pimenta do reino. Além dos benefícios para Ituquara, à Associação já alcançou muitas conquistas, uma delas é o financiamento através do Banco da Amazônia para o cultivo da pimenta do reino.

E na opinião dos entrevistados a maioria das Associações de Ituquara está deixando de existir, muitas pessoas se reúnem através do associativismo rural ou cooperativo apenas pra colocar a mão no dinheiro que o Banco tem liberado através do FNO (Fundo do Norte), a verdade é que os associados e presidentes das Associações não tem autonomia para ir buscar recursos, e muitos não sabem o instrumento de poder que se pode ter, enfim, tudo isso acaba por incentivar o comodismo da agricultura paraense.

A cultura é inerente ao ser humano. Só nós entre todos os animais, possuímos cultura e esses fatos aliados ao outros, nos coloca anos-luz distante dos demais animais. A cultura é um modo de ser e de agir de um povo. Não há cultura superior ou inferior, não há como mensurar, somente os etnocêntricos veem sua cultura como superior, não há sentido, querem apenas impor suas culturas que julgam superiores, sem ser.                         

sábado, 1 de março de 2014

São Joaquim de Ituquara (Baião): História e Memória - Parte II




                MITOS, LENDAS, CAUSOS E ASSOMBRAÇÕES.
                         
                              CAUSOS QUE O POVO CONTA

Parece-nos que nenhum estado brasileiro é tão rico em lendas, mitos e causos como o Pará. Sem nenhuma pesquisa a esse respeito, arriscamos a dizer que essa riqueza tem tudo a ver com a região amazônica, até porque, grande parte de suas lendas tem como pano de fundo a floresta, e as águas, riquezas maiores dos povos Amazônidas que se opõe a cidade, sem contar que para a Amazônia migraram inúmeros escravos e com eles vieram suas ricas culturas, mitos e lendas.                   

SEQUESTRADOR CURUPIRA E OUTROS CAUSOS

E assim, conta-se que na Vila de Cararí tem um primo meu que morava na cidade, e foi passar um tempo lá com nós, chegando lá ele resolveu ir passear na fazenda do senhor chamado Lutero, e então quando chegaram lá eles começaram conversar, eles tinham um filho naquela época, de mais ou menos cinco anos, eles conversando esqueceram a criança que brincava no terreno da casa, quando chegou a hora de ir embora chamaram pela criança e perceberam que ela já não estava mais lá. Foi um Deus-nos-acuda e começou-se a procurar a criança por toda a parte até dentro da mata, lá, eles acharam somente a camisa dele. Então eles foram buscar ajuda, trouxeram um pastor e os amigos pra ajudar procurar a criança, e seu pai desesperado fez um trato com Deus: que se encontrasse o filho ele dirigia um culto na casa dele. Feito a promessa, quando eles estavam procurando o menino, a curupira se transformava em boi, cavalo em vários bichos, segundo o menino quando encontrado, ele, o curupira, colocava pau no ouvido dele pra ele não ouvir o pessoal chamar.

O menino foi encontrado depois de 20 dias, bem magrinho. Ele contou que a curupira só dava comida crua pra ele. Depois a família dele foi embora porque ela não parava de persegui-lo.                                

                                           A LENDA DO BOTO
     
                                         CAUSOS DE MEU AVÔ

 A lenda do boto é uma das mais conhecidas lendas amazônicas. Segundo essa lenda, o boto, nas noites de lua cheia aparece nos bailes ribeirinhos na forma de um moço belo,          bonito e sedutor, vestido de roupa branca e um chapéu de palha na cabeça que encantas as meninas, seduzindo e levando-as á beira dos igarapés ou rios. Tempos depois, a mocinha aparece grávida, do boto (Prof. Valdivino Cunha)

Meu avô, ele é um dos antigos dos moradores da Vila. Ele conta uma história de um amigo dele. Aconteceu assim: Ele fala que uma mulher conhecida como dona Virturina mulher do amigo chamado Antônio Aragão. Sua mãe dizia - filha não desça para o rio quando estiver menstruada por que o boto pode “malinar”( fazer o mau sexualmente) com você.

