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segunda-feira, 10 de março de 2025

Dia Internacional de Lutas das Mulheres

 

Mulher 


             I


Seja sincera e amada/

Simplesmente querida/

Mesmo com toda essa lida/

Que custa caro essa jornada. 


                II

Neste dia especial/

Desejo felicidade e alegria/

Que hoje seja um excelente dia/

E uma data crucial. 


                  III

Com certeza vamos comemorar/

Pra todos e todas lembrar/

Com vocês mulheres, eu possa me inspirar/

E assim também celebrar. 


                      IV

Fico até tarde à poetizar/

Com as ideias a sistematizar/

Organizar e otimizar/

Com vocês mulheres, fico à me alegrar. 




História das Mulheres 


              I


Esta história não são só delas/

Pertence  também a família,  a criança,  ao trabalho,  a mídia e a literatura/

É a história do seu corpo, sexualidade  e da violência/

Hoje é dia de refletir essa leitura. 


            II


As imagens das mulheres são sublimes/

No século passado ganham visibilidades/

Sejam com livros e manifestos/

Todos e todas conhecem suas realidades. 


           III


Abordar o cotidiano das mulheres e suas práticas femininas/

Umas seriam boas: mães e esposas/

Outras seriam odiadas e perseguidas: As feiticeiras, lésbicas, rebeldes, anarquistas, prostitutas e loucas/

Por isso conto essas prosas.



Mulher 


              I


Tratar de mulher é tratar de empoderar/

Buscar reviver a luta feminina conquistada/

É entender os direitos adquiridos que são cerceados e negados/

É fortalecer uma sociedade não recatada. 


          II


Falar de mulher hoje em seu dia/

É buscar fortalecer a independência feminina/

Tudo em processo de evolução/

Lutando pela melhor solução. 


          III


Questionar políticas públicas para mulheres/

Faz parte de fazer lutar/

Todos juntos e juntas/

Para melhor comemorar.



Mulher 


          I


Mulher,  sinceramente,  Mulher/

Mulher que luta e guerreira/

Quando entende o mundo/

Já não faz qualquer besteira. 


              I I


Começa a se dedicar a aprender/

Quando aprende, faz para familiares e sociedade/

Ampliando seus horizontes/

Ninguém tem piedade.


            III


Quando casa, tem trabalho,  filhos e marido/

Caminha tudo junto/

Tem que arrumar casa,  passar ferro e ajeitar a família/

As vezes esquece dela em algum momento.

sexta-feira, 8 de março de 2024

Às mulheres no Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME




Nesta data, oito de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, nós professores do SOME, queremos também prestar nossas homenagens a vocês mulheres, muito embora saibamos que todos os dias são seus. Vocês dão um quê de especial ao SOME, se já não bastasse seus filhos, vocês educam além seus alunos, nós, homens que convivemos com vocês ao longo da jornada do SOME. A música do tremendão Erasmo Carlos fala um pouco por nós quando ele canta “mulher, mulher na escola em que você foi ensinada, jamais tirei um dez, sou forte mas não chego aos seus pés”... de fato, vocês são fortes, guerreiras, determinadas, sabem pra onde vão e o que querem.

 

Uma parte significativa de professores do SOME que são mulheres, portanto, são protagonizadas da educação no campo, e em especial no Sistema Modular de Ensino.

 

A importância de vocês no cotidiano é fundamental já que lutam pela autonomia, justiça, igualdade e liberdade, além de atuarem na sala de aula, seus ensinamentos vão além, não se limitam a ensinarem para que seus alunos sejam aprovados no ENEM, vocês educam para a vida.

 

Sabemos que a educação deve ser construída coletivamente, com a participação de diversos sujeitos que integram e estimulam emancipação dos sujeitos, e a participação de vocês, mulheres professoras, é de suma importância.

 

Sabemos o quanto é difícil pra vocês mulher, deixarem seus afazeres, casa, filhos e lutarem por uma educação melhor e é isso que as fazem belas, amigas, mães maravilhosas, companheiras, únicas, encantadoras, enfim, pessoas especiais.