Um belo dia, quando sua mãe foi para a roça com seu marido, então Virturina pegou a roupa que estava suja e foi lavar no rio. Nesse dia ela estava menstruada. Então ela ficou de costa para rio e ai foi “coberta” pelo boto. Passaram-se alguns e meses depois ela descobriu que estava “grávida do boto”. Chegando a hora de dar a luz ao bebê, chamou uma parteira que se deparou com um fato inédito e pavoroso, pois, ao invés de crianças, a parteira via isto sim, dois botinhos. Ai a parteira pegou uma bacia e colocou os dois botinhos dentro, e depois espirrou leite materno para eles, a parteira chamou o marido da mulher e mandou levar até o rio e deixá-lo na água.

         Chegando lá na beira do rio, ele queria matar os botinhos, foi quando deu choque, era o pai do botinho que não queria que o homem matasse. Então a mãe todo dia tinha que levar leite para eles. Eles foram crescendo e crescendo e  num dia qualquer eles desapareceram rio a fora e nunca, mas sua mãe os viu e o pai nunca se conformou com isso. Depois o meu pai também ficou com medo de ir ao rio por causa do boto, para ele não “malinar” com ele. Esta estória se passou a com cinquenta anos mas ainda está viva na vida do povo daquela comunidade.

                               O PARAISO NO INFERNO

         Conta uma morador que tempos atrás, quando vinha da colônia morar em Ituquara, não tinham casa, então alugaram uma casa num lugar chamado Paraíso, mais ali não tinha nada de paraíso estava mais pra inferno.       Ao cair da noite, conta o morador, a minha família não dormia, porque tinha uma parte do quintal que era um pimental bem velho, lá a gente ouvia choro de crianças recém-nascidas, vozes, gritos, quando ficava só uma ou duas pessoas na casa, alguma coisa vinha e começava a bater na parede e janelas e eu sou crente e começava a orar e cantar, e aquilo ai acalmando, até que arrumamos outra casa e fomos morar noutro local. Nunca ninguém soube explicar o que era aquilo, alguns diziam que era uma mulher grávida que foi enterrada lá.

                                         
                                                     GALINHA CHOCA

         Eu, Ribeiro, trabalhava como enfermeiro na comunidade de Ituquara-Pa. Eu não tinha parceiro de trabalho, trabalhava só, fazendo atendimento domiciliar.  Certo dia fui fazer um atendimento na Rua Tancredo Neves bairro do Pica Pau. Era mais ou menos uma hora da manhã, quando subi porque ainda morava na beira rio, me perturbavam: tu não tem medo? E eu respondia, não tenho motivo pra ter medo, mas alguém me disse que por aquelas bandas havia uma galinha choca, que aparecia no canto do campo do Vasco, bem perto do pé de jarana e do jatobaseiro.

        Mesmo assim não desisti, tinha que vir e atender um paciente. Ao retornar, ouvi piados de pintos no suposto campo, perto das árvores, aí lembrei-me do que me disseram, e fiquei parado esperando a galinha fazer côa côa côa, e a galinha não fez, então foquei com a lanterna que tinha na mão, pensando em vê-la  e não vi nada, se não uma touceira de Mombaça, então concluir, é a visagem da galinha choca. 

                                   COMPANHEIRO FANTASMA

         Dizem que na Vila de Mangabeira, no município de Mocajuba, a margem do rio Tocantins, os pescadores que saíssem para pescar na noite de sexta-feira era obrigado a ter uma noite de escravo. Então todos temiam à tal noite.

         Quando alguém se atrevia sair ganhava um companheiro fantasma muito pesado. Que se assentava num dos bancos da canoa, e perguntava:
- A água está enchendo?
Se o pescador falasse sim o fantasma dizia:
- Então rema contra a maré.
Quando a água vazava o companheiro fantasma dizia:
- Dobra a canoa e continua remando contra, e assim acontecia a noite toda.        
Quando estava pra amanhecer o fantasma dizia:

- Deixa-me no mesmo lugar que embarquei. Justamente no porto do atrevido pescador. E o mesmo subia, sem peixe sem camarão e sem o couro da mão.                                    








                                           CULTURA E LAZER



CARNAVAL ITUQUARENSE (LICAI)



O Carnaval, ao contrário do que se possa imaginar, tem ligações diretas com a religiosidade, é o período que segundo a Igreja Católica, antecede momentos de reflexões interiores que é a Páscoa.  O Carnaval é uma das marcas da alegria do povo brasileiro, se assemelha em termos de identificação do povo brasileiro, com o samba ou futebol.

 O Carnaval dentre as outras festividades de Ituquara é uma das mais animadas, há quatro anos ele se tornou mais organizado. Antes algumas pessoas se fantasiavam (os homens de mulher e as mulheres de homem) e saiam dançando, pulando e cantando pelas ruas até altas horas da noite, há quatro anos como já haviamos citado ficou mais organizado e melhor, agora é um Carnaval constituído por quatro blocos, são eles: Unidos do São Pedro, Império Ituquarense, Siri na Vara e Vem que Tem, que se apresentam na Avenida Tancredo Neves, com direito a carro alegórico e tudo, após termino das apresentações acontece a festa que é todo mundo junto cada um com o abadá de seu bloco dançando e se divertindo junto sem rivalidade ou algo do tipo.



O Carnaval de Ituquara é o mais animado do município de Baião, todos os anos o Prefeito vem acompanhar a festividade assim como pessoas de vários outros lugares são três dias: o 1º dia todo mundo se reúne para o aquecimento e apresentação das rainhas de cada bloco, no 2º dia é o dia que todos os blocos se apresentam e no 3º dia é o dia da despedida, todo mundo de abadá pulando, dançando, se divertindo. Enfim são três dias de muita folia, harmonia, cerveja e alegria.
                                                      
                                                                

BLOCOS CARNAVALESCOS DE ITUQUARA
NOME DO BLOCO
PRESIDENTE
ABADÁ



Império Ituquarense



Evaldo e Arlene




Unidos do São Pedro




Francisco Teixeira
                                          
                                   





Siri na Vara




Pedro Diono



  



Vem que Tem





Beira-rio




                                                         
                                                                
                                                              
DIA DE REIS



O dia de reis é uma brincadeira em homenagem ao nascimento do menino Jesus, pois nesse dia três reis magos foram a sua procura para adorá-lo, cada um desses reis carregavam consigo um presente para o menino Jesus que eram incenso, mirra e ouro. Para encontrá-lo eles seguiram uma estrela que brilhava muito no céu. Para comemorar pessoas saem fantasiadas na noite de reis, rainha e pastores, cantando e tocando de casa em casa todos os anos no período do meio de dezembro ao começo de janeiro desde década de 50 até os dias atuais.        



                    FESTIVIDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO


Essa festividade foi criada no inicio do século, mais precisamente em 1910, por Raimundo Leão Almeida, Senhor Cardoso e Raimundo da Silva. As primeiras festividades ocorreram no mês de dezembro, começando no dia 23 e terminando no dia 31. Após cinquenta anos, passou a ser festejado no mês de outubro, perdurando até os dias atuais.