 

Que o dia 8 de março reafirme o ideal de liberdade e igualdade de gênero no contexto das lutas femininas, pois vocês mulheres merecem todo nosso respeito e gratidão pela sua importância no contexto social. Parabéns mulheres, estamos firmes e fortes com vocês.

 

Viva o dia oito de março! Viva as mulheres do SOME!

 

A vocês uma singela homenagem dos colegas professores.

 

Valdivino Cunha (Sociologia) e Ribamar de Oliveira (História)


terça-feira, 8 de março de 2022

Às mulheres no SOME


Nesta data, oito de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, nós professores do SOME, queremos também prestar nossas homenagens a vocês mulheres, muito embora saibamos que todos os dias são seus. Vocês dão um quê de especial ao SOME, se já não bastasse seus filhos, vocês educam além seus alunos, nós, homens que convivemos com vocês ao longo da jornada do SOME. A música do tremendão Erasmo Carlos fala um pouco por nós quando ele canta “mulher, mulher na escola em que você foi ensinada, jamais tirei um dez, sou forte mas não chego aos seus pés”... de fato, vocês são fortes, guerreiras, determinadas, sabem pra onde vão e o que querem.


Uma parte significativa de professores do SOME que são mulheres, portanto, são protagonizadoras da educação no campo, e em especial no Sistema Modular de Ensino. 


A importância de vocês no cotidiano é fundamental já que lutam pela autonomia, justiça, igualdade e liberdade, além de atuarem na sala de aula, seus ensinamentos vão além, não se limitam a ensinarem para que seus alunos sejam aprovados no ENEM, vocês educam para a vida.


Sabemos que a educação deve ser construída coletivamente, com a participação de diversos sujeitos que integram e estimulam emancipação dos sujeitos, e a participação de vocês, mulheres professoras, é de suma importância.


Sabemos o quanto é difícil pra vocês mulher, deixarem seus afazeres, casa, filhos e lutarem por uma educação melhor e é isso que as fazem belas, amigas, mães maravilhosas, companheiras, únicas, encantadoras, enfim, pessoas especiais. 


Que o dia 8 de março reafirme o ideal de liberdade e igualdade de gênero no contexto das lutas femininas, pois vocês mulheres merecem todo nosso respeito e gratidão pela sua importância no contexto social. Parabéns mulheres, estamos firmes e fortes com vocês.


Viva o dia oito de março! Viva as mulheres do SOME!


A vocês uma singela homenagem dos colegas professores.


Valdivino Cunha (Sociologia) e Ribamar de Oliveira (História).                              

sábado, 6 de março de 2021

Programa: Diálogos Livres (A Questão da Mulher)




 


Assista toda primeira sexta-feira de cada mês, o Programa Diálogos Livres, sempre debatendo e refletindo sobre um tema de interesse da sociedade, no facebook//ribamarol

quinta-feira, 8 de março de 2018

As mulheres no SOME





  

Nesta data, oito de março, em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, nós professores do SOME, queremos também prestar nossas homenagens a vocês mulheres, muito embora saibamos que todos os dias são seus. Vocês dão um quê de especial ao SOME, se já não bastasse seus filhos, vocês educam além seus alunos, nós, homens que convivemos com vocês ao longo da jornada do SOME. A música do tremendão Erasmo Carlos fala um pouco por nós quando ele canta “mulher, mulher na escola em que você foi ensinada, jamais tirei um dez, sou forte mas não chego aos seus pés”...de fato, vocês são fortes, guerreiras, determinadas, sabem pra onde vão e o que querem.








Uma parte significativa de professores do SOME que são mulheres, portanto, são protagonizadoras da educação no campo, e em especial no Sistema Modular de Ensino.








A importância de vocês no cotidiano é fundamental já que lutam pela autonomia, justiça, igualdade e liberdade, além de atuarem na sala de aula, seus ensinamentos vão além, não se limitam a ensinarem para que seus alunos sejam aprovados no ENEM, vocês educam para a vida.






Sabemos que a educação deve ser construída coletivamente, com a participação de diversos sujeitos que integram e estimulam emancipação dos sujeitos, e a participação de vocês, mulheres professoras, é de suma importância.








Sabemos o quanto é difícil pra vocês mulher, deixarem seus afazeres, casa, filhos e lutarem por uma educação melhor e é isso que as fazem belas, amigas, mães maravilhosas, companheiras, únicas, encantadoras, enfim, pessoas especiais.








Que o dia 8 de março reafirme o ideal de liberdade e igualdade de gênero no contexto das lutas femininas, pois vocês mulheres merecem todo nosso respeito e gratidão pela sua importância no contexto social. Parabéns mulheres, estamos firmes e fortes com vocês.









Viva o dia oito de março! Viva as mulheres do SOME!








A vocês uma singela homenagem dos colegas professores.






Valdivino Cunha (Sociologia) e Ribamar de Oliveira (História) são educadores do Sistema de


Organização Modular de Ensino - SOME.

sábado, 8 de março de 2014

8 de março - Dia Internacional da Mulher







Uma vasta programação alusiva ao Dia Internacional de Mulheres, que se comemora na data de hoje, a Central Única dos trabalhadores - CUT e seus sindicados filiados, realizou ontem, no Auditório do Sindicato dos Bancários, na Rua 28 de setembro, próximo a Doca de Souza Franco, no bairro do Reduto.


 



Na primeira mesa, que começou por volta de 15 h. o debate foi sobre "A mercantilização do corpo e da vida das mulheres", com Rosane Silva, da CUT/Nacional e Rosalina Amorim, do Sindicato dos Bancários.






A segunda mesa, começou às 17 h. e tratou sobre "Política de Saúde para as mulheres do Campo e da Cidade", ficando com a Sra. Rita, da Secretaria de políticas para as mulheres da FETAGRI.





A partir das 18:30 h. teve inicio Atividade Aberta que abordou "Mulheres em Luta por Igualdade, Liberdade e Autonomia, com Tatiana Oliveira, do Movimento Mundial de Mulheres e Rosane Silva, da CUT/Nacional.

   
                                          



Após as exposições sempre aconteceram intervenções, com números expressivos de participações dos presentes.


Entre os temas abordados foram: Igualdade (O que chama atenção é pouca presença das mulheres nos espaços de representação formal e nos partidos políticos; Creche: um direito da criança e da família e dever do Estado; Paridade, Direitos das trabalhadoras Domésticas, Mudança no sistema político brasileira, Combate à Violência contra as Mulheres; Aborto Legal e Seguro; Democratização da Comunicação; Fim das Terceirizações e Precarizações; Seguridade Social Universal, Soberania Alimentar e Energética entre outros.


O blogueiro se fez presente e acredita como as sindicalistas que 8 de março é uma data de luta, marcada por manifestações que levantam bandeiras feministas em defesa da igualdade, liberdade e autonomia.

sexta-feira, 7 de março de 2014

São Joaquim de Ituquara (Baião): História e Memória - Parte V



Parte de coleta de dados, parcial, realizada com alunos das turmas da 1ª série "A" e "B" e 2ª série "A" e "B", na localidade de São Joaquim de Ituquara, no município de Baião, durante reposição de aulas, nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, pelo Sistema de Organização Modular de Ensino - SOME.

 Em comemorações ao Dia Internacional da Mulher, que será amanhã, dia 08, estamos postando. Viva o dia Internacional da Mulher, que são todos os dias.


                       MULHERES EM ITUQUARA: Saberes e Memórias

Relações de Gêneros

O papel da mulher depois que se estabeleceu a sociedade privada, se foi tratada     de maneira inferiorizada, basta que recorramos à história da Grécia Antiga que mesmo no apogeu da democracia ateniense, foi reservado à mulher na hierarquia masculina     um papel inferior. No caso brasileiro, somente a partir da década de 30 é que   a    mulher passou a ter direito a votar e essa submissão é imposta até hoje, onde além      de   ser menosprezada socialmente, sofre diversos tipos de discriminação e violência, seja    ela psicológica moral ou física cantada em prosa e verso onde uma letra cantada   e   muito cantada nas rádios décadas atrás diz: “Amélia que era mulher de verdade, Amélia   não tinha a menor vaidade, achava bonito não ter o que comer aquilo sim é que era mulher” Os relatos a seguir tornam-se fundamentais à medida que revelam um pouco da cultura construída ao longo de um processo de formação histórica e geográfico-espacial; assim como abordam questões que precisam ser refletidas por toda sociedade em relação aos saberes e suas experiências vividas e adquiridas.                      
       