Pensaram os promotores da festa nessa época, que os lucros seriam maior em virtude ser o período de produção na região. Como já diz o nome, é em homenagem a Nª Sª. do Rosário, que acontece no bairro Beira-Rio, funciona assim: no 1º dia acontece a transladação que é quando a imagem sai da Igreja acompanhada de alguns fiéis até o destino que ela ficará guardada até o próximo dia que acontece o Círio, após caminhar várias ruas até chegar à igreja de Nossa Senhora do Rosário acontece o levantamento do mastro (o mastro é um pedaço de pau que mede mais ou menos três metros de comprimento e que vários fiéis o carregam durante todo o percurso até chegar a Igreja onde eles o levantam e ficará até terminar a festividade). Após isso, tem a venda de comidas típicas no barracão da Igreja, até as 19h00min horas, porque 19h30min começa a missa.

 Cada noite tem um responsável pela celebração da missa, por exemplo: a 1ª noite é da Catequese e do Dizimo, 2ª noite é do bairro do São Pedro, a 3ª noite é dos Aposentados, a 4ª noite é das Mulheres, 5ª noite é da C.C. (comunidade cristã) do Matacurá e Açaizal, a 6ª noite é dos Funcionários, a 7ª é da C.C. de São Joaquim, a 8ª noite e da C.C. do Alto Apei, Cebolal, Igarapé Seco, a 9ª noite e última é dos jovens.

                                         
                                                          
Cada noitada dessas tem o responsável por organizar tudo, na última noite tem o desfile das bonecas com o objetivo de arrecadar fundos para a Igreja, antes todas as noites após as missas tinham festas, mas como havia muita confusão foi proibido, até porque era uma coisa errada, agora é tudo em prol da Igreja.

                     
                                          
QUADRILHA


A Quadrilha Ituquarense, teve duas fases: a tradicional ou antiga, e a contemporânea. A tradicional ou antiga foi uma quadrilha criada aqui pelos antigos moradores de Ituquara mais precisamente pelo Senhor Benedito Ferreira, nessa quadrilha tradicional eles traziam uma forma de ritual de plantio demonstrando o seu trabalho e também era uma coisa mais baseada na fé, na religião tanto que antes de dançar quadrilha eles faziam uma novena em homenagem a São Tomé que é o padroeiro dos trabalhadores rurais, então era uma coisa mais baseada na realidade do povo naquela época na década de setenta. Após passar alguns anos, uma ituquarense que morava em Belém desde menina chamada Senhora Iolete Aragão volta a morar em Ituquara, na década de oitenta e trás consigo uma quadrilha mais contemporânea que visava mais a competição, a beleza das roupas, e continha passos mais coreografados, mais ensaiados, era uma quadrilha muito bonita e organizada e se tornou tradição de Ituquara, essa quadrilha chamava-se "Triunfo na Roça", todo mês junino essa quadrilha competia aqui e ganhava pela sua beleza e organização, segundo alguns relatos de antigos moradores, foi essa quadrilha que levou a evolução para Tucuruí, também, pois lá era uma quadrilha na linha mais tradicional. Com o tempo, elas foram amadurecendo e procurando novas coreografias, logo foram perdendo a tradição que possuíam, hoje em dia são outras que não são tão organizadas ou tradicionais, mais mesmo assim continua sendo uma cultura ituquarense, ou seja, nossa.

                                                                        
SABIÁ


O Sabiá veio para Ituquara pela Dona Maria de Lourdes por volta de 1960 e a partir de então existe até os dias atuais. A história do Sabiá acontece quando um caçador mata o pássaro, mais a rainha não gosta e manda os soldados irem prendê-lo mais ele se revolta e eles não conseguem; então a rainha manda os índios prendê-lo e eles o prendem; porém a irmã do caçador é criada da rainha e intercede pelo irmão, ela vai então atrás do médico para ele fazer uma operação no Sabiá, mais ele diz que o pássaro não está morto e manda à mulher procurar a fada, ela vai atrás da fada que dá um remédio pro Sabiá, mais precisa de uma injeção e quem tem é a enfermeira, mais a enfermeira só da à injeção se o caçador dançar com ela, e então ele dança e ai a enfermeira da à injeção para o Sabiá ele retorna a cantar, satisfeita a rainha solta o caçador que promete que nunca mais vai matar nada, e essa é a história do Sabiá.
                                               
SÃO JOAQUIM


A festividade de São Joaquim, na localidade de Ituquara, começou após a povoação da parte de cima da Vila, a festa é em homenagem ao santo que é padroeiro do lugar, já faz muito tempo que ocorre essa festa, pois não se tem uma data exata, mas pode se considerar uma tradição, pois essa festa existe até os dias atuais, ela funciona como a festa de Nossa Senhora do Rosário, ou seja, primeiro a transladação depois o Círio e depois as noitadas que é: a 1ª noite é da catequese e do dizimo, 2ª noite é do bairro do São Pedro, a 3ª noite é dos aposentados, a 4ª noite é das mulheres, 5ª noite é da C.C. (comunidade cristã) do Matacurá e Açaizal, a 6ª noite é dos funcionários, a 7ª é da C.C. de São Joaquim, a 8ª noite e da C.C. do Alto Apei, Cebolal, Igarapé Seco, a 9ª noite e ultima e dos jovens, cada noitada dessas tem o responsável por organizar tudo, na ultima noite tem o desfile das bonecas com o objetivo de arrecadar fundos para a igreja.


                                                            
SEMANA ESTUDANTIL ITUQUARENSE



A semana estudantil é uma competição de quatro ou mais times, são eles Shelsea, São Paulo, Panelinha e Vasco. Atualmente são esses os times, porém antes eram outros times: São Pedro, Beira-Rio, Euro, Vasfla, Pica-Pau e Tropicália; eles não estão mais na semana por que muitos dos representantes foram embora ou mudaram de times. A semana estudantil consiste em várias modalidades de esportes tanto masculinos como femininos, como: Futsal, futebol de areia, futebol, vôlei de quadra e areia, natação, canoagem, salto a distância, corrida de 100 metros, maratona, sinuca, dama, todas essas modalidades acontecem ao decorrer da semana e no último dia ocorre o Show de calouros, disputa de danças e desfile das misses de cada time, ao termino dos desfiles eles contam os pontos de cada time e apontam o vencedor da semana. A semana estudantil ocorre há 24 anos em todos os meses de julho desde 1990 até os dias atuais.


VITALZINHO

O cantor Vital Dutra Aragão mais conhecido como Vitalzinho, que já canta há dez anos e canta desde os 23 anos de idade até os dias atuais, disse que logo no começo quando ele olhava outros cantores se apresentar, achava-os legal e certo dia o Senhor Benedito Pantoja mais conhecido como "Biricão" ouviu ele e gostou da sua voz, e desde então o incentivou a cantar tanto que ele se apresentou na "Banda Astro" que é do seu “Biricão” e depois cantou fixamente com a "Banda Boca Livre" de Baião e "Planeta Fest". Atualmente a música pra ele é como se fosse um hobby, e tem como profissão a marcenaria e canta nas horas vagas. Ele adora cantar e sonha em alcançar uma banda mais evoluída, quando já estiver uma coisa mais concreta deseja gravar um CD com suas próprias músicas, já que também compõe, ele canta em todo o município baionense e gosta muito de cantar em Ituquara, porém gosta mesmo de cantar em Tucuruí, e pretende cantar por muitos e muitos anos e segundo ele enquanto tiver voz estará animando a rapaziada.


 A Vila de São Joaquim de Ituquara, segundo alguns moradores da comunidade, dispõem de poucos pontos de lazer. Entre esses pontos pesquisados pela equipe responsável, foram destacados três: Ginásio Poliesportivo Gamaliel, Estádio Aranha Neto e o Rio Tocantins. 
                    
O Ginásio Poliesportivo Gamaliel pertence à Escola Municipal de Ensino Fundamental Gamaliel. Foi construído na gestão do atual Prefeito Municipal Professor Nilton Lopes de Farias. Sua construção teve início no mês de junho de 2012, e, no dia 26 de maio de 2013 foi realizada sua inauguração com a presença de muitos membros da comunidade, representantes políticos locais e do município de Baião.