A História de dona Amélia, que não é a mesma da música, nos relata sobre o seu passado, que ela passou muitas dificuldades principalmente de água que era preciso carregar no balde do igarapé para casa e subir uma ladeira enorme para poder chegar a casa com água. O alimento que precisavam caçar no mato ou ir para o rio pra ter o que comer, eles precisavam de arpão e caçavam de armas que eles mesmos faziam, quanto a roupa era preciso comprar o pano que era ruim e muito caro, eles não tinham emprego fixo.

                                             

                                D. Maria Amélia com as alunas Regiane e Adriele


O material escolar eles não tinham, eram as mães que faziam para seus filhos, e a educação que era muito ruim, porque não tinha professor e nem escola adequada para estudar, a saúde não era boa não tinha posto de saúde no lugar que eles moravam, ela ia para o mato para buscar lenha para fazer fogo, tudo isso aconteceu foi no passado dela, ela falou que foi muito sofrido nessas partes da vida dela.

A respeito do marido dela, ele nunca a maltratou ela, sempre que ele podia ajudava no que podia, e em geral as pessoas daquela época achavam que o sustento da casa deveria depender apenas dos homens. Por isso só eles deveriam trabalhar fora de casa, à responsabilidade das esposas era cuidar da casa e dos filhos e hoje em dia não, as mulheres conseguiram trabalhar fora de casa e conseguiram seu próprio sustento, e não dependem só  do homem.

Atualmente, o mundo é mais fácil, o estudo, a alimentação, a saúde entre outros. A mulher tem emprego, ajuda o marido na roça, nas despesas e é reconhecida como uma “batalhadora”, “guerreira” por ter passado muitas  coisas ruins e chegar onde está.  Ela é respeitada por todos, principalmente pelos homens que sempre a ajudaram. Para exemplificarmos a importância da mulher na sociedade brasileira temos uma representante feminina comandando nosso país, a Presidente Dilma Rousseff.
                                                                     

               A Srª Paula Gonçalves Morais, afirma que as coisas naquela época eram muito diferentes , quando eu fiquei moça, a minha mãe falava tu não vai, e não era pra ir, mas eu não obedecia eu falava que eu ia, e eu ia quando eu queria ir pra festa eu pedia pra mamãe e ela falava pede pro teu pai e eu pedia pra ele, se ele falasse não, era não. Quando eu queria ir pra festa e eles não deixavam, eu deixava os dois dormirem, e fugia pra festa, e gostava muito de dançar, quando eu chegava a casa eu apanhava muito. Ai me envolvi com um rapaz e engravidei dele mas ele não quis assumir nós, então a mamãe falou que ia me amparar, mas se eu procurasse outro filho eu ia me virar. E depois que eu tivesse o filho eu tinha que trabalhar, a mamãe me maltratou muito, sofri, mas com o tempo eu arrumei marido, naquela época nós passávamos muita dificuldade, porque nós não tínhamos uma casa boa pra morar, era feita de madeira e coberta de palha e tinha dia que tinha que comer e tinha dia que não tinha, eu era dona de casa. A diferença daquele tempo pro dia de hoje, era a juventude porque naquele tempo não era violento como agora que as filhas não respeitam os pais, e hoje em dia não tem respeito como naquele tempo, e já existia o direito da mulher, porque quando o homem separava da mulher, todo o bem material do homem ia ser tudo da mulher, e naquela época não era bom, era mais difícil, porque não tinha socorro em relação à doença. Muitas pessoas morriam por falta de médico pra socorrer, para descobrir alguma doença. O meu marido bebia e me batia, teve uma vez que ele bebeu e me botou pra correr, queria me bater e eu corri só de bermuda. A relação entre pais e os filhos era boa, os filhos obedeciam nós morava na colônia e não tinha quase pra onde sair nós dependia do timbuí (Tipo de cipó que tece paneiro, vassoura, covo: pega tracajá), da farinha, do milho, do arroz, da banana, da abóbora, do leite de maçaranduba e carvão que nós tirávamos para vender.


.                                                                       

As alunas Lucilene e Devanilse  e a informante


Conversamos com a senhora Sime  sobre sua vida, ela nos disse que é muito boa. Porque ela tem uma família tem seus objetivos concretizados, mas enfrentou muitos obstáculos na vida ela era uma excelente professora, agora se aposentou é independente  tem com que se  sustentar.

A relação com seu esposo é muito importante para ela. Porque já estão muitos anos casados, ela é uma pessoa bastante conhecida aqui em Ituquara porque foi uma ótima Professora, ela é uma senhora muito querida e respeitada. O estudo foi muito importante na vida dela, por isso ela diz para nós alunos que temos de estudar para sermos alguém e mais não jogue seus sonhos fora você nunca sabe o que pode ser é só você querer e confiar em si mesmo e em Deus, que ele sempre guarda você.

E como ela dizia tinha um sonho de ser Professora e ela ia conseguir chegar lá confiantemente e se tornou uma excelente pessoa.
                                                           
Ela tem uma banda de música que construiu com sua força de vontade, a banda pra ela foi muito bom porque nem se passava pela cabeça que chegasse ao ponto ela vai a Igreja, rezar pedir a Deus pra dizer o quanto é grata por tudo que faz e fez por ela e pela gente porque tudo que Deus faz é bom. Diz que conhece tantos lugares, pessoas maravilhosas e especiais na vida dela. Ela tem muito orgulho da vida que tem e da família que é muito importante pra ela essa é um pouco da história de uma grande mulher lembrada por várias pessoas, mas ela disse que não é fácil você conseguir o que quer, pra ter o que você quer, precisa correr atrás, precisa enfrentar os obstáculos da vida tem que ser forte, se um dia você cair levante de cabeça erguida, tem coisas na vida que não pode deixar de sonhar porque quando menos esperar acontece. Essa pessoa é conhecida como Dona Sime e como todos nós chamamos. Foi um pouco de sua história.

Dona Maria sim, sofreu muito. Ela nos conta que dificuldade que passou foi de trabalho, de fome, roupas, calçada e muitas outras coisas, como por exemplo, eu não usava carvão e muito menos gás, usava somente a lenha. ’’

Sofreu muito na mão do seu marido, mas disse que agora não é mais aquela boba que era antes, já sabe se defender, pois já existe a lei que protege as mulheres. “Eu não sou mais obrigada pelo meu marido a cuidar da casa, mas durante os meus filhos tiverem comigo eu sempre vou cuidar deles e até hoje com ajuda de Deus.”
                                                           
Grande parte dessas informações nos permite refletir sobre os saberes, imaginários, representações e práticas sociais cotidianas, a saber: A mulher desempenha várias funções: de mulher, de mãe e às vezes do pai. D. Amélia relaciona uma dessas funções “que ela passou muitas dificuldades principalmente de água que era preciso carregar no balde do igarapé para casa e subir uma ladeira enorme para poder chegar a casa com água. O alimento que precisavam caçar no mato ou ir para o rio pra ter o que comer, eles precisavam de arpão e caçavam de armas que eles mesmos faziam”. Na função de mãe “O material escolar eles não tinham, eram as mães que faziam para seus filhos”.  São funções que demonstram as condições sociais e tipos de trabalho que essas pessoas desenvolveram e/ou desenvolvem como frisa D. Maria: “eu não usava carvão e muito menos gás, usava somente a lenha”, ou a Professora Sime “que enfrentou muitos obstáculos na vida ela era uma excelente professora, agora se aposentou é independente tem com que se sustentar.”.