Segundo observação dos alunos pesquisadores o Ginásio é um dos únicos locais da comunidade com uma estrutura coberta que pode oferecer momentos de lazer para crianças, adolescentes e adultos. A partir das programações que são realizadas no local, como os campeonatos, torneios, festas juninas, gincanas, entre outras atividades que estimulem a comunidade de participar dos eventos.

É um espaço disponível às programações da Escola Gamaliel, mas que também atende todas as escolas existentes na comunidade, além de estar disponível para os praticantes e simpatizantes do futsal três dias na semana, proporcionando lazer por meio de atividades físicas contribuindo para a saúde de muitas pessoas.

Outro local escolhido pela equipe que pesquisou as principais áreas de lazer é o Estádio Aranha Neto.
  
O Estádio Aranha Neto é uma propriedade particular pertencente ao Pastor Salustiano Neto. O campo de futebol foi inaugurado a mais ou menos seis anos atrás. Mas ou menos entre o período de 2008 a 2011. O Estádio Aranha Neto foi um espaço de construção e desenvolvimento de muitos princípios. Organizado pelo Pastor para o desenvolvimento de um projeto por nome Bom de Bola, Bom na Escola que tinha como objetivo avaliar os atletas dentro do campo e dentro da escola.

Atualmente é um dos campos de futebol com boas condições de receber atletas para realizações de jogos no final de tarde, torneios e campeonatos. Esse espaço pode atender a comunidade na modalidade futebol de campo tanto para distração com os amigos, como atividade mais longa de competição, mas, para que aconteçam essas ações é preciso à colaboração dos participantes e, o recurso adquirido é para manter o campo em boas condições de uso.

Segundo a pesquisa realizada pelos alunos, um dos maiores pontos de lazer na Vila de São Joaquim de Ituquara é o Rio Tocantins.

O Rio Tocantins faz parte da paisagem natural da Vila de São Joaquim de Ituquara. Está presente na cultura, na produção econômica, nas histórias da comunidade. Dispõe de uma grandeza fundamental para a vida dos moradores locais. É um ponto de referência para a comercialização local, encontro de famílias e amigos.

                                                       
 O Rio é um lugar de encontro de sábios e fiéis pescadores. Na época da cheia durante o período da chuva mesmo com a proibição da pesca nos períodos do defeso, muitas pessoas tornam a atividade mais como lazer. O Rio atrai muitas pessoas para a sua margem onde a realização de simples tarefas do dia a dia podem se tornar atividades de lazer como, por exemplo, um banho nas águas do Tocantins, uma caminhada nas margens ao nascer ou no entardecer do dia.

 Suas margens e algumas praias são muitas frequentadas no mês de julho e outubro, tanto pelos moradores da comunidade, como por visitantes. É um lugar de contemplação, de admiração do pôr-do-sol, de muitos encontros, diversão de pessoas apaixonadas pela completude do rio.

É um lugar dinâmico, e segundo uma moradora da comunidade “Deveríamos desenvolver um olhar diferenciado para o rio, com maior comprometimento, respeito e amor. Contribuir para a preservação e manutenção da sua vida. Descortinar a essência do Rio Tocantins para a Vila de São Joaquim de Ituquara”.                                                                    
Assim, os lugares de lazer pesquisados pela equipe, segundo os membros da comunidade, a Vila de São Joaquim de Ituquara está carente em relação a lugares que tenham sido construídos com essa finalidade que possa atender pessoas de todas as idades. Por exemplo, não encontramos nem um espaço construído com objetivo de oferecer lazer às pessoas de terceira idade. Foi observado pelo grupo, que muitas pessoas com idade avançada junto aos amigos se divertem jogando dominó nos finais de tarde em pequenas bancas, em alguns locais na localidade.