É visível o destaque dos valores morais como o respeito, em relação ao marido e aos filhos, D. Amélia nos fala do seu marido “ele nunca a maltratou, sempre ele ajudava no que podia”. Ao contrário de D. Amélia, D. Maria “Sofreu muito na mão do seu marido, mas disse que agora não é mais aquela boba que era antes, já sabe se defender, pois já existe a lei que protege as mulheres“. Em relação aos filhos, D. Paula Gonçalves, nos diz “A relação entre pais e os filhos era boa, os filhos obedeciam nós morava na colônia” e continua “A diferença daquele tempo para o dia de hoje, era a juventude porque naquele tempo não era violento como agora que as filhas não respeitam os pais, e hoje em dia não tem respeito como naquele tempo”. Contudo nem todas concordam com padrões vigentes da época como relata D. Paula “Quando eu queria ir pra festa e eles não deixavam, eu esperava os dois dormirem, e fugia pra festa, e gostava muito de dançar, quando eu chegava a casa eu apanhava muito”.
                                                                                                                 

Portanto, as denuncias sociais também foram surgindo no decorrer das falas das nossas informantes, como falta de escolas, postos de saúde, falta de saneamento básico, problemas estruturais que permanecem até hoje. Nossos governantes locais deveriam olhar com mais responsabilidades e governar para o povo. 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Violência contra as mulheres






Nesta semana, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Mulher do Congresso Nacional fez diligências e audiência pública no Pará, onde teve como objetivo a investigação sobre a violência contra a mulher.


As integrantes da Comissão Parlamentar realizaram diligências em órgãos de atendimento à mulher em situação de violência em Belém, de reunião com o movimento de mulheres do Estado; além de gestores públicos, representantes do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, movimentos sociais e sociedade civil organizada.


A CPMI é presidida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES) e na vice-presidência, a deputada Keiko Ota (PSB-SP).


Segundo dados da CPMI Mulher a Violência no Pará, o nosso estado é considerado “o 4º estado do País em assassinatos de mulheres, com taxa de homicídios de 6,1 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 4,6. O primeiro colocado é o estado do Espírito Santo (9,8), o segundo Alagoas (8,3) e o Paraná aparece na terceira colocação (6,4)”.


E continua os números, no Pará:” Paragominas é a cidade onde mais se mata mulheres no Estado e no Brasil. O município ocupa a primeira colocação entre as 100 cidades mais violentas do País onde vivem mais de 26 mil mulheres. A taxa de homicídios de mulheres em Paragominas é de 24,7.


Outras seis cidades paraenses aparecem na lista das 100 mais violentas para as mulheres. São elas: Ananindeua (19,6), ocupando a 9º colocação; Tucurui (taxa de 18,5%) e 11ª colocação; Redenção (16,1), no 15º lugar, seguidos de São Feliz do Xingu (11,7) e 40º lugar; Novo Repartimento (10,2), na 64ª colocação e Barcarena (10,1), no 65º lugar.


Em Belém, a taxa é de 4,9 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres. Número muito acima da média nacional, que é 4,6. “A cidade é a 21ª entre as capitais do País”.


Os dados coletados são do Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça. O relatório completo do Mapa da Violência atualizado em 2012 pode ser acessado no site www.mapadaviolencia.org.br.


Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a violência doméstica é a principal causa de lesões em mulheres de 15 a44 anos no mundo.


Segundo a relatora da CPMI, senadora Ana Rita: “o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo. El Salvador com taxa de 10,3, Trinidad e Tobago e a Guatemala, ambos com taxa de 7,9 aparecem nas posições seguintes. As armas de fogo e os objetos cortantes são os principais os são os mais usados para os assassinatos”.


“Nos últimos 30 anos foram assassinadas mais de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década”, afirma Ana Rita. “O lar, doce lar não é mais seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados pelos cônjuges”, diz a senadora.


Fonte: marchamulheres@sof.org.br 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Marcha das Vadias e a Mercantilização do corpo e vida das mulheres




 
Vadias
Há um ano atrás a Marcha das Vadias foi construída como uma resposta irreverente contra a responsabilização das mulheres pelas violências sofridas e a estigmatização dos corpos femininos. Potencializada pela mobilização nas redes sociais, a Marcha ganhou vários países e, no Brasil, várias cidades. Algumas conseguiram dialogar com a conjuntura local e denunciar práticas de machismo naturalizadas, como por exemplo, a denúncia da prática machista de Rafinha Bastos na televisão e em sua casa de show em São Paulo.



Passado um ano dessa movimentação é preciso refletir tanto sobre as formas como o capitalismo e o patriarcado mercantilizam a vida e o corpo das mulheres, como os instrumentos de resistências aos quais dispomos. Essa segunda tarefa passa por perceber que, muitas vezes, a violência contra as mulheres precisa de uma resposta rápida e incisiva, como se deu com a Marcha das Vadias, mas que seu enfrentamento deve ser um processo cotidiano, que vai além de um evento.



Desde o final dos anos 70, o conjunto do movimento de mulheres, através da insígnia “nosso corpo nos pertence”, buscou questionar as imposições do patriarcado sobre a autonomia das mulheres – questão de fundo da Marcha das Vadias. Essa bandeira tem significado a luta das mulheres pelo direito de viver a sua sexualidade livremente, a luta por autonomia sobre o corpo e a vida, desde o exercício autônomo do desejo e do direito ao prazer, à legalização do aborto.



Retomamos esta luta, aprofundando a compreensão da sua dimensão anti-capitalista, uma vez que denunciamos como a sociedade de mercado impõe padrões de beleza racistas e sexistas e como o mercado difunde uma ideia do corpo das mulheres como objeto - em constante ajuste, retoque, conserto. As indústrias farmacêuticas e cosméticas acumulam lucros estrondosos, à custa da propagação da insegurança das mulheres, gerando, além de tudo, graves doenças como os distúrbios alimentares.



A associação entre capitalismo e patriarcado, que transforma as mulheres em objetos, está no centro da violência sexista. O Brasil possui o sétimo maior índice de homicídios de mulheres do mundo. Essas mulheres são assassinadas, muitas vezes, porque não se calaram diante de situações de violência ou porque exerceram sua autonomia. Conforme aponta pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2010), a cada dois minutos 5 mulheres são espancadas no país, a cada minuto 5 mulheres sofrem assédio sexual, e a cada hora 220 mulheres são obrigadas a ter relações sexuais forçadas.



Essa situação de extrema objetificação da mulher está expressa no indignante caso de violência machista e sexista ocorrido no município de Queimadas no estado da Paraíba. Um estupro coletivo de cinco mulheres, sendo duas delas, assassinadas brutalmente por dez homens durante uma festa realizada por eles com o intuito de “presentear” o aniversariante com o estupro dessas mulheres. Este foi um ato de extremo machismo e misoginia pelo nível de crueldade, violência e desprezo pela vida das mulheres, derivados de um clima de terror que gera a perseguição e morte, caracterizados pelo abuso físico e verbal, estupro, tortura, escravidão sexual, espancamentos. Este crime bárbaro precisa ser punido com todo rigor da lei!



Além disso, a prostituição continua sendo vista por muitos como uma forma de viver a sexualidade. Para nós, ela representa a mercantilização, violência e subjulgação as quais as mulheres são submetidas. Sabemos que a indústria do sexo é um setor internacionalmente articulado, que gera lucros enormes e é associado ao tráfico de drogas, armas, corrupção e esquemas de crime organizado e sobrevive da exploração massiva do corpo de mulheres e crianças. Somos solidárias às mulheres que são vítimas dessa forma de exploração da sociedade patriarcal, mas é preciso perceber que a prostituição só existe em um sistema que se articula em torno da subordinação das mulheres e, portanto, não produz nada relacionado à liberdade e autonomia, ao contrário, a mulher se encontra escravizada por uma rede mercantilizada de controle do seu corpo e da sua vida. Essas redes funcionam como organizações criminosas que traficam e escravizam na sua maioria mulheres jovens negras entre 17 e 27 anos.



Essas formas materiais e simbólicas que constituem a opressão das mulheres na conjuntura atual revelam a necessidade de formas de mobilização e instrumentos de resistência que ultrapassem os limites da Marcha das Vadias. Essa resistência tem sido forjada há anos pelo conjunto dos movimentos de mulheres, pela articulação de mulheres nos movimentos mistos e pelas alianças entre movimentos que tem na sua base a luta por outro sistema. Não é possível “resolver” a opressão das mulheres, nos auto-intitulando “todas vadias”. Mas é preciso aprender com as novas formas de articulação, potencializadas pelas tecnologias da informação e comunicação, atualizando nossas formas de ação.



É preciso reafirmar a importância da auto-organização e resistência das mulheres para construção de um mundo baseado na igualdade, na solidariedade e livre de violência. É preciso fortalecer a nossa luta cotidiana contra a mercantilização das mulheres.



Negamos a falsa liberdade, oferecida pelo mercado, que se encerra unicamente na ideia de não ter impedimentos para a ação. Esta idéia está na base da banalização da sexualidade, tornando-a mais um produto a serviço dos lucros. Temos que ir além disso. É preciso construir a liberdade como condição necessária para a igualdade e como condição da autonomia tanto coletiva como individual das mulheres. Somente a partir desta compreensão é que faz sentido seguir em marcha até que TODAS sejamos livres!



Assim, estamos em constante luta para que as mulheres não sejam caracterizadas como vadias por sair dos padrões de comportamento, nem como qualquer outro símbolo que as menospreze e as diminua. Reafirmamos o direito de todas as mulheres viverem livre de estigmas, estereótipos, violência e exploração!!!



DOMINGO 27/05 - 9H - CONCENTRAÇÃO NA ESCADINHA DA ESTAÇÃO DAS DOCAS



Marcha Mundial das Mulheres
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sexta-feira, 30 de março de 2012

sábado, 10 de dezembro de 2011

Clarice Lispector


Considerada uma das grandes escritoras do Brasil, Clarice Lispector, se tivesse viva, hoje, estaria completando noventa e um anos; porém, tem trinta e quatro anos de falecida.


A escritora e jornalista era ucraniana, mas veio para o nosso país com a idade de dois anos, com seus pais, esteve inclusive aqui no Pará, onde entrou em contatos com vários pensadores como Benedito Nunes, Paulo Mendes Campos, Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir entre outros


Tem entre seus títulos, obras que são fundamentais, principalmente para o vestibular.



Entre suas publicações temos as obras: Perto do Coração Selvagem, O Lustre, A Legião Estrangeira, A Paixão segundo G.H., Atrás do Pensamento: Monólogo com a Vida, Água Viva, A Hora da Estrela.

sábado, 3 de setembro de 2011

Dilma teve semana de viagens nacionais


Nesta semana, a presidenta Dilma Rousseff fez viagens a quatro estados brasileiros importantes: Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.



Em Pernambuco, visitou as cidades de Caruaru, Cupira e Garanhuns para assinar convênios de construção de barragens contra enchentes e para abrir o ano letivo da faculdade de medicina da Universidade de Pernambuco em Garanhuns. Também foi à capital Recife para a inauguração de um dos maiores call centers da América Latina.



Em Minas Gerais, a presidenta concedeu entrevistas às rádios mineiras Itatiaia FM-AM e Congonhas AM e participou da inauguração do Complexo Siderúrgico da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil, na cidade de Jeceaba, representando o aumento dos investimentos na produção de aço.



No Rio de Janeiro, ela participou da abertura da 15ª Bienal Internacional do Livro e convocou a população brasileira a dar sugestões para o programa de popularização de livros que será lançado pelo governo na próxima semana. Os livros devem custar R$ 10.



Dilma encerrou a semana com uma viagem ao Rio Grande do Sul, onde visitou a cidade de Esteio para a tradicional feira agropecuária Expointer e depois foi a Canoas para entregar novos leitos hospitalares.

Fonte - Dilma.com.br

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mulher: Seu lugar é na política



Sabemos que só a partir de 1934, realmente, a mulher começou a participar efetivamente do processo eleitoral, quando tem direito ao voto. Mas, também é importante, ressaltarmos que a mulher deve participar da política, no termo mais amplo, já que , sempre ela viveu para a "cama e cozinha", segundo alguns pesquisadores.


Hoje, segundo alguns estudos, dos vestibulares, 60% das mulheres no Brasil, entram nas universidades, portanto, um número significativo e que com certeza teremos no futuro as mulheres no comando de várias frentes de trabalho, e isso é bom